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Palestra divulga importância do Selo de Inspeção Sanitária para agricultura de pequena escala

Organizado pela Famato com apoio da Seaf o evento visa ampliar acesso de pequenos produtores à regularização e comercialização formal por meio do SIAPP/MT
Técnicos, lideranças de sindicatos rurais e produtores da agricultura familiar participam, nesta quinta-feira (24), às 14h de uma palestra sobre a importância da regularização sanitária por meio do Serviço de Inspeção Agroindustrial de Pequeno Porte de Mato Grosso (SIAPP/MT). O evento acontece na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), em Cuiabá, com transmissão online para atender participantes de outras regiões do estado.
A atividade é conduzida pela coordenadora de Agroindústria da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), Camila Caexêta, que destaca o papel do SIAPP/MT na formalização da produção agroindustrial de pequeno porte.
“O SIAPP/MT regulariza a produção e permite que os produtores acessem o mercado formal. A iniciativa é voltada à ampliação do acesso dos agricultores familiares à regularização sanitária e à comercialização formal dos produtos”, frisa Camila.
A palestra tem como objetivo principal esclarecer dúvidas sobre os trâmites para obtenção do selo, além de reforçar o papel das instituições parceiras, como a Seaf, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer-MT) e o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), na efetivação de políticas públicas voltadas ao pequeno produtor rural.
Criado pela Lei nº 12.387, o SIAPP/MT é uma das políticas públicas implementadas desde 2024 para fortalecer a agricultura familiar, promovendo a segurança, qualidade e competitividade dos alimentos de origem animal produzidos no estado. O modelo adotado é simplificado e eficaz, pensado para facilitar o acesso à regularização sanitária.
Atualmente, cerca de 300 produtores estão cadastrados no SIAPP/MT, sendo aproximadamente 65% ligados à cadeia produtiva do leite e do queijo, considerada a principal dentro da agricultura familiar mato-grossense. A meta, segundo os organizadores, é aumentar esse número e promover a inclusão produtiva de produtores que ainda atuam na informalidade.
“Tem muitos sindicatos com técnicos que não conseguem vir até Cuiabá”, explica Camila, ao comentar a importância da transmissão online para garantir o alcance da informação a todo o estado.
Durante o evento, a coordenadora também detalha os procedimentos e exigências para a obtenção do selo. Entre os requisitos, está a realização de análises físico-químicas e microbiológicas de duas amostras da mercadoria e da água utilizada na produção, que são encaminhadas a laboratórios credenciados.
“Não é obrigatório ter grande instalação com equipamentos de ponta, industriais, mas a lei exige o mínimo de resguardo com a produção, que não pode ser feita, por exemplo, na cozinha de casa. Tem que ter um espaço próprio para realizar essa atividade. Mesmo que o espaço seja pequeno, não pode ter acesso à residência do produtor. Ele precisa isolar a cozinha”, explica Camila.
O SIAPP/MT possui duas categorias: empresarial e produtiva. A legislação estabelece limites para o enquadramento no selo.
“Se ele ultrapassa esse limite máximo de produção, de beneficiamento da matéria-prima, ele desenquadra do SIAPP/MT. O produtor de leite enquadrado só pode produzir e beneficiar no máximo dois mil litros de leite por dia. O nosso produtor processa em média 100 litros ou 200 litros de leite por dia”, esclarece Camila. O faturamento deve respeitar o teto federal estipulado para empresas de pequeno porte, de até R$ 4,8 milhões anuais.
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Brasil exportará embriões e sêmen bovino para dois novos países

O Brasil iniciará as exportações de sêmen e de embriões bovinos para a Indonésia, informou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última terça-feira (9)
A abertura de mercado aconteceu após o governo receber das autoridades sanitárias do país asiático o aceite para os modelos de Certificado Zoossanitário Internacional.
Para o Ministério, a nova oportunidade é mais uma chance de a pecuária brasileira, que se destaca pela excelência genética, qualidade sanitária e pelo uso de biotecnologias avançadas em reprodução animal expandir horizontes.
“O envio de material genético permite à Indonésia fortalecer o seu rebanho, aumentar a produtividade local e reduzir custos de importação de animais vivos, ao mesmo tempo que abre novas frentes de negócios para empresas brasileiras do setor”, diz a pasta, em nota.
A Indonésia é a quarta nação mais populosa do mundo, com mais de 270 milhões de habitantes. O país vem ampliando sua demanda por proteínas animais e investindo em melhoramento genético para atender à crescente necessidade de abastecimento interno.
“Nesse contexto, o Brasil se posiciona como parceiro confiável, oferecendo tecnologia de ponta e de qualidade”, diz o Mapa.
Genética bovina também na África
Também na terça-feira, o Ministério da Agricultura anunciou que o Brasil passará a embarcar bovinos vivos para reprodução, material genético bovino (sêmen e embriões), bem como alevinos, ovos férteis e pintos de um dia para Burkina Faso, país da África Ocidental.
“Estas novas aberturas de mercado permitirão ao Brasil exportar produtos agropecuários de alto valor agregado, que contribuirão para a melhoria de qualidade no plantel de Burkina Faso, além de oferecer oportunidades futuras para produtores brasileiros, em vista do grande potencial do continente africano em termos de expansão demográfica e de crescimento econômico”, diz o Mapa, em nota.
Com estes anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 434 aberturas de mercado desde o início de 2023.
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Bioinsumos ganham protagonismo na agricultura regenerativa

