Sustentabilidade
Análise Mensal do Mercado do Milho – MAIS SOJA

Os preços do milho registraram leves variações ao longo de setembro. Compradores evitaram adquirir grandes volumes, atentos à produção nacional elevada na atual safra e às exportações, que, até meados do mês, ainda tinham desempenho abaixo da temporada anterior. Já entre os vendedores, com a colheita da segunda safra praticamente finalizada, muitos se retraíram, negociando apenas quando havia necessidade de pagamento de dívidas e/ou para aproveitar valores mais atrativos em determinados momentos.
Assim, no acumulado de setembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa se manteve estável, fechando a R$ 64,26/saca de 60 kg no dia 30. Já a média mensal, de R$ 64,77/sc de 60 kg, superou em 1,4% a de agosto.
Na média das regiões pesquisadas pelo Cepea, o milho se valorizou 1,6% no mercado de balcão (ao produtor) e 1% no de lotes (negociação entre empresas), no acumulado de setembro. As médias mensais, por sua vez, ficaram 1,7% e 2,3% acima das de agosto, respectivamente.
Já na B3, os valores cederam, pressionados pela ampla oferta mundial do cereal. Os vencimentos Nov/25 e Jan/26 caíram fortes 6,1% e 5%, fechando a R$ 65,28 e R$ 68,36/sc de 60 kg no dia 30, nesta ordem.
EXPORTAÇÕES – De acordo com dados da Secex, as exportações brasileiras de milho somaram 7,5 milhões de toneladas em setembro, 11% a mais que no mês anterior. Na safra 2024/25 (de fev/25 a parcial de setembro/25), os embarques totalizam 19,73 milhões de toneladas, já superando as 19,5 milhões de toneladas registradas no mesmo período da temporada anterior.
ESTIMATIVAS – As primeiras estimativas da Conab para a safra 2025/26, divulgadas em setembro, apontaram leve redução de 1% na produção nacional total. Essa queda ocorre devido à menor produtividade da segunda safra. No agregado das três safras, o Brasil produzirá 138,28 milhões de toneladas.
Para a primeira safra, a produção é estimada em 25,07 milhões de toneladas, 0,6% superior à da temporada anterior. Para a segunda safra, é prevista redução de 1,4%, totalizando 110,47 milhões de toneladas, enquanto a terceira safra foi mantida em 2,72 milhões de toneladas.
Assim, considerando-se os estoques iniciais, a produção e as importações, a disponibilidade da temporada 2025/26 passa a ser projetada em 152,72 milhões de toneladas. O consumo deve alcançar 94,56 milhões de toneladas, 4% superior ao da safra 2024/25, devido ao crescente aumento para produção de etanol. As exportações também subiram para 46,5 milhões de toneladas, e as importações estão estimadas em 1,7 milhão de toneladas. Com isso, ao final da temporada, os estoques devem totalizar 11,66 milhões de toneladas, semelhantes às 12,74 milhões de toneladas em 2024/25.
Em termos mundiais, em 2025/26 serão produzidas 1,28 bilhão de toneladas, acima das 1,22 bilhão de toneladas da temporada anterior. O destaque segue com a produção norte-americana de milho na safra 2025/26 em volume recorde, agora de 427,10 milhões de toneladas. Para o Brasil e a China, as previsões são de 131 milhões de toneladas e de 295 milhões de toneladas, respectivamente. A Argentina deve colher 53 milhões de toneladas.
Para a temporada 2024/25, estimativas divulgadas pela Conab indicam novo aumento na produção brasileira, de 2% frente ao mês anterior e de 21% em relação à 2023/24, somando 139,69 milhões de toneladas.
Assim, considerando-se os estoques iniciais, a produção e as importações, a disponibilidade da safra 2024/25 passa a ser projetada em 143,28 milhões de toneladas. O consumo teve forte incremento de 7% entre as temporadas, impulsionado pela crescente produção de etanol de milho, passando a ser estimado em 90,46 milhões de toneladas. As exportações também subiram, para 40 milhões de toneladas, e as importações, para 1,7 milhão de toneladas. Com isso, ao final da temporada, os estoques devem totalizar 12,81 milhões de toneladas, forte aumento frente às 1,8 milhão de toneladas em 2023/24.
