Connect with us

Business

Evento reúne setor florestal em Mato Grosso e reforça potencial do estado como polo do segmento

Published

on

Programação contou com nove palestras e reuniu produtores, pesquisadores e empresários em Sinop

O mercado de floresta plantada foi o eixo central da sexta edição do Florestar 2025, evento promovido pela Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta) com apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. O encontro, que aconteceu nesta quinta-feira (28.8), em Sinop, consolidou-se como espaço de referência para o debate de boas práticas, políticas públicas, inovações e perspectivas do setor.

Com uma programação composta por nove palestras, a iniciativa reuniu mais de 250 participantes, entre produtores, pesquisadores, empresários e representantes de instituições públicas e privadas. O objetivo foi ampliar o diálogo em torno do desenvolvimento sustentável da cadeia florestal, que desempenha papel estratégico na diversificação econômica do estado.

A secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico em exercício, Linacis Silva Vogel Lisboa, destacou que a consolidação do setor florestal em Mato Grosso é compatível com a produção de alimentos e o avanço da conservação ambiental.

“Mato Grosso hoje é um destaque na produção de alimentos e é possível conciliar isso com a conservação. O setor florestal tem sido estimulado pela Sedec e acreditamos que o diálogo em um evento como esse vai contribuir com o desenvolvimento da floresta plantada no nosso Estado, fortalecendo também a economia e a sustentabilidade regional”, afirmou.

Na abertura, o presidente da Arefloresta, Clair Bariviera, ressaltou o papel do encontro como espaço de integração e fortalecimento da cadeia. Para ele, a união de diferentes segmentos é essencial para o avanço do setor.

“Esse é um espaço de inovação, conhecimento técnico e táticas que fortalecem a nossa cadeia produtiva. O setor só avança com a união e a colaboração de produtores, pesquisadores, estudantes e profissionais. Mais do que ouvir, é hora de participar ativamente, trocar experiências e construir juntos o futuro das florestas plantadas”, disse.

O plantio de florestas contribui diretamente para a sustentabilidade, ao reduzir a pressão sobre áreas nativas e colaborar com a captura de carbono, além de gerar renda e empregos no campo. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que o estado possui cerca de 129 mil hectares de eucalipto e 68 mil hectares de teca cultivados. Apenas em 2022, o setor de base florestal recolheu R$ 66,2 milhões em impostos estaduais.

O interesse de novas empresas pelo mercado mato-grossense também foi ressaltado durante o encontro. Bruna Satomi Nagata, sócia-proprietária da NG Mudas de Eucalipto, empresa paulista em fase de implantação no estado, avaliou a importância da iniciativa.

“Esse é um campo muito promissor e um evento como esse é essencial para fazer networking, trocar informações e conhecer as possibilidades dentro do setor em Mato Grosso”, declarou.

Além da entrada de novos empreendimentos, a demanda crescente por biomassa também amplia as perspectivas para os próximos anos. Para o gerente executivo de Biomassa da FS Florestal, Leonardo Pacheco, o Florestar é oportunidade de alinhamento de mercado.

“Para nós esse tipo de evento é excelente. Promove a troca de informações e conhecimento, conseguimos entender o que o mercado está pensando e fazer uma atualização de mercado”, disse.

O potencial de expansão também foi reforçado por Linacis durante a palestra em que apresentou medidas do governo do Estado para o desenvolvimento do setor. Na ocasião, a representante da pasta defendeu maior investimento no segmento como resposta à demanda futura.

“Nós queremos agora posicionar Mato Grosso como o novo polo florestal do Brasil. Isso se dá porque nós temos um grande mercado para atender com a entrada de novas indústrias do mercado de etanol no nosso Estado. Então, é preciso investimento florestal acontecendo hoje para suprir a demanda que virá nos próximos anos.”

Continue Reading

Business

Aprosoja-MT pede revisão na MP que renegocia dívidas rurais

Published

on

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) cobrou do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a revisão dos critérios de acesso ao crédito rural previstos na Medida Provisória nº 1.314/2025, que renegocia dívidas rurais.

A entidade enviou ofício à pasta defendendo que os bancos possam avaliar individualmente os pedidos de produtores, com base em comprovação técnica de perdas, sem restrições territoriais impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Critérios territoriais e impacto no campo

Publicada em setembro, a MP 1.314/2025 criou linhas de crédito com juros subsidiados entre 2% e 6% ao ano para produtores que tiveram perdas em duas ou mais safras entre 2020 e 2025 por causa de eventos climáticos extremos. As regras do CMN, no entanto, limitam o acesso aos produtores localizados em municípios listados pelo Ministério da Agricultura, de acordo com percentuais médios de perdas apurados pelo IBGE.

Para a Aprosoja-MT, o critério desconsidera casos de perdas comprovadas fora desses recortes estatísticos. A entidade afirma que a medida acaba excluindo agricultores que enfrentaram seca, excesso de chuva e queda nos preços da soja e do milho, comprometendo a viabilidade econômica das propriedades.

