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Você sabe o que é ser caipira? Cantor Almir Sater responde ao Soja Brasil!

Encostado em um tronco de uma árvore, enquanto a fogueira aquece a noite silenciosa do interior do interior. Do outro lado, um homem de camisa xadrez, jeans, cinto e fivela dedilha a viola: “Sou caipira, pira, pira pora, Nossa Senhora de Aparecida”. Seria essa a representação do que é ser caipira? A simplicidade retratada em personagens como Chico Bento, dos quadrinhos? Um homem do campo, de vida modesta, marcado pelo falar arrastado e pelo jeito descomplicado de ver o mundo? Ou será que vai além, como um verdadeiro estilo de vida?
O Soja Brasil conversou com o cantor, compositor e ator Almir Sater, que também é produtor rural. Ele pratica a integração lavoura-pecuária, com culturas como soja e milho em conjunto com a criação de gado. Sater conta um pouco mais sobre o que acredita significar o termo caipira.
“Ser caipira quer dizer morador do mato, e sou, mas com muito orgulho. Para mim, não há nada melhor do que estar perto do ar puro, dos pássaros e da natureza. Tenho honra de me considerar caipira e não vejo nada de pejorativo. O caipira sabe apreciar e conviver com aquilo que existe de mais bonito no Brasil. E eu defendo cada vez mais isso: nossa mata, nossa natureza”, comenta o cantor.
Ele acrescenta que a vida do caipira pode servir de inspiração. ”Eu não vejo problema. É só olhar para nossas matas conservadas. O caipira contribui muito para isso. Melhor se inspirar nele do que nas grandes cidades, que têm muita poluição. Nós temos muito o que ensinar sobre conservação”, diz.
O compositor também defende a viola caipira como símbolo cultural. “Quando escuto uma viola tocando, me transporto para o interior do Brasil, me sinto no meio de uma mata virgem, perto de um riacho cristalino. A viola caipira tem esse poder. Essa é a bandeira brasileira.”
E por falar em viola, Almir Sater eternizou em suas canções a essência da vida no campo. Em uma de suas composições mais conhecidas, ele compara a jornada do homem à de um velho boiadeiro que conduz a boiada pela longa estrada da vida. Nos versos, fala sobre conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs. Isso retrata a simplicidade, a sabedoria e a beleza da vida rural.
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O caipira também tem outro significado?
Para Ireneu Orth, produtor de soja e presidente da Aprosoja Rio Grande do Sul, o agricultor atual não se enquadra mais no estereótipo. “O produtor rural de hoje não é mais caipira, de modo geral. Só aquele bem simples, pequeno produtor que não teve acesso à comunicação. Hoje temos agricultores de alto nível, muita gente com curso superior, pessoas esclarecidas. Então, nesse sentido, não considero caipiras, e sim pessoas evoluídas”, afirma Orth.
Ele reconhece que o termo pode carregar preconceito e, por isso, evita usá-lo. “Preconceito, claro que existe, porque se você chama alguém de caipira sem conhecer, está julgando mal a pessoa. Para mim, é alguém com pouca instrução ou conhecimento. Se for usado nesse sentido, é diminuir o outro. Eu mesmo nunca fui chamado e também nunca chamei ninguém assim, porque acho que a pessoa pode se ofender. Quando é usado, geralmente é só em tom de brincadeira.”
Pés na cidade e coração no campo
Giovani Ferreira, diretor de jornalismo do Canal Rural Sul, natural de Piraí do Sul, compartilha sua visão sobre crescer no interior e o que isso lhe ensinou. Ele saiu da cidade aos 14 anos para estudar em um colégio interno. Até então, aprendeu que nada vem de graça e que é preciso ter foco, determinação e muito trabalho. Disciplina não seria a palavra mais correta, mas ele aprendeu que, para ser alguém na vida, é preciso se dedicar em casa, na escola e no trabalho.
Sobre o que significa ser caipira, ele afirma: “Não diria que sou. Nasci e vivi na cidade, mas sempre com um pé no rural. De qualquer forma, tenho muita gratidão à minha origem, por nascer e passar parte da infância e juventude no interior. Aprendi muito sobre respeito e humildade. Piraí é uma cidade pequena, onde todos se conhecem, e petulância e arrogância são duramente condenadas. Quando eu nasci, tinha apenas 15 mil habitantes; hoje são 25 mil, mas todos continuam se conhecendo.”
