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Produtores reforçam combate à soja tiguera para evitar ferrugem e pragas em MT

No município de Vera, produtores estão cada vez mais atentos ao cumprimento do vazio sanitário da soja, que neste ano em Mato Grosso ocorre entre 8 de junho e 6 de setembro. A prática, que proíbe a presença de plantas vivas de soja nesse período, é fundamental para conter a ferrugem asiática, uma das doenças mais severas da cultura, além de prevenir a proliferação de pragas na próxima safra.
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O agricultor Thiago Strapasson relata que o manejo começa já na implantação do milho, com o controle rigoroso da soja voluntária, conhecida como soja tiguera, para evitar que reste alguma planta viva até a colheita. “Aprendemos no passado tomando muito prejuízo. Cada ano fomos mudando, nos aperfeiçoando, para não passar por isso de novo. Jogamos calcário, passamos niveladoras para eliminar as plantas e fazer uma boa limpeza da área”, afirma.
O presidente do Sindicato Rural de Vera e Feliz Natal, Rafael Bilibio, destaca a importância da conscientização: “É fundamental eliminar a soja tiguera, que além de ser hospedeira da ferrugem asiática, pode carregar pragas que comprometem a próxima safra.”
Segundo Renan Tomazele, diretor técnico da Indea-MT, o produtor mato-grossense já compreendeu o valor da medida. “São 19 anos de vazio sanitário, e hoje vemos um comprometimento real. Mesmo em anos de clima adverso, os produtores têm feito as vistorias de campo, o que reduz o inóculo da doença no início da próxima safra. Nosso objetivo não é aplicar multas, mas garantir que a medida seja respeitada.”
Perigo que vai além das lavouras de soja
Mas o desafio vai além das propriedades. Às margens das rodovias, grãos perdidos durante o transporte germinam e se tornam plantas hospedeiras, o que preocupa o setor. “É só andar pelas estradas que a gente vê. Aquelas plantas nascem dos grãos caídos dos caminhões e viram verdadeiros viveiros de doenças e pragas. Isso também precisa de atenção”, alerta um dos entrevistados.
O setor produtivo cobra ações concretas das concessionárias e do poder público municipal para o manejo dessas áreas. “Seja por obrigação legal ou responsabilidade das empresas que administram as vias, é preciso eliminar essas tigueras das estradas. Caso contrário, vamos pagar caro com ferrugem, mosca-branca e outras pragas mais adiante.”
Agro Mato Grosso
Nível de rio em MT fica abaixo do esperado e bate recorde histórico com 1,13 metro de profundidade

Segundo a análise, o esperado era 3 metros de profundidade para esta época do ano.
O nível do Rio Vermelho, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, bateu um recorde histórico e está 1,87 metro abaixo do esperado para essa época do ano, segundo uma medição feita pela Defesa Civil, nessa quinta-feira (31), quando o rio bateu 1,13 metro de profundidade. Segundo a análise, o esperado era 3 metros.
Em outubro do ano passado, quando o nível também estava abaixo do esperado, a profundidade da água era de 1,20 metro.
De acordo com um relatório técnico elaborado pela Superintendência de Averbação e Cartografia, da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo de Rondonópolis, desde 2023, o Rio Vermelho tem batido recorde por apresentar níveis cada vez mais baixos, especialmente durante a época de estiagem, entre junho e setembro.
No levantamento, consta que a recuperação do nível do rio, nesta época do ano, é lenta devido ao ritmo na retomada das chuvas. Além disso, o levantamento aponta que o volume da água que escoa no curso do rio tem reduzido nos últimos anos.
Segundo o superintendente municipal de averbação e cartografia, Ricardo Amorim, a sustentabilidade e comunidades locais estão sendo impactadas diretamente com o nível baixo da água, já que o Rio Vermelho é responsável por abastecer aproximadamente 50% do município.
Conforme o relatório, entre as causas da escassez está:
- 🚣🏻♀️redução da vazão, quando o volume de água do rio diminui;
- ☀️período de estiagem prolongada;
- 🚿uso intensivo para irrigação agrícola;
- ⛲exploração inadequada de aquíferos;
- 🌳falta de proteção adequada das áreas de nascentes e matas ciliares;
- 🌪️impactos das mudanças climáticas.
Além disso, a pesquisa reforça que, com a redução do nível do rio, é importante que ações urgentes sejam adotadas pelos órgãos municipais, estaduais e federais, assim como a colaboração da população, para que os índices de segurança hídrica, ambiental e econômica mudem e se tornem positivos.
Com isso, o superintendente Ricardo informou que a Prefeitura de Rondonópolis está planejando a adoção de medidas sustentáveis. O relatório recomenda reflorestamento e recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas margens do rio. Além de projetos que contribuam para a proteção das nascentes e áreas de recarga da bacia hidrográfica.
Entre outras medidas recomendadas estão a implantação de planos de contingência para estiagens e cheias, campanhas públicas para conscientização e economia no uso doméstico e industrial, incentivo a tecnologias de reuso e eficiência hídrica na agricultura e ainda pesquisa e implantação de fontes alternativas para reduzir a dependência do Rio Vermelho.
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Soja brasileira sofrerá impacto do tarifaço? Consultor responde

