Sustentabilidade
Apro360 recebe superintendente do Imea para falar sobre bioinsumos, dados e atuação do instituto em campo – MAIS SOJA

O podcast Apro360 recebeu nesta quinta-feira (24.07), no quadro Causa e Efeito, o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, para um bate-papo com a jornalista da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Fernanda Trindade. Durante a conversa, o convidado abordou a importância dos dados produzidos pelo instituto, o uso crescente de bioinsumos nas lavouras e destacou a relevância crescente do etanol de milho na economia mato-grossense.
Ao ser questionado sobre as solicitações dos produtores durante o período de colheita, Cleiton enfatizou que o Imea tem como objetivo fornecer dados estatísticos que permitam ao produtor usar essas informações como ferramenta de planejamento estratégico. Além disso, a demanda por informações é constante tanto por parte dos produtores, quanto da sociedade.
“Não só o produtor, como o mercado. Nós temos uma clareza de que o Imea não consegue levar com profundidade todas as informações e as mídias nos ajudam muito quanto a isso, principalmente as mídias voltadas para o agro que esperam os relatórios saírem. Nós temos uma constância, porque o produtor precisa dessa informação, principalmente para ajudar a tomar a decisão dele. E o nosso papel é realmente fornecer o máximo de insumos possíveis para que ele consiga tomar uma decisão melhor embasada”, afirmou.
Outro tema em destaque no bate-papo foi o uso crescente de bioinsumos nas lavouras e o impacto dessa prática sobre o custo e a rentabilidade da produção. O superintendente ainda explicou como o Imea vem monitorando esses dados ao longo do tempo.
“É uma das coisas que nós monitoramos a um bom tempo, inclusive sobre o custo de produção para levantar o painel modal. Nós vamos em uma propriedade, que mais aparece naquela região, e construímos indicadores de insumos utilizados para monitorar esses indicadores de custo ao longo do tempo para ver como se comporta a rentabilidade da atividade. E nesse levantamento começaram a surgir indicadores de bioinsumos, produtores utilizando com mais profundidade. E hoje, o que nós observamos, é que aqueles indicadores estavam no caminho certo. O produtor consegue utilizar essas alternativas para conseguir capturar uma produção maior e ser efetivo”, relatou.
Durante a entrevista, Cleiton também falou sobre o projeto Imea em Campo, desenvolvido em parceria com a Aprosoja Mato Grosso. A iniciativa nasceu a partir da demanda dos próprios produtores por dados mais precisos e representativos sobre produtividade.
“É um projeto que iniciou neste ano em parceria com a Aprosoja MT, que leva o Imea a campo para fazer os indicadores de áreas produtivas com maior profundidade e acompanhamento das lavouras. O Imea em Campo veio para trazer essa profundidade de indicadores e devolver uma informação com qualidade”, destacou.
O quadro Causa e Efeito, da Aprosoja Mato Grosso, é exibido mensalmente no podcast Apro360 e trata de temas de grande relevância para o produtor rural e para a sociedade. Para assistir a este episódio ou conferir outros conteúdos, acesse os canais oficiais da Aprosoja MT no YouTube e no Spotify.
Sustentabilidade
Mercado brasileiro mantém ritmo lento, com produtores no campo e moinhos cautelosos – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de trigo manteve por mais uma vez um ritmo lento de negociações ao longo da semana. Os comerciantes avaliaram a oferta restrita, o clima adverso nas lavouras e a crescente dependência externa.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, apesar das intempéries climáticas enfrentadas durante o plantio e o desenvolvimento, as lavouras do Paraná e do Rio Grande do Sul (responsáveis por cerca de 90% da produção nacional) continuam, em geral, em boas condições.
No Rio Grande do Sul, os preços giraram entre R$ 1.300 e R$ 1.350 por tonelada (CIF moinhos), dependendo da localidade. No interior do estado, o trigo pão tipo 1 foi negociado a R$ 1.300/tonelada (FOB), com lotes de qualidade inferior (falling number mais baixo) entre R$ 1.210 e R$ 1.220/tonelada.
No Paraná, os moinhos sinalizaram interesse de compra a R$ 1.450/tonelada para o trigo da safra velha, enquanto para a nova safra as ofertas variaram de R$ 1.350 a R$ 1.400/tonelada (CIF). Os vendedores, no entanto, buscavam até R$ 1.500/tonelada.
O comportamento dos moinhos foi de cautela, com compras pontuais e foco no consumo imediato. “O atual cenário não oferece margem para elevações significativas nas cotações até a entrada da próxima safra”, avaliou Bento. Do lado da produção, os agricultores seguem focados nos tratos culturais e demonstram pouco interesse em comercializar.
As condições climáticas continuam no centro das atenções. No Paraná, cerca de 35% das lavouras estão em estágios sensíveis ao frio, com 82% das áreas ainda em boas condições, segundo o Deral. No RS, a Emater destacou recuperação das lavouras após o excesso de chuvas no fim de junho.
A estimativa é de que, mesmo sem perdas severas, a necessidade de importações poderá atingir níveis recordes nesta temporada. Segundo levantamento de Safras & Mercado, o Brasil já importou 5,837 milhões de toneladas na safra 2024/25, um aumento de 682 mil toneladas frente ao mesmo período do ciclo anterior. São Paulo lidera os desembarques, seguido por Ceará, Bahia, Pernambuco e Paraná.
Bento destaca que o mercado segue atento ao câmbio e ao cenário internacional. A possível aplicação de tarifa de 50% pelos EUA sobre produtos brasileiros ainda não teve avanço nas negociações, o que aumenta a cautela entre os agentes. “Uma eventual desvalorização do real frente ao dólar poderia sustentar os preços internos, que seguem ancorados à paridade de importação”, concluiu.
Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News
Sustentabilidade
Dólar e Chicago recuam e travam mercado brasileiro de soja – MAIS SOJA

