Sustentabilidade
Quão importante é o fotoperíodo em soja? – MAIS SOJA

O fotoperíodo corresponde ao tempo (em horas) que engloba o comprimento do dia somado à duração dos crepúsculos, ou seja, o intervalo que vai do início do amanhecer até o final do pôr do sol.
A sua variação ao longo do ano decorre da mudança no ângulo de incidência da radiação solar, consequência da declinação solar. Assim, à medida que o planeta altera sua posição em relação ao Sol, observa-se a diferença na duração do fotoperíodo.
Ao tratar do fotoperíodo, dois conceitos são fundamentais:
- Fotoperíodo crítico: valor de duração do dia acima do qual a planta prolonga ao máximo o seu ciclo de desenvolvimento. Quando o fotoperíodo fica abaixo desse limite, ocorre a indução ao florescimento na planta de soja.
- Fotoperíodo ótimo: corresponde ao valor abaixo do qual a indução ao florescimento é máxima, resultando em um ciclo de desenvolvimento mínimo. O conhecimento deste é fundamental para definir a classificação dos grupos de maturação relativa (GMR) das cultivares, pois quanto menor é o fotoperíodo ótimo maior será o GMR (Yang et al., 2019) (Figura 1).
Figura 1. Regressão linear da associação entre o fotoperíodo ótimo de cultivares de soja e grupos de maturidade (GM).
Para classificar adequadamente o GMR de uma nova cultivar, é necessário caracterizar seu ciclo em dois tipos de ambiente: um em que a indução fotoperiódica seja máxima, permitindo identificar sua precocidade intrínseca (Figura 2); e outro em que a indução fotoperiódica seja mínima ou inexistente, de modo a isolar o efeito da juvenilidade da cultivar.
Figura 2. Resposta da soma térmica para a troca de uma fase de desenvolvimento em função da exposição a diferentes fotoperíodos em uma planta de dia curto. Marcador vermelho representa a soja em ambiente com forte indução fotoperiódica e marcador verde representa a soja em ambiente com baixa indução fotoperiódica.

De maneira geral, cultivares com GMRs baixos apresentam fotoperíodo ótimo mais elevado, permanecendo grande parte do ciclo sob indução fotoperiódica. Já cultivares de GMRs altos possuem fotoperíodo ótimo mais baixo e, portanto, passam a maior parte do ciclo sem indução fotoperiódica.
Referências bibliográficas.
WINCK, J. E. M. et al. Ecofisiologia da soja: visando altas produtividades. Santa Maria, ed. 3, 2025
YANG, W. et al. Critical Photoperiod Measurement of Soybean Genotypes in Different Maturity Groups. Crop Science, v. 59, n. 5, p. 2055-2061, 2019. Disponível em: < https://acsess.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.2135/cropsci2019.03.0170 >, acesso: 15/08/2025
Sustentabilidade
Mercado brasileiro de milho deve ter mais um dia sem movimentações – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de milho deve ter mais um dia sem movimentações nesta quarta-feira. A cautela presente na fixação de oferta por parte dos produtores, em conjunto com a lenta movimentação dos consumidores nas aquisições, impede uma evolução da comercialização do cereal. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera em queda, enquanto o dólar cai frente ao real.
O mercado brasileiro de milho esteve sem grandes novidades no decorrer desta terça-feira, travado. Consumidores atuaram com pouca força nas compras, apontando tranquilidade em relação a abastecimento. Por outro lado, produtores voltaram a atuar com cautela na fixação de oferta. O clima e plantio são pontos de atenção.
Os agentes do mercado ficaram atentos também na forte volatilidade cambial, no avanço da paridade de exportação no dia e no movimento dos futuros do milho.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 68,00/69,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 67,00/69,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 59,00/61,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 63,00/65,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 66,50/67,50 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 69,00/72,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 60,00/61,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 55,00/58,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 56,00/61,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em dezembro estão cotados a US$ 4,10 por bushel, baixa de 0,75 centavo de dólar, ou 0,18%, em relação ao fechamento anterior.
