Agro Mato Grosso
Novo milho não usa fertilizante ao captar nitrogênio do ar

Esse avanço científico pode representar uma mudança de paradigma para culturas como o milho, que dependem fortemente de fertilizantes nitrogenados para suprir suas necessidades nutricionais. Novo milho não usa fertilizante ao captar nitrogênio do ar: uma revolução para o agronegócio?
Em uma descoberta promissora para o futuro da agricultura sustentável, pesquisadores identificaram uma variedade de milho capaz de capturar nitrogênio diretamente do ar, dispensando o uso de fertilizantes nitrogenados.
A novidade, apresentada no Congresso Aapresid 2021, na Argentina, por Alan Bennett, professor da Universidade da Califórnia, pode transformar a forma como o agronegócio lida com a adubação, um dos principais custos de produção.
Seria esse o fim do uso de nitrogenados no cultivo e produção do milho no mundo? Sim, é um passo importante para reduzir a dependência do fornecimento e utilização de adubos nitrogenados pela cultura. Porém, destacam os pesquisadores, que esse ainda é um processo que deve levar um tempo até a sua validação e produção em escala comercial.
O cultivo de milho é uma das atividades agrícolas mais importantes no mundo, sendo essencial tanto para a alimentação humana quanto animal, além de ser matéria-prima para a indústria. Originário das Américas, o milho se espalhou globalmente e é amplamente cultivado em países como os Estados Unidos, Brasil, China e Argentina, que são os maiores produtores do grão. O grão é altamente adaptável a diferentes climas e solos, o que permite seu cultivo em várias regiões do globo. Além disso, o milho é fundamental na produção de biocombustíveis, como o etanol, contribuindo para a diversificação da matriz energética global.
O aumento da demanda por alimentos e energia tem impulsionado sua produção, apesar de desafios como mudanças climáticas e questões de sustentabilidade agrícola. A revolução verde do milho de Sierra Mixe A variedade foi encontrada na região de Sierra Mixe, no México, onde solos pobres em nitrogênio abrigam esse milho capaz de sobreviver sem a necessidade de fertilizantes sintéticos. O grande diferencial dessa planta está na formação de raízes aéreas que continuam se desenvolvendo após a fase adulta – algo incomum nas variedades convencionais. Essas raízes produzem uma mucilagem rica em açúcares, que cria um ambiente propício para bactérias diazotróficas, responsáveis por fixar o nitrogênio da atmosfera.
“Esse milho pode obter entre 29% a 82% do seu nitrogênio diretamente do ar”, explica Bennett. O processo é semelhante ao que ocorre nas leguminosas, mas até agora, apenas essas plantas eram conhecidas por essa capacidade. Esse avanço científico pode representar uma mudança de paradigma para culturas como o milho, que dependem fortemente de fertilizantes nitrogenados para suprir suas necessidades nutricionais.
Impactos no agronegócio: economia e sustentabilidade A descoberta de Bennett e sua equipe pode trazer benefícios significativos para o agronegócio global. O uso de fertilizantes nitrogenados não apenas gera custos elevados, mas também tem um impacto ambiental significativo.
Esses insumos são produzidos a partir de combustíveis fósseis, consumindo até 2% da energia mundial e contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa. Ao reduzir a necessidade de fertilizantes, o milho de Sierra Mixe oferece uma solução mais sustentável, o que pode ser especialmente benéfico para países em desenvolvimento, onde o acesso a fertilizantes é limitado.
“Embora estejamos longe de aplicar essa capacidade em milho comercial, esse é o primeiro passo para melhorar a sustentabilidade agrícola”, ressalta Bennett. A adoção de uma cultura com essa característica poderia melhorar a segurança alimentar, ao mesmo tempo em que reduz os impactos ambientais da produção agrícola, combatendo problemas como a eutrofização dos solos, causada pelo excesso de nitrogênio. “Embora estejamos longe de aplicar essa capacidade em milho comercial, esse é o primeiro passo para melhorar a sustentabilidade agrícola”, ressalta Bennett Milho não usa fertilizante para captar nitrogênio: O caminho para o futuro O desenvolvimento de variedades comerciais de milho com essa capacidade pode demorar, mas o potencial é inegável.
Menos fertilizantes significa menos dependência de recursos não renováveis e menos poluição, além de uma produção agrícola mais viável economicamente para pequenos produtores.
Além disso, essa inovação pode abrir portas para novos avanços na engenharia genética de outras culturas que também exigem altos níveis de nitrogênio, como trigo e arroz, ampliando o impacto positivo no setor agropecuário.
Com essa descoberta, o agronegócio tem diante de si uma oportunidade de se posicionar na vanguarda da sustentabilidade, mostrando que, ao investir em tecnologia e pesquisa, o setor pode contribuir decisivamente para a solução de grandes desafios globais, como mudanças climáticas e a segurança alimentar. Em um cenário em que as pressões por práticas agrícolas mais sustentáveis crescem, o milho de Sierra Mixe surge como uma resposta promissora – uma prova de que a inovação no campo pode ser a chave para um futuro mais próspero e equilibrado.
Agro Mato Grosso
“Governo de MT proporciona oportunidades e dá poder à agricultura familiar”, afirma produtora de Tangará da Serra

