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Sustentabilidade

Estudo agroambiental de municípios mostra a importância de políticas públicas de uso da terra – MAIS SOJA

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Um estudo publicado pela Embrapa, em parceria com o Instituto Agronômico (IAC), apresenta o diagnóstico agroambiental dos municípios que abrigam os Distritos Agrotecnológicos (DAT) do projeto Semear Digital. A análise oferece uma base sólida para o planejamento de ações e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável nessas localidades. A iniciativa, que integra tecnologias digitais, produção agrícola e conservação ambiental, tem o objetivo de conciliar a demanda por alimentos com a preservação do meio ambiente e a inclusão social no campo.

Photo: Gustavo Bayma

Produzido por especialistas da Embrapa e do IAC, o estudo detalha a distribuição geográfica, características edafoclimáticas e estrutura fundiária, além de traçar a evolução histórica da produção agropecuária e mapear a dinâmica de uso da terra desde 1985. O trabalho também identifica padrões de expansão e retração agrícola, avalia pastagens degradadas e aponta oportunidades para recuperação produtiva.

Os DAT do projeto Semear Digital estão distribuídos em 10 municípios de seis estados e quatro biomas: Mata Atlântica, com Alto Alegre (SP), Caconde (SP), Jacupiranga (SP), Lagoinha (SP), São Miguel Arcanjo (SP), Ingaí (MG) e Vacaria (RS); Amazônia, com Breves (PA); Cerrado, com Guia Lopes da Laguna (MS); e Caatinga, com Boa Vista do Tupim (BA).

“Caracterizamos 10 municípios distribuídos pelos biomas brasileiros. Trata-se de uma radiografia completa, integrando dados edafoclimáticos, fundiários, de produção agropecuária e de uso da terra desses territórios. A relevância está na possibilidade de identificação dos pontos de pressão e das oportunidades de conciliar produção agrícola e conservação”, informa o analista da Embrapa Meio Ambiente Gustavo Bayma. “Em nossa análise, utilizamos exclusivamente dados públicos, e a base completa que compilamos também está aberta e acessível ao público por meio do Repositório de Dados da Embrapa (Redape). Isso garante total transparência e permite que novas análises possam ser realizadas a partir deste trabalho”, complementa Bayma.

A integração desses dados diversos e sua análise revela que os territórios analisados não podem ser tratados de forma uniforme. Cada um apresenta combinações próprias de uso da terra, pressões produtivas e condições ambientais, que resultam em cenários bastante distintos. Nesse contexto, a diversidade, longe de ser um obstáculo, destaca a importância de políticas e iniciativas locais capazes de dialogar com as especificidades de cada região, conciliando desenvolvimento econômico e conservação ambiental. Essa conclusão é reforçada pelo pesquisador da Embrapa Agricultura Digital Édson Bolfe. “O diagnóstico, gerado a partir de bases de dados geoespaciais, demonstra que os municípios apresentam realidades altamente heterogêneas em termos de uso do solo, dinâmica agropecuária e conservação ambiental. Essa diversidade reforça a necessidade de políticas públicas locais diferenciadas”, salienta ele.

A mesma perspectiva é compartilhada pelo pesquisador do IAC Glauber Gava, para quem a parceria entre as instituições foi fundamental para o sucesso do estudo. “Esta colaboração permitiu unir expertises complementares em análise ambiental, agricultura digital e manejo do solo, resultando em um diagnóstico robusto e multidimensional. O IAC, com seu histórico em pesquisa agronômica, contribuiu significativamente para a análise das características edafoclimáticas e do potencial produtivo dessas importantes regiões”, afirma.

Dessa forma, o diagnóstico agroambiental oferece um retrato multidimensional dos DATs. O estudo evidenciou a diversidade ambiental e socioeconômica desses territórios, destacando desde a dinâmica histórica do uso da terra até oportunidades concretas para intensificação sustentável. Tais resultados reforçam a necessidade de políticas públicas diferenciadas que considerem as particularidades de cada território, oferecendo uma base sólida para orientar o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira.

