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‘Precisamos de uma política de seguro rural que ofereça mais segurança ao produtor, afirma senadora Tereza Cristina

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O segundo painel da Abertura Nacional do Plantio da Soja 2025/26, evento realizado na Fazenda Recanto, em Sidrolândia (MS), discutiu os caminhos e perspectivas do agronegócio brasileiro. Participaram Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura; Fabrício Rosa, diretor-executivo da Aprosoja Brasil; Maurício Buffon, presidente da Aprosoja Brasil; e o deputado federal Rodolfo Nogueira.

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Tereza Cristina destacou a importância de políticas estruturantes para fortalecer o setor, como a regularização das terras de fronteira e a ampliação do seguro rural. ”Acabamos de aprovar a regularização das terras de fronteira. Agora, precisamos avançar em uma política de seguro rural sólida, que traga mais segurança e reduza os juros. O governo gasta cerca de R$ 9 bilhões com o Proagro para atender pequenos produtores. Se esses recursos fossem direcionados de forma estruturada ao seguro rural, o impacto seria muito maior”, afirmou.

Fabrício Rosa apresentou Maurício Buffon como “símbolo do agricultor brasileiro”, destacando sua vivência prática e representatividade no campo. Buffon reforçou a necessidade de políticas mais eficazes para crédito, segurança jurídica e fortalecimento da produção. ”Sabemos onde está doendo para o produtor. A falta de crédito e de um seguro rural eficiente são entraves reais. Hoje, o Plano Safra não rodou e há linhas com 92% menos recursos do que no ano passado. Sem crédito e sem segurança jurídica, o produtor fica sem condições de avançar”, alertou.

Ele destacou ainda o impacto positivo de legislações recentes, como a Lei dos Bioinsumos, que permitiu a produção OnFarm, e defendeu a aprovação de uma nova lei de defensivos agrícolas. ”Se tivéssemos um seguro rural funcionando corretamente, não estaríamos falando em endividamento. Nos Estados Unidos, 89% dos produtores de soja têm seguro. Aqui, o produtor sofre com o clima e não tem essa proteção”, disse.

Tereza Cristina complementou lembrando que, enquanto os Estados Unidos destinaram US$ 60 bilhões ao seguro rural neste ano, o Brasil investiu apenas R$ 467 milhões. ”Passamos os EUA em produção de soja, mas o governo ainda acha que R$ 1 bilhão é suficiente. O setor precisa de previsibilidade e compromisso com o que foi combinado”, afirmou.

Fabrício Rosa acrescentou que o crédito rural atual não atende às necessidades do setor. ”Todo o agro está sendo asfixiado por uma linha de crédito incompatível com a realidade de produção”, avaliou.

O deputado federal Rodolfo Nogueira reforçou a urgência de políticas públicas para tornar o seguro rural mais acessível e eficiente. ”Se tivéssemos um seguro rural estruturado, não estaríamos debatendo endividamento. Precisamos baratear o seguro, como acontece nos EUA. O produtor rural precisa de estabilidade para continuar produzindo”, afirmou.

Nogueira também destacou que o endividamento rural é hoje um dos principais desafios dos produtores do Mato Grosso do Sul, agravado pelas estiagens. ”O Brasil tem tudo para ser o celeiro de alimentos do mundo. Temos clima favorável, solo fértil e um povo trabalhador. Podemos contribuir muito mais para a segurança alimentar global. Não vamos desistir da nossa missão”, reforçou.

Encerrando o painel, Tereza Cristina chamou atenção para o novo cenário global de comércio.
“O mundo não é mais o mesmo de seis meses atrás. Vivemos um novo normal nas relações comerciais, com o avanço de tarifas e barreiras. Precisamos estar atentos e articulados como setor para enfrentar esses desafios”, concluiu.

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À espera por cotações melhores, produtores de soja focam no plantio; confira os preços do dia

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O mercado brasileiro de soja começou a semana com baixa oferta e poucas indicações de negócios. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Rafael Silveira, os produtores permanecem concentrados no plantio da nova safra e mais cautelosos nas vendas, à espera de cotações mais atrativas.

