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Com 45 anos no setor de sementes, especialista destaca avanços e alerta para novos desafios

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Ao longo de 45 anos dedicados à área de sementes, Maria de Fátima Zorato testemunhou transformações profundas na agricultura brasileira — com destaque para a evolução genética da soja, hoje o carro-chefe do setor. Segundo ela, o salto na produtividade veio acompanhado de novos desafios e da necessidade constante de atualização.

“No início, a produtividade da soja era de pouco mais de mil quilos por hectare. A partir da Lei de Proteção de Cultivares, em 1997, e com a chegada de novas tecnologias, vivemos uma revolução. E agora estamos diante de mais uma disrupção com o CRISPR”, destaca Zorato em entrevista ao Estúdio Rural deste sábado (11).

Ela ressalta que o avanço na genética exigiu melhorias nos testes de qualidade das sementes. “A qualidade das sementes, na verdade, é o coração, ela é o pulmão dentro de uma multiplicadora. Se você errar nessa qualidade com pouca semente, você vai ter um campo que não vai te responder à medida do que ela intrinsecamente pode te ajudar”, afirma.

Foto: Canal Rural Mato Grosso

Clima em meio os desafios da semente

Entre os desafios atuais, estão o crescimento indeterminado da soja, que dificulta a uniformidade da produção de sementes, e as mudanças climáticas, que tornaram o planejamento mais complexo.

“O nosso clima está muito mais complicado. Nós não temos nada mais linear. Então isso tá trazendo um agravante bastante forte”, pontua ao programa do Canal Rural Mato Grosso.

Além disso, Zorato aponta a exigência cada vez maior do mercado e o uso de tratamentos químicos mais potentes como fatores que demandam sementes com alta performance. “Hoje, precisamos atender dois senhores: o cliente, que quer resultado, e os tratamentos, que exigem qualidade para funcionar bem”.

Para ela, o caminho está na busca constante por conhecimento. “Informação está por todo lado. O desafio é transformar essa informação em conhecimento útil. É isso que faz a diferença no campo”.

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Como ficaram as cotações de soja na última segunda-feira de julho?

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O mercado de soja iniciou a semana com poucas negociações e preços oscilando de forma mista nas principais praças do país. Segundo o analista Rafael Silveira, da consultoria Safras & Mercado, nesta segunda-feira (28), a nova baixa registrada em Chicago foi compensada por prêmios firmes e pela alta do dólar, o que ajudou a sustentar as cotações internas.

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Apesar da melhora pontual nos preços em algumas regiões, o ritmo de comercialização permaneceu lento. A indústria demonstrou interesse na compra, mas o spread entre comprador e vendedor continuou elevado, o que manteve o mercado com pouca oferta.

Preços de soja por região

  • Passo Fundo (RS): subiu de R$ 132,00 para R$ 133,00
  • Santa Rosa (RS): subiu de R$ 133,00 para R$ 134,00
  • Rio Grande (RS): subiu de R$ 139,00 para R$ 140,00
  • Cascavel (PR): subiu de R$ 131,00 para R$ 132,00
  • Paranaguá (PR): subiu de R$ 138,00 para R$ 139,00
  • Rondonópolis (MT): subiu de R$ 120,00 para R$ 121,00
  • Dourados (MS): caiu de R$ 122,00 para R$ 121,00
  • Rio Verde (GO): manteve em R$ 122,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. O mercado foi pressionado pela combinação de ampla oferta mundial, a fraca demanda pelo produto norte-americano e a força do dólar frente a outras moedas.

EUA

A previsão de clima favorável às lavouras dos Estados Unidos, com diminuição do calor e ocorrência de chuvas, cria uma expectativa de grande safra no país, também influenciando de forma baixista.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 409.714 toneladas na semana encerrada no dia 24 de julho, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Na semana anterior, as inspeções de exportação haviam atingido 377.020 toneladas. Em igual período do ano passado, o total foi de 408.582 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1º de setembro, as inspeções somam 47.203.279 toneladas, contra 42.770.645 toneladas no mesmo intervalo da temporada anterior.