* O mercado amplia suas recentes perdas, refletindo um cenário amplamente desfavorável. A valorização do dólar frente a outras moedas reduz a competitividade do cereal norte-americano, enquanto a queda do petróleo em Nova York também pressiona as cotações. O avanço da colheita nos Estados Unidos reforça as expectativas de uma oferta global abundante e completa o quadro negativo.
* Ontem (13), os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com baixa de 0,54%, ou 2,25 centavos, cotados a US$ 4,10 3/4 por bushel. Os contratos com entrega em março de 2026 fecharam com recuo de 1,75 centavos, ou 0,40%, cotados a US$ 4,27 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera com baixa de 0,27%, cotado a R$ 5,4553. O Dollar Index registra desvalorização de 0,09% a 98,96 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços firmes. Xangai, +1,22%. Japão, +1,76%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices mistos. Paris, +2,21%. Frankfurt, -0,10%. Londres, -0,37%.
* O petróleo opera em alta. Novembro do WTI em NY: US$ 59,25 o barril (+0,93%).
AGENDA
– Esmagamento de soja nos EUA em setembro – NOPA, 13h.
– EUA: O Livro Bege será publicado às 15h pelo Fed.
– Custo de produção de soja, milho e algodão no MT – Imea, 16h.
—–Quinta-feira (16/10)
– A gigante da alimentação suíça Nestlé publica seus resultados trimestrais.
– Reino Unido: O saldo da balança comercial de agosto será publicado às 3h pelo departamento de estatísticas.
– Reino Unido: A leitura mensal do PIB de agosto será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.
– Reino Unido: A produção industrial de agosto será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.
– Eurozona: O saldo da balança comercial de agosto será publicado às 6h pelo Eurostat.
– O Banco Central (BC) divulga, às 9h, o IBC-Br referente a agosto.
– EUA: O índice de preços ao produtor de setembro será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho. *(Devido à paralisação do USDA, não há garantia de que o órgão norte-americano divulgará os dados no horário descrito)
– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 13h pelo Departamento de Energia (DoE). *(Devido à paralisação do USDA, não há garantia de que o órgão norte-americano divulgará os dados no horário descrito).
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (17/10)
– Eurozona: A leitura revisada do índice de preços ao consumidor de setembro será publicada às 6h pelo Eurostat.
– A FGV divulga, às 8h, o IGP-10 referente a outubro.
– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30. *(Devido à paralisação do USDA, não há garantia de que o órgão norte-americano divulgará os dados no horário descrito)
– EUA: A produção industrial e a capacidade utilizada de setembro serão publicadas às 10h15 pelo Fed.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Fonte: Pedro Carneiro / Safras News
Sustentabilidade
Soja: mais de 16% da área foi plantada em MS – MAIS SOJA

Com base nas informações levantadas pela equipe da Aprosoja/MS, até o dia 10 de outubro, a área plantada acompanhada pelo Projeto SIGA-MS alcançou 16,6%, em Mato Grosso do Sul, o que representa aproximadamente 796 mil hectares.
A região sul está com o plantio mais avançado com 23,8% de média, seguida da região centro com 6,7%, enquanto a região norte está com 2,4% da área plantada. No município de Aral Moreira mais da metade da área destinada ao cultivo da soja já foi plantada, em Três Lagoas o percentual passa de 40%, e o município de Rio Brilhante se aproxima dos 20% da área plantada.
De acordo com o assessor técnico da Aprosoja/MS, Flavio Faedo Aguena, a chuva tem sido fator determinante para o avanço do plantio, especialmente na região sul do Estado. “O regime de chuvas na região sul tem sido fundamental, proporcionando um bom ritmo de plantio. No momento, estamos com 1 ponto percentual à frente da safra passada e 8% acima da média histórica dos últimos cinco anos. São números que refletem condições muito favoráveis desta safra”.
Para esta semana, a previsão é de a sol entre nuvens, com aumento gradual da nebulosidade ao longo do dia e possibilidade de chuvas e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento.
