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família transforma fazenda com pecuária

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Aos poucos, uma família está dando vida ao sonho de viver da renda gerada no campo. O foco principal é a pecuária de cria, que está sendo desenvolvida na fazenda que a família comprou há menos de três anos. Entre as ferramentas para tornar esse sonho real está o conhecimento repassado pelo programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATEG) do Senar Mato Grosso.

Com o olhar firme no horizonte, o casal Hélio e Gabriele e os filhos celebram a conquista com o semblante de quem planeja e acredita no futuro. Unidos no trabalho e nos sonhos, eles encaram cada dia como mais um passo rumo aos objetivos, transformando a realidade da fazenda em General Carneiro, a cerca de 450 quilômetros de Cuiabá.

A propriedade, que hoje brilha aos olhos, era bem diferente quando o casal se mudou para lá. “Eu já sabia que a propriedade tinha muito trabalho, que ela estava de aluguel”, conta o produtor rural Hélio Ribeiro Satelis ao programa Senar Transforma desta semana. Ele conta que a terra estava “quase inútil para gado”.

A situação impressionou a família. “Quando a gente chegou aqui, eu falei: ‘Cadê o pasto para colocar vaca?’”, lembra a produtora rural Gabriele Mattana Satelis. “Estava bem feia a situação, muita bagunça. A gente tinha que começar praticamente do zero”.

Foto: Israel Baumann/Canal Rural Mato Grosso

A força da união e a descoberta do Senar

Os registros da família revelam como a propriedade estava no início. O mato dominava grande parte das pastagens. Foi preciso tempo e esforço para reorganizar o espaço, mas nada abalou o entusiasmo de quem sempre batalhou para ter a própria terra. “Eu tinha um sonho de ter um pedacinho de terra um dia”, compartilha Hélio.

Outro obstáculo enfrentado foi o financeiro. Para garantir os recursos e melhorar a estrutura, Hélio não teve dúvidas e vendeu uma pequena parte da fazenda a um vizinho. E foi em uma conversa com esse vizinho que ele descobriu o programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Mato Grosso voltado para a pecuária de corte.

A princípio, Hélio confessa que pensou que a ATeG seria “mais um dia de perda de tempo”. Mas a surpresa foi grande. “Quando ele chegou na minha propriedade, eu falei: ‘Meu Deus, o que eu estava perdendo’”, revela. Para o produtor, trabalhar sem o conhecimento do Senar é “igual a você trabalhar com pano amarrado nos olhos. Você não sabe o que está gastando”.

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Foto: Israel Baumann/Canal Rural Mato Grosso

O conhecimento que vira resultados

A primeira visita do técnico do Senar Mato Grosso foi há seis meses, e as mudanças já são visíveis. O técnico de campo Paulo Henrique Rodrigues Barros fez um diagnóstico e, junto com Hélio, começou a mudar algumas rotinas.

O pasto, que era todo aberto, está sendo dividido para um melhor aproveitamento da pastagem. “Se o gado tem um melhor aproveitamento, ele consegue ganhar mais peso a curto prazo”, explica Paulo à reportagem do Canal Rural Mato Grosso.

O técnico também orientou a família a cercar as nascentes, que tinham acesso livre do gado e estavam sendo degradadas. A ideia é, no futuro, instalar bebedouros com energia solar, garantindo um ganho de peso de 20 a 30% para o rebanho.

A assistência também se estendeu à gestão. Antes, a família não tinha controle dos custos e do lucro. “Você fica naquela ‘eu sei de tudo’, mas aquilo ali é só na sua cabeça”, afirma Hélio. Hoje, toda a movimentação é anotada por dona Gabriele em um caderno. “Uma vaca pariu, a gente já anota para o caderno. Porque no final do mês o Paulo está aí perguntando o que fizemos”, ela conta.

Com a gestão e as orientações, a família passou a comercializar os bezerros por peso, e não por cabeça, garantindo mais lucro. “A gente tá trabalhando em cima do benefício para poder ter o lucro amanhã”, diz Hélio.

O supervisor regional do Senar-MT, Hatyla Marques, reforça a importância desse apoio, uma vez que o conhecimento gera mudança e transformações. Ele explica que o produtor pode ir além e adquirir mais conhecimento, com a possibilidade, por exemplo, de inseminar até 100 animais por ano através da ATeG Inseminação, que de acordo com o técnico de campo Paulo, entrará no calendário da propriedade.

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Foto: Israel Baumann/Canal Rural Mato Grosso

O orgulho da sucessão e a família como base

E por falar em futuro, a nova geração já acompanha a rotina da fazenda. Vinícius, de 14 anos, e Letícia, sua irmã, se orgulham da transformação que a propriedade vem passando. “Tenho muito orgulho do meu pai, eu sei que ele é um trabalhador, que ele trabalha para colocar o pão de cada dia na mesa”, afirma Letícia.

Vinícius já pensa em seguir o caminho do pai e até planeja estudar veterinária. “Eu mesmo posso vacinar, porque não precisa pagar um veterinário para vir, eu mesmo insemino”, conta o jovem.

