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Sustentabilidade

Percevejos em trigo – MAIS SOJA

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O progresso da safra 2025, indica que a grande maioria das lavouras de trigo encontram-se em período de desenvolvimento vegetativo (figura 1). Esse período é uma fase determinante para a formação de componentes de produtividade como o número de espigas por planta, espiguetas por espiga, grãos por espigueta e grãos por metro quadrado, afetando diretamente a produtividade final da cultura.

Figura 1. Fenologia das lavouras de trigo safra 2025. Atualização de 6 a 12 de Julho.
Fonte: Conab (2025)

Nesse sentido, a ocorrência de estresses e/ou distúrbios de ordem biótica ou abiótica nesse período podem prejudicar a formação dos componentes de produtividade do trigo e com isso, reduzir a produtividade da cultura. Dentre os fatores bióticos de maior importância na cultura do trigo, destaca-se a ocorrência de pragas, especialmente aquelas com elevada capacidade em causar danos com os percevejos.

Conforme observado por Duarte; Ávila; Rohden (2010), o aumento populacional de percevejos afeta negativamente o rendimento de grãos de trigo. Embora distintas espécies de percevejos possam acometer o trigo, o percevejo barriga-verde, espécies Diceraeus furcatus & Diceraeus melacanthus são os percevejos de maior expressão econômica na cultura.

Sintomas

Na fase vegetativa, o ataque dos percevejos pentatomídeos provoca manchas esbranquiçadas nos locais de inserção do aparelho bucal, podendo causar enrugamento foliar, necrose, folhas filiformes, morte do colmo principal, redução de porte e entouceiramento excessivo. Já na fase reprodutiva, o ataque pode resultar em espigas deformadas, esbranquiçadas, com grãos abortados e menor desenvolvimento da planta (Salvadori et al., 2022).

Embora com menor expressão econômica, o percevejo Collaria scenica (figura 2) também é comum no trigo, e causa danos que se assemelham a ocorrência de doenças e/ou outras pragas. Diferente dos percevejos pentatomídeos, o percevejo C. scenica ataca principalmente folhas. Neste cenário, o principal sintoma decorrente da sua atividade alimentar, tanto na fase vegetativa quanto na reprodutiva, é o aparecimento de manchas foliares com aspecto esbranquiçado, frequentemente confundidas com raspagens (Salvadori et al., 2022).

Figura 2. Percevejo-raspador (Collaria scenica).
Foto: Eduardo Engel. Fonte: Salvadori et al. (2022)
Figura 3. Danos causados por percevejos em trigo: espigas chochas e folha deformada pela alimentação no colmo principal (A) e espiga deformada (B) por pentatomídeos; e folha “raspada” (C), sinais da alimentação de Collaria scenica.
Fonte: Salvadori et al. (2022)

Com isso em vista, monitorar e identificar as espécies dos percevejos é determinante para o adequado posicionamento de inseticidas para o controle dessas pragas. Para o percevejo barriga-verde, recomenda-se que o controle químico em trigo seja realizado quando observada a presença de 4 percevejo/m² durante a fase vegetativa para a espécie Diceraeus furcatus, e  1 percevejo/m² se tratando da espécie Diceraeus melacanthus (Almeida, 2024).

Tabela 1. Monitoramento e critérios para tomada de decisão no controle de percevejos barriga-verde em trigo.
Fonte: Almeida (2024)

Veja mais: Períodos de definição dos componentes de produtividade do trigo


Referências:

ALMEIDA, J. L. INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA TRIGO E TRITICALE: SAFRAS 2024 & 2025. Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, 2024. Disponível em: < https://static.conferenceplay.com.br/conteudo/arquivo/infotecnitrigotriticalesafras20242025livrodigitalfinal-1721832775.pdf >, acesso em: 15/07/2025.

CONAB. FENOLOGIA DAS LAVOURAS 06-07 A 12-07. Companhia Nacional de Abastecimento, 2025. Disponível em: < https://www.gov.br/conab/pt-br/atuacao/informacoes-agropecuarias/safras/progresso-de-safra/acompanhamento-das-lavouras-07-07-a-13-07-25/fenologia-das-lavouras-06-07-a-12-07.xlsx >, acesso em: 15/07/2025.