Contratos futuros de soja

Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 10,00 centavos de dólar ou 1%, a US$ 9,88 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,11 1/2 por bushel, perda de 9,50 centavos ou 0,93%.

Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com baixa de US$ 2,80, ou 1,02%, a US$ 269,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 56,55 centavos de dólar, com ganho de 0,06 centavo ou 0,1%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,54%, sendo negociado a R$ 5,5921 para venda e a R$ 5,5901 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5688 e a máxima de R$ 5,6063.

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Em Cuiabá, Brasil recebe líderes globais para debater o futuro da carne

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Cuiabá sediará, de 28 a 30 de outubro, o World Meat Congress, uma das principais conferências internacionais sobre proteína animal. Pela primeira vez no Brasil, o evento deve reunir delegações de mais de 20 países para discutir temas como sustentabilidade, rastreabilidade, geopolítica alimentar e inovação tecnológica na cadeia da carne.

A realização do congresso em território brasileiro reforça o papel estratégico do país no mercado global. Mato Grosso, estado anfitrião, lidera a produção nacional e exportou, apenas no primeiro semestre de 2025, cerca de 368,8 mil toneladas de carne bovina, movimentando mais de US$ 1 bilhão.

Além de painéis e palestras, a programação contará com mesas de negócios e participação de representantes de entidades da China, Canadá, Reino Unido, Dinamarca e outros mercados-chave. Entre os destaques da agenda, estão nomes como Juan José Grigera Naón, presidente do IMS, e David Hughes, do Imperial College London.

“Preparamos uma programação diversificada, que oferece aos participantes uma vitrine global de tecnologias, práticas sustentáveis e inovações”, afirma Caio Penido, presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), organizador do evento ao lado do Secretariado Internacional da Carne.


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Plano safra deve impulsionar crescimento do setor de máquinas e implementos agrícolas

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Após um ano de retração, o setor de máquinas e implementos agrícolas começa a mostrar sinais de recuperação. Em maio, as vendas somaram R$ 6,5 bilhões, um crescimento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Com o novo Plano Safra já em vigor, a expectativa é que os financiamentos ajudem a impulsionar ainda mais o setor.

Para Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Agrícolas da Abimaq, o bom desempenho é reflexo direto da safra mais favorável em 2024.

“No ano passado, tivemos uma seca muito severa, que comprometeu a safra em praticamente todo o país. A produtividade caiu e, com isso, a rentabilidade dos agricultores também. Este ano, o cenário é o oposto: a safra está indo muito bem, a produtividade aumentou e estamos conseguindo recuperar mercado”, afirma.

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Outro fator que deve contribuir para o crescimento do setor é o avanço da mecanização da agricultura brasileira, especialmente na agricultura familiar.

“Firmamos uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário para incentivar a mecanização entre os pequenos produtores. Propusemos a criação de um catálogo com as máquinas disponíveis no mercado, facilitando o acesso à informação. Sabemos que o agricultor familiar ainda enfrenta dificuldades nesse sentido”, explica Estevão.

Quanto ao impacto do tarifaço anunciado pelos Estados Unidos, o presidente da câmara setorial minimiza os efeitos diretos sobre as exportações brasileiras de máquinas agrícolas, mas alerta para impactos indiretos no setor.

“Apenas 10% das exportações brasileiras de máquinas agrícolas têm como destino os EUA, o que representa cerca de 1,3% do nosso volume total de vendas. O maior impacto será sobre o agricultor brasileiro, caso a medida se prolongue. Com uma oferta maior de produtos como café, laranja e carne bovina no mercado interno, pode haver queda nos preços. Isso reduz a rentabilidade do produtor e, consequentemente, sua capacidade de investir em máquinas”, conclui.

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