Connect with us

Business

Governo libera R$ 516,2 bilhões em recursos para a safra 25/26

Published

on

O governo federal anunciou nesta terça-feira (1º) a destinação de R$ 516,2 bilhões ao Plano Safra 2025/2026 para a agricultura empresarial. O montante representa um aumento de R$ 8 bilhões em relação ao ciclo passado.

O governo, conforme o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, diante do cenário de juros elevados, priorizou as linhas de custeio e comercialização, que passam de R$ 401,3 bilhões para R$ 414,7 bilhões, enquanto que os recursos para investimentos recuaram de R$ 107,3 bilhões para R$ 101,5 bilhões, visto a cautela dos produtores rurais.

“Muito difícil a gente fazer esse plano safra recorde e uma Selic de 15%. E ainda assim, com todas essas dificuldades, o aumento das taxas de juros foi de 1,5 a 2 pontos percentuais (abaixo da Selic). O governo absorveu o aumento da Selic com equalização, fazendo com que o Plano Safra siga recorde e que continue estimulante. ninguém gosta de pagar juro alto”.

O ministro destacou ainda que entre 2022 e 2025 os recursos destinados para o Plano Safra da agricultura empresarial cresceram 42%. Em 2022 haviam sido liberados R$ 364 bilhões. “Fazer um Plano Safra desta magnitude significa super safra”.

Conforme o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Plano Safra vai além dos R$ 516,2 bilhões e do sucesso do país em aumentar a sua capacidade produtiva ou da quantidade de mercados que têm conseguido abrir.

“O sucesso é o aprendizado de todos nós. É o aprendizado de que cuidamos, de fazer a preservação adequada e necessária do país, da preservação das nossas nascentes. De começarmos a cuidar da recuperação da terra degradada. Com o tempo vamos percebendo que estamos produzindo mais em menos hectares. Estamos ganhando mais, porque aumentamos a qualidade dos produtos”, disse o presidente.

Segurança e sustentabilidade no campo

Entre as mudanças e novidades realizadas no novo Plano Safra está a exigência no crédito rural de custeio agrícola a observância das recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, antes restrita a operações de até R$ 200 mil contratadas por agricultores familiares do Pronaf com enquadramento obrigatório no Proagro, a exigência agora se estende a financiamentos acima desse valor e a contratos em que o Proagro não é exigido.

O intuito, frisa a pasta, é evitar a liberação de crédito fora dos períodos indicados ou em áreas com restrições, contribuindo para maior segurança e sustentabilidade na produção. A exceção ocorre somente nos casos em que não houver zoneamento disponível para o município ou para a cultura financiada.

Ainda entre as mudanças e novidades, está a autorização para o financiamento de rações, suplementos e medicamentos adquiridos até 180 dias antes da formalização do crédito, o que flexibiliza o acesso aos insumos.

Outra novidade é que o crédito de custeio poderá ser destinado à produção de sementes e mudas de essências florestais, nativas ou exóticas, valorizando iniciativas voltadas à preservação ambiental. A pasta salienta ainda que também será permitido o financiamento de insumos e tratos culturais voltados ao cultivo de plantas utilizadas para cobertura e proteção do solo no período de entressafra, incentivando práticas agrícolas sustentáveis.

O novo Plano Safra também traz medidas que facilitam a renegociação de dívida, além de acesso a condições diferenciadas, como juros reduzidos, aos produtores que adotarem práticas sustentáveis. O Plano Safra 2025/2026 também oferece crédito para produção de mudas, reflorestamento e culturas de cobertura, que ajudam a preservar o solo entre uma safra e outra.


Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.

Continue Reading

Business

Café brasileiro luta para se encaixar na lista de exceções à tarifa dos EUA

Published

on

Com o anúncio oficial sobre as tarifas de 50% para produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, feito nesta quarta-feira (30) em decreto assinado por Donald Trump, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) afirmou que seguirá em tratativas com seus pares norte-americanos, como a National Coffee Association (NCA).

O objetivo será que o produto passe a integrar a lista de exceções elaborada pela Casa Branca, a exemplo do suco de laranja, das castanhas, minérios, aviões, produtos celulósicos e de madeira.

“Na relação comercial cafeeira entre EUA e Brasil, as nações são imprescindíveis uma à outra, uma vez que os cafés brasileiros representam uma fatia superior a 30% do mercado cafeeiro norte-americano, sendo o principal fornecedor ao país, ao passo que os EUA respondem por 16% das exportações do produto nacional, sendo o principal destino de nossas exportações”, diz a nota do Cecafé.

O Conselho ressalta que o café também é de suma relevância aos Estados Unidos, haja vista que 76% do povo norte-americano consome a bebida. Além disso, estudos mostram que a população do país gasta cerca de US$ 110 bilhões em café e itens relacionados (US$ 301 milhões por dia) ao ano.

De acordo com estudo conduzido pela Technomic, em 2022, o café é responsável por mais de 8% do valor de toda a indústria de serviços alimentícios no país da América do Norte.

