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Com expectativa de safra maior, contratos do algodão apresentam queda em Nova York

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A perspectiva de uma safra mundial de algodão maior pressionou os contratos em Nova York nesta semana. O contrato para dezembro de 2025 encerrou com queda de 2,1%, enquanto para 2026 de 1,3%.

As informações constam no Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa desta sexta-feira (1º).

Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:

Algodão em NY – O contrato Dez/25 fechou nesta quinta 31/jul cotado a 67,25 U$c/lp (-2,1% vs. 24/jul). O contrato Dez/26 fechou em 69,10 U$c/lp (-1,3% vs. 24/jul).

Basis Ásia – o Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 910 pts para embarque Ago/Set-25 (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 31/jul/25.

Altistas 1 – O Produto Interno Bruto (PIB) real dos EUA cresceu a uma taxa anual de 3,0% no segundo trimestre de 2025, em comparação com uma queda de 0,5% no primeiro trimestre.

Altistas 2 – As condições da lavoura dos EUA pioraram esta semana: a classificação “boa a excelente” caiu 2 pontos percentuais, para 55%, ainda assim acima dos 49% da safra passada.

Baixistas 1 – Por outro lado, o clima quente e seco do Texas ao Delta tem favorecido o avanço da safra, embora ambas as regiões necessitam de umidade adicional neste momento.

Baixistas 2 – China e EUA não fecharam um acordo sobre produtos agrícolas e essa falta de avanço é mais um limitador para as cotações.

Oferta – A Cotlook elevou as projeções de produção global de algodão para 2024/25 (+113 mil tons) e 2025/26 (+118 mil tons), ultrapassando 26 milhões tons, maior volume desde 2017/18.

Demanda 1 – O consumo global de algodão segue pressionado pelas incertezas tarifárias. China, Paquistão e Turquia tendem a reduzir o uso, enquanto Índia, Bangladesh e Vietnã projetam alta – embora ainda insuficiente para compensar a queda geral.

Demanda 2 – A previsão do Cotlook é de consumo abaixo de 25 milhões tons em 2024/25 e 2025/26, o que resultaria em acúmulo de mais de 1 milhão tons em estoques por temporada.

Missão Compradores 1 – A Abrapa recebe de 3 a 9/ago um grupo com 20 executivos da indústria têxtil de 6 países (Bangladesh, China, Índia, Paquistão, Turquia e Vietnã) que, juntos, respondem por 84,9% das exportações brasileiras de algodão.

Missão Compradores 2 – Nesta 9ª edição da Missão Compradores, serão visitados MT, BA e GO. O objetivo é mostrar como o Brasil se tornou o maior exportador mundial a partir de boas práticas de sustentabilidade, qualidade e rastreabilidade.

Missão Compradores 3 – A delegação inclui 19 empresas têxteis diferentes que consomem, anualmente, 1,4 milhão tons. A pluma brasileira representa, em média, 35% desse consumo total.

Missão Compradores 4 – Além de visitas guiadas a fazendas, a missão passará por algodoeiras, laboratórios e terá workshops técnicos. A iniciativa integra as ações do programa Cotton Brazil.

Tarifas 1 – Nesta semana, antes do aguardado dia 1º de agosto, muitos acordos de renegociação das taxas norte-americanas foram anunciados.

Tarifas 2 – Conversas entre EUA e China mantêm um tom positivo, mas sem perspectiva de resolução rápida. O prazo de 12/ago pode ser estendido novamente.

Tarifas 3 – Há esperança de que, em algum momento da nova temporada, um acordo global estimule compras em larga escala de produtos agrícolas e industriais dos EUA (como ocorreu em 2020) e revitalize o comércio.

Paquistão – Produtores paquistaneses comemoram pausa nas chuvas de monção. A produção de algodão foi estimada em torno de 1,1 milhão tons a 1,3 milhão tons, e o desenvolvimento da safra é considerado satisfatório.

Qualidade 1 – A Abrapa é uma das organizações brasileiras a participar de treinamento sobre classificação de algodão em Memphis (EUA). O curso começou na segunda a convite do USDA e da Uster, fabricante de equipamentos HVI.

Qualidade 2 – O objetivo é qualificar a equipe técnica para dar mais transparência ao processo de classificação. Além da Abrapa, o grupo inclui representantes da Abapa, Amipa, Agopa e Embrapa.

Brasil – Exportações – As exportações brasileiras de algodão somaram 111,7 mil tons na terceira semana de julho. A média diária de embarque é 19,1% menor que no mesmo mês em 2024.

Brasil – Colheita 2024/25 – Até o dia de ontem (31/07) foram colhidos no estado da BA (40,56%), GO (66,41%), MA (55%), MG (60%), MS (68%), MT (17%), PI (67,9%), PR (95%) e SP (95%). Total Brasil: 25,69%.

