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Sustentabilidade

Trigo/RS: Semeadura alcançou 50% da área projetada no Estado – MAIS SOJA

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As chuvas recorrentes nas últimas semanas atrasaram a semeadura. Contudo, no período, os produtores aceleraram a operação para aproveitar o tempo firme entre 23 e 27/07, e chegaram a 50% da área projetada. Nas lavouras implantadas, a emergência das plantas ocorre de forma relativamente uniforme, com bom estande inicial e sem prejuízos significativos observados.

A necessidade de replantio tem sido pontual, restrita a áreas de borda com maior declividade, especialmente onde houve dessecação pré-semeadura, erosão laminar e sulcos por enxurradas. Nas lavouras onde se adotou a semeadura de culturas outonais logo após a colheita da soja, os danos erosivos foram minimizados. No entanto, o pleno estabelecimento dos cultivos segue condicionado ao regime de chuvas nas próximas semanas.

No Oeste do Estado, em áreas mais arenosas e de práticas conservacionistas insuficientes, como terraços ou semeadura em nível, houve maiores perdas de solo, de sementes e de nutrientes. Nesses locais, foram realizadas intervenções paliativas para viabilizar o replantio. Porém, mesmo nas áreas não afetadas diretamente por processos erosivos, o potencial produtivo poderá se reduzir em razão da lixiviação de nutrientes e do estresse por encharcamento do solo. Esse cenário tem comprometido o perfilhamento das plantas e inviabilizado a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura no momento fisiologicamente mais apropriado.

O tempo seco, aliado às temperaturas mais baixas, tende a favorecer a intensificação da semeadura dentro do período estabelecido pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). Também será possível retomar os tratos culturais, como controle de plantas daninhas e aplicação de adubação nitrogenada em cobertura e preventiva de fungicidas.

A previsão de área cultivada no Estado, conforme a Emater/RS-Ascar, é de 1.198.276 hectares. A estimativa inicial de produtividade é de 2.997 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, em Itacurubi, o plantio do trigo foi concluído antes das intensas chuvas. Contudo, dos 6.550 hectares semeados estima-se que cerca de 1.000 hectares necessitarão de replantio, condicionado à melhoria das condições de acesso às lavouras. Em Itaqui, aproximadamente 40% foi efetivamente plantado; desses, em torno de um terço deverão ser replantados devido à falhas severas de estande, provocadas pelas precipitações. Em São Borja, o plantio segue atrasado, e provavelmente não será possível concluir a operação dentro do período do Zarc (até 20/07). A área, inicialmente estimada em 30.000 hectares, pode ser reduzida em função dos atrasos e dos danos causados pelas chuvas. Até o momento, 40% foram semeados.

Em Manoel Viana, o período foi dedicado à recuperação de áreas afetadas por erosão e ao replantio em talhões com estande comprometido. A intenção de cultivo permanece em 11.000 hectares, restando cerca de 40% a serem implantados. Na região da Campanha, neste mês de julho — período localmente preferencial para a semeadura de trigo — intensificaramse os trabalhos de preparo do solo e dessecação, visando ao estabelecimento das lavouras. A diminuição da umidade no solo permitiu o início da semeadura, apesar da impossibilidade de acesso a áreas com drenagem deficiente. Em Aceguá, foram implantados 40%. Em Hulha Negra, o avanço foi menor, atingindo apenas 15%.

Na de Caxias do Sul, a semeadura permaneceu suspensa. No mês de junho, ocorreram chuvas em 16 dias, totalizando aproximadamente 500 mm. Essa condição inviabilizou a operação, provocando atraso no cronograma de plantio. Embora o adiamento ainda não comprometa o potencial produtivo da cultura, poderá retardar a semeadura da soja em sucessão.

Na de Erechim, a semeadura abrange cerca de 80% da área estimada. Se o tempo firme persistir, os trabalhos deverão avançar rapidamente, aproximando-se da finalização.

Na de Frederico Westphalen, o excesso de umidade no solo impediu o avanço significativo da semeadura, e restam 54% a serem implantados. As fortes precipitações podem comprometer o estande das lavouras recém-semeadas, especialmente em áreas afetadas por processos erosivos. Nos cultivos já estabelecidos, o desenvolvimento vegetativo foi limitado pela baixa luminosidade.

Na de Ijuí, a semeadura avançou pontualmente durante breves intervalos entre as chuvas, apesar da elevada umidade do solo. Na Região Celeiro, as lavouras implantadas no cedo se encontram em perfilhamento, e foram realizadas práticas de manejo, incluindo a adubação nitrogenada em cobertura.