Somente em 2025, serão mais de R$ 738 milhões destinados à agricultura familiar, por meio da Seaf-MT
A agricultora familiar Dalva do Nascimento, de Tangará da Serra, afirmou que o Governo de Mato Grosso tem, por meio de investimentos, oferecido oportunidades e contribuído com o desenvolvimento do segmento no Estado.
“Quando jovem, era muito difícil ter acesso a implementos agrícolas e políticas públicas. Hoje é diferente. O Governo de Mato Grosso proporciona oportunidades, acredita e investe em nós. As associações estão mais organizadas, temos acesso a equipamentos, ao mercado, à capacitação e à informação. Principalmente, temos políticas públicas de ponta. Isso dá poder à agricultura familiar. É um processo real de impacto no setor”, afirmou Dalva.
Nesta segunda-feira (28.7), é comemorado o Dia do Agricultor, e a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) vai destinar, somente em 2025, mais de R$ 738 milhões para fortalecer o trabalho de homens e mulheres do campo que cultivam alimentos. Um dos exemplos é Dalva, que trabalha com turismo rural e fornece produtos para escolas públicas.
“Essa é uma gestão que acredita na força de quem trabalha com a terra. Estamos estruturando políticas públicas com base técnica, inclusão produtiva e diálogo com os agricultores, e os resultados já são visíveis em todas as regiões de Mato Grosso”, destacou a secretária de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.
Os recursos abrangem políticas públicas de fomento, incentivo produtivo, inclusão rural, assistência técnica por meio da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), mecanização agrícola e desenvolvimento sustentável.
O governador Mauro Mendes reforçou que os investimentos são parte de um compromisso maior com a transformação social e econômica no campo. “A agricultura familiar é a base de muitas comunidades no nosso Estado. Por isso, estamos investindo com responsabilidade e planejamento, garantindo acesso ao crédito, insumos, assistência técnica e infraestrutura. O agricultor precisa de apoio para crescer, e é isso que estamos fazendo”, afirmou.
Dentre os principais programas executados, está o Fundo de Apoio à Agricultura Familiar (FUNDAAF), que vai destinar mais de R$ 151 milhões em 2025, dos quais R$ 67,7 milhões serão destinados ao crédito produtivo, com condições facilitadas, e R$ 21,4 milhões para projetos de inclusão rural não reembolsáveis, voltados às famílias em situação de maior vulnerabilidade, cujo edital está aberto para inscrições até o dia 7 de agosto.
Para o vice-governador Otaviano Pivetta, os números revelam um novo paradigma na relação entre governo e produtores rurais de pequena escala.
“Estamos promovendo autonomia e dignidade para milhares de famílias. Essa transformação só é possível porque temos uma gestão que prioriza quem realmente precisa, com ações integradas, investimento maciço e foco em resultado. A eficiência da gestão se mede pela transformação na vida das pessoas. Quando olhamos para o campo, vemos como esse apoio chega a quem realmente importa, que é nas mãos de quem planta, colhe e alimenta a população”, pontuou o vice-governador Otaviano Pivetta.
A integração com a Empaer tem sido fundamental nesse processo. A empresa atua diretamente com os produtores rurais em todo o Estado, oferecendo assistência técnica, elaboração de projetos e acompanhamento das cadeias produtivas. Além disso, a Empaer desempenha papel estratégico na execução do FUNDAAF e outros programas, que também beneficiam milhares de famílias com regularização ambiental e regularização fundiária, além de investimentos em cadeias como leite, café, cacau, mel e fruticultura.
“Nossa missão é estar lado a lado com o agricultor, desde o planejamento até a execução. Estamos presentes nos municípios com assistência qualificada, sempre respeitando as vocações locais e incentivando boas práticas produtivas e sustentáveis”, afirma o presidente da Empaer, Suelme Fernandes.
Neste Dia do Agricultor, o Governo de MT reitera seu reconhecimento a todos os produtores familiares que, com coragem e esperança, alimentam as cidades, movimentam a economia e cultivam o futuro. A política pública da atual gestão segue pautada pela valorização do trabalho no campo, pela equidade e pelo desenvolvimento sustentável de todo o território mato-grossense.
Agro Mato Grosso
MPF investiga trecho da BR-364 com altos índices de acidentes em MT | Mato Grosso