O sonho de Hélio não é de “muita riqueza”, mas de ter a propriedade toda formada, bem dividida e produzindo. E ele sabe que o sucesso depende da união da família. “O meu braço direito é minha família. Eu sem minha família hoje eu não seria nada”, finaliza. Para dona Gabriele, a Fazenda Rosa de Saron é um sonho da infância que se tornou realidade. “Ela é tudo para mim. Onde eu vou estar criando meus filhos, onde eu estou vivendo com a minha família”.

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venda da pluma da safra 2024/25 em MT atinge 70%, aponta Imea

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De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a comercialização da pluma de algodão safra 24/25, em Mato Grosso, alcançou 69,97% da produção até o fim de setembro. Os números representam um avanço de 1,58 ponto percentual em relação a agosto, embora ainda estejam 6,72 pontos abaixo do mesmo período do ciclo 2023/24, quando o número era de 76,69%.

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Vendas antecipadas

As vendas antecipadas da safra 2025/26 atingiram 31,90% da produção projetada, incremento mensal de 4,64 pontos percentuais, mas ainda 0,68 ponto abaixo de setembro de 2024. O norte lidera as negociações da safra futura com 41,57% vendidos, seguido por nordeste (32,54%), médio-norte (30,97%), centro-sul (26,82%), oeste (24,59%), noroeste (20,41%) e sudeste (19,09%).

Caroço de algodão

No caroço de algodão, a safra 2024/25 registra 67,48% de comercialização, alta de 4,17 pontos no mês, mas ainda 6,61 pontos atrás do ritmo de setembro de 2023. O norte também lidera com 69,41% vendidos, seguido por médio-norte (69,51%), oeste (68,62%), nordeste (61,90%), centro-sul (60,78%), noroeste (56,76%) e sudeste (43,94%). Para a safra 2025/26, o caroço tem 21,11% já comercializados.

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Área colhida da safra 2025 terá aumento de 2,4 milhões de hectares, aponta IBGE

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A área a ser colhida na safra agrícola de 2025 deve totalizar 81,4 milhões de hectares, 2,4 milhões de hectares a mais que o desempenho de 2024, um aumento de 3%.

Os números partem do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (14).

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Em relação ao levantamento de agosto, houve uma alta de 102,7 mil hectares na estimativa da área colhida, elevação de 0,1%.

Principais culturas

O Brasil deve colher neste ano um volume recorde de soja, milho, algodão e sorgo, conforme o IBGE:

  • Soja: alta de 14,4%, para um recorde de 165,9 milhões de toneladas;
  • Milho: 20,7%, para 138,4 milhões de toneladas – milho 1ª safra: alta de 14%, para 26,1 milhões de toneladas – milho 2ª safra: aumento de 22,4%, totalizando 112,3 milhões de toneladas.
  • Arroz: 17,2%, para 12,4 milhões de toneladas;
  • Algodão: 10,6%, para um novo recorde de 9,8 milhões de toneladas;
  • Sorgo: 24,8%, para um recorde de 5 milhões de toneladas; e
  • Trigo: 3,6%, para 7,8 milhões de toneladas;
  • Feijão: queda de 0,5%, para 3,1 milhões de toneladas.

A safra agrícola de 2025 deve totalizar um recorde ainda maior que o previsto, de 341,9 milhões de toneladas, 49,2 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2024, um aumento de 16,8%.

Em relação ao levantamento de agosto, houve um aumento de 0,2% na estimativa, o equivalente a 660,9 mil toneladas a mais.

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Plantio de milho verão 2025/26 atinge 90% da área no Paraná

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O plantio da safra de verão de milho 2025/26 avança em praticamente todas as regiões produtoras do Paraná, com 90% da área prevista semeada até essa segunda-feira (13), segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado.

O boletim aponta que 22% das lavouras estão em fase de germinação e 78% em desenvolvimento vegetativo. Em sua maioria, as condições são boas (99%), com apenas 1% em condição média.

Segundo o  Deral, as lavouras emergidas apresentam bom desenvolvimento inicial. No entanto, “há relatos de infestações pontuais de pragas, como cigarrinha e tripes, que exigem atenção”, disse o órgão, em relatório. Além disso, em áreas recém-plantadas, a adubação nitrogenada está sendo postergada em virtude do excesso de chuvas.

Colheita do trigo

Sobre a colheita da safra de trigo 2025, o Deral mostra que o cereal foi retirado de 64% da área semeada e que 85% das lavouras têm condição boa, 14% média e 1% ruim.

“A colheita está em fase final ou em andamento na maior parte das regiões”, relatou o Deral.

O órgão aponta que 66% das lavouras estão em fase de maturação, 31% em frutificação e 3% em floração. No entanto, o Deral destaca que as chuvas recorrentes na última semana têm atrasado as operações e comprometido a qualidade dos grãos.

Segundo a entidade, em parte das áreas ainda em campo, há risco de perdas adicionais se as condições climáticas adversas persistirem.

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