Ele aponta como valores centrais da cultura do interior a honestidade e a solidariedade, e como hábitos, a simplicidade: “Pouco saímos em bares e restaurantes. Gostamos de receber pessoas em casa e visitar amigos. Viver com pouco, com o suficiente, qualquer alegria nos diverte. Não é questão financeira, mas de escolha: fazer as coisas com simplicidade. Se não consegue fazer o ideal, faça o possível.”
Giovani recorda momentos em que sofreu preconceito por ser do interior: “Sim, discriminação houve, chamando de caipira ou colono, mas isso nunca me atingiu de fato. Meu círculo de amigos sempre foi majoritariamente do interior, então tudo bem. A virada veio quando plantar, colher e produzir passou a ser sinônimo de economia. O agro se tornou determinante no PIB e na balança comercial. Ser do interior, caipira ou colono passou a ser quase um status desejado pelo urbano.”
Ele finaliza destacando a importância de preservar esse legado. “A origem do Brasil é agro, rural, caipira. Esse legado deve ser sinônimo de orgulho e não de desprezo. Hoje, isso também significa ter bons recursos e manter seus valores. Meus pais, mesmo com poucos recursos, nos ensinaram a dignificar o trabalho. Se isso é ser caipira, quero morrer Chico Bento”, finaliza.
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Soja reage e apresenta estabilidade nesta terça-feira; saiba as cotações no Brasil

O mercado brasileiro de soja registrou melhores momentos nos preços nesta terça-feira (14), impulsionado pela volatilidade cambial e pelo avanço do plantio da safra. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Rafael Silveira, no mercado interno os movimentos permanecem limitados para a indústria, sem grandes volumes de negociação.
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Segundo Silveira, a Bolsa de Chicago (CBOT) recuou durante a sessão, no entanto, fechou com leves perdas, enquanto os prêmios mudaram. O analista resumiu o dia como “um cenário de pequenas melhoras, mas ainda sem grandes volumes, especialmente para a safra nova”.
Ele destacou ainda que, no Centro-Oeste, o retorno das chuvas tem concentrado a atenção dos produtores, que seguem focados nas atividades de campo.
Preços de soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): manteve em 133,00
- Santa Rosa (RS): manteve em 134,00
- Cascavel (PR): manteve em 134,00
- Rondonópolis (MT): manteve em 126,00
- Dourados (MS): manteve em 126,00
- Rio Verde (GO): manteve em 126,00
- Paranaguá (PR): manteve em 138,00
- Rio Grande (RS): manteve em 139,00
Soja em Chicago
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja fecharam em leve baixa nesta terça-feira, pressionados pelo cenário fundamental e pela indefinição nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos. Durante a parte final do pregão, o mercado reduziu perdas e chegou a operar em leve alta, apoiado por compras técnicas e pela baixa do dólar.
Dados da Nopa
A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa) divulga nesta quarta-feira (15) o resultado do esmagamento nos EUA referente a setembro, com expectativa de 186,340 milhões de bushels, ante 189,810 milhões em agosto. As inspeções de exportação norte-americana de soja somaram 994.008 toneladas na semana encerrada em 9 de outubro, ante 783.495 toneladas na semana anterior.
Contratos futuros de soja
Nos contratos da soja em grão, a posição novembro fechou a US$ 10,07 3/4 por bushel, baixa de 0,12%, e a posição janeiro a US$ 10,24 1/4, recuo de 0,09%. No farelo, dezembro fechou a US$ 274,30 por tonelada, alta de 0,07%, e no óleo, dezembro encerrou a 50,57 centavos de dólar, baixa de 0,05%.
Dólar
O dólar comercial terminou a sessão com alta de 0,19%, cotado a R$ 5,4701 para venda e R$ 5,4681 para compra, oscilando entre R$ 5,4575 e R$ 5,5190 durante o dia
Agro Mato Grosso
Governo de MT licita mais R$ 233 milhões em obras de infraestrutura

As melhorias para a população serão realizadas em diversas regiões do Estado
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) está com dez processos de licitação abertos para realização de obras em diversas regiões do Estado. O investimento previsto é de R$ 233 milhões para asfaltar rodovias, construir pontes, recuperar estradas e também para asfalto urbano.
No total, serão asfaltados 91,8 quilômetros de rodovias, recuperados 22,9 km e quatro novas pontes de concreto serão construídas, sendo a maior delas com 80 metros de extensão.