Na de Pelotas, aproximadamente 30% da área estimada para a safra foi semeada. As lavouras encontram-se em pleno desenvolvimento vegetativo.

Na de Santa Rosa, o plantio foi prejudicado pela sequência de chuvas, alcançando 64%, índice considerado em atraso em relação a safras anteriores. As lavouras estão em desenvolvimento vegetativo. Contudo, houve redução no vigor e no crescimento foliar devido à baixa luminosidade, causada pelo tempo chuvoso e nublado, que afetou a capacidade fotossintética e o potencial de rendimento da cultura.

Na de Soledade, a semeadura avançou pouco em razão do excesso de umidade no solo, chegando a 50%. Apesar do tempo firme e da presença de sol em alguns dias, não foi possível o trânsito de maquinário. O cenário se assemelha ao da safra anterior, quando grande parte da semeadura foi efetuada em julho, ainda dentro do período estabelecido pelo Zarc. As lavouras já implantadas apresentam emergência e estabelecimento adequados. No entanto, as chuvas intensas causaram processos erosivos em diversas áreas, especialmente em baixadas com concentração de enxurradas. Conforme o Zarc, a semeadura encerra em 20/07 para a maioria dos municípios da região, e em 31/07 para localidades de maior altitude, como Encruzilhada do Sul, Soledade e Barros Cassal.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, ocorreu redução de 0,14% quando comparado à semana anterior, de R$ 70,60 para R$ 70,50. Em Cruz Alta, o preço para produto disponível manteve-se em R$ 78,00.

Confira o Informativo Conjuntural n° 1874 completo, clicando aqui!

Fonte: Emater RS



 

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Autor:Informativo Conjuntural 1874

Site: Emater RS

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Sustentabilidade

Soja/Cepea: Argentina amplia imposto de exportação, e preços sobem – MAIS SOJA

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Os preços internos e externos da soja estão em alta neste começo de julho. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem do aumento das alíquotas de exportação (retenciones) na Argentina, tendo em vista que esse cenário tende a redirecionar parte da demanda internacional aos Estados Unidos e ao Brasil.

De acordo com a Bolsa de Rosário, em 27 de junho, o governo da Argentina oficializou taxas, ou “retenciones”, mais altas para alguns produtos agrícolas, como a soja e seus derivados. Com isso, desde 1º de julho, passou a vigorar a taxa de 33% para a soja, contra 26% desde janeiro, e de 31% para o farelo e para o óleo de soja, acima dos 24,5% praticadas até 30 de junho. No mercado doméstico, a queda do dólar acabou limitando as altas das cotações – a moeda norte-americana desvalorizada tende a desestimular as exportações nacionais. Em junho, o dólar foi cotado à média de R$ 5,53, a menor desde junho/24.

Fonte: Cepea



 

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Autor:Cepea

Site: CEPEA

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USDA reduz números de soja nos EUA e Brasil em ‘modo turbo’ na comercialização

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O ritmo dos negócios da soja no Brasil em junho apresentou boa evolução, com preços oscilando em uma margem estreita, próxima da estabilidade. Os dados divulgados pela consultoria Safras & Mercado apontam que, apesar da queda dos preços em Chicago e do dólar mais baixo, os prêmios positivos no mercado interno superaram esses efeitos, favorecendo a continuidade das negociações.

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Com a ampla oferta da commodity, o produtor brasileiro tem aproveitado o momento para avançar nas vendas, garantindo maior rentabilidade. No cenário internacional, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou uma redução na área plantada naquele país, dentro das expectativas do mercado e com impacto limitado nas cotações globais.

Conforme o relatório da consultoria, com dados até 4 de julho, a comercialização da safra brasileira 2024/25 já alcança 69,8% da produção projetada, avanço em relação aos 64% registrados em 6 de junho. No mesmo período do ano passado, o percentual era de 77,5%, enquanto a média dos últimos cinco anos para o período é de 82,1%. Considerando uma safra estimada em 172,45 milhões de toneladas, isso equivale a 120,43 milhões de toneladas comercializadas até agora.

Além disso, a comercialização antecipada, que inclui soja que ainda será colhida na safra 2025/26, representa 16,4% da produção projetada, ou 25,28 milhões de toneladas, um avanço em relação aos 10,8% registrados em 6 de junho. No ano passado, o percentual era de 18,2%, com média histórica de 23,2%.