CAMPO – Quanto à segunda safra, no final de setembro restava apenas o Paraná para finalizar a colheita, que chegou, até o dia 27 de setembro, a99,6% da área nacional, segundo a Conab.
Já a semeadura da safra verão segue intensa; a Conab indicou que a área média nacional semeada correspondia a 26,7% até o dia 27 de setembro, avanço semanal de 5,9 p.p. e acima dos 23,6% da média dos últimos cinco anos.
No Paraná, 77% da área estadual estimada foi implantada até o dia 29 de setembro, de acordo com o Deral/Seab e com a qualidade das lavouras superior à verificada no mesmo período de 2024. No Rio Grande do Sul, segundo a Emater/RS, a semeadura somava 72% da área estimada até o dia2 de outubro. Em Santa Catarina, a Conab relata que a semeio estava em64% da área, até o dia 27 de setembro.
INTERNACIONAL – Nos Estados Unidos, os preços do milho acumularam baixas em setembro, pressionados sobretudo pela ampla oferta norte americana, brasileira e argentina. As quedas só não foram mais intensas devido à forte demanda internacional pelo cereal deste país. Com isso, os contratos Dez/25 e Jan/26 cederam 1,1% e 1,3% entre 30 de setembro e 29de agosto, fechando o dia 30 a US$ 4,155/bushel (US$ 163,57/t) e a US$4,32/bushel (US$ 170,07/t), respectivamente.
Nos Estados Unidos, a colheita da safra 2025/26 segue avançando. Segundo relatório do USDA, cerca de 18% da área havia sido colhida até o dia 29, 1p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos. Na Argentina, relatório da Bolsa de Cereais de Buenos Aires do dia 2 quanto à campanha 2025/26indicou que 19,8% dos 7,8 milhões de hectares estimados foram semeados. O órgão também aumentou em 18,4% a safra da Argentina, agora estimada em 58 milhões de toneladas.
Confira o Agromensal setembro/25 do Milho completo, clicando aqui!
Fonte: Cepea
Autor:AGROMENSAIS SETEMBRO/2025
Site: CEPEA
Sustentabilidade
Line-up aponta importação de 7,220 mi de t de fertilizantes em outubro – Williams – MAIS SOJA

De acordo com levantamento realizado pela agência marítima Williams Brasil, foi agendada a importação de 7,220 milhões de toneladas de fertilizantes no período de 1º a 13 de outubro.
Pelo porto de Santos (SP) deve ser desembarcada a maior parte (2,062 milhões de toneladas). Depois aparece o porto de Paranaguá (PR), com 1,764 milhão de toneladas.
O relatório da agência leva em conta as embarcações já ancoradas, as que estão em largo esperando atracação e ainda as com previsão de chegada até o dia 20 de dezembro de 2025.
Fonte: Rodrigo Ramos / Safras News
Sustentabilidade
Projeções climáticas para o Brasil para os meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2025 – MAIS SOJA

ANÁLISE CLIMÁTICA DE SETEMBRO
Em setembro de 2025, os maiores acumulados de chuva ocorreram no oeste da Região Norte e em parte da Região Sul, com volumes que ultrapassaram 120 mm, contribuindo para a manutenção da umidade do solo nessas áreas. Já no interior da Região Nordeste e parte central do país, menores acumulados de chuvas foram observados, reduzindo os níveis de umidade do solo.
Na Região Norte, os maiores volumes de chuva foram superiores a 150 mm sobre o sudoeste e sul do Amazonas e no oeste do Acre. Volumes entre 40 mm e 100 mm, ocorreram em grande parte do Amazonas, norte de Rondônia, além do sul de Roraima e do Pará. Já o norte de Roraima, Amapá, norte do Pará, Tocantins e sul de Rondônia apresentaram volumes abaixo de 40 mm e em algumas localidades não houve registro de chuva, reduzindo a umidade do solo nestas áreas.