O Governo de Mato Grosso vai asfaltar 33,5 km da MT-130 nos municípios de Nova Ubiratã e Feliz Natal. O projeto prevê que as obras sejam realizadas entre a ponte sobre o Rio Ronuro e o entroncamento com a MT-225.
A obra representa mais um passo para transformar a MT-130 em um dos principais corredores logísticos de Mato Grosso. A licitação para contratar a empresa responsável será realizada no dia 21 de outubro, com investimento previsto em R$ 81,9 milhões.
Outra licitação em andamento é para asfaltar 39,9 km da MT-199 em Vila Bela da Santíssima Trindade. Com um orçamento de R$ 57,3 milhões, a obra vai levar o asfalto até a divisa com a Bolívia. A licitação será realizada no dia 15 de outubro.
Também está aberta a licitação para asfaltar 12 km da MT-440, em Comodoro, com um custo estimado em R$ 29,6 milhões. Já o valor da licitação que vai asfaltar 6,33 km da do Anel Viário de Paranatinga, unindo a MT-020 até a MT-130 é de R$ 13,7 milhões. Essas licitações estão marcadas para os dias 21 e 22 de outubro.
A Sinfra-MT ainda vai restaurar 22,9 km da MT-412, que liga o município de Canabrava do Norte até a BR-158, sendo o principal acesso da cidade. A concorrência está marcada para o dia 17 de outubro e o valor estimado é de R$ 57,3 milhões.
Construção de pontes
As quatro pontes previstas em licitação serão construídas em diversas regiões do Estado. A maior delas, com 80 metros de extensão, está localizada sobre o Rio Tanguro, na MT-110, na divisa entre Canarana e Querência. O valor da obra é de R$ 6 milhões, com o certame agendado para o dia 15 de outubro.
Há ainda licitações marcadas para construir uma ponte de 30,5 metros sobre o Córrego Bisca, na MT-340 em Araguainha (R$ 3 milhões), outra de 33,5 sobre o Córrego Piçarras na MT-244 em Chapada dos Guimarães (R$ 3,6 milhões) e mais uma com 65 metros sobre o Rio Branco, na MT-491, em Ipiranga do Norte (R$ 5,3 milhões).
Asfalto em bairros
A última licitação é para asfaltar ruas do bairro Aroldo Fanaia em Cáceres. Está previsto também a execução da drenagem das águas de chuva, sinalização e construção de calçadas. O valor desta obra está estimado em R$ 4,2 milhões, com a licitação marcada para o dia 23 de outubro.
Todas as concorrências públicas serão realizadas por meio do Sistema de Aquisições Governamentais (Siag).
As informações sobre o edital e os documentos podem ser encontrados no site da Sinfra-MT.
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Agência de Transportes veta consórcio de construir rodovia ente MT e Goiás após empresa ser alvo da PF

Caio Barcellos/Poder 360 – A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) inabilitou na 2ª feira (13) o Consórcio Rota Agro Brasil, vencedor do leilão realizado em 14 de agosto para a concessão da BR-060/364/GO/MT, trecho que liga Rio Verde (GO) a Rondonópolis (MT).
A decisão indica que os fundos de investimento do consórcio, administrados pela Reag e Planner Corretora, têm pendências na Justiça do Trabalho e que o seguro garantia apresentado não cumpria as condições exigidas no edital, deixando o governo desprotegido caso o contrato não fosse executado.
O grupo é liderado pela construtora Azevedo e Travassos, que havia oferecido deságio de 19,7% sobre a tarifa básica de pedágio e venceu o certame em disputa de viva-voz contra a Way Concessões S.A. Com a decisão, o 2º colocado, Way Concessões, foi convocado para apresentar a documentação de qualificação no prazo de 8 dias corridos.
A Azevedo e Travassos já venceu outras concessões federais e, no passado, teve contratos de obras rodoviárias rescindidos por concessionárias que alegaram descumprimento contratual. Fundos ligados à Reag, também integrante do consórcio, foram alvo em agosto da operação Carbono Oculto, que apura lavagem de dinheiro do PCC (Primeiro Comando da Capital).
ROTA AGRO
O trecho concedido é considerado um dos principais corredores logísticos do país, responsável por escoar a produção agrícola e industrial de Goiás e Mato Grosso para os portos do Sudeste. O projeto estima R$ 7,3 bilhões em investimentos e a duplicação de 45 km de pista, além da implantação de 151 km de terceiras faixas.
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