Aplicação prática

Sobre a aplicação prática do trabalho, a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e ponto focal do DAT de Jacupiranga (SP), Kátia Nechet, destaca que a compilação de informações é uma etapa crucial. “Este diagnóstico integrado é a base para todas as tratativas e atividades futuras nos DATs. Ele nos fornece um ponto de partida comum e embasado cientificamente para discutir, com o setor produtivo e o poder público, as melhores estratégias de intensificação sustentável e conservação ambiental específicas para cada território”, ressalta.

Com o levantamento, os pesquisadores reforçam que o diagnóstico agroambiental dos DATs vai além da simples geração de dados: trata-se de um instrumento estratégico para orientar decisões públicas, estimular a inovação no campo e promover um modelo de desenvolvimento agrícola capaz de aliar produtividade, conservação ambiental e inclusão social. Para Bayma, o valor do estudo está também em sua aplicação futura: “O diagnóstico serve como base para auxiliar a governança precisa dos DATs, orientando ações com evidências e permitindo o monitoramento do impacto das iniciativas de inovação sustentável”. A expectativa é que, ao oferecer uma base científica sólida e acessível, o estudo contribua para transformar os DATs em referências de sustentabilidade e inovação para a agricultura de pequenos e médios produtores brasileiros.

Os autores do estudo, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), são: Gustavo Bayma (Embrapa Meio Ambiente), Edson Luis Bolfe (Embrapa Agricultura Digital, Glauber José de Castro Gava (IAC), Jener Fernando Leite de Moraes (IAC), Jane Maria de Carvalho Silveira (IAC), Isabella Clerici de Maria (IAC), Regina Célia de Matos Pires (IAC), Edson Eyji Sano (Embrapa Cerrados), Taya Cristo Parreiras (Unicamp), Claudinei Oliveira dos Santos (Acelen Renováveis S.A), Victória Beatriz Soares Leandro (Unicamp), Victória Hellena Matusevicius e de Castro (Unicamp), Phillipe Marques de Rezende (IAC) e Leticia Lopes Martins (IAC).

A publicação está disponível neste link. 

A base de dados pode ser obtida no Repositório de Dados da Embrapa (Redape). 

Fonte: Eliana Lima – Embrapa Meio Ambiente



 

FONTE

Autor:Eliana Lima – Embrapa Meio Ambiente

Site: Embrapa

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Sustentabilidade

Previsão do tempo de 13/out a 28/out de 2025 para a Metade Sul do RS – MAIS SOJA

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Segunda (13/10): O ciclone está se afastando do RS, mas ainda mantém sol entre nuvens em parte da Metade Sul e rajadas de vento ainda mais fortes, principalmente na Metade Sul. Há baixo risco para chuva fraca no Sul do Estado. As temperaturas máximas devem oscilar entre 22 e 24°C.

Terça (14/10) e quarta (15/10): Predomínio do tempo seco e ensolarado em todas as regiões. As temperaturas terão gradual elevação, devendo as máximas ficar na faixa dos 23 a 26°C na terça e dos 25 a 29°C na quarta.

Quinta (16/10)sexta (17/10) sábado (18/10): Ao longo da quinta, áreas de instabilidade começam a avançar pelo Norte/Noroeste do Estado, trazendo o retorno da chuva. Pelo atual prognóstico, a chuva não deverá avançar muito para a Metade Sul, o que é uma ótima notícia para os orizicultores.

A partir de domingo, dia 19 de outubro, o tempo seco predominará sobre todo o Estado. Na maior parte da Metade Sul, essa condição se estenderá até dia 28. A exceção será em parte da Zona Sul, onde deverá chover a partir do dia 26, devido à uma frente fria que estará com lento deslocamento sobre o Uruguai.

A partir do dia 22 de outubro, as temperaturas deverão ter expressivo aumento, ultrapassando os 30°C. Com a condição de tempo mais seco, o solo secará mais rápido. Logo é um ponto de atenção para quem está, ou estará, semeando arroz.

O acumulado de chuva para 15 dias é baixo na Metade Sul, entre 5 e 20 mm. Já para a Metade Norte, os acumulados são mais elevados e estão variando entre 30 e 60 mm.

