Sustentabilidade
Trigo/RS: Semeadura está tecnicamente encerrada no Estado – MAIS SOJA

A semeadura está tecnicamente encerrada. Restam apenas áreas pontuais a serem complementadas, sem impacto significativo no andamento da safra. Assim, o cronograma de implantação manteve-se dentro da janela recomendada pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), assegurando a conformidade técnica e a adequada condução da safra.
As precipitações em volumes significativos, distribuídas em todo o Estado, em 26 e 27/07, foram favoráveis para a cultura, uma vez que o mês de julho registrava condições predominantemente secas, com acumulados pluviométricos anteriores (16 e 17/07) considerados baixos e insuficientes para repor a umidade do solo em profundidade.
As lavouras implantadas na segunda semana de julho, que apresentavam a emergência inicialmente lenta em função do déficit hídrico no solo, foram uniformizadas após a recarga de umidade proporcionada pelas chuvas do período, garantindo população de plantas próxima ao ideal.
Os cultivos semeados entre o final de maio e durante o mês de junho estão, majoritariamente, no estádio de perfilhamento; algumas áreas mais adiantadas começam a fase de elongação do colmo; as demais seguem em desenvolvimento vegetativo. Observa-se homogeneidade no porte das plantas, e o estande final é considerado adequado. Porém, em pequenas áreas, especialmente onde a erosão superficial foi mais intensa, houve comprometimento parcial da emergência ou da fixação das plântulas, reduzindo a densidade das plantas.
Em termos de manejo cultural, nos dias que precederam as precipitações, foram efetuadas adubações nitrogenadas em cobertura e controle de plantas daninhas em lavouras mais recentes; nas mais adiantadas, esses tratos foram finalizados. Também foram intensificadas as aplicações de fungicidas para evitar a proliferação de doenças, especialmente manchas foliares.
A área cultivada no Estado está projetada pela Emater/RS-Ascar em 1.198.276 hectares. A estimativa de produtividade está em 2.997 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas ocorridas nos últimos períodos uniformizaram a germinação das áreas semeadas no final da janela de plantio. Houve intensificação das práticas de manejo, como capinas, adubações nitrogenadas e aplicações de fungicidas nas lavouras em fase vegetativa e de perfilhamento. A ocorrência de dias ensolarados contribuiu para a retomada do desenvolvimento das plantas.
Na de Caxias do Sul, a semeadura avançou de forma satisfatória e está em finalização. Restam apenas frações pontuais onde os produtores planejam cultivar feijão na safra de verão, e a colheita do cereal pode se estender até meados de dezembro. Os cultivos apresentam germinação uniforme, bom estabelecimento inicial e condições fitossanitárias dentro da normalidade.
Na de Frederico Westphalen, as lavouras estão na fase vegetativa, e há adequada taxa de afilhamento. Embora as condições climáticas tenham sido propícias, o desenvolvimento está aquém do esperado. Quanto ao manejo, intensificaram-se as aplicações de herbicidas para o controle de azevém e, nas áreas com desenvolvimento mais avançado, foram efetuadas aplicações de fungicidas.
Na de Ijuí, a cultura apresenta crescimento vigoroso e uniforme nas lavouras. O controle de plantas daninhas tem sido eficiente, auxiliando na manutenção do potencial produtivo da cultura.
Na de Pelotas, antes das chuvas no final do período, houve cerração nas manhãs e baixa luminosidade por vários dias consecutivos, limitando temporariamente o desenvolvimento fisiológico das plantas. Mesmo assim, a semeadura avançou significativamente, chegando à sua fase final.
Na de Santa Maria, os dias ensolarados intercalados com chuvas favoreceram o desenvolvimento dos cultivos, permitindo a retomada do crescimento das plantas, a aplicação eficiente da adubação nitrogenada e o avanço das práticas de manejo, especialmente o controle de plantas invasoras.
Na de Santa Rosa, a cultura se encontra predominantemente na fase de perfilhamento, e algumas lavouras iniciam o estágio de alongamento do colmo. As condições climáticas no período foram propícias. A expectativa de produtividade segue positiva. Observa-se um incremento na semeadura de trigo destinado ao pastejo e à produção de silagem, visando ao aproveitamento forrageiro da cultura.
Na de Soledade, a semeadura foi concluída. Cerca de 50% da área foi implantada durante o período de tempo firme no início de junho, e o restante no início de julho, respeitando a janela recomendada pelo Zarc. Em áreas com maior nível tecnológico, já está sendo realizada a segunda aplicação de nitrogênio e iniciadas as aplicações de fungicidas para controle de manchas foliares, que se beneficiaram das condições climáticas do período. As lavouras implantadas em julho apresentam germinação e estande adequados bem como emergência uniforme.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, retraiu 0,36% quando comparado à semana anterior, de R$ 70,17 para R$ 69,92.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1878 completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS
Autor:Informativo Conjuntural 1878
Site: EMATER/RS
Sustentabilidade
Chuvas voltam ao Paraná e São Paulo, mas tempo seco persiste em outras áreas