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Silveira explica que não houve grandes movimentações nem no porto e nem na indústria, com prêmios praticamente estáveis. A leve alta registrada na Bolsa de Chicago (CBOT) limitou-se a ajustes técnicos, sem força para alterar o cenário doméstico. “Os preços tiveram apenas pequenas oscilações”, resume o analista.

Preços de soja no Brasil

  • Passo Fundo (RS): manteve em R$ 133,00
  • Santa Rosa (RS): manteve em R$ 134,00
  • Cascavel (PR): caiu de R$ 135,00 para R$ 134,00
  • Rondonópolis (MT): manteve em R$ 126,00
  • Dourados (MS): caiu de R$ 126,00 para R$ 125,00
  • Rio Verde (GO): manteve em R$ 126,00
  • Paranaguá (PR): manteve em R$ 138,00
  • Rio Grande (RS): manteve em R$ 139,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja fecharam em leve alta na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira. Após a queda expressiva do pregão anterior, o mercado reagiu a declarações mais conciliatórias do presidente Donald Trump e do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, que amenizaram o tom das tensões comerciais com a China.

A recuperação, no entanto, foi limitada pelo cenário fundamental, ou seja, avanço da colheita norte-americana e boas condições para o plantio no Brasil. A paralisação parcial do governo americano segue no radar e afeta a divulgação de dados importantes de oferta, demanda e embarques.

Contratos futuros

O contrato de novembro subiu 1,00 centavo de dólar (0,09%), fechando a US$ 10,07 ¾ por bushel. A posição janeiro encerrou a US$ 10,25 ¼, com ganho de 2,00 centavos (0,19%).

Nos subprodutos, o farelo para dezembro caiu US$ 0,90 (0,32%), a US$ 274,10 por tonelada, enquanto o óleo fechou a 50,60 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 0,63 centavo (1,26%).

Câmbio

O dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,80%, cotado a R$ 5,4593 para venda e R$ 5,4573 para compra, após oscilar entre R$ 5,4412 e R$ 5,4997.

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Agro Mato Grosso

Como os pulgões vencem as defesas naturais das plantas I MT

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Pesquisa revela estratégias moleculares e comportamentais para neutralizar compostos tóxicos produzidos por culturas agrícolas

Estudo detalhou como os pulgões superam os compostos tóxicos defensivos produzidos por plantas. Esses compostos, chamados metabólitos secundários (PSMs), deveriam funcionar como uma barreira natural contra pragas. Mas os pulgões desenvolvem mecanismos de resistência que reduzem a eficácia das substâncias.

Pesquisadores da Universidade de Yangzhou, na China, apresentaram revisão sobre os mecanismos fisiológicos, bioquímicos e comportamentais que permitem aos pulgões sobreviver, se multiplicar e continuar a transmitir vírus mesmo sob pressão de defesas vegetais complexas.

Enzimas contra venenos

As plantas produzem compostos químicos como terpenoides, fenóis e alcaloides que atuam como inseticidas naturais. Em resposta, os pulgões ativam enzimas de desintoxicação, como as citocromo P450, transferases de glutationa (GSTs) e UDP-glicosiltransferases (UGTs), capazes de neutralizar os efeitos tóxicos desses compostos.

O processo ocorre em três fases.

Primeiro, as toxinas sofrem transformações químicas para se tornarem mais solúveis.

Em seguida, essas substâncias são ligadas a outras moléculas que facilitam sua eliminação.

Por fim, o organismo excreta os resíduos por transportadores de membrana celular, como os ABC transporters.

<i>Brevicoryne brassicae</i> - Foto: Jesse Rorabaugh
Brevicoryne brassicae – Foto: Jesse Rorabaugh

A pesquisa destaca que as enzimas antioxidantes também ajudam os pulgões a suportar o estresse oxidativo causado pelos metabólitos das plantas. Essa combinação bioquímica contribui para a sobrevivência e reprodução dos insetos, mesmo em ambientes hostis.

