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Sustentabilidade

Perto da COP 30, agronegócio volta a debater mercado de carbono – MAIS SOJA

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Por Marcelo Sá – jornalista/editor e produtor literário 

Setor busca adoção de regras justas que resguardem direitos de produtores

A um mês da COP 30 em Belém, a discussão acerca do mercado de carbono voltou a mobilizar representantes do setor agropecuário. A ideia é agilizar a regulamentação da Lei 15.043/2024, que instituiu o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), para não comprometer a credibilidade do país diante da comunidade internacional e atrasar o cumprimento das metas climáticas previstas na Política Nacional de Mudança do Clima.

A lei prevê que o SBCE é um dos principais instrumentos para o cumprimento dos compromissos do Brasil de redução de emissões e transição para uma economia de baixo carbono. A legislação estabelece prazo de 12 meses, prorrogável por igual período, para a regulamentação do sistema. Esse prazo inicial expira em dezembro de 2025, sem que um cronograma oficial tenha sido definido.

Nesse sentido, a Comissão de Agricultura do Senado promoveu, no último dia 8 de outubro, audiência pública com especialistas e representantes do governo federal para discutir a regulamentação do mercado de carbono no Brasil. O debate foi solicitado pelo senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Durante o debate, o senador Zequinha Marinho (PODEMOS-PA), entre outros, ressaltou a necessidade de regras simples e transparentes, e destacou a diferença entre os mercados regulado e voluntário de carbono. “O mercado voluntário já avançou muito, mas o regulado ainda enfrenta desafios. Precisamos de regras claras, que mostrem o que gera emissões e o que captura carbono, de forma simples, transparente e popular”, afirmou Marinho. O parlamentar defendeu a valorização do agricultor que trabalha de forma responsável e alertou para a necessidade de transformar áreas preservadas em fonte de renda, por meio do crédito de carbono.

Agro já é protagonista de boas práticas

Além do protagonismo econômico e destaque num contexto de segurança alimentar, o agronegócio possui nuances e etapas que precisam ser bem compreendidas antes da adoção de medidas regulatórias em termos de emissão de carbono. Enquanto na indústria os gases do efeito estufa se concentram em determinadas fases e processos, na agricultura isso ocorre de forma dispersa. A metodologia de aferição ainda é cercada de incertezas. No âmbito internacional, os países tendem a preservar suas vantagens competitivas ao aderir a acordos e metas de menos poluição.

Mesmo assim, o setor agropecuário brasileiro vem se empenhando, há bastante tempo, em mostrar que já é protagonista das boas práticas de produção, que envolvem também sustentabilidade, uso de energia limpa e regeneração de lavouras. Os produtores decidiram mudar a abordagem dessas questões, passando do enfrentamento à participação ativa nos debates científicos, para que, na formulação de políticas públicas, apresentem suas propostas, ações e resultados, protegendo direitos fundamentais de propriedade e garantindo tratamento isonômico junto a demais categorias.

A FPA tem sido vigilante na tramitação de propostas como a do mercado de carbono, para que produtores possam auferir ganhos de acordo com critérios claros e objetivos. Assim, grandes empresas podem ser chamadas a compensar suas emissões, enquanto pequenos e médios agricultores e pecuaristas podem negociar seus créditos com segurança jurídica, para além dos que já voluntariamente fazem isso.

Cúpula do clima trará esses e outros assuntos

Às vésperas da COP 30, o setor agropecuário terá como representante o professor Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e um dos nomes mais respeitados do ramo. Ele foi convidado pelo embaixador Corrêa do Lago, que preside o evento. Rodrigues tem manifestado intenção de apresentar dados científicos abrangentes e minuciosos que demonstrem o quanto o agro brasileiro já contribui para mitigar eventuais efeitos adversos de sua atividade. Segundo ele, os segmentos precisam chegar unidos à Cúpula, com a disposição de debater respaldados por levantamentos técnicos. As declarações foram dadas ao Videocast Planeta Campo Talks, do Canal Rural.