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de preços entre estáveis e mais baixos. O ritmo dos negócios seguiu restrito, refletindo a cautela dos negociadores e a diferença entre as bases de compra e de venda. A combinação de baixa do dólar e desvalorização dos contratos futuros na Bolsa de Chicago pressionou o mercado. Os prêmios firmes evitaram uma baixa generalizada nas cotações internas.
A saca de 60 quilo seguiu na casa de R$ 132,00 na região de Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço permaneceu em R$ 131,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação se manteve em R$ 120,00. No Porto de Paranaguá, mercado também sem alteração, com preço a R$ 138,00.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro, os mais negociados, operavam na manhã da sexta, 25, a US$ 10,17 1/2 por bushel, acumulando uma desvalorização semanal de 1,76%. Apesar de importantes avanços nas negociações de tarifas entre Estados Unidos e importantes parceiros comerciais, o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas seguiu sendo um ponto de pressão sobre a soja.
Durante a semana, o presidente americano Donald Trump anunciou acordo comercial com o Japão, com tarifa recíproca de 15%. Os japoneses são importantes consumidores de produtos agrícolas americanos. No período, houve sinalização de que as conversar avançam também entre Estados Unidos, União Europeia e China.
Mas as atenções, no momento, estão voltadas para o clima. As temperaturas subiram no cinturão produtor americano, mas acompanhadas de chuvas. Até o momento, as lavouras evoluem bem e a perspectiva é de uma safra cheia, que se soma a um quadro de ampla oferta mundial. Por isso, a pressão sobre as cotações.
CBSoja
Infelizmente, o armazenamento de grãos no Brasil não acompanha a evolução da produção. A afirmação foi feita por Edenilson Carlos de Oliveira, diretor de Logísticas e Operações da Coamo Agroindustrial Cooperativa, que palestrou sobre o “Estado atual da infraestrutura de armazenamento de grãos no Brasil”, no Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja), em Campinas (SP). “No Centro Oeste a situação piora”, lamenta.
Conforme Oliveira, a região teve um grande crescimento de área plantada e de produtividade nos últimos anos, gerando uma produção gigantesca. “Mas os investimentos em armazenagem não tiveram a mesma intensidade”, pondera.
A situação é pior, segundo o palestrante, em Mato Grosso. “Em Mato Grosso do Sul, tem uma característica de produção mais diversificada”, explica, o que diminuiu o gargalo. Já no Sul do país não há tanta dificuldade em armazenar. “Mas ainda temos distorções entre os estados”, frisa.
Outro destaque trazido pelo palestrante é o principal alicerce para a evolução da produção brasileira de soja, que na sua opinião acompanha o Produto Interno Bruto (PIB) da China. “Os gráficos de aumento do PIB chinês refletem no incremento da produção do Brasil”, afirma.
Fonte: Dylan Della Pasqua e Rodrigo Ramos / Safras News
Sustentabilidade
Colheita do milho segunda safra registra atraso em MS – MAIS SOJA

A colheita do milho segunda safra 2025 segue em ritmo lento em Mato Grosso do Sul. De acordo com dados divulgados pela Aprosoja/MS, por meio do Projeto SIGA-MS, até a terceira semana de julho foram colhidos 20,1% da área total cultivada, o equivalente a 422 mil hectares. Em comparação com o mesmo período do ciclo anterior, o atraso chega a 30 pontos percentuais.
“Na fase final da safra, o excesso de chuvas em determinadas localidades elevou a umidade dos grãos e dificultou a entrada das máquinas nas lavouras. Essa situação acaba impactando diretamente no ritmo da colheita”, explicou o assessor técnico da Aprosoja/MS, Flávio Aguena.
A região Sul lidera os trabalhos no Estado, com média de 21,4%. Em seguida estão as regiões Centro, com 19,5%, e Norte, com 12,8%. A previsão do SIGA-MS é que a colheita se estenda até o final do mês de agosto. Com base no histórico das últimas cinco safras, Mato Grosso do Sul deve produzir 10,1 milhões de toneladas em uma área de 2,1 milhões de hectares, com produtividade média estimada em 80,8 sacas por hectare.
Para acessar o boletim completo, com informações sobre condições das lavouras, clima e mercado de grãos, clique aqui.
Fonte: Joélen Cavinatto/Aprosoja MS
Autor:Joélen Cavinatto/APROSOJA MS
Site: Aprosoja MS
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