Brasil – Beneficiamento 2024/25 – Até o dia de ontem (31/07) foram beneficiados nos estados da BA (25%), GO (19,3%), MA (6%), MG (25%), MS (22%), MT (2%), PI (30,8%)  PR (90%) e SP (100%). Total Brasil: 8,46%.

Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:

Fonte: Abrapa

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Preços do boi gordo seguem em alta na maioria das regiões

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O mercado físico do boi gordo voltou a registrar alta em grande parte das regiões produtoras ao longo desta semana. Estados como Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Minas Gerais apresentaram valorização consistente, reduzindo o diferencial de base entre os mercados.

Apesar de especulações sobre a China e o uso do Fluazuron, ainda não há informações concretas. As autoridades chinesas não divulgaram resultados da investigação iniciada no final do ano passado sobre o impacto das importações de carne na produção local, afirmou Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado.

Preços médios da arroba do boi gordo

  • São Paulo: R$ 324,58 (a prazo)
  • Goiás: R$ 320,54
  • Minas Gerais: R$ 315,29
  • Mato Grosso do Sul: R$ 327,50
  • Mato Grosso: R$ 308,31

Mercado atacadista

O mercado atacadista registrou preços em predominante acomodação nesta quarta-feira (12). Apesar disso, o ambiente de negócios sugere potencial de valorização no curto prazo, impulsionado pelo aumento do consumo no fim de ano, com o pagamento do décimo terceiro salário, criação de postos temporários e confraternizações típicas do período.

  • Quarto traseiro: R$ 25,00/kg
  • Ponta de agulha: R$ 17,75/kg
  • Quarto dianteiro: R$ 18,75/kg

Câmbio

O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,35%, negociado a R$ 5,2921 para venda e R$ 5,2901 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre R$ 5,2661 e R$ 5,3021.

O fechamento positivo do mercado físico do boi gordo e a acomodação dos preços no atacado indicam uma perspectiva de valorização nos próximos dias, alinhada à alta demanda típica do fim de ano.

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Estiagem e replantio colocam rentabilidade no médio-norte de Mato Grosso no limite

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A estiagem prolongada e o atraso no plantio colocam em risco a rentabilidade da safra de soja no médio-norte de Mato Grosso. Com chuvas irregulares, lavouras sofrem para se desenvolver e produtores já contabilizam perdas, enquanto enfrentam altos custos e um cenário de apreensão.

O verde que cobre Mato Grosso nesta safra não tem o mesmo vigor de anos anteriores. Em Ipiranga do Norte, o agricultor Daniel Augusto Rizzi cultiva 920 hectares de soja, mas observa uma lavoura debilitada.

“Tivemos talhões que ficaram até 20 dias sem chuva. Foram os que mais sofreram para germinar e crescer. Teve bastante perda de plantas, o estande ficou mais fraco e, com certeza, vai ter quebra na safra em torno de 15% a 20%”, afirma.

Segundo ele, o maior problema é a incerteza: “Esse sol vem judiando dela [planta]. Cada dia que passa sem umidade é um dia perdido. A planta vai florar e colocar vagem em tamanho indesejado, e cada dia perdido é uma produtividade a menos que vamos ter”.

O presidente do Sindicato Rural de Ipiranga do Norte, Eder Ferreira Bueno, confirma o desafio climático. “Esse ano está sendo muito desafiador para o produtor rural. Tem chovido em algumas microrregiões, mas com muitos veranicos no meio. Chove, você planta, nasce, e depois vem um veranico de 10, 12, até 20 dias em algumas regiões. O produtor tem sofrido bastante com isso”, relata ao Canal Rural Mato Grosso.

Ele destaca que, além da seca, há aumento na incidência de pragas: “Com essa seca, vem muita lagarta, muita praga que se prolifera. No final, tudo isso tem um resultado negativo para a produção. Eu acredito que o prejuízo vai ser enorme. A quebra de safra vai ser grande, não só em Ipiranga, mas em várias áreas do estado que estão há até 30 dias sem chuva”.

Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Clima instável também preocupa em Sorriso

Em Sorriso, maior produtor de soja de Mato Grosso, o cenário se repete. O plantio segue atrasado e as chuvas irregulares comprometem o desenvolvimento das lavouras.

“Já temos uma quebra acentuada. A princípio, estimamos uma perda de 8 a 10 sacas por hectare”, afirma Diogo Damiani, presidente do Sindicato Rural do município. “A gente aguarda que venha uma chuva generalizada para garantir um bom desenvolvimento da cultura”, completa.

Damiani explica que a janela de plantio da oleaginosa se estendeu além do esperado em Sorriso. “Ainda não conseguimos finalizar. Faltam 2% da área. Em outros anos, já teríamos terminado. Em setembro, tínhamos 50% da área semeada, bem avançado com relação aos outros anos. Mas quando entramos em outubro, a coisa virou do avesso. A chuva foi embora. Recebemos poucos volumes e, quando vieram, foram em pancadas, não chuvas generalizadas. Isso prejudicou muito o andamento da semeadura”.

