Sustentabilidade
Dólar dispara e deve aquecer preços da soja no Brasil – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de soja deve receber a influência positiva da disparada do dólar frente ao real, após Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre o produto importado do Brasil a partir de 1º de agosto. Este movimento deve trazer suporte aos preços, mesmo que a Bolsa de Mercadorias de Chicago opere com perdas moderadas neste início da manhã.
Nesta terça-feira, o mercado brasileiro de soja apresentou preços fracos, de estáveis a mais baixos. Segundo o consultor de Safras & Mercado, Rafael Silveira, a Bolsa de Chicago recuou novamente, os prêmios ajudam a compensar e o dólar avançou, mas não durante a sessão em bolsa. No interior, os preços cederam, mas pouco, e ainda seguem bem acima da paridade de exportação. “O Basis está muito alto, os produtores seguram o produto. Há poucas indicações, com negócios em melhores volumes ocorrendo no porto Paranaguá, Rio Grande e Santos. Interior bem fraco, sem ofertas e indústrias pouco compradas”, apontou.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 129,00 para R$ 128,00. Em Santa Rosa (RS), a cotação baixou de R$ 130,00 para R$ 129,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço se manteve estável em R$ 135,00 por saca.
Em Cascavel (PR), a saca caiu de R$ 131,00 para R$ 129,00. No porto de Paranaguá (PR), o preço ficou estável em R$ 134,00 para a saca.
Em Rondonópolis (MT), o valor da saca caiu de R$ 117,00 para R$ 116,00. Em Dourados (MS), o preço baixou de R$ 119,00 para R$ 118,00 a saca. Já em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 117,00.
CHICAGO
* A Bolsa de Mercadorias de Chicago tem queda de 0,24% na posição novembro/25, cotado a 10,04 3/4 centavos de dólar por bushel.
* O mercado busca um movimento de recuperação técnica na véspera da divulgação do relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para esta sexta-feira (11), com novas estimativas de oferta e demanda global de grãos. A oleaginosa vem de três sessões consecutivas de queda.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra alta de 1,84%, a R$ 5,6040. O Dollar Index registra alta de 0,02%, a 97,583 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia encerram em sentidos opostos. Xangai, +0,48%. Tóquio, -0,44%.
* A maioria das bolsas na Europa opera com ganhos. Paris, +0,36%. Frankfurt, -0,02%. Londres, +0,98%.
* O petróleo com preços mais baixos. Agosto do WTI em NY: US$ 67,86 o barril (-0,76%).
AGENDA
—–Quinta-feira (10/07)
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
—–Sexta-feira (11/07)
– Alemanha: A leitura revisada do índice de preços ao consumidor de junho será publicada às 3h pelo Destatis.
– Reino Unido: A leitura mensal do PIB de maio será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.
– Reino Unido: A leitura da produção industrial de maio será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.
– Reino Unido: O saldo da balança comercial de maio será publicado às 3h pelo departamento de estatísticas.
– AIE: O relatório mensal de petróleo será publicado às 4h pela AIE.
– Relatório de oferta e demanda mundial e norte-americana de grãos – USDA/Wasde, 13h.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
– China: O saldo da balança comercial de junho será publicado à meia-noite de sábado pela alfândega.
Fonte: Rodrigo Ramos / Safras News
Sustentabilidade
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Biodiversidade de Mato Grosso é destaque na maior feira mundial de observação de aves

Evento internacional reúne operadores e entusiastas de viagens voltadas à vida selvagem e conservação ambiental
Com um dos maiores potenciais de biodiversidade do Brasil, Mato Grosso participou da Global BirdFair 2025, realizada de 11 a 13 de julho, em Rutland, no Reino Unido, com o objetivo de fortalecer sua presença no turismo internacional de natureza e se consolidar como destino de safári e observação de aves.
O evento é considerado a principal feira mundial dedicada à avifauna e à conservação ambiental, reunindo operadores, especialistas e entusiastas do ecoturismo de diversos países.
Abrangendo Pantanal, Cerrado e Amazônia, Mato Grosso reúne condições únicas para o ecoturismo, com experiências que vão desde o avistamento da arara-azul nas planícies pantaneiras até a busca pelo som encantador do uirapuru em meio à floresta amazônica.
Representando a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), a superintendente de Política e Promoção do Turismo, Júlia Assis, participou da programação com foco em promover o estado como um dos destinos mais promissores da América do Sul para o birdwatching e o ecoturismo de safári.
“Quando a gente mostra os nossos biomas, a nossa extensão territorial e a nossa quantidade de espécies registradas aqui no nosso estado, impressiona. Em Mato Grosso, nós temos 909 espécies registradas. Então eu tenho certeza que a gente vai conseguir atrair com mais potência esse turista para vir para cá e conhecer seja Pantanal, seja Cerrado, seja Amazônia, porque a nossa diversidade de espécies é um potencial”, afirma.
Além de reunir características ecológicas excepcionais, o estado também tem investido na estruturação do turismo internacional. Um exemplo disso é o reconhecimento do Cristalino Lodge, em Alta Floresta, que possui representante no Reino Unido e articula diretamente com os turistas britânicos.