Somente assim, de acordo com Rodrigues, os produtores brasileiros poderão seguir trabalhando para alimentar o Brasil e o mundo, aproveitando a oportunidade de mostrar o que é feito no país, contrastando com a imagem distorcida muitas vezes propalada no exterior. Ele e sua equipe preparam um documento que conta a história da agricultura brasileira, com ênfase na expansão produtiva dos últimos cinquenta anos. Para isso, tiveram interlocução com a iniciativa privada, entidades representativas de classe e pesquisadores.

Assim, ele pretende traçar um panorama da evolução ao longo das décadas, em todos os aspectos da cadeia produtiva (mecanização, logística, preparo dos solos, crédito, tecnologia), e demonstrar que esses elementos são compatíveis com a melhor prática de sustentabilidade e preocupação climática, cientificamente considerada. Dessa forma, o Brasil cumprirá o papel de debater essas preocupações, manter a produtividade e liderar o agronegócio do futuro, assim compreendido a atividade agropecuária nos países tropicais que encabeçam a lista de principais produtores e exportadores de gêneros alimentícios do mundo.

Com informações complementares do Ministério da Agricultura e Agência FPA

Fonte: SNA



 

FONTE

Autor:Marcelo Sá – Sociedade Nacional de Agricultura

Site: SNA

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Sustentabilidade

Mercado doméstico de algodão registra oscilações de preços, acompanhando movimento das bolsas internacionais – MAIS SOJA

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O mercado físico de algodão registrou oscilações de preços ao longo da semana, acompanhando a volatilidade observada nas bolsas internacionais. Apesar das variações, a demanda pontual garantiu algum movimento nas principais praças de comercialização.

No mercado spot, o algodão posto CIF em São Paulo foi negociado na quinta-feira (23) a cerca de R$ 3,56/libra-peso sem ICMS, ligeiramente acima dos R$ 3,52/libra-peso da semana anterior — variação equivalente a alta de 0,57%.

Em Rondonópolis, Mato Grosso, a pluma foi cotada a R$ 110,00 por arroba (R$ 3,33/libra-peso), ante R$ 111,38/arroba (R$ 3,34/libra-peso) na semana passada, representando queda semanal de R$ 0,38 por arroba.

Preço da pluma em MT – Imea

A alta disponibilidade no mercado de algodão em Mato Grosso pressionou as cotações internas, fazendo o preço Imea pluma recuar 1,69% no comparativo semanal, ficando em R$ 108,28/@.

A demanda pelo óleo de algodão no estado continuou fortalecida, de modo que o coproduto valorizou 1,00% no comparativo semanal, ficando cotado a R$ 6.085,71/t. As informações constam no Boletim Semanal do Imea – Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola.

Exportações brasileiras – Secex

As exportações brasileiras de algodão somaram 177,221 mil toneladas em outubro (13 dias úteis), com média diária de 13.632 toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 288,799 milhões, com média de US$ 22,215 milhões. As informações são do Ministério da Economia.

Em relação à igual período do ano anterior, houve um alta de 6,8% no volume diário exportado (12,770 mil toneladas diárias em outubro de 2024). Já a receita diária teve queda de 2,8% (US$ 22,864 milhões diários em outubro de 2024).

Fonte: Sara Lane – Safras News



 

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Sustentabilidade

Mercado brasileiro de trigo tem mais uma semana de negociações lentas com atenção voltada à colheita e à Abitrigo – MAIS SOJA

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O mercado brasileiro de trigo foi caracterizado mais uma vez pela lentidão e baixa liquidez nas negociações durante a semana. Com a entrada gradual da safra nacional e a pressão de cotações internacionais em baixa, compradores mantiveram uma postura de cautela.

De acordo com o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, os compradores adotam uma postura defensiva, aguardando por melhores momentos para negociar. A indústria moageira, em sua maioria ainda abastecida, optou por se manter fora das aquisições na maior parte da semana, acompanhando de perto a evolução da colheita antes de retomar os negócios.

“A cautela dos moinhos também foi observada em virtude da participação no 32º Congresso Internacional da Indústria da Abitrigo, período em que muitos aguardavam uma melhor definição do cenário da safra para retomar as compras”, relatou.

