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Lavar ovos antes de guardar? Saiba por que esse hábito é um erro

Você costuma lavar ovos antes de colocar na geladeira? Apesar de parecer uma atitude correta, esse hábito pode comprometer a segurança alimentar. Ao lavar a casca antes do armazenamento, você remove a película protetora natural do ovo, facilitando a entrada de microrganismos.
A recomendação é clara: só lave o ovo na hora de usar — e com água corrente, sem esfregar!
Por que não lavar os ovos antes de guardar?
Os ovos possuem uma película invisível que protege contra a contaminação. Quando você lava os ovos logo após a compra e os guarda assim, essa camada é removida e aumenta o risco de bactérias penetrarem pela casca porosa.
Na indústria avícola, existe um processo seguro de higienização, com controle de temperatura, produtos e etapas de secagem. Já em casa, esse controle não existe — por isso, a melhor opção é evitar qualquer lavagem prévia.
Como saber se o ovo ainda está fresco?
Uma dica prática que pode evitar o consumo de alimentos vencidos e aumentar a segurança na sua cozinha, bem simples:
- Coloque o ovo em um copo com água.
- Afundou? Está fresco.
O que fazer na hora de usar?
Se for lavar o ovo, faça isso somente no momento do uso, com água corrente e sem esfregar. Esponjas ou escovas podem provocar microfissuras na casca, o que também favorece a entrada de patógenos.
Evite contaminações cruzadas: lave as mãos e os utensílios após manusear ovos crus.
Armazenar ovos corretamente é uma forma simples de proteger a saúde da sua família. Além de conservar o alimento, você evita riscos invisíveis à sua rotina.
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a reviravolta de um agricultor alagoano

Foi preciso coragem — e uma boa dose de fé — para Alaércio Barbosa da Silva transformar a vida no sertão alagoano. Aos 11 anos, já cuidava de vacas antes de ir para a escola. Com poucos recursos, aprendeu a tirar da terra o que podia, sem acesso a técnicas modernas ou insumos agrícolas. Mas foi só recentemente, ao conhecer o programa Prospera, que viu a possibilidade real de mudar sua produção — e seu destino.
Nascido no que chama de “Sertão Sofrido”, Alaércio cresceu ajudando os pais no campo e trabalhando para os outros. Aos 20 anos, passou a plantar por conta própria numa pequena área da família, cultivando milho, feijão e palma. Por anos, fez tudo à moda antiga — na matraca, sem adubo, colhendo o pouco que a terra seca podia oferecer.
A mudança começou com uma reunião promovida por uma cooperativa local, que realizou uma palestra com gerente de Projetos Estratégicos da Corteva no Brasil, Alexsandro Mastropaulo, a qual foi apresentado aos produtores o Prospera, programa que oferece capacitação, assistência técnica e conexão com a cadeia produtiva do milho.
Alaércio se interessou, mas não tinha recursos para investir. Foi então que arrendou terras maiores com base em acordos de confiança e conseguiu um trator usado graças a uma negociação informal. “Disse pra minha esposa: vamos fazer com fé e coragem. E começamos”, diz ele ao contar a sua história ao programa Direto ao Ponto desta semana.
Com o trator e uma matraca, ainda sem apoio técnico, colheu 35 sacas por hectare. Mas quando conseguiu acessar o crédito via cooperativa e aplicar as orientações do Prospera, os números mudaram: chegou à colher 120 sacas por hectare.
Hoje, Alaércio cultiva 75 hectares arrendados, trabalha com milho grão e silagem, e ainda presta serviço com o trator para vizinhos da região. Apesar das dificuldades com acesso a crédito bancário, ele afirma à reportagem do Canal Rural Mato Grosso que segue determinado a investir na produtividade. “Meu objetivo agora não é aumentar a área, é a produtividade”.
Criado para fortalecer a agricultura familiar no Nordeste, o Prospera já capacitou mais de cinco mil produtores em estados como Alagoas, Ceará e Pernambuco, promovendo o uso de tecnologias adaptadas ao semiárido e fortalecendo elos da cadeia produtiva do milho. Na vida de Alaércio, o impacto é visível e profundo. “Todo dia eu peço a Deus que nunca tire o pessoal do Prospera do nosso caminho”, diz ele.
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Mato Grosso inicia caça à soja fantasma hospedeira da ferrugem asiática