A presença na feira integra uma agenda estratégica de promoção do turismo internacional, coordenada pela Sedec em parceria com a Embratur. Dados recentes apontam que o número de turistas estrangeiros entrando diretamente em Mato Grosso aumentou mais de 19% em 2024, tendência que se mantém forte em 2025.
Próxima parada: Nova York
As ações de divulgação internacional continuam no segundo semestre, com a participação do estado na Galeria Visit Brasil, que será realizada entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro, em Nova York (EUA).
Durante o evento, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul se reúnem para promover o pantanal como destino de safári sul-americano, com destaque para espécies emblemáticas como onça-pintada, lobo-guará e tamanduá-bandeira, além de apresentar ao público norte-americano elementos culturais e gastronômicos da região.
Sustentabilidade
Polinização por abelhas e animais contribui com até 25% do valor da produção do agro

A polinização animal tem ganhado protagonismo na produção agropecuária brasileira. Segundo estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a contribuição dos polinizadores como abelhas, borboletas e morcegos representou, em média, 16,14% do valor da produção agrícola e extrativista do Brasil em 2023 — um aumento em relação aos 14,4% registrados em 1996.
Nos cenários mais favoráveis, essa participação pode chegar a 25% do valor total da produção nacional. O estudo “Contribuição dos Polinizadores para as Produções Agrícola e Extrativista do Brasil 1981-2023” considerou dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) e da Produção da Extração Vegetal e Silvicultura (PEVS).
Dos 89 produtos analisados, 48,3% têm algum grau de dependência da polinização animal. O efeito é mais acentuado nas culturas permanentes, como frutas e café, e no extrativismo vegetal, com destaque para o açaí e o babaçu.
Em 2023, a contribuição dos polinizadores no extrativismo alcançou 47,2%, mais que o dobro do índice observado em 1996 (21,8%). Nas lavouras permanentes, o índice ficou em 38,7%, enquanto nas temporárias, como soja e feijão, chegou a 12%. Apesar disso, os cultivos temporários dominam a área plantada e a produção nacional.
Soja: baixa dependência, mas alta influência
Principal cultura temporária do Brasil, a soja possui dependência considerada modesta da polinização. Ainda assim, por seu elevado volume de produção e expansão territorial, ela contribui significativamente para a ampliação da área agrícola com algum nível de dependência de polinizadores.
A soja aparece entre os cinco principais produtos com dependência de polinizadores em todas as regiões do Brasil.
Mesmo com dependência modesta dos polinizadores, devido ao volume produzido e valor de produção, a expansão da soja para além de suas áreas tradicionais de cultivo, na região Sul, teve duas consequências: por um lado, contribuiu para o aumento da área ocupada por culturas que dependem de polinizadores e, por outro, substituiu cultivos com maior dependência desses agentes, reduzindo a participação de produtos associados à polinização animal, especialmente aqueles de menor valor comercial.
Na região Norte, o açaí – com alta dependência de polinização – é o principal destaque. Já no Nordeste, frutas como manga, cacau e uva se sobressaem. No Sudeste, produtos como o café e a laranja lideram a lista. No Sul, a maçã é uma das mais dependentes da polinização. E no Centro-Oeste, soja e algodão dominam, mesmo com dependência modesta.
Municípios mais dependentes de polinizadores crescem no Brasil
Entre 1996 e 2023, houve aumento de quase 6 pontos percentuais na proporção de municípios cuja produção agrícola e extrativista depende, em mais de 5%, da polinização. O Nordeste, com sua forte produção de frutas, foi a região com maior destaque nesse crescimento.
O estudo do IBGE destaca que até mesmo culturas de menor expressão nacional podem ter impacto estratégico local. “Além de contribuírem para a agricultura, os polinizadores são vitais para a manutenção dos ecossistemas”, reforça Leonardo Bergamini, analista do IBGE.
Mais da metade da área colhida tem dependência modesta
Em 2023, 53,5% da área colhida no Brasil era ocupada por produtos classificados com dependência modesta de polinização, como soja e feijão. A expansão dessa classe é um dos destaques da série histórica, que aponta crescimento constante desde 1975.
Nas lavouras permanentes, embora a classe com dependência modesta represente apenas 19,4% dos produtos, ela ocupa 41,2% da área plantada — com destaque para o café arábica e a laranja. Já as classes com alta ou essencial dependência, como o cacau e o caju, têm ampliado sua área cultivada ao longo dos anos.
Produtos dependentes de polinização representam 17,6% da produção
Apesar de a maioria da produção agrícola brasileira (82,4%) ainda ser formada por produtos sem dependência de polinizadores, o grupo com dependência modesta já responde por 15,9%. As classes com alta ou essencial dependência somam 1,6%, mas são fundamentais para determinadas regiões e produtos estratégicos.
No extrativismo, mais de 40% da quantidade coletada vem de produtos com dependência alta ou essencial, como açaí e babaçu. Embora a erva-mate — sem dependência de polinizadores — continue sendo o produto mais coletado, a tendência é de crescimento das culturas dependentes.
Ameaças aos polinizadores exigem atenção
A crescente dependência da polinização animal contrasta com a redução das populações de polinizadores, ameaçadas por perda de habitat, uso de agrotóxicos, doenças, mudanças climáticas e espécies invasoras.
“Garantir a continuidade desse serviço essencial exige investimentos em pesquisa e políticas públicas”, conclui Bergamini.
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