Enquanto os compradores apostavam em maior recuo dos preços, os produtores, por sua vez, mantiveram pedidas acima de R$ 1.100 por tonelada. Bento observou que os preços atuais não agradam aos produtores, tampouco aos moinhos, que seguem apostando em maior recuo das cotações conforme a colheita avança e a oferta se intensifica”. As atenções dos agricultores estavam, primariamente, voltadas aos trabalhos de colheita e ao armazenamento dos grãos.

No Sul do país, o avanço da colheita se deu em ritmos muito distintos. No Paraná, o trabalho se aproximou de 80% da área cultivada, com os grãos colhidos apresentando, até o momento, boa qualidade e produtividade. Já no Rio Grande do Sul, a ceifa avançou lentamente, atingindo apenas cerca de 4% a 5% da área plantada até meados da semana, reflexo do atraso decorrente do excesso de chuvas no período de plantio.

As análises iniciais da qualidade do trigo gaúcho trouxeram preocupações. Em diversas regiões, a umidade e a neblina afetaram a qualidade dos grãos. O problema mais relevante reportado foi o glúten baixo, com análises apontando variação entre 25 e 27, abaixo da faixa de 30 a 32 desejada pelos moinhos.

Em termos de preços, conforme Bento, o Paraná registrou maior estabilidade, com indicações CIF moinhos variando tipicamente entre R$ 1.220 e R$ 1.230 por tonelada para retirada em novembro e pagamento em dezembro.

No Rio Grande do Sul, onde a liquidez permaneceu reduzida, as indicações para o mercado FOB interior oscilaram amplamente, com o interesse do comprador entre R$ 1.000 e R$ 1.030 por tonelada. Enquanto isso, o mercado de exportação no porto de Rio Grande (RS) permaneceu relativamente firme, com referências oscilando entre R$ 1.155 e R$ 1.170 por tonelada sobre rodas, dependendo do tipo e da data de pagamento.

Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News



 

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Ritmo de negócios no milho segue arrastado no Brasil – MAIS SOJA

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O mercado brasileiro de milho registrou mais uma semana de negócios arrastados. De um lado, conforme a Safras Consultoria, os produtores seguem sustentando preços para a venda do cereal, enquanto os consumidores seguem comedidos, sem grande preocupação em relação a formação de estoques de milho. Com isso, os preços tiveram poucas oscilações ao longo dos últimos dias.

Segundo a Safras Consultoria, as atenções dos agentes de mercado estiveram voltadas para os movimentos dos preços futuros do milho, acompanhando também a forte volatilidade cambial, a paridade de exportação e a evolução do clima para o plantio e desenvolvimento do cereal.

No cenário internacional, o mercado continua sem informações importantes dos Estados Unidos por conta da paralisação do governo, o que vem dificultando uma melhor dinâmica nos negócios na Bolsa de Mercadorias de Chicago. O foco dos investidores segue nas tensões globais, especialmente no impasse comercial envolvendo a China e os Estados Unidos.

Preços internos

O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 63,53 no dia 23 de outubro, alta de 0,06% frente aos R$ 63,49 registrados na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 61,00, alta de 1,67% frente aos R$ 60,00 da última semana.

Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 68,00, avanço de 0,74% frente aos R$ 67,50 praticados na semana anterior. Na região da Mogiana paulista, o cereal aumentou 1,54%, de R$ 65,00 para R$ 66,00.

Em Rondonópolis, Mato Grosso, a saca foi cotada a R$ 61,00, inalterado frente à semana passada. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço ficou em R$ 72,00, sem mudanças frente à última semana.

Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda para a saca subiu 3,33%, de R$ 60,00 para R$ 62,00 ao longo da semana. Já em Rio Verde, Goiás, a saca continuou em R$ 58,00.

Exportações

As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 753,951 milhões em outubro até o momento (13 dias úteis), com média diária de US$ 57,996 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 3,573 milhões de toneladas, com média de 274,920 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 211,00.

Em relação a outubro de 2024, houve estabilidade no valor médio diário da exportação, perda de 5,6% na quantidade média diária exportada e valorização de 5,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Fonte: Arno Baasch / Safras News



 

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