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Aprosoja MT lança série sobre contratos de comercialização

A Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) lançou o “Especial Negociação de Contrato de Comercialização”, com episódios conduzidos por especialistas em direito agrário e do agronegócio. A iniciativa visa orientar produtores sobre cuidados essenciais na formalização de contratos.
Para Diego Bertuol, diretor administrativo da entidade e coordenador da Comissão de Política Agrícola, discutir os contratos desde a negociação inicial é essencial e estratégico. Segundo ele, “a formalização de contratos no agronegócio exige atenção redobrada, especialmente diante da crescente complexidade das operações. Esses cuidados trazem transparência, reduzem o risco de litígios e asseguram direitos e deveres dos produtores”.
O primeiro episódio conta com a participação do advogado Marcos Hokumura Reis, especialista há 20 anos, que orienta: “Um contrato faz a lei entre as partes”.
“Existe a possibilidade de contratos verbais, mas não é uma recomendação. Porque quando há algum problema em que o produtor precisa renegociar, se não estiver por escrito, ele vai ter uma dificuldade muito grande. Formalize contratos por escrito e faça aditamentos em caso de alterações previamente acordadas com o comprador, evitando depender de e-mails, WhatsApp ou ligações”, diz Marcos.
Ele alerta ainda quanto às penalidades e cláusulas de impedimento. “O cuidado principal é tentar não deixar cláusulas rígidas, cláusulas que não tenham uma flexibilidade de prazo de entrega, um escalonamento na multa ou talvez uma necessidade de notificação prévia para dar a possibilidade ao produtor de se adequar a determinado ponto”, explica.
Na prática, Marcos observa que as cláusulas que mais geram pontos de conflito são preço, transporte e multas contratuais. “A principal cláusula é a precificação, quando o preço não é fixo. A segunda cláusula é a de janela de transporte e entrega, às vezes acontece algum problema e o produtor precisa de um tempo maior para fazer a sua colheita e entrega do produto. E depois as cláusulas padrões de multa, que às vezes, um descumprimento pode não ser tão substancial”, esclarece
O advogado também chama atenção para cláusulas unilaterais que possam prejudicar o produtor. “O produtor precisa ficar sempre atento nessas relações contratuais. Essas cláusulas aparecem numa posição unilateral em que normalmente o comprador tende a querer impor essa condição ao produtor. Então essas cláusulas que podem ser abusivas, o produtor tem que ter calma, negociar com os compradores e tentar fazer da melhor forma possível”, ressalta.
Além disso, o especialista recomenda cuidado com cláusulas de foro e arbitragem. “O produtor costuma preferir o foro local da produção, e esse deve ser o foro competente, o comprador geralmente opta pelo foro de sua sede. Além disso, ao aceitar a arbitragem, o produtor deve compreender que está escolhendo um meio privado de solução de conflitos e deve saber qual câmara arbitral será responsável. Essa definição é importante, pois, em caso de disputa, essa será a primeira cláusula analisada para determinar onde e como o conflito será tratado”, acrescenta.
Para ele, o produtor deve entender que tem voz ativa na negociação. “Muitos produtores ficam receosos e não querem negociar ou têm medo de negociar esse contrato. A minha sugestão e recomendação é conversar com esse comprador com calma, apresentar seus pontos e negociar. Porque as duas partes têm a mesma importância e o mesmo peso na negociação”, conclui.
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venda da pluma da safra 2024/25 em MT atinge 70%, aponta Imea