“Produtores com laudos técnicos e comprovação de prejuízos deveriam ter o mesmo direito ao crédito equalizado. O objetivo é garantir fôlego financeiro para continuar produzindo”, afirmou Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.

Endividamento e burocracia

Dados do Banco Central mostram que cerca de 15% da carteira de crédito rural de Mato Grosso, o equivalente a R$ 14 bilhões, está em atraso ou renegociação. Segundo a Aprosoja, o cenário reforça a necessidade de juros acessíveis e prazos adequados, conforme previsto na MP.

Bertuol também destacou a burocracia e as exigências excessivas como entraves ao crédito rural. “A demora nos processos, a falta de recursos e as altas garantias exigidas impedem o acesso às linhas emergenciais. Em muitos casos, bastaria o alongamento das dívidas com carência e prazos adequados para evitar a falência de produtores”, afirmou.

Pedido de revisão

A entidade solicita que o Mapa reavalie as normas complementares e autorize expressamente as instituições financeiras a realizarem a análise individualizada dos pedidos de crédito, conforme a comprovação técnica das perdas. Para a Aprosoja-MT, o foco da MP deve permanecer em atender produtores em situação de vulnerabilidade, independentemente da localização geográfica.

Caso os critérios não sejam revistos, produtores afetados por secas, chuvas intensas e incêndios podem ser obrigados a renegociar suas dívidas em linhas de mercado, com juros superiores a 16% ao ano, o que, segundo a entidade, aumentaria o risco de insolvência no campo.

Continue Reading

Business

Agricultura regenerativa cresce no Cerrado e melhora resultados nas lavouras

Published

on

O Cerrado brasileiro passa a ganhar protagonismo na agricultura regenerativa. O projeto Regenera Cerrado, iniciativa do Fórum do Futuro em parceria com universidades e empresas, concluiu a primeira fase em setembro, abrangendo mais de 8 mil hectares de fazendas no sudoeste de Goiás.

Durante essa etapa, foram validadas práticas que diminuíram o uso de insumos químicos, como fertilizantes (-20%), fungicidas (-30%) e inseticidas (-50%), ao mesmo tempo em que aumentaram o uso de bioinsumos e técnicas de controle biológico, mantendo a produtividade das culturas de soja e milho.

O projeto também monitorou serviços ecossistêmicos, como a preservação de polinizadores, mostrando aumento de produtividade próximo a áreas de mata nativa, e melhorias na estruturação do solo e na mitigação de gases de efeito estufa.

Agora, a segunda fase do Regenera Cerrado, iniciada em outubro, ampliará o estudo para cinco pilares: saúde do solo e da água, práticas agrícolas regenerativas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos seguros e sustentáveis e fortalecimento do mercado regenerativo.

O objetivo é coletar dados integrados sobre solo, biodiversidade, polinização, carbono, fitossanidade e qualidade dos grãos, consolidando evidências para ampliar a adoção de práticas regenerativas em todo o país.

Continue Reading

Business

Amaggi e Inpasa encerram parceria que criava joint-venture em Mato Grosso

Published

on

A Amaggi e a Inpasa anunciaram nesta terça-feira (14) o fim da formação de uma joint-venture voltada para a produção de etanol de milho em Mato Grosso. A parceria previa a implantação de três plantas fabris no estado, das quais a primeira seria erguida em Rondonópolis com previsão de investimento na ordem de R$ 2,5 bilhões.

A criação da joint-venture entre as duas empresas havia sido anunciada em 29 de agosto deste ano durante reunião com o prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira, conforme destacado pelo Canal Rural Mato Grosso na época.

Além de Rondonópolis, haviam estudos para a implantação de unidade fabril em Campo Novo do Parecis e Querência.

As plantas teriam capacidade inicial para processar aproximadamente dois milhões de toneladas de milho cada.

Em nota encaminhada nesta terça-feira (14), a Amaggi e a Inpasa afirmam que o encerramento das tratativas para a formação da joint-venture foi uma decisão tomada “após ambas as empresas concluírem que possuem visões distintas quanto à estrutura e à governança do projeto, optando por seguir caminhos próprios neste momento”.

Confira nota na íntegra:

A AMAGGI e a Inpasa informam aos públicos de interesse e ao mercado em geral que, de comum acordo, decidiram encerrar as tratativas para a formação de uma joint-venture voltada à produção de etanol de milho.

A decisão foi tomada após ambas as empresas concluírem que possuem visões distintas quanto à estrutura e à governança do projeto, optando por seguir caminhos próprios neste momento. O processo foi conduzido de forma transparente, colaborativa e com total alinhamento aos princípios de boa governança corporativa.

As companhias reafirmam o respeito e admiração mútua, e permanecerão abertas a avaliar futuras oportunidades de cooperação em áreas de interesse comum.


Clique aqui, entre em nosso canal no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.

Continue Reading
Advertisement

Agro MT