DUARTE, M. M.; ÁVILA, C. J.; ROHDEN, V. S. NÍVEL DE DANO DO PERCEVEJO BARRIGA-VERDE Dichelops melacanthus NA CULTURA DO TRIGO Triticum aestivum L. Embrapa, Comunicado Técnico, n. 159, 2010. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/860150/1/COT2010159.pdf >, acesso em: 15/07/2025.

SALVADORI, J. R. et al. PRAGAS DACULTURA DO TRIGO. Embrapa Trigo, Documentos, n. 200, 2022. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1148374 >, acesso em: 15/07/2025.

 

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Sustentabilidade

Commodities enfrentam momento decisivo no último trimestre de 2025, aponta StoneX – MAIS SOJA

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A StoneX, empresa global de serviços financeiros, lançou a 33ª edição do Relatório Trimestral de Perspectivas para Commodities, durante o 8º Seminário StoneX, com análises dos mercados de grãos, energia, fertilizantes e soft commodities. O material, elaborado pela equipe de Inteligência de Mercado com apoio de especialistas internacionais, projeta um final de 2025 desafiador, marcado por tensões comerciais, mudanças monetárias globais e fundamentos específicos em cada segmento.

Segundo o gerente de Inteligência de Mercado da StoneX Brasil, Vitor Andrioli, o crescimento da economia mundial acima do esperado em 2025 foi influenciado pela antecipação a tarifas comerciais, que impulsionou a atividade industrial e o comércio internacional. No entanto, a consolidação dessas barreiras deve reduzir o ritmo da economia global em 2026, com destaque para os impactos nos Estados Unidos. Já países como China e Índia devem adotar medidas de estímulo moderadas.

Entre os mercados analisados, soja, milho e trigo sofrem pressão por safras abundantes, enquanto o setor de energia convive com preços mais baixos mesmo diante de riscos geopolíticos. Soft commodities, como cacau e café, enfrentam desequilíbrios entre oferta e demanda, e o mercado de metais aponta sinais de escassez, principalmente na prata, impulsionada pela demanda tecnológica. O real segue vulnerável ao cenário fiscal, embora sustentado por juros elevados.

Na abertura do evento, o CEO da StoneX Brasil e Paraguai, Fábio Solferini, destacou o papel estratégico do agronegócio brasileiro, que já representa cerca de 30% do PIB. Para ele, o relatório simboliza o compromisso da empresa com o fortalecimento do setor nacional. “O Brasil é peça-chave no abastecimento global de alimentos e energia. Estamos crescendo de forma consistente no agro, e a boa notícia é que temos condições de dobrar nossa produção sem necessidade de desmatamento”, destacou.

Na oportunidade, Solferini também chamou atenção para os desafios logísticos — como armazenamento e transporte — que ainda representam gargalos para o produtor, mas acredita na capacidade do setor em superá-los. “A StoneX está atenta a esses pontos e comprometida em apoiar o desenvolvimento do agronegócio com inteligência de mercado, soluções financeiras e uma visão global integrada”, pontuou.

Ao acompanhar de perto todo dinamismo da atividade, o objetivo da 33ª edição do Relatório Trimestral de Perspectivas para Commodities é oferecer análises técnicas e orientadas para a tomada de decisão em um ambiente de mercado cada vez mais complexo. “Com uma abordagem integrada, buscamos apoiar nossos clientes na navegação dos riscos e na identificação de oportunidades com maior clareza”, concluiu Andrioli.

Para baixar o relatório completo, acesse: https://www.stonex.com/pt-br/insights/perspectivas-commodities/?utm_source=release&utm_medium=attuale&utm_campaign=perspectivas_q4_25

Sobre a StoneX 

A StoneX é uma empresa global e centenária de serviços financeiros customizados, com presença em mais de 70 escritórios pelo mundo, conectando mais de 300 mil clientes em 180 países. No Brasil, é especialista em desenvolver estratégias de gestão de riscos para proteger o lucro independente da volatilidade do mercado. Também atua em banco de câmbio, inteligência de mercado, corretagem, mercado de capitais de dívida, fusões e aquisições, investimentos, trading e ESG – consultoria de soluções sustentáveis.

