Sustentabilidade
Controlar lagartas desde a fase ‘mariposa’ com atrativos alimentares reduz infestações, afirmam especialistas – MAIS SOJA

Há mais de dez anos no quadro de pesquisadores do IMA – Instituto Mato-Grossense do Algodão, o entomologista Jacob Crosariol Netto avalia que os atrativos alimentares para mariposas baseados na técnica “atrai-mata”, funcionam como complemento eficaz no controle de lagartas em soja, milho e algodão. “Ao evitar que mariposas depositem ovos nas lavouras, a tendência é a de haver diminuição das gerações e consequentemente da pressão de lagartas”, resume Crosariol Netto.
Segundo ele, atrativos alimentares devem ser usados em “momentos-chave”, como quando há registros de revoadas de mariposas. “A ferramenta de fato contribui para reduzir a pressão de lagartas nas áreas de cultivo.”
“Tomemos como exemplo o milho”, acrescenta o pesquisador. “Neste momento em que a cultura está com o porte alto, há mais dificuldade na aplicação de inseticidas. Com isso, a utilização dos atrativos alimentares possibilita antever a presença de mariposas. Fazemos, assim, o controle dessas mariposas quando elas depositarão ovos, um momento crucial”, ele exemplifica.
“Atualmente, há também no Mato Grosso uma migração de mariposas do milho que está secando para o algodão, que ainda está verde”, prossegue Crosariol Netto. “O atrativo alimentar visando o controle dessas mariposas tende a gerar uma redução populacional expressiva”, diz.
Uma das soluções do gênero “atrai-mata” comercializadas no Brasil, de marca Chamariz®, da companhia AgBiTech, formada por uma mistura de extratos de plantas e 2% de um inseticida, passou a ser uma das mais demandadas pelos produtores. Segundo a empresa, na safra 2024-25 a adesão a essa solução avançou para acima de 350 mil hectares.
Descrita como ferramenta de controle comportamental de lagartas, Chamariz® ganhou a adesão de grandes grupos produtores pela eficácia na eliminação de mariposas que dão origem aos principais lepidópteros dos cultivos brasileiros: Helicoverpa spp, o complexo de Spodopteras e espécies como Chrysodeixis includens e Rachiplusia nu.
“Outro benefício relevante dessa ferramenta é o fato de ela não estar atrelada ao manejo de uma única espécie de lagarta, diferentemente dos feromônios”, ressalta o pesquisador Crosariol Netto. “Vejo como uma excelente alternativa, multiespecífica para lepidópteros. Bem-utilizada, ajuda muito”, ele salienta.
Conforme o pesquisador, os atrativos alimentares “atrai-mata” constituem ainda soluções de manejo eficazes face “a um momento em que as biotecnologias não funcionam mais e moléculas inseticidas muito utilizadas nos últimos anos, como clofenapir, têm mostrado redução de desempenho devido à alta exposição”.
“Ferramentas ‘atrai-mata’ despressionam o clofenapir, podem diminuir a presença de lepidópteros, são muito bem-vindas no sistema de manejo”, continua Crosariol Netto.
Números robustos a campo
O pesquisador destaca também que diante da perda de efetividade das biotecnologias, as aplicações de inseticidas aumentaram significativamente em culturas como algodão e milho. “Saímos de uma a duas aplicações por safra para em torno de sete. O produtor que souber utilizar o ‘atrai-mata’ consegue reduzir de duas a três aplicações de inseticidas”, afirma Crosariol Netto. “‘Atrai-mata’ tem um encaixe fantástico na redução da carga de químicos”, esclarece.
Conforme a AgBiTech, análises em nível de campo realizadas pela equipe técnica da companhia compararam o desempenho de Chamariz® ao de outros atrativos alimentares. Segundo a empresa, sua solução superou em dez vezes a mistura de açúcar e metomyl. Em relação a seu principal competidor de mercado, a tecnologia da AgBiTech registrou efetividade 40% superior.
“O agricultor percebe safra após safra que controlar às pragas na forma adulta é uma alternativa estratégica e inteligente”, ressalta Pedro Marcellino, diretor de marketing da AgBiTech Brasil.