Ao mesmo tempo em que cuidam do milho, produtores em Mato Grosso já adentram às lavouras com o controle das plantas tigueras de soja. O intuito é evitar que as plantas apareçam durante o período do vazio sanitário, medida que visa controlar a ferrugem asiática, doença que pode causar perdas significativas na produção da cultura.
No município de Vera o agricultor Thiago Strapasson logo no começo do plantio do milho já entra com o controle das plantas de soja para não deixar que as plantas adentrem o período do vazio sanitário. “Fora isso, vem o controle que fazemos jogando calcário, incorporando niveladoras, fazendo uma limpeza”.
O agricultor revela que já prepara a próxima safra de soja. Ele deve cultivar na temporada 2025/26 1.450 hectares na propriedade com o grão.
“Aprendemos no passado tomando muito prejuízo em cima e a cada ano a gente vem mudando, se aperfeiçoando para não ter esse prejuízo mais em cima”, salienta Thiago Strapasson ao programa Patrulheiro Agro desta semana.
Conscientização evita prejuízos na soja
De acordo com o Sindicato Rural de Vera e Feliz Natal, os dois municípios, juntos, devem semear na próxima safra aproximadamente 320 mil hectares de soja.
“As áreas que ficaram em pousio, que têm outras culturas, é importante essa conscientização do agricultor para eliminar essa soja que ficou tiguera para não só termos ferrugem asiática, que é um baita problema para nós, mas também por poder ser vetor de pragas para a próxima cultura, para a próxima safra”, diz o presidente do Sindicato Rural, Rafael Bilibio.
O período do vazio sanitário da soja em Mato Grosso teve início no dia 8 de junho. Por 90 dias, está proibida a existência de qualquer planta viva de soja em lavouras, beiras de estradas e qualquer área de domínio da propriedade.
O vazio sanitário da soja seguirá até o dia 6 setembro de 2025, conforme a Portaria nº 1.271 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), publicada em 5 de maio deste ano.
“É uma medida fitossanitária que o produtor entendeu nesses últimos 19 anos de vazio sanitário e vem controlando, mesmo em um ano de difícil controle, em que sabemos que a chuva se estendeu um pouco. O produtor tem se empenhado. Entendeu a importância da medida fitossanitária para ele”, pontua o diretor técnico no Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Renan Tomazele.
De acordo com o Indea-MT, 3,5 mil fiscalizações foram realizadas até o momento em 2025, das quais 23 autos de infração foram lavrados.
“Uma área bem baixa. 1,2 mil hectares hoje, representando 0,01% da área com soja. Mato Grosso possui cadastro no Indea de 11,5 milhões de hectares com um total de 16 mil cadastros de produtores. Então, vemos com sucesso”, diz o diretor técnico do Instituto ao programa do Canal Rural Mato Grosso.
Os anos de 2005 e 2006 são considerados os mais críticos em Mato Grosso quanto à ferrugem asiática. Na ocasião foram identificados 29 municípios com ocorrência da doença que causou perdas de produtividade em mais de 30% em algumas áreas.
“Isso reflete nos últimos anos em como tem evoluído pelo próprio produtor. Ficamos muito contentes como órgão de fiscalização. Essa é a nossa missão, não é só ir lá e acompanhar, encontrar e multar. Não é esse o objetivo. O objetivo é que realmente se entenda essa medida fitossanitária. Então, ela é uma medida que realmente tem a adesão do produtor rural”, frisa Renan Tomazele.
O diretor técnico do Indea ressalta ainda que hoje áreas em que a soja está entrando seriam as que necessitam um pouco mais de atenção do órgão, uma vez que são regiões em que não se tinha tal conhecimento em como tratar a cultura.

Beira de estrada, uma ponte verde da porteira para dentro
Fora da porteira, o risco de proliferação da ferrugem asiática também desperta atenção. As margens das rodovias viraram terreno fértil para as plantas tigueras da soja que brotam de grãos perdidos no transporte e podem se transformar em viveiros de doenças. Cenário que acende o alerta no setor produtivo, que cobra ações urgentes dos responsáveis pela manutenção dessas áreas para evitar prejuízo na próxima safra.
“Ali também é viveiro, é uma planta hospedeira. Falta um pouco de atenção nessa parte”, frisa o agricultor Thiago Strapasson ao Canal Rural Mato Grosso. “Ou fosse por meio de lei ou as concessionárias que operam as rodovias ou prefeitura, teria que fazer esse manejo na beira da rodovia para não termos tigueras que tragam a ferrugem asiática como a mosca branca ou outras pragas”, completa Rafael Bilibio, presidente do Sindicato Rural de Vera e Feliz Natal.
O diretor técnico do Indea-MT afirma que se sabe das dificuldades, da movimentação de Mato Grosso com o escoamento das safras.
“Sabemos o quanto acaba tendo um derramamento de grãos e sempre que vamos iniciar um período de vazio sanitário encaminhamos, por parte da Instituição, um ofício às concessionárias, para a própria Sinfra, o DNIT, informando a importância do controle. O DNIT e o próprio Estado são conscientes da importância do controle dessas plantas. A soja é o nosso principal negócio. Então, não dá para brincar com a ferrugem e temos levado isso a sério”, diz Renan Tomazele.
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Suco de laranja escapa de tarifas nos EUA graças à dependência mútua, diz CitrusBR

O setor brasileiro de suco de laranja recebeu com alívio a notícia de que foi incluído na lista de exceções às novas tarifas de importação anunciadas pelos Estados Unidos. Segundo o diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), Ibiapaba Netto, a medida impede um impacto bilionário sobre as exportações brasileiras, estimado em R$ 3,6 bilhões.
A decisão evita a inviabilização do principal mercado para o produto nacional. Hoje, o Brasil representa 56% do consumo de suco de laranja nos EUA e responde por 70% das importações americanas. Em contrapartida, os Estados Unidos absorvem 42% de tudo que o Brasil exporta em suco de laranja.
“É uma relação de interdependência. Essa concessão foi feita pelo governo americano para proteger as empresas locais, que dependem do nosso produto. Não foi um benefício ao Brasil, mas aceitamos essa carona com muito alívio”, afirmou Netto.
A isenção garante previsibilidade para a indústria brasileira e estabilidade para o consumidor norte-americano, num mercado onde as cadeias produtivas estão profundamente conectadas.
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