“A indústria cafeeira norte-americana sustenta mais de 2,2 milhões de empregos no país, gerando mais de US$ 101 bilhões em salários, o que beneficia todos os estados e comunidades locais. Além disso, a cada US$ 1 que os EUA importam de café, são injetados outros US$ 43 na economia norte-americana, fazendo com que o setor movimente US$ 343 bilhões ao ano, montante que representa 1,2% do PIB dos Estados Unidos”, sustenta a nota do Cecafé.

“Diante da relevância do café aos consumidores e à economia norte-americana, entendemos que se faz necessária a revisão da decisão de taxar os cafés do Brasil – ato que implicará elevação desmedida de preços e inflação, uma vez que esses tributos serão repassados à população americana no ato da compra –, medida pela qual seguiremos trabalhando junto a nossos parceiros nos Estados Unidos, de maneira que consigamos lograr êxito no sentido de, ao menos, o café ser incluído entre os produtos que fiquem isentos da tributação de 50%”, finaliza o texto do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.

Continue Reading

Business

Receita com vendas internas de máquinas agrícolas cresce 20,4% no primeiro semestre

Published

on

As vendas internas de máquinas agrícolas renderam R$ 5,526 bilhões em junho. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o valor é 10,4% maior do que o mesmo mês do ano passado. Nos primeiros seis meses do ano, foram R$ 28,890 bilhões, uma alta de 20,4%.

A receita com exportações teve avanço de 10,9% em junho ante maio, somando US$ 137,06
milhões. No primeiro semestre do ano, foram US$ 746,26 milhões. Já a receita líquida total, somou US$ 6,286 bilhões em junho, uma queda de 3,6% frente ao mês anterior. Nos primeiros seis meses de 2025, atingiram US$ 33,199 bilhões, um avanço de 20,7%.

Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!

Em unidades, as vendas internas de tratores e colheitadeiras subiram 11,1% em junho. No mês, foram 4.953 unidades, contra 4.460 em junho de 2024. No acumulado de 2025, as vendas internas somam 25.066 unidades, alta 19,1% ano a ano. As exportações mensais tiveram baixa de 22,2%, passando de 559 para 435 unidades. As vendas externas caíram 13,5% em 2025, somando 2.349 unidades.

Colheitadeiras

Especificamente, foram vendidas 367 unidades de colheitadeiras em junho de 2025, 63,8% acima das 224 unidades de maio. No mesmo mês de 2024, foram 255 unidades, uma alta de 43,9%. No acumulado de 2025, a alta é de 6,7%, somando 1.472 unidades.

As exportações de colheitadeiras somaram 24 unidades em junho, contra 13 unidades em maio e 41 unidades no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, são 143 unidades exportadas, 35% abaixo das 220 em igual momento de 2024.

Tratores

Para os tratores, foram vendidas internamente 4.586 unidades, 1,7% acima de maio e 9,1% do mesmo período do ano passado. No acumulado de 2025, o avanço é de 20%, somando 23.594 unidades.

As exportações de tratores somaram 411 unidades em junho, contra 524 unidades em maio e 518 unidades no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, são 2.206 unidades exportadas, 11,6% abaixo das 2.496 unidades em igual momento de 2024.

Continue Reading

Business

cenário segue incerto às vésperas do tarifaço

Published

on

Às vésperas do início da tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre a importação de produtos brasileiros, o setor cafeeiro nacional segue marcado por incertezas. Essa é a avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Segundo pesquisadores do instituto, os preços domésticos têm acompanhado os movimentos das Bolsas de Nova York e Londres, com oscilações associadas à atuação especulativa de fundos, que vêm ampliando suas posições compradas diante da possibilidade de aumento das cotações, caso a tarifa entre em vigor nesta sexta-feira, 1º. 

Pesquisadores ressaltam que não há, até o momento, indícios claros de que os valores internos estejam recuando exclusivamente em função da medida tarifária. 

Os Estados Unidos são o principal destino das exportações de café do Brasil. Em 2024, o País respondeu por aproximadamente 23% do total comprado pelos EUA, de acordo com estatísticas da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos. 

A Colômbia representou cerca de 17% do total das importações norte-americanas, enquanto o Vietnã contribuiu com aproximadamente 4%. No segmento do café arábica, em que o Brasil também lidera os embarques aos EUA, a Colômbia, principal concorrente, permanece isenta da nova tarifação. 

Quanto ao robusta, o Vietnã negocia a aplicação de uma alíquota reduzida de 20%, frente aos 46% inicialmente previstos. 

Diante da representatividade do Brasil nas importações de café dos EUA, o Cepea avalia que a eventual entrada em vigor da tarifa tende a impactar não apenas a competitividade do café nacional, mas também os preços ao consumidor norte-americano e a formulação dos blends tradicionais, que utilizam os grãos brasileiros como base sensorial e de equilíbrio. 

O Brasil, por sua vez, pode ser forçado a redirecionar parte de sua produção a outros mercados. Dessa forma será necessária agilidade logística e estratégia comercial para mitigar os prejuízos à cadeia produtiva nacional.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

Continue Reading
Advertisement

Agro MT