Bactérias aliadas

Os pulgões também contam com bactérias simbióticas que potencializam suas defesas. Algumas dessas bactérias, como Hamiltonella defensa e Regiella insecticola, interferem nas defesas hormonais das plantas, reduzindo a produção de compostos tóxicos ou neutralizando a resposta do sistema vegetal.

Em experimentos, pulgões com determinadas bactérias simbióticas demonstraram maior sobrevivência em cultivares naturalmente tóxicos. Em casos mais extremos, essas bactérias são capazes de metabolizar inseticidas sintéticos e compostos naturais presentes em folhas e caules.

Efeito viral

Além das enzimas e das bactérias, os pulgões também se beneficiam da ação de vírus que transmitem às plantas.

Muitos desses vírus enfraquecem as defesas vegetais ao suprimir vias hormonais importantes, como as de ácido jasmônico e ácido salicílico.

O resultado é duplo: plantas menos resistentes e maior atratividade para novos pulgões. Em testes com plantas infectadas por vírus como o Turnip mosaic virus ou o Potato leafroll virus, os insetos apresentaram aumento na fecundidade e maior tempo de permanência sobre a planta.

Comportamento estratégico

O comportamento dos pulgões também contribui para o sucesso da infestação. Eles evitam tecidos vegetais ricos em compostos tóxicos e preferem variedades com menor teor de PSMs. Essa seleção ocorre durante a alimentação, quando os insetos sondam os tecidos com seus estiletes e recuam diante de sinais químicos indesejáveis.

<i>Acyrthosiphon pisum</i> - Mihajlo Tomić
Acyrthosiphon pisum – Mihajlo Tomić

Certas linhagens ou haplótipos de pulgões mostram preferência por cultivares específicas. Essa seleção reflete não apenas adaptação fisiológica, mas também uma capacidade comportamental refinada para escapar de defesas vegetais mais eficazes.

Sequestro químico

Em algumas espécies, os pulgões acumulam compostos tóxicos das plantas sem sofrer efeitos adversos. O sequestro de metabólitos secundários, como glucosinolatos e alcaloides, pode inclusive servir como mecanismo de defesa contra predadores.

O pulgão Brevicoryne brassicae, por exemplo, armazena compostos de mostarda em seu corpo e libera substâncias tóxicas quando atacado.

Esse comportamento transforma o inseto em uma espécie de “bomba química ambulante”.

Em outras espécies, como Acyrthosiphon pisum, o sequestro de compostos como L-DOPA mostrou efeitos antioxidantes e até reparação tecidual.

Outras informações em doi.org/10.1093/hr/uhaf267

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Agro Mato Grosso

Sistema CNA/Senar lança cartilha para tirar dúvidas sobre segurança e saúde no trabalho rural

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) lançaram uma cartilha com respostas às perguntas frequentes (FAQ) dos produtores e trabalhadores rurais sobre os principais pontos da Norma Regulamentadora (NR) nº 31.

A norma traz as regras sobre segurança e saúde no trabalho da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura.

O documento elaborado pela CNA está disponível no portal Senar Play, com informações que explicam o que são as NR’s, para que servem, e responde dúvidas mais complexas sobre obrigações do empregador e do trabalhador rural.

A cartilha traz ainda detalhes sobre o Programa de Gerenciamento de Riscos no Trabalho Rural, o Serviço Especializado em Segurança no Trabalho Rural e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio do Trabalho Rural (Cipatr), além de esmiuçar o uso correto do Equipamento de Proteção Individual (EPI) e as condições sanitárias e de conforto no trabalho rural.

É necessário fazer o cadastro no portal Senar Play para acessar a cartilha. Além do FAQ, o portal traz cursos de curta e média duração e outros materiais sobre a temática. Saiba mais em senarplay.org.br .

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Agro MT