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a comercialização da pluma de algodão safra 24/25, em Mato Grosso, alcançou 69,97% da produção até o fim de setembro. Os números representam um avanço de 1,58 ponto percentual em relação a agosto, embora ainda estejam 6,72 pontos abaixo do mesmo período do ciclo 2023/24, quando o número era de 76,69%.
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Vendas antecipadas
As vendas antecipadas da safra 2025/26 atingiram 31,90% da produção projetada, incremento mensal de 4,64 pontos percentuais, mas ainda 0,68 ponto abaixo de setembro de 2024. O norte lidera as negociações da safra futura com 41,57% vendidos, seguido por nordeste (32,54%), médio-norte (30,97%), centro-sul (26,82%), oeste (24,59%), noroeste (20,41%) e sudeste (19,09%).
Caroço de algodão
No caroço de algodão, a safra 2024/25 registra 67,48% de comercialização, alta de 4,17 pontos no mês, mas ainda 6,61 pontos atrás do ritmo de setembro de 2023. O norte também lidera com 69,41% vendidos, seguido por médio-norte (69,51%), oeste (68,62%), nordeste (61,90%), centro-sul (60,78%), noroeste (56,76%) e sudeste (43,94%). Para a safra 2025/26, o caroço tem 21,11% já comercializados.
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Área colhida da safra 2025 terá aumento de 2,4 milhões de hectares, aponta IBGE

A área a ser colhida na safra agrícola de 2025 deve totalizar 81,4 milhões de hectares, 2,4 milhões de hectares a mais que o desempenho de 2024, um aumento de 3%.
Os números partem do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (14).
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Em relação ao levantamento de agosto, houve uma alta de 102,7 mil hectares na estimativa da área colhida, elevação de 0,1%.
Principais culturas
O Brasil deve colher neste ano um volume recorde de soja, milho, algodão e sorgo, conforme o IBGE:
- Soja: alta de 14,4%, para um recorde de 165,9 milhões de toneladas;
- Milho: 20,7%, para 138,4 milhões de toneladas – milho 1ª safra: alta de 14%, para 26,1 milhões de toneladas – milho 2ª safra: aumento de 22,4%, totalizando 112,3 milhões de toneladas.
- Arroz: 17,2%, para 12,4 milhões de toneladas;
- Algodão: 10,6%, para um novo recorde de 9,8 milhões de toneladas;
- Sorgo: 24,8%, para um recorde de 5 milhões de toneladas; e
- Trigo: 3,6%, para 7,8 milhões de toneladas;
- Feijão: queda de 0,5%, para 3,1 milhões de toneladas.
A safra agrícola de 2025 deve totalizar um recorde ainda maior que o previsto, de 341,9 milhões de toneladas, 49,2 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2024, um aumento de 16,8%.
Em relação ao levantamento de agosto, houve um aumento de 0,2% na estimativa, o equivalente a 660,9 mil toneladas a mais.
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Plantio de milho verão 2025/26 atinge 90% da área no Paraná

O plantio da safra de verão de milho 2025/26 avança em praticamente todas as regiões produtoras do Paraná, com 90% da área prevista semeada até essa segunda-feira (13), segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado.
O boletim aponta que 22% das lavouras estão em fase de germinação e 78% em desenvolvimento vegetativo. Em sua maioria, as condições são boas (99%), com apenas 1% em condição média.
Segundo o Deral, as lavouras emergidas apresentam bom desenvolvimento inicial. No entanto, “há relatos de infestações pontuais de pragas, como cigarrinha e tripes, que exigem atenção”, disse o órgão, em relatório. Além disso, em áreas recém-plantadas, a adubação nitrogenada está sendo postergada em virtude do excesso de chuvas.
Colheita do trigo
Sobre a colheita da safra de trigo 2025, o Deral mostra que o cereal foi retirado de 64% da área semeada e que 85% das lavouras têm condição boa, 14% média e 1% ruim.
“A colheita está em fase final ou em andamento na maior parte das regiões”, relatou o Deral.
O órgão aponta que 66% das lavouras estão em fase de maturação, 31% em frutificação e 3% em floração. No entanto, o Deral destaca que as chuvas recorrentes na última semana têm atrasado as operações e comprometido a qualidade dos grãos.
Segundo a entidade, em parte das áreas ainda em campo, há risco de perdas adicionais se as condições climáticas adversas persistirem.
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