Entre Sorriso e Gaúcha do Norte, o agricultor Adalberto Grando cultiva 2,7 mil hectares de soja e enfrenta o mesmo desafio. “Tem região que passou outubro com apenas 12 milímetros de chuva. Plantamos na última semana e 30% da lavoura ainda não saiu do chão. O calor forte e a falta de chuva comprometem o estande”, descreve à reportagem do Canal Rural Mato Grosso.

Com custos elevados e juros altos, a rentabilidade da safra está no limite. “O custo deste ano é um dos maiores que já tivemos, comparável ao início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Na época tínhamos juro de 10%, 11%. Hoje estamos falando de um juro de 18%. Se o clima não colaborar, vai ser um ano muito complicado. A receita para 2026 está no limite, não pode ter erro”, alerta Grando.


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Atlas revela potencial estratégico de estoque de carbono na Bacia do Alto Paraguai

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O Pantanal mato-grossense acaba de ganhar um novo destaque científico. Um estudo inédito sobre o estoque de carbono em formações vegetais da Bacia do Alto Paraguai (BAP) mapeou, com alta precisão, o potencial de fixação de carbono na porção norte da bacia — área que abrange o bioma Pantanal nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O levantamento foi realizado pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), pela Embrapa Gado de Corte e pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). O resultado é o Atlas do Estoque de Carbono em Formações Vegetais da Bacia do Alto Paraguai – Mato Grosso (Carbopan), que catalogou e caracterizou as diferentes fitofisionomias da região a partir de imagens de satélite, análises em campo e mapeamento.

Foto: Assessoria Famato

Dados inéditos e importância ambiental

A pesquisa utilizou imagens do satélite Landsat e ferramentas avançadas de sensoriamento remoto e geoprocessamento para estimar a quantidade de carbono fixado em vegetações nativas e áreas alteradas. Foram analisadas 59 localidades da BAP, com destaque para municípios como Poconé, que apresentou índice médio de 33,42 toneladas por hectare, e Barão de Melgaço, com 28,78 toneladas por hectare.

Os resultados reforçam o papel estratégico do Pantanal nas discussões globais sobre clima e posicionam o bioma como ativo ambiental relevante, capaz de contribuir para as metas brasileiras de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Para o diretor técnico da Acrimat, Francisco Manzi, o estudo também evidencia como a pecuária faz parte dessa dinâmica ambiental. “Dos cinco biomas que o Brasil tem, o Pantanal é o que menos tem vegetação aérea, mas mesmo assim se mostrou com um grande número de fixação de carbono. Com um número bastante expressivo”.

Ele lembra que o trabalho ainda vai avançar na contabilização do carbono no solo, etapa que deve reforçar a importância da bovinocultura no equilíbrio ecológico. “A gente sabe que é importante e essa questão da atividade da bovinocultura que faz esse ciclo, que muitas vezes alguns pesquisadores não levam em conta, em que a vegetação cresce, o bovino então consome essa vegetação, faz com que ela brote novamente e mais carbono seja sequestrado. Então, isso tudo tem que ser colocado nessa equação”.

Segundo Manzi, a intenção é aprofundar as pesquisas para demonstrar de forma científica o papel da atividade como parte da solução ambiental. “A gente quer aprofundar nessas pesquisas para mostrar que a bovinocultura cada vez mais faz muito mais da solução, do que fazer parte do problema”.

pecuária pantanal Fazenda Pantaneira Sustentável foto: Assessoria Famato
Foto: Assessoria Famato

Pecuária e crédito de carbono

O presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira Ribeiro Junior, reforça que os resultados comprovam a sustentabilidade da pecuária pantaneira e o potencial de geração de valor por meio do crédito de carbono. “Está comprovado cada vez mais que o nosso boi é verde, independente do que você faça. Nosso boi tem sustentabilidade, a pecuária mato-grossense é uma pecuária que dá orgulho de fazer”.

Ele destaca, porém, que é preciso criar mecanismos que estimulem a permanência do produtor e do gado no Pantanal. “A gente tem essa preocupação. Como fixar o homem e o gado lá dentro? Ajudando com o crédito de carbono. Quer dizer, se tivesse um crédito de carbono para estimular esse produtor a continuar lá, seria muito melhor”.

Para Oswaldo, o equilíbrio entre produtividade e conservação é o caminho para manter viva a essência da região. “A pecuária talvez sobreviveria sem o Pantanal, sem o gado do Pantanal, mas o Pantanal não sobrevive sem o gado. A função nossa é preservar com cuidado, deixar o gado lá”.

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