Os bioinsumos se consolidam como aliados estratégicos no manejo agrícola, ajudando a equilibrar o solo e reduzir a dependência de defensivos químicos. Para o presidente do Grupo de Agricultura Sustentável (GAAS), Eduardo Martins, eles são essenciais para a agricultura regenerativa.
“Eles são a principal ferramenta que a gente vai dispor para poder estabelecer manejo de pragas e doenças e aumentar a nossa resiliência à falta de água”.
Além disso, segundo Eduardo, os bioinsumos ajudam na fertilidade do solo e fortalecem a proteção natural das plantas. “Ele ajuda muito na disponibilização de nutrientes para a planta. Ele estimula crescimento e ainda cria uma condição de proteção da planta do ponto de vista de ser mais resistente à seca e também a problemas de patógenos”.
Competitividade brasileira
O Brasil conta com um diferencial regulatório que incentiva o setor. O presidente do GAAS destaca à reportagem do Canal Rural Mato Grosso que “o Brasil aprovou uma lei e ela é única no mundo até o momento, que regulamenta e separa a forma de registrar esses produtos dos defensivos agrícolas”.
Essa legislação, segundo ele, dá segurança para o crescimento do mercado e ajuda o país a se consolidar como líder no uso de bioinsumos. “O Brasil já é o maior consumidor de bioinsumos para agricultura. Comparado com os Estados Unidos, é o dobro. Se compara com a Europa, é mais que o dobro de uso”.
O presidente do GAAS reforça que os bioinsumos são fundamentais para o futuro da agricultura. “Vão ser os principais instrumentos da agricultura de agora em diante”.
Ele ainda aponta que o mercado tende a ser mais diversificado. “Em vez da gente estar com coisas concentradas, como acontece, poucas empresas, no caso de bioinsumos, nós vamos ter uma multiplicidade de empresas. Significa mais competitividade e mais vantagem para o agricultor”.
Fórum Brasileiro de Agricultura Regenerativa
Nesta semana em Sinop, região médio-norte de Mato Grosso, é realizado o 5º Fórum Brasileiro de Agricultura Regenerativa, evento promovido pelo GAAS que reuniu produtores e especialistas para debater práticas sustentáveis.
Para Eduardo, encontros como este aceleram o acesso a informações e soluções inovadoras. “O pessoal pergunta: quer saber como é que faz, quer saber como é que começa essa, quer saber como é que melhora aquilo que já tá fazendo e a razão da gente ter feito esse evento é exatamente para isso”.
Autonomia e estabilidade
A agricultura regenerativa com bioinsumos abre espaço para soluções regionais e aumenta a sustentabilidade econômica. “Nós temos a possibilidade de criar uma agricultura com autonomia, com a ajuda dos bioinsumos, com a ajuda das possibilidades de solução local e regional. Isso envolve redução de custo, isso envolve a gente ter mais competitividade e isso envolve a gente melhorar nosso solo e entregar produto com qualidade”, afirma Eduardo.
Ele lembra que o interesse do produtor está ligado à viabilidade financeira. “Até porque a gente precisa pagar as contas no final de cada ciclo e se preparar para a próxima. Esse é um caminho para a gente poder também ter mais estabilidade econômica”.
Uso racional dos químicos
A transição para práticas mais sustentáveis não significa abandonar totalmente os defensivos e fertilizantes químicos. Eduardo explica que “tem hora que eu não resolvo as coisas com as nossas práticas. Eu vou ter que usar o químico e nós não temos problema nenhum em usar o químico. Nós não somos contra o químico. A gente só quer que isso acabe sendo adotado e utilizado de uma forma mais racional possível”.
O maior desafio ainda é a dependência de herbicidas. “Nesse caso, a gente tá trabalhando com alternativas mecânicas e de manejo para a gente diminuir a nossa necessidade de herbicida. Nós vamos também conseguir diminuir herbicida”, detalha Eduardo.
Ele resume que a agricultura regenerativa é um caminho sem volta. “Eu acho que é um caminho que tá começando, mas ele não tem volta não. Quando a gente faz as coisas com a boa intenção e tentando acertar e não desistindo quando erra, a gente avança, não tem volta não”.
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Produtividade de arroz no Rio Grande do Sul bate recorde histórico

O Rio Grande do Sul alcançou um marco histórico na produção de arroz irrigado na safra 2024/25. O rendimento médio chegou a 9.044 kg por hectare (180,9 sacas/ha), a maior já registrada no estado.
Os dados partem de levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), que aponta produção total em 8,76 milhões de toneladas, crescimento de 21,7% em relação ao ciclo anterior.
De acordo com o documento, as condições climáticas foram determinantes para o resultado. Apesar de atrasos na semeadura em algumas regiões, a ocorrência de radiação solar acima da média entre dezembro de 2024 e março deste ano beneficiou as lavouras, inclusive as semeadas mais tarde.
“Esse resultado expressivo é fruto da combinação entre fatores meteorológicos favoráveis, avanços em pesquisa e extensão e, principalmente, da resiliência dos produtores gaúchos”, destaca.
No rol das lavouras do estado, as cultivares desenvolvidas pelo Irga representaram 63,1% da área plantada, com destaque para a IRGA 424 RI, presente em 54,5% das lavouras.
O levantamento do Instituto também ressalta que a soja cultivada em rotação com o arroz apresentou aumento expressivo de produtividade, apesar da redução de área semeada (375 mil hectares, 16,9% a menos que no ciclo anterior).
A média estadual foi de 2.420 kg/ha (40,3 sc/ha), 37,9% superior à da safra passada. “O sistema de rotação segue contribuindo para a fertilidade do solo, o controle de plantas daninhas e a diversificação da renda do produtor”, diz o Irga.
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