Nesta semana, os Estados Unidos impuseram uma tarifa de 50% sobre uma série de produtos brasileiros. O Soja Brasil conversou com Bené Romano, consultor em agronegócio, que explicou que ficaram de fora da lista itens como suco de laranja, castanha-do-pará e celulose. Por outro lado, produtos como café, carnes, pescados e soja serão diretamente afetados pela medida, o que pode gerar impactos no setor. Saiba mais:
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A sobretaxa, de acordo com Bené, compromete a competitividade do Brasil em relação a outros países exportadores, especialmente no caso da soja, principal componente da ração animal. Como as carnes também estão incluídas na lista de produtos taxados, o consultor alerta para um possível efeito em cadeia: a redução no consumo de soja pode gerar uma sobreoferta interna, já que o Brasil é o maior produtor mundial da commodity. Diante desse cenário, o país deverá buscar novos parceiros comerciais para escoar sua produção.
A decisão do governo norte-americano também afeta o ritmo de comercialização da safra brasileira. O cenário futuro ainda é incerto, com diversos contratos de exportação ainda em fase de negociação. Para ele, há espaço para novas tratativas e oportunidades para outros produtos do agronegócio brasileiro. O consultor reforça a importância de conduzir esse debate com racionalidade, deixando de lado o viés político.
Impacto nos prêmios dos portos
A repercussão foi imediata nos prêmios pagos nos portos brasileiros. Em Paranaguá, os prêmios subiram 46% em apenas um dia após o anúncio das tarifas. Nos portos de Santos e Rio Grande, os valores chegaram a 1 dólar por bushel, superando os contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago.
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Mercado de soja deve seguir travado ao longo do dia, aponta consultoria

O mercado brasileiro de soja deve manter o ritmo lento nesta sexta-feira (1º), diante da forte queda do dólar e da fraqueza nas cotações da Bolsa de Chicago. Segundo a consultoria Safras & Mercado, o cenário externo segue desfavorável à oleaginosa, com dados econômicos dos Estados Unidos abaixo do esperado e pouca demanda internacional. A expectativa é de um dia travado nos negócios, tanto no interior quanto nos portos.
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Na última quinta-feira (31), o dólar ainda sustentava parte dos preços no Brasil, mas com a reversão da moeda nesta manhã, a tendência é de maior cautela por parte dos compradores. Mesmo com prêmios firmes nos terminais de exportação, a queda da moeda norte-americana deve pesar no sentimento do mercado. Em Chicago, os contratos seguem pressionados por um quadro fundamental negativo, com clima favorável nos EUA e fraca demanda chinesa.
De acordo com o analista Rafael Silveira, o mesmo com melhora nas ofertas de compra no interior do país, o avanço nas pedidas dos produtores mantém o spread desfavorável às negociações. “Há um impasse. A indústria precisa da soja, mas os produtores estão reticentes em vender neste patamar de preços”, afirma.
A expectativa, segundo Silveira, é que agosto siga com poucos negócios, já que as melhores condições de comercialização devem se concentrar a partir de setembro. A janela de exportação para o mês já está mais estreita, com muitas cargas antecipadas. Nos portos, os preços ainda apresentam sustentação pontual, como em Rio Grande (RS), onde a saca subiu para R$ 139,00.
Enquanto isso, o dólar comercial recua 1,08%, a R$ 5,5394, e o contrato novembro/25 em Chicago cede 0,15%, cotado a US$ 9,87 ¾ por bushel. Os agentes do mercado devem acompanhar com atenção a divulgação dos dados de evolução das lavouras do Mato Grosso pelo Imea, prevista para às 16h, além dos indicadores financeiros internacionais.
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