De acordo com o MPF, o objetivo é acelerar a realização de obras e outras ações estruturais que reduzam os riscos na região e evitem novas tragédias.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou uma investigação para apurar as causas dos constantes acidentes registrados no km 349 da BR-364, em Mato Grosso, e acompanhar as medidas adotadas pela concessionária que administra o trecho, Nova Rota do Oeste, e por órgãos federais para melhorar a segurança.
Em nota, a Nova Rota do Oeste afirmou que, desde que assumiu a concessão do trecho em 2024, tem investido em infraestrutura, campanhas de conscientização e serviços de resgate médico e mecânico. A concessionária destaca ainda que houve redução nos acidentes fatais, o trecho da Serra de São Vicente não registrou nenhuma morte no primeiro semestre deste ano, enquanto no mesmo período de 2024 foram contabilizados cinco óbitos.
De acordo com o MPF, o objetivo da investigação é acelerar a realização de obras e outras ações estruturais que reduzam os riscos na região e evitem novas tragédias.
Uma das principais propostas em estudo é a implantação de uma área de apoio aos motoristas, iniciativa que está sendo planejada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em conjunto com a concessionária responsável pela rodovia.
Segundo o órgão, a situação atual representa risco ao direito de ir e vir dos cidadãos e expõe os motoristas a perigos extremos. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também participa da força-tarefa, com ações educativas e reforço na fiscalização, mas o MPF alerta que essas medidas não substituem as melhorias físicas urgentes necessárias na estrada.
Agro Mato Grosso
Veja; Tabela de custos de mecanização agrícola I MT

Informações atualizadas auxiliam o produtor na gestão de máquinas e na tomada de decisão sobre investimentos
O produtor rural precisa estar sempre muito atento com a gestão de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas, cuidando de aspectos que incluem até mesmo a vida útil do maquinário. Como instrumentos essenciais para a produção rural, essas máquinas e equipamentos são fatores decisivos na lucratividade do produtor.
Especialistas explicam que a mecanização agrícola pode representar até 40% dos custos em algumas lavouras, o que justifica as recomendações técnicas para uma gestão adequada e dos equipamentos, inclusive quanto aos controles financeiros.
Para reduzir despesas e aumentar a rentabilidade, é necessário contar com dados precisos e atualizados sobre o custo operacional de cada equipamento. Com essas informações, o produtor pode tomar decisões estratégicas, como terceirizar determinadas operações ou definir o momento ideal para investir em um novo trator, por exemplo.
Justamente por conta da importância desse controle para o produtor, a Cocari publica a Tabela do Custo de Mecanização Agrícola, com informações sobre os maiores e menores valores dos equipamentos, custos com manutenção e mão de obra.
O objetivo deste trabalho é justamente auxiliar o produtor rural a tomar a melhor decisão para a sua propriedade, aumentando a eficiência e reduzindo os gastos.
Veja abaixo as tabelas do mês de junho de 2025:



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