No cenário dos Estados Unidos, o USDA estimou que a área plantada com soja em 2025 totalizará 83,4 milhões de acres, 4% menor que os 87,05 milhões de acres cultivados em 2024. O número ficou ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, que apontava para 83,65 milhões de acres, e também inferior à estimativa do relatório de intenções de plantio divulgado em março, que indicava 83,495 milhões de acres.

A redução ou estabilidade da área ocorreu em 25 dos 29 estados produtores, refletindo ajustes regionais e tendências de mercado. Em relação aos estoques trimestrais de soja em grão dos EUA, dados de 1º de junho indicam um total de 1,008 bilhão de bushels, volume 4% superior ao do mesmo período de 2024 e acima da expectativa do mercado, que era de 971 milhões de bushels.

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Análise Ceema: Cotações do milho subiram nesta semana, fechando a quinta-feira em US$4,31 em Chicago – MAIS SOJA

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Por Argemiro Luís Brum

A cotação do milho, para o primeiro mês em Chicago, igualmente subiu nesta semana, com o bushel do cereal fechando a quinta-feira (03) em US$ 4,31, contra US$ 4,09 uma semana antes. A média de junho ficou em US$ 4,30/bushel, registrando um recuo de 4,2% sobre a média de maio.

O relatório de plantio, divulgado no dia 30/06, confirmou um aumento de área semeada nos EUA em 5% sobre o ano anterior, enquanto os estoques, na posição de 1º de junho, somaram 117,9 milhões de toneladas, significando um recuo de 7% sobre a mesma época de 2024.

Enquanto isso, no Brasil os preços do milho cederam mais um pouco. A média gaúcha fechou em R$ 62,45/saco, enquanto nas principais praças o produto ficou em R$ 60,00. Nas demais regiões do país os valores oscilaram entre R$ 45,00 e R$ 63,00/saco.

Dito isso, a Stone X avança que a safra de verão brasileira teria ficado em 25,6 milhões de toneladas, enquanto a segunda safra seria de 108,2 milhões (em números revisados). Assim, a produção total de milho, em 2024/25, chegaria a 136,1 milhões de toneladas (incluindo pouco mais de 2 milhões de toneladas da terceira safra nacional). Diante disso, o consumo interno seria de 89,5 milhões de toneladas, sustentado pela produção de etanol. Já as exportações somariam 42 milhões de toneladas.

Por outro lado, a colheita de milho da safrinha teria chegado a 19,5% da área semeada, contra 47,1% no ano passado nesta época e 27,3% na média histórica (cf. PátriaAgroNegócios).

Já a colheita no Centro-Sul brasileiro teria alcançado a 18% da área até o dia 26/06, contra 49% no mesmo período do ano anterior (cf. AgRural). Para esta consultoria, a safrinha chegaria a 103 milhões de toneladas e a produção total nacional alcançaria a 130,6 milhões de toneladas.

E a Conab informa que, até o dia 28/06, apenas 17% das lavouras da segunda safra haviam sido colhidas no país todo, contra 47,9% no mesmo período do ano passado e 28,2% na média das últimas cinco safras. A destacar que as recentes geadas provocaram prejuízos nas lavouras do Paraná.

Neste sentido, o Deral indicou que 68% das áreas a colher estavam em boas condições, 18% regulares e 14% como ruins.

Por sua vez, o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) indicou que o preço médio do saco de milho no Mato Grosso fechou a semana anterior em R$ 39,84, deixando o produto abaixo dos R$ 39,91/saco estipulado como mínimo pela Conab. Lembrando que, quando o preço médio fica abaixo do Preço Mínimo, o governo pode intervir com políticas públicas como leilões para formação de estoque regulador, a fim de assegurar uma remuneração mínima ao produtor.

Enfim, estudos recentes indicam que, em relação a safra 2025/26, a combinação de custos elevados, oscilações cambiais e incertezas no mercado internacional tem preocupado especialistas e agricultores, especialmente nas regiões do Cerrado, Sul e Sudeste do país. Como o Brasil importa entre 70% a 75% dos feritilizantes que consome, um aumento de 10 centavos na taxa de câmbio pode significar quase R$ 5,00 a menos no preço do saco de milho (cf. Céleres). Em tal contexto, os produtores precisam de um rigoroso planejamento financeiro para fazer frente aos desafios do mercado do milho, o que vale igualmente para a soja e o trigo.

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 

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