A estimativa é que a safra de soja 2025/2026 seja 5,9% maior em relação ao ciclo passado, atingindo a área de 4,7 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 52,8 sc/ha, a média de sacas por hectare. Gerando a expectativa de produção de 15 milhões de toneladas. Essa perspectiva é baseada na média dos últimos 5 anos do projeto SIGA-MS.
Com relação aos dados econômicos, a saca de soja está cotada, em média, em MS, a R$ 121,41 e a saca de milho em R$ 50,14.
Mais informações sobre o cenário das lavouras de soja e de milho, clima e mercado de grãos podem ser obtidas aqui.
Foto de capa: equipe de campo da Aprosoja/MS
Fonte: Crislaine Oliveira – Aprosoja MS
Autor:Crislaine Oliveira/Aprosoja MS
Site: Aprosoja MS
Sustentabilidade
Cooperativa Agrária fecha com sucesso evento “WinterShow – excelência em cereais de inverno” – MAIS SOJA

Ocorreu no Distrito de Entre Rios, na paranaense Guarapuava, principal região produtora de cevada do Brasil, a edição 2025 do celebrado evento WinterShow. Realizado pela Cooperativa Agrária e pela Fundação de Pesquisa Agrária (Fapa), o encontro, voltado à cadeia produtiva de cereais de inverno, reuniu principalmente empresas dos setores de insumos e máquinas agrícolas. A programação abrangeu exposições e apresentações com ênfase nas culturas de aveia, cevada, centeio, milho, trigo e outras.
Entre as empresas de agroquímicos, a Sipcam Nichino Brasil levou um amplo portfólio de soluções fungicidas ao WinterShow. De acordo com o engenheiro agrônomo José de Freitas, da área de desenvolvimento de mercado, a companhia apresentou a tecnologia para tratamento de sementes com a Plataforma Seed Pro, formada pelos fungicidas Torino® e Tiofanil®, além dos também fungicidas foliares Domark® Excell, Fezan® Gold e Support®.
Conforme Freitas, a solução Torino® conta com registro para tratamento de sementes na cultura do trigo e há expectativa de que em breve também será estendido para a cevada. “À base dos compostos fluazinam e tiofanato metílico, age para eliminar fungos das sementes, além de proteger as plantas frente a patógenos de solo e manter o potencial germinativo das lavouras, que é fundamental em um bom estabelecimento de estande inicial”, ele resume.
Ainda para o trigo, a companhia tratou dos benefícios associados ao fungicida Domark® Excell, recomendado no tratamento das doenças ferrugem da folha, mancha amarela e oídio. “Domark® Excell registra elevados indicadores de controle do oídio, considerada hoje a mais desafiadora da triticultura”, enfatiza Freitas.
Para aveia, centeio, cevada, milho e trigo, continua Freitas, a Sipcam Nichino ressaltou diferenciais do fungicida Fezan® Gold, solução com indicação em bula para diferentes ferrugens e também a cercoporiose do milho. “A tecnologia de base desse fungicida de ponta, pioneira no mercado, foi a primeira a conter o ativo clorotalonil na formulação. A solução reúne as propriedades sistêmica e protetora com ação multissítio”, esclarece o agrônomo.
“Fezan® Gold segue um dos poucos fungicidas do mercado a deter tais características e permanece no mercado com desempenho robusto em áreas de cereais de inverno”, ele acrescenta.
Já em relação ao fungicida Support®, para trigo e cevada, a Sipcam Nichino salientou a ação curativa da solução, bem como sua formulação, líquida, que facilita o manuseio e entrega efetividade no manejo preventivo de doenças, entre estas a giberela em trigo e cevada e a fusariose do milho.
Ainda de acordo com Freitas, a Sipcam Nichino deverá trazer a mercado, entre este ano e o próximo, novas soluções para os produtores de cereais de inverno e cultivos de verão”, finaliza José de Freitas.
Criada no Brasil em 1979, a Sipcam Nichino resulta da união entre a italiana Sipcam, fundada em 1946, especialista em agroquímicos pós-patentes e a japonesa Nihon Nohyaku (Nichino). A Nichino tornou-se a primeira companhia de agroquímicos do Japão, em 1928, e desde sua chegada ao mercado atua centrada na inovação e no desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sipcam Nichino
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