Site institucional, LinkedIn, Instagram, X

Fonte: Assessoria de Imprensa StoneX



 



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Preços da soja no Brasil e em Chicago hoje: confira as cotações

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O mercado brasileiro de soja manteve-se praticamente parado. De acordo com o analista de Safras & Mercado Rafael Silveira, houve relato de alguns negócios no Paraná, mas, no geral, o dia foi de pouco movimento.

Segundo ele, o produtor segue mais focado nos trabalhos de campo, aproveitando o retorno recente das chuvas no Centro-Oeste.

“Na Bolsa, poucas novidades, leve oscilação entre pequenas altas e quedas, tanto em Chicago quanto no dólar”, acrescentou. Os prêmios mudaram muito pouco, o que fez com que os preços no físico permanecessem praticamente estáveis.

“Foi um dia sem grandes novidades, com foco total no plantio e poucas fixações da safra nova”, resumiu o analista.

Preços médios da saca de soja

  • Passo Fundo (RS): manteve-se em R$ 133
  • Santa Rosa (RS): seguiu em R$ 134
  • Cascavel (PR): continuou em R$ 134
  • Rondonópolis (MT), Dourados (MS) e Rio Verde (GO): permaneceu em R$ 126
  • Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 138 para R$ 138,50
  • Porto de Rio Grande (RS): alta de R$ 139 para R$ 139,50

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja fecharam entre estáveis e levemente mais altos nesta quarta-feira (15) na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).

Silveira lembra que, após uma manhã de perdas, o mercado esboçou uma reação na parte da tarde. A fraqueza do dólar frente a outras moedas e os bons esmagamentos nos Estados Unidos ajudam na recuperação. As preocupações em torno da relação comercial entre China e Estados Unidos limitaram a recuperação.

A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa) informou que o esmagamento de soja atingiu 197,863 milhões de bushels em setembro, ante 189,810 milhões no mês anterior. A expectativa do mercado era de 186,340 milhões. Em setembro de 2024, foram 177,320 milhões de bushels.

Na terça-feira (14), o presidente dos EUA, Donald Trump, classificou o boicote da China às importações do grão como ato economicamente hostil, afirmando que pode encerrar parte das relações comerciais com o país.

Ele também citou as importações chinesas de óleo de cozinha, embora analistas avaliem que o impacto seja limitado, já que os embarques deste produto despencaram no último ano.

Contratos futuros da soja

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam estáveis a US$ 10,07 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,24 1/4 por bushel, também sem alteração.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 1,60 ou 0,58%, a US$ 275,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 50,80 centavos de dólar, com ganho de 0,23 centavo ou 0,45%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,14%, sendo negociado a R$ 5,4624 para venda e a R$ 5,4604 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4333 e a máxima de R$ 5,4713.

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Evento na CNA vai debater desafios globais e os impactos nos insumos e custos de produção – MAIS SOJA

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reúne, no dia 29 de outubro, especialistas nacionais e internacionais para discutir como os desafios do atual cenário global impactam os insumos e os custos de produção do setor agropecuário.

O evento “Benchmark Agro – Custos Agropecuários”acontece em Brasília, das 9h às 17h30, no auditório da CNA. Para participar presencialmente, os interessados devem se inscrever no link: https://cnabrasil.org.br/benchmark2025.

A programação inclui palestras sobre custos de grãos, tecnologia e tendências globais da pecuária de corte e leite e um podcast ao vivo sobre a produção de biocombustíveis e como o etanol de milho tem alterado a dinâmica regional da agricultura e pecuária.

Além disso, será lançado um estudo inédito sobre a viabilidade econômica de aquisição ou terceirização de máquinas para a safra de grãos.

A assessora técnica da CNA Larissa Mouro explicou que 17% do Custo Operacional Total da soja no Brasil é referente às operações mecânicas e depreciação de máquinas e implementos.

“Com o aumento expressivo das taxas de juros e, especialmente, dos preços de colheitadeiras, é crucial oferecer ao produtor uma análise econômica da viabilidade de aquisição ou terceirização de máquinas agrícolas para safra de grãos”, disse.

O Benchmark Agro marca o encerramento do Circuito de Resultados do Projeto Campo Futuro 2025, com a apresentação de dados de custos levantados no Brasil e comparativos com os principais competidores do país nomundo.

Confira a programação completa no link: https://cnabrasil.org.br/benchmark2025

Fonte: CNA



 

FONTE

Autor:Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Site: CNA

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