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‘Morango do amor’ viraliza nas redes e impulsiona lucro de confeiteiros e produtores

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A febre do “morango do amor” nas redes sociais tem gerado um impacto positivo direto nos lucros de confeiteiros e produtores de morango em Atibaia, no interior de São Paulo. Conhecida como Capital Nacional do Morango, a cidade produz cerca de 3 mil toneladas da fruta por ano.

Vídeos com receitas, trends e memes com o doce inspirado na maçã do amor, estrelados por anônimos e celebridades como Fábio Porchat, já acumulam milhões de visualizações. O sucesso tem impulsionado a procura pela sobremesa em feiras, confeitarias e eventos gastronômicos.

A confeiteira Izabella Maciel sentiu o impacto direto do “hit”. Só nas últimas duas semanas, a procura pelo doce aumentou significativamente na loja que mantém em sociedade com a mãe.

“Imaginei que fosse só por causa das festas juninas, algo passageiro. Mas quando vi que as pessoas vinham especificamente atrás do morango do amor e não compravam outra coisa, entendi que era hora de aumentar a produção”.

Com mais de 13 anos de experiência em confeitaria, Izabella precisou fazer ajustes rápidos para atender a demanda. “Começamos a produção há cerca de seis dias, e nossa meta é chegar a mil unidades vendidas até o fim da semana. Tivemos que suspender outros produtos para dar conta da demanda crescente.”

Vendido por R$ 16 a unidade, o doce não é novidade no cardápio da loja: “Já havíamos feito para a Festa das Flores e Morangos de 2022, mas na época não teve a mesma aceitação. Agora, com o boom nas redes, virou nosso carro-chefe.”

O sucesso do morango do amor também beneficiou produtores locais da fruta. Um deles é Rafael Augusto Maziero, neto de um dos fundadores da tradicional Festa do Morango de Atibaia. Ele representa a terceira geração da família na agricultura e já prepara o filho para dar continuidade ao negócio.

Segundo Rafael, a procura por morangos aumentou 30% nas últimas semanas, e o preço também subiu. “O quilo que costumava custar entre R$ 30 e R$ 35, agora chega a ser vendido por até R$ 50”, relata.

Rafael Maziero ( de camiseta cinza), produtor de morangos acompanho do seu filho de de seu pai em Atibaia-SP

O agricultor de 42 anos, que começou na lavoura aos 15, comemora o timing da tendência.

“Essa moda veio em uma época ótima. Julho e agosto são meses fortes de colheita. Em anos anteriores, o excesso de oferta derrubava os preços. Desta vez, a alta procura manteve o preço estável e até elevou os lucros.”

Para atender a nova demanda, os produtores estão sendo mais criteriosos na seleção dos frutos.“O pessoal quer morangos grandes e bem bonitos para fazer o doce. Isso exige mais cuidado na colheita, mas também nos estimula a investir em novas variedades, tecnologia e inovação.”

Tendência passageira ou oportunidade duradoura?

Izabella acredita que o hype do morango do amor deve durar pelo menos mais um mês.

“Tem gente que nem gosta da fruta, mas compra só para postar nas redes e se sentir parte da tendência. Mas, além disso, o doce é realmente delicioso”, diz ela.

Já Rafael torce para que a onda dure ainda mais. “Se essa moda continuar, melhor pra nós. O ‘faz-me-rir’ só cresce no bolso do produtor”, brinca, referindo-se ao aumento dos lucros.

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Conab indica produção de 354,7 milhões de toneladas na safra 25/26

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A primeira estimativa para a safra brasileira de grãos 2025/26 indica uma produção total de 354,71 milhões de toneladas, volume 0,8% superior ao obtido em 2024/25, quando foram colhidas 351,93 milhões de toneladas. É o que mostra o primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (14).

A área plantada deve crescer 3,3% em relação ao ciclo anterior, sendo estimada em 84,4 milhões de hectares na temporada 2025/26.