Fonte: Assessoria de Imprensa AgBiTech Brasil
Sustentabilidade
Clima seco nas Planícies dos EUA e dólar em queda impulsionam valorização de Chicago no trigo – MAIS SOJA

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou a sessão desta segunda-feira com preços acentuadamente mais altos. O dia foi marcado por uma forte alta, resultado de uma combinação de fatores positivos.
O cereal acompanhou o movimento de valorização da soja e do milho, impulsionado por um cenário mais favorável nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O clima também exerceu influência sobre o mercado: nas Planícies americanas, cerca de um terço das lavouras enfrentava condições de seca, o que gerou preocupação quanto à oferta. A valorização foi reforçada ainda pela fraqueza do dólar frente a outras moedas, fator que aumentou a competitividade do grão norte-americano no cenário internacional.
Mesmo assim, a demanda permaneceu enfraquecida. As inspeções de exportação de trigo dos Estados Unidos somaram 258.543 toneladas na semana encerrada em 23 de outubro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura norte-americano (USDA).
Na semana anterior, as inspeções de exportação de trigo haviam atingido 493.487 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 294.657 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de junho, as inspeções somam 11.463.969 toneladas, contra 9.594.643 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.
Os contratos com entrega em dezembro fecharam cotados a US$ 5,26 por bushels, alta de 13,50 centavos de dólar, ou 2,63%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em março de 2026 encerraram a US$ 5,42 por bushel, avanço de 14,00 centavos por dólar, ou 2,65%, em relação ao fechamento anterior. As demais posições subiram.
Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News
Sustentabilidade
Chicago fecha em forte alta na soja com grande expectativa de acordo entre EUA e China – MAIS SOJA

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços fortemente mais altos. A proximidade de um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China impulsionou as cotações, após a declaração de Donald Trump de que espera chegar a um denominador comum nesta semana, em sua visita à Ásia. A expectativa é que os chineses voltem a comprar soja norte-americana. A euforia fez o grão testar resistências ao longo da sessão. Para o contrato dezembro de 2025 do grão, a resistência é de US$ 10,70 por bushel, por exemplo.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.061.375 toneladas na semana encerrada no dia 23 de outubro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 1.590.264 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 2.630.651 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 6.715.111 toneladas, contra 10.643.999 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro de 2025 fecharam com alta de 25,50 centavos de dólar por bushel ou 2,44%, a US$ 10,67 1/4 por bushel. A posição janeiro de 2026 teve cotação de US$ 10,85 por bushel, avanço de 24,75 centavos de dólar por bushel ou 2,33%.
Nos subprodutos, a posição dezembro de 2025 do farelo fechou com ganho de US$ 4,10 ou 1,39%, a US$ 298,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro de 2025 fecharam a 50,77 centavos de dólar por libra-peso, elevação de 0,50 centavo ou 0,99%.
Fonte: Rodrigo Ramos / Safras News
Sustentabilidade
GreenLight Biosciences submete às autoridades regulatórias brasileiras o primeiro fungicida à base de RNA do país – MAIS SOJA

A GreenLight Biosciences, pioneira no uso do RNA para o desenvolvimento de tecnologias agrícolas sustentáveis, submeteu ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), à Anvisa e ao Ibama o primeiro produto à base de RNA pulverizável para uso agrícola no Brasil submeteu ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), à Anvisa e ao Ibama o primeiro produto à base de RNA pulverizável para uso agrícola no Brasil. Trata-se de uma solução inédita para o controle do oídio, doença causada pelo fungo Uncinula necator e que afeta de forma significativa a viticultura nacional. Esta doença fúngica se manifesta como uma camada pulverulenta branca distinta nas folhas, ramos e cachos de uva e, se não for controlada, pode comprometer gravemente a saúde da videira, reduzir a produtividade e diminuir significativamente a qualidade da fruta, afetando o amadurecimento, os níveis de açúcar e o valor de mercado.