Na Região Nordeste, diversas áreas do interior tiveram acumulados de chuva abaixo de 50 mm, reduzindo os níveis de umidade do solo, principalmente na parte centro-oeste da Bahia, Piauí, Ceará, oeste dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, além do leste do Maranhão. Volumes mais significativos ocorreram na costa leste, desde o litoral do Rio Grande do Norte até o nordeste da Bahia, com volumes acima dos 50 mm. De forma geral, as condições foram favoráveis para a maturação e colheita do milho terceira safra na região do Sealba.
Em grande parte da Região Centro-Oeste, os volumes de chuva ficaram abaixo de 30 mm, restringindo os cultivos de sequeiro. Por outro lado, no centro de Goiás, sul de Mato Grosso do Sul e noroeste de Mato Grosso, os totais de chuva ultrapassaram 50 mm, contribuindo para a elevação dos níveis de umidade no solo e a semeadura da soja.
Na Região Sudeste, os acumulados de chuva ficaram abaixo de 40 mm, com exceção do Espírito Santo, Rio de Janeiro e leste de São Paulo, onde algumas localidades apresentaram volumes acima dos 50 mm. Contudo, o cenário na região seguiu com umidade no solo insuficiente para a semeadura dos cultivos não irrigados, na maior parte de São Paulo e Minas Gerais.
Na Região Sul, os volumes de chuva foram acima de 150 mm no Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina. Na maior parte do Paraná e centro-leste de Santa Catarina, os acumulados variaram entre 40 mm e 100 mm, exceto no extremo-norte do Paraná, onde as chuvas foram mais escassas. No geral, os volumes de chuva garantiram níveis de armazenamento de água no solo satisfatórios, favorecendo o manejo e o desenvolvimento das lavouras.
Em setembro, as temperaturas máximas foram acima de 30 °C nas Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, além do oeste da Região Sudeste e norte do Paraná. Em áreas da costa da Região Sudeste e na maior parte da Região Sul, os valores permaneceram abaixo de 28 °C. Quanto às temperaturas mínimas, os valores superaram os 22 °C na Região Norte, centro-norte da Região Nordeste e parte de Mato Grosso. Já no leste da Região Centro-Oeste, sul da Bahia, além das regiões Sul e Sudeste, as temperaturas foram inferiores a 20 °C. Ressalta-se que, no primeiro decêndio de setembro, foram registradas temperaturas mais baixas em algumas localidades do Rio Grande do Sul, com valores inferiores a 1,5 °C, com episódios de geadas de fraca intensidade, como por exemplo no município de São Luiz Gonzaga (RS), nos dias 3 e 8 de setembro.
CONDIÇÕES OCEÂNICAS RECENTES E TENDÊNCIAS
Na figura abaixo, observa-se a anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) entre os dias 16 e 30 de setembro de 2025. Nesse período, registraram-se valores entre -1 °C e -2 °C ao longo da faixa longitudinal, compreendida entre 120°W e a linha de data, indicando a área de maior resfriamento das águas. Em contraste, nas proximidades da costa oeste da América do Sul, as temperaturas permaneceram ligeiramente acima da média. Ao analisar especificamente as anomalias médias diárias de TSM na região do Niño 3.4 (delimitada entre 170°W e 120°W), verificaram-se valores variando entre -1 °C e -0,5 °C durante setembro. Esse comportamento indica um resfriamento significativo da região, configurando uma condição inicial para a formação do fenômeno La Niña no Pacífico Equatorial, caracterizado por desvios de TSM inferiores a -0,5 °C.
A análise do modelo de previsão do ENOS (El Niño – Oscilação Sul), realizada pelo Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI), indica o início do fenômeno La Niña, durante o trimestre outubro, novembro e dezembro de 2025, com probabilidade de 60% e persistência destas condições no próximo trimestre (novembro, dezembro e janeiro de 2025/26), com probabilidade de 59%.