Expectativa para soja e milho

Conforme a Conab, neste novo ciclo, há uma expectativa de crescimento de 3,6% na área semeada para soja se comparada com 2024/25, estimada em 49,1 milhões de hectares. Com isso, é estimada uma colheita de 177,6 milhões de toneladas na safra 2025/26 em comparação com a colheita de 171,5 milhões de toneladas da temporada anterior.

“As precipitações ocorridas em setembro nos estados do Centro-Sul do país permitiram o início do plantio com 11,1% da área já semeada, índice ligeiramente superior ao ocorrido até o mesmo momento do ciclo passado”, destacou a companhia.

Assim como a soja, é esperada uma maior área plantada para o milho em 2025/26, podendo atingir 22,7 milhões de hectares, com uma expectativa de produção de 138,6 milhões de toneladas somadas as três safras do grão. Apenas na primeira safra do cereal, a companhia prevê um incremento na área semeada em torno de 6,1%, com estimativa de colher 25,63 milhões de toneladas, crescimento de 2,8% em relação à safra passada, que foi de 24,94 milhões de toneladas.

Perspectivas para arroz, feijão e algodão

Para o arroz, entretanto, a primeira estimativa para o ciclo 2025/26 indica uma redução de 5,6% na área a ser semeada, projetada em 1,66 milhão de hectares, sendo que na área irrigada a queda está prevista em 3,7% e na de sequeiro a diminuição pode chegar a 12,5%. Com a menor área destinada à cultura, a produção de arroz pode alcançar 11,47 milhões de toneladas, queda de 10,1% ante 2024/25, quando foram produzidas 12,76 milhões de toneladas.

No caso do feijão, por ser uma cultura de ciclo curto, a tendência é que a safra 2025/26 mantenha-se próxima da estabilidade. Somada as três safras da leguminosa, a produção está estimada em 3 milhões de toneladas. A área da primeira safra do grão deverá ter redução de 7,5% em comparação com o primeiro ciclo da temporada 2024/25, totalizando uma previsão de plantio em 840,4 mil hectares.

Já a produção de algodão em pluma na safra 2025/26 está projetada em 4,03 milhões de t, queda de 1,1% ante a temporada anterior, que foi de 4,08 milhão de toneladas. A área de plantio com a cultura deve crescer 2,5%, para 2,14 milhões de hectares.

Culturas de inverno

Com cerca de 40% das lavouras de trigo colhidas, a previsão aponta para uma produção em 2025 de 7,7 milhões de toneladas, 2,4% abaixo da safra 2024. Principal produto dentre as culturas de inverno, a redução prevista para a colheita decorre, principalmente, da retração de 19,9% na área cultivada, motivada por condições menos favoráveis ao cultivo no momento de decisão da implantação da atual safra.

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Agro Mato Grosso

Casal deixa vida urbana e transforma chácara em modelo de produção agroecológica com apoio da Seaf e Empaer

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Ex-servidores públicos Gebrair Pinheiro e Márcia Krindgies investiram no sonho de viver da terra

O casal Gebrair Pinheiro e Márcia Krindgies deixou a vida de servidores públicos em Lucas do Rio Verde para investir no sonho de viver da terra. Há três anos, eles adquiriram o Sítio Nossa Senhora das Graças, em Tapurah, e transformaram a antiga área de vegetação nativa em um modelo de produção agroecológica, com destaque para o cultivo de abacaxi. A propriedade é uma das 28 beneficiadas com kits de irrigação entregues pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e conta com assistência técnica da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).

Instalados em uma propriedade de 4 hectares, sendo 2,4 hectares destinados ao cultivo, o casal se dedica à produção de alimentos orgânicos como abacaxi, mandioca e batata-doce. O carro-chefe é o abacaxi, que já alcançou a impressionante marca de 18 mil pés plantados.