O manejo do oídio é vital para manter as videiras saudáveis e garantir a estabilidade econômica da indústria da uva e do vinho. As estratégias de controle atuais geralmente envolvem o manejo com fungicidas, saneamento do vinhedo e seleção estratégica de variedades de uvas resistentes. O novo produto da GreenLight Biosciences visa complementar essas práticas, oferecendo um novo modo de ação, que é crucial para o manejo de resistência e para reduzir a dependência de produtos químicos existentes.
Desenvolvida com tecnologia de RNA, a inovação representa um avanço e um marco histórico para a agricultura brasileira ao reunir alta eficiência e segurança ambiental.
Segundo Giuvan Lenz, diretor de Desenvolvimento de Produto da GreenLight Biosciences, a solução reduz de forma expressiva o tempo e o custo de desenvolvimento quando comparada a defensivos químicos e sementes geneticamente modificadas. “Hoje, um produto químico leva em média oito anos e custa cerca de US$ 300 milhões para ser desenvolvido. Já o nosso processo é, em média, dez vezes mais barato, com custos atuais na ordem de US$ 30 milhões. Além disso, conseguimos encurtar o ciclo de desenvolvimento e registro significativamente”, afirma.
A tecnologia apresenta ainda um perfil diferenciado no campo. Enquanto alguns fungicidas tradicionais enfrentam restrições de aplicação durante o florescimento e deixam resíduos que dificultam exportações, o produto à base de RNA atua de forma altamente seletiva, não apresenta fitotoxicidade e não causa impacto sobre organismos não-alvo. “Como nosso produto não gera resíduos, não é exigido o estabelecimento de LMR (Limite Máximo de Resíduo), um dos fatores que mais encarecem e retardam o registro”, explica Lenz.
Esse diferencial atende diretamente às demandas de mercados importadores como a União Europeia e América do Norte, conhecidos por rigorosas exigências sanitárias e ambientais. A solução pode representar uma alternativa estratégica aos produtores, já que, enquanto outros defensivos não podem ser aplicados até várias semanas antes da colheita, a tecnologia da GreenLight Biosciences pode ser aplicada até poucos dias antes, sem risco de inviabilizar embarques internacionais.
Outro diferencial é logístico, a solução da GreenLight Biosciences não requer cadeia fria para transporte ou armazenamento, reduzindo custos e barreiras de adoção. Um produtor do Vale do São Francisco, por exemplo, não precisa investir em câmaras frias para estocar o produto. Essa praticidade aumenta a competitividade da tecnologia e a democratiza. A formulação também se destaca pela compatibilidade operacional, podendo ser misturada a outros defensivos químicos sem necessidade de manejo diferenciado.
“O produtor poderá utilizá-la exatamente da mesma forma que já trabalha com outros insumos, sozinho, em conjunto com outros produtos ou de forma intercalada com químicos convencionais. Isso facilita a adoção e garante eficiência sem alterar sua rotina no campo”, completa.
Segurança reforça perfil inovador
Outro pilar central da solução é a segurança. Segundo Lenz, o produto foi concebido com foco em segurança tanto para o aplicador quanto para o meio ambiente, com critérios técnicos definidos desde a fase inicial de desenvolvimento.
“Nossos produtos são seguros por design. No processo de seleção por bioinformática, o gene selecionado para silenciamento não pode ter nenhuma sobreposição com o código genético de humanos, mamíferos, aves, peixes ou qualquer outro organismo que não seja alvo. Isso garante, desde o princípio, a segurança do produto”, explica Lenz.
Além do cuidado nessa etapa de desenho das sequencias a serem utilizadas, a formulação prioriza o uso de componentes já aprovados para agricultura, priorizando sempre baixo impacto toxicológico. “Não faria sentido termos um RNA de fita dupla extremamente seguro e, ao mesmo tempo, adicionar surfactantes ou adjuvantes fora desse perfil de toxicologia. Toda a formulação é pensada para manter um perfil de segurança elevado”, afirma.