O tempo seco segue predominante em áreas centrais do país nos próximos dias. Essa condição favorece a colheita da segunda safra em regiões do Matopiba, especialmente para culturas como milho, algodão, sorgo e feijão. Produtores que já estão colhendo devem ser beneficiados pela ausência de chuvas, que evita perdas por excesso de umidade.
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No entanto, a falta de precipitações ainda preocupa aqueles que dependem de umidade para o enchimento de grãos, principalmente nas lavouras em final de ciclo. O déficit hídrico pode impactar a produtividade em algumas áreas.
Em Roraima, onde a safra de soja ainda está em andamento, a previsão indica uma diminuição no volume de chuvas. A expectativa é de que chova menos do que o normal para o período, o que pode acelerar o término do ciclo, mas também limitar o desenvolvimento das lavouras ainda em crescimento.
Chuvas previstas
No Sul do país, uma mudança importante está prevista. A entrada de umidade deve provocar um aumento nas chuvas no Paraná e em parte de São Paulo. Em algumas cidades paranaenses, por exemplo, onde o normal para agosto é de 30 mm, os volumes podem superar 35 mm. Esse reabastecimento hídrico é bem-vindo, especialmente após semanas de solo mais seco.
Além disso, a passagem de uma nova frente fria ao longo da próxima semana deve levar chuva ao Sul e, posteriormente, ao Sudeste. Embora os volumes ainda não sejam suficientes para repor totalmente a umidade do solo, ajudam a melhorar a qualidade do ar.
Sustentabilidade
Mercado de soja tem julho arrastado e com dificuldade para fixar preços no Brasil; Chicago cai por clima favorável – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de soja foi marcado por um julho de escassos negócios. Os preços no interior oscilaram entre estáveis e mais baixos, mas ganharam força nos portos. Com a colheita da safrinha avançando, os produtores optaram por negociar o milho e deixar a soja em segundo plano, em meio a um período de perdas nos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Prêmios e dólar subiram e amenizaram o impacto da queda externa.
A saca de 60 quilos recuou de R$ 135,00 para R$ 132,00 em Passo Fundo (RS), em julho. No mesmo período, o preço seguiu em R$ 130,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação subiu de R$ 115,00 para R$ 122,00. No Porto de Paranaguá, a saca avançou de R$ 133,50 para R$ 138,00.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro apresentaram desvalorização de 3,68%, encerrando julho a US$ 9,8925 por bushel. O principal ponto de pressão é o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanos, encaminhando uma safra cheia em um quadro de oferta global elevada.
O mercado interno só não sentiu mais o impacto negativo das cotações em Chicago devido a dois fatores: dólar e prêmios. No acumulado do mês, em meio às incertezas sobre as tarifas de Trump, a moeda americana teve valorização de 3% sobre o real, encerrando o mês na casa de R$ 5,60.
Safra brasileira
Os produtores brasileiros de soja deverão cultivar 48,217 milhões de hectares em 2025/26, com crescimento de área de 1,2% sobre o total semeado no ano passado, de 47,641 milhões. A projeção faz parte do levantamento de intenção de plantio de Safras & Mercado.
Com uma possível elevação de produtividade, de 3.627 quilos para 3.749 quilos por hectare, a produção nacional deve ficar acima da obtida na atual temporada. A previsão inicial é de uma safra de 179,875 milhões de toneladas, 4,6% maior que as 171,931 milhões de toneladas colhidas em 2024/25. Se confirmada, será a maior safra da história.
“O ponto central é que deveremos observar aumento de área em muitos estados produtores, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do país”, aponta o analista e consultor de Safras & Mercado, Rafael Silveira. “No entanto, os custos de produção estão mais elevados, com juros ainda altos, o que pode resultar em redução nos investimentos em tecnologia para a cultura da soja, fator que limita o potencial de produtividade em diversas regiões”.
Não se espera uma expansão de área muito agressiva. Segundo o analista, os preços da soja ao longo do ano foram não foram o principal fator de garantia de rentabilidade, mas, como a maior parte dos estados registrou altas produtividades, o custo médio por saca foi reduzido, o que ainda permite margens positivas.
“No entanto, no Rio Grande do Sul, o cenário é diferente. O estado vem sendo castigado por adversidades climáticas recorrentes, com perdas produtivas importantes nas últimas safras”, destaca Silveira. “Por isso, não há expectativa de aumento de área com soja, e o investimento em tecnologia também deve recuar, deixando as lavouras mais expostas a novos episódios climáticos adversos”, completa.
Nos demais estados, especialmente no Centro-Oeste, há grande disponibilidade de áreas de pastagem que ainda podem ser convertidas para a soja. “Em 2025, tivemos um ano de recuperação de produtividade no Mato Grosso, que deve continuar liderando a produção nacional”, pontua.
Fonte: Dylan Della Pasqua e Rodrigo Ramos / Safras News
Autor: Dylan Della Pasqua e Rodrigo Ramos / Safras News
Site: Safras & Mercado
Sustentabilidade
Prêmios de exportação sustentam os preços físicos de soja no Brasil

O mercado de soja fechou a semana em baixa na Bolsa de Chicago, com as expectativas de uma safra americana robusta. Segundo Rafael Silveira, da Safras & Mercado, embora houvesse preocupações com ondas de calor entre julho e agosto, o mês de julho teve clima positivo e as previsões indicam boas chuvas para agosto, o que reduz riscos de perdas na produção. Saiba mais:
Além do clima, as tensões comerciais entre Estados Unidos e China influenciam o mercado. A falta de um acordo formal mantém a incerteza e alimenta a expectativa de redução nas compras chinesas da safra americana. Isso pressiona os preços para baixo, apesar de possíveis correções pontuais após sequência de quedas nos contratos futuros.
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No Brasil, os prêmios de exportação têm ajudado a sustentar os preços físicos da soja, mantendo estabilidade apesar do cenário desafiador global. Observa-se uma compensação nos prêmios que contribui para essa estabilidade. Porém, a tendência dos preços físicos é de queda à medida que a safra americana se consolida. Com a expectativa de uma safra brasileira recorde, a perspectiva para os preços internos também é de redução.
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