O início foi despretensioso. “Tínhamos um dinheiro guardado e pensamos em comprar uma chácara apenas para lazer. Mas meu esposo ganhou 300 mudas de abacaxi e decidiu plantar. Aos poucos, fomos gostando e tomando gosto pela produção”, contou a Dona Márcia.

Gebrair relembra com orgulho os primeiros passos: “Aqui era tudo mato. Da primeira vez colhi, replantei e fui aumentando. Hoje temos uma produção consolidada”, destacou.

Segundo o técnico da Empaer de Itanhagá, Alfredo Neto, que atende o casal em Tapurah, a história da família é um caso de sucesso. “Eles seguem as orientações, fazemos as análises de solo e, sob nossa orientação, eles utilizam caldas agroecológicas e têm uma participação ativa. É um exemplo de como o apoio técnico e o trabalho familiar caminham juntos para o desenvolvimento rural sustentável”, ressaltou.

Os kits de irrigação entregues pela Seaf foram instalados com apoio da prefeitura, garantindo segurança hídrica e manutenção da produção durante o período de estiagem.

“Esse kit de irrigação nos ajuda muito. Produzir sem água é quase impossível. Agradecemos ao Governo do Estado e à Seaf por esse apoio. Nosso desejo é que mais famílias sejam beneficiadas”, agradeceu o casal.

Hoje, o Sítio Nossa Senhora das Graças gera uma renda média de R$ 4 mil líquidos por mês, exclusivamente da produção agrícola. Além disso, o casal participa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ampliando o acesso a mercados institucionais e garantindo a comercialização de seus produtos e também do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

“Eu era motorista e já falei para minha esposa, o resto da nossa vida será aqui”, afirmou Gebrair. “Eu encontrei na agricultura familiar a realização dos meus sonhos”, completou dona Márcia.

O secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Meio ambiente, Marozan Ferreira Barbosa, destaca a atuação articulada entre governo estadual entre associações e cooperativas.  “Temos uma cadeia produtiva muito bem organizada em Tapurah. Desde apicultura até o cultivo de frutas, os projetos têm sido atendidos com o apoio da Seaf. É gratificante ver resultados como o do casal Gebrair e Márcia, que são exemplo de que a agricultura familiar é sinônimo de desenvolvimento e sustentabilidade”, ratificou o secretário.

Investimentos do Estado na agricultura familiar de Tapurah

Entre 2019 e 2025, o Governo de Mato Grosso, por meio da Seaf, investiu mais de R$ 2,6 milhões em ações voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar em Tapurah. Foram entregues máquinas, veículos, kits de irrigação, tanques resfriadores de leite, barracas de feira, além do fomento de programas como o Proleite e a distribuição de sêmen bovino, que beneficiam diretamente as famílias do campo.

O município conta com 803 propriedades rurais familiares, que representam 53% da área produtiva da agropecuária local, um indicador claro da importância da agricultura familiar para a economia e o abastecimento alimentar da região.

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Preços da batata sobem nos atacados

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As cotações da batata subiram na última semana, conforme aponta levantamento do Hortifrúti/Cepea.

De 6 a 10 de outubro, a média da batata especial tipo ágata foi de R$ 46/sc de 25 kg no atacado de São Paulo, aumento de 22,2% em relação ao período anterior. Nos atacados do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, as valorizações foram ainda maiores, de 38,5% e 31,6%, para R$ 52/sc e R$ 45/sc, respectivamente.

Segundo pesquisadores do Hortifrúti/Cepea, o setor já esperava o movimento de alta e está atrelado à desaceleração da safra de inverno, com a colheita em Vargem Grande do Sul (SP) na reta final. 

Atacadistas declaram que o Cerrado Mineiro e o Sudeste Paulista são atualmente as principais regiões que abastecem as centrais. Conforme o Hortifrúti/Cepea, para as próximas semanas, a expectativa é que os tubérculos se valorizem ainda mais, com a finalização da safra de Vargem Grande do Sul e a desaceleração em outras praças.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

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