O produto também apresenta rápida degradação no solo sem geração de metabólitos tóxicos. Diferentemente de algumas moléculas químicas que se ligam às partículas do solo e persistem por longos períodos, a solução da GreenLight Biosciences se decompõe de forma rápida e inofensiva. Além disso, o RNA serve de alimento para micro-organismos, tornando o processo de degradação natural e rápido. Essa combinação amplia a segurança não apenas para o operador no momento da aplicação, mas também para o consumidor, os organismos benéficos, a água e a biodiversidade.
A tecnologia que chega ao Brasil não é OGM (organismo geneticamente modificado) e não altera o código genético das plantas ou de outros seres vivos. “É importante reforçar que nosso produto não modifica o genoma. Inclusive, a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) já avaliou e classificou a tecnologia como não OGM, o que nos dá respaldo para comunicar essa informação com clareza e por não ser um OGM, permite apresentar um pacote de estudos que reduz o tempo de apresentação ao processo regulatório”, destaca Giuvan e complementa: “Essa solução é segura, sustentável e não se enquadra na categoria de transgênico. Essa clareza ajuda a reduzir riscos de interpretação equivocada e a acelerar a chegada da tecnologia ao produtor brasileiro”.
Testes de campo comprovam flexibilidade e eficácia global
O processo de pesquisa começou nos Estados Unidos, com análises de bioinformática para identificar genes-alvo para o desenvolvimento da molécula de RNA. Em seguida, testes de laboratório, em placas de Petri e bioensaios iniciais, deram lugar a avaliações em plantas, em ambiente controlado de casa de vegetação. Depois, os resultados foram levados para estações experimentais próprias da companhia, na Califórnia (EUA) e em Sevilha (Espanha). A fase seguinte envolveu ensaios em diferentes regiões agrícolas, incluindo Brasil, Chile, Argentina, México e países da Europa.
Nos ensaios realizados no Brasil, especialmente no Vale do São Francisco (Bahia e Pernambuco), o produto demonstrou níveis de controle iguais ou superiores às referências químicas tradicionais. As avaliações mostraram que doses entre 16 e 20 gramas de ingrediente ativo por hectare (aproximadamente o equivalente a um ou dois sachês de açúcar aplicados em 10 mil metros quadrados) são suficientes para garantir alta eficácia.
“São doses extremamente baixas, mas que entregam resultados consistentes. Na comparação com os padrões de mercado ficamos no mesmo patamar ou até acima em determinados cenários — o que pode significar ainda, na prática, uma redução no número de aplicações de defensivos”, afirma.
No Chile, em Rancagua, região de alta incidência de oídio em uva de mesa, a dose de 20 gramas superou o desempenho dos padrões de mercado.
Próximos passos e portfólio em expansão
O lançamento no Brasil será o primeiro de uma série de produtos que a GreenLight Biosciences pretende submeter às autoridades regulatórias. Ainda neste ano, está prevista a submissão de outro produto focado no controle de ácaros, ampliando a oferta de soluções seguras e de baixo impacto ambiental no país.
Os produtos à base de RNA oferecem vantagens em termos de segurança alimentar e sustentabilidade, não deixando resíduos químicos nos alimentos e sendo seguros para aplicadores, consumidores e para o meio ambiente
“Os produtos à base de RNA apresentam vantagens em segurança alimentar e sustentabilidade, não deixam resíduo químico nos alimentos e são seguros para aplicadores, consumidores e para o meio ambiente. O uso dessas tecnologias deve contribuir decisivamente para maior produtividade e qualidade, mantendo os padrões exigidos pelos mercados interno e de exportação e posicionar o Brasil na vanguarda da inovação agrícola”, finaliza Lenz.
Sobre a GreenLight Biosciences
Fundada em 2008, a GreenLight Biosciences está na vanguarda da pesquisa com RNA na agricultura. Ao oferecer soluções baseadas em RNA eficazes e fáceis de usar para agricultores em todo o mundo, a GreenLight Biosciences está viabilizando uma produção de alimentos mais resiliente e ambientalmente protegida. Como líder em RNA para agricultura, a empresa é a única com soluções RNA registradas e aprovadas, no mundo. Inúmeras patentes protegem a plataforma de fabricação da empresa.
Fonte: Assessoria de Imprensa GreenLigth Biosciences

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