PROGNÓSTICO CLIMÁTICO PARA O BRASIL – PERÍODO OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2025
As previsões climáticas para os próximos três meses, de acordo com o modelo do Inmet, são apresentadas na figura abaixo. O modelo indica a ocorrência de chuvas próximas ou acima da média em áreas do norte da Região Norte, oeste da Região Nordeste, leste da Região Centro-Oeste e centro-norte da Região Sudeste. Nas demais localidades, são previstas chuvas abaixo da média, especialmente na divisa entre o sudoeste do Pará e nordeste de Mato Grosso, bem como em grande parte da Região Sul. Ressalta-se que as chuvas devem apresentar maior irregularidade na parte central do país, com retorno gradual, sobretudo em novembro, favorecendo a recomposição da disponibilidade hídrica nesses locais.
Analisando separadamente cada região do país, a previsão indica chuvas acima da média no Amapá, Roraima, leste e noroeste do Pará, centro do Amazonas e sul de Tocantins. Nas demais áreas, são previstas chuvas próximas ou abaixo da média, com destaque para o sudoeste do Pará. Embora o armazenamento de água no solo ainda se mantenha elevado na porção norte da região, e a parte sul com baixos níveis de umidade do solo, este padrão deve se inverter a partir de novembro.
Na Região Nordeste, a previsão indica chuvas acima da média no centrooeste da região e redução dos volumes na faixa leste, especialmente entre novembro e dezembro. Os níveis de umidade do solo tendem a se recuperar ao longo de dezembro, principalmente no sul do Maranhão e do Piauí, além das porções oeste e sul da Bahia.
Em grande parte das Regiões Centro-Oeste e Sudeste, o modelo do Inmet indica o retorno gradual das chuvas, com volumes próximos e acima da média, exceto em áreas do centro-leste de Mato Grosso, São Paulo, como na divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde as chuvas podem ficar abaixo da média. Este cenário favorece a elevação dos níveis de umidade do solo ao longo dos próximos meses.
Em grande parte da Região Sul, são previstas chuvas abaixo da média, enquanto que a porção mais a leste, são previstas chuvas próximas ou acima da média. No geral, os níveis de umidade do solo não deverão sofrer grande redução nos próximos meses, exceto na região centro-sul do Rio Grande do Sul, onde o armazenamento poderá ser mais baixo.
Quanto às temperaturas, elas devem permanecer próximas ou acima da média histórica no centro-norte do país, com temperaturas acima de 25°C. Nas Regiões Norte e Nordeste, as temperaturas podem superar os 28 °C. Em parte da Região Sudeste e Região Sul, as temperaturas devem ser mais amenas, com valores menores que 22 °C.
Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu principal do site do Inmet (https://portal. inmet.gov.br).
Confira o Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos/Safra 2025/26 1° Levantamento completo, clicando aqui!
Fonte: CONAB
Autor:Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos 2025/2026 – 1° Levantamento
Site: Conab
Sustentabilidade
Plantio de soja 25/26 atinge 11,1% da área no Brasil, aponta Conab

O plantio da safra 2025/26 de soja no Brasil alcançou 11,1% da área total prevista, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com dados até 11 de outubro.
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Na semana anterior, a semeadura estava em 8,2%. No mesmo período do ano passado, os trabalhos atingiram 9,1% da área. Apesar do avanço em relação a 2024, o ritmo atual segue abaixo da média dos últimos cinco anos para a data, que é de 16,9%.
Plantio de soja pelo Brasil
O estado do Paraná lidera os trabalhos, com 31% da área já semeada. No Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso alcança 18,9% e o Mato Grosso do Sul chega a 14%, enquanto Goiás registra 2%. Em Minas Gerais, o avanço é de 2,7% e, em São Paulo, de 4%. A Bahia soma 4% e o Tocantins 2%. Já em Santa Catarina, o plantio atinge 2% da área estimada.
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