Fonte: IRGA



 

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Sustentabilidade

RS: Semeadura de Arroz no Estado avança de forma gradual – MAIS SOJA

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O relatório divulgado pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater), do Instituto Rio Grandense do Arroz aponta que o Estado do Rio Grande do Sul, até o momento apresenta 167.319 hectares de arroz semeados, 18,19% da intenção de 920.081 hectares.

A Região da Zona Sul, em que a intenção é de 156.546 hectares, é a que mais se destaca, com 101.353 ha semeados, o que representa 64,74%, os bons índices se devem as melhores condições de solo devido ao menor volume de chuvas.

Com apenas, 3,68% de semeadura, a Região da Fronteira Oeste é a que mais preocupa, uma vez que, com a intenção de 271.828 hectares, representa a região com maior área cultivada com arroz no Estado, e estando apenas, com 10.016 hectares já semeados. A expectativa é que ainda até o final do mês, os índices aumentem conforme melhores condições climáticas, caso contrário, irá representar um impacto significativo para o setor orizícola.

Na Região da Campanha, em que a intenção é de 135.635 hectare, já foram semeados 6.221 ha, o que representa 4,59%. Já na Região Central, a porcentagem é de 6,49%, ou seja, 7.836 hectares dos 120.716 ha intencionais.

Outra Região que apresenta ritmo gradual, é na Planície Costeira Interna, em que são 28.679 ha, 20,42% da intenção de semeadura de 140.469 hectares. E por fim, os dados da Planície Costeira Externa, apontam 13.214 ha já semeados, ou seja, 13,93%, da intenção de semeadura, de 94.887 hectares.

O Gerente da DATER, Luiz Fernando Siqueira, explica que o mês de outubro é o recomendado para a semeadura do arroz, e que a pausa nas recorrentes precipitações pode ser um cenário que auxilie no aumento dos números e avanço da semeadura. “Estamos apreensivos acompanhando os trabalhos, que na última semana avançou quase nada, a espera é que nos próximos dias se abra uma boa janela e que as regiões consigam semear em maior quantidade de área, principalmente, regiões com grandes percentuais de área semeada no Estado”, destaca Luiz.

Fonte: IRGA



 

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Sustentabilidade

Delegação da Namíbia realiza visita técnica ao IRGA – MAIS SOJA

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Na terça-feira, 7 de outubro de 2025, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) recebeu uma delegação da Namíbia em uma visita técnica voltada ao conhecimento sobre o processamento, beneficiamento e empacotamento do arroz no Rio Grande do Sul. A comitiva contou com representantes do Ministério da Agricultura e da Embaixada da Namíbia, interessados em conhecer as cultivares desenvolvidas pelo Instituto, os sistemas de irrigação e o trabalho de pesquisa e desenvolvimento de sementes.

A programação iniciou na Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre, onde a missão foi recepcionada pelo secretário Edivilson Brum e teve reunião conduzida pelo secretário adjunto, Márcio Madalena. Também participaram do encontro Caio Effrom, diretor do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA); Paulo Roberto da Silva, diretor do Departamento de Governança dos Sistemas Produtivos; Ricardo Felicetti, diretor do Departamento de Defesa Vegetal (DDV); e Claudio Cava Corrêa, diretor administrativo do Irga.

Durante a reunião, os representantes namibianos puderam conhecer mais sobre a importância do Rio Grande do Sul na produção de arroz. O estado é responsável por mais de 70% da produção nacional, sendo referência em tecnologia, produtividade e sustentabilidade na lavoura orizícola.

Na sequência, os visitantes participaram de um almoço com a diretoria do Irga e, no período da tarde, visitaram a Estação Experimental do Instituto, em Cachoeirinha, onde acompanharam de perto as práticas e tecnologias aplicadas ao cultivo do arroz. A atividade reforçou o interesse da Namíbia em estreitar laços de cooperação técnica com o estado e aprender com a experiência gaúcha no setor orizícola.

As informações são do Irga.

Fonte: Rodrigo Ramos / Agência Safras News



 

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