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Tarifaço de Trump atingiu o complexo soja?

As exportações brasileiras de soja em grão ficaram praticamente estáveis no primeiro semestre de 2025, de acordo com levantamento apresentado nesta terça-feira (15) no quadro Agroexport, do programa Mercado & Cia.
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O destaque do período foi o óleo de soja, que registrou uma forte retomada nos embarques. Já o farelo também apresentou crescimento, mas pode ser afetado pela nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Confira os números:
O complexo soja, que inclui grão, farelo e óleo, tem peso estratégico para a balança comercial do agro. No ano passado, o conjunto respondeu por cerca de um terço de toda a receita cambial do agronegócio brasileiro. Das exportações totais, que somaram pouco mais de 160 bilhões de dólares, aproximadamente 155 bilhões vieram desse complexo.
Soja em grão
Apesar da leve alta no total do complexo, o desempenho da soja em grão se manteve praticamente estável, com 64,9 milhões de toneladas exportadas no semestre. A estagnação, no entanto, não se deve à falta de produto: o Brasil colheu uma safra robusta, estimada em 155 milhões de toneladas.

No caso do farelo, os embarques somaram 11,5 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2025, levemente acima das 11,4 milhões do ano anterior. Apesar do avanço modesto, o setor mantém tendência de alta. A nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, no entanto, pode frear esse crescimento. As exportações para o país saltaram de 100 para mil toneladas em um ano.
Óleo de soja

O óleo de soja foi o destaque do semestre, com alta de quase 30% nas exportações, que passaram de 640 mil para 810 mil toneladas. O desempenho marca uma recuperação após o recuo de 2024, embora ainda abaixo do pico de 1,46 milhão de toneladas em 2023. A retomada indica um reaquecimento do mercado, em linha com a estratégia de agregar valor à pauta exportadora.
Complexo soja
No total do complexo soja, o Brasil exportou 77,26 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2025, avanço de 1,5% em relação às 76,17 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado. O óleo puxou esse crescimento, com alta próxima de 30%, enquanto grão e farelo subiram cerca de 1%. Apesar do bom desempenho do óleo, o volume ainda é pequeno dentro do total, e por isso o impacto no agregado é limitado.
Os Estados Unidos, segundo maior produtor mundial de soja, importam farelo brasileiro principalmente quando a indústria local de esmagamento tem margem negativa. Nesses casos, exportam o grão e importam farelo para atender o mercado interno ou contratos com Europa e Ásia.
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Congresso de Agronomia: produtividade com sustentabilidade

A engenharia agrônoma e toda a cadeira produtiva do agro brasileiro volta o foco para Maceió, Alagoas, a partir deste dia 14 de outubro, para difundir conhecimento, inovação e experiências que pretendem moldar o futuro da agronomia no Brasil. Em sua trigésima quarta edição, o Congresso Brasileiro de Agronomia – CBA 2025 – tem como tema Produtividade com Sustentabilidade.
Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab), através da Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra) realiza o evento com 6 salas temáticas simultâneas, mais de 65 palestras e painéis, mais de 300 trabalhos científicos apresentados, 130 palestrantes especialistas entre eles, Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e embaixador da FAO para o cooperativismo, falando sobre o tema: O Engenheiro Agrônomo do Futuro, e Aldo Rebelo, ex-ministro, que falará sobre “A Importância do Engenheiro Agrônomo para a Segurança Alimentar”.
Entre os temas também figuram os debates, trabalhos e exposições do evento a nanotecnologia e robótica para agricultura sustentável, startups e inovação no campo, agronomia como protagonista da transição energética, políticas públicas, e muito mais.
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Aprosoja-MT pede revisão na MP que renegocia dívidas rurais

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) cobrou do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a revisão dos critérios de acesso ao crédito rural previstos na Medida Provisória nº 1.314/2025, que renegocia dívidas rurais.
A entidade enviou ofício à pasta defendendo que os bancos possam avaliar individualmente os pedidos de produtores, com base em comprovação técnica de perdas, sem restrições territoriais impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Critérios territoriais e impacto no campo
Publicada em setembro, a MP 1.314/2025 criou linhas de crédito com juros subsidiados entre 2% e 6% ao ano para produtores que tiveram perdas em duas ou mais safras entre 2020 e 2025 por causa de eventos climáticos extremos. As regras do CMN, no entanto, limitam o acesso aos produtores localizados em municípios listados pelo Ministério da Agricultura, de acordo com percentuais médios de perdas apurados pelo IBGE.
Para a Aprosoja-MT, o critério desconsidera casos de perdas comprovadas fora desses recortes estatísticos. A entidade afirma que a medida acaba excluindo agricultores que enfrentaram seca, excesso de chuva e queda nos preços da soja e do milho, comprometendo a viabilidade econômica das propriedades.
“Produtores com laudos técnicos e comprovação de prejuízos deveriam ter o mesmo direito ao crédito equalizado. O objetivo é garantir fôlego financeiro para continuar produzindo”, afirmou Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja-MT.
Endividamento e burocracia
Dados do Banco Central mostram que cerca de 15% da carteira de crédito rural de Mato Grosso, o equivalente a R$ 14 bilhões, está em atraso ou renegociação. Segundo a Aprosoja, o cenário reforça a necessidade de juros acessíveis e prazos adequados, conforme previsto na MP.
Bertuol também destacou a burocracia e as exigências excessivas como entraves ao crédito rural. “A demora nos processos, a falta de recursos e as altas garantias exigidas impedem o acesso às linhas emergenciais. Em muitos casos, bastaria o alongamento das dívidas com carência e prazos adequados para evitar a falência de produtores”, afirmou.
Pedido de revisão
A entidade solicita que o Mapa reavalie as normas complementares e autorize expressamente as instituições financeiras a realizarem a análise individualizada dos pedidos de crédito, conforme a comprovação técnica das perdas. Para a Aprosoja-MT, o foco da MP deve permanecer em atender produtores em situação de vulnerabilidade, independentemente da localização geográfica.
Caso os critérios não sejam revistos, produtores afetados por secas, chuvas intensas e incêndios podem ser obrigados a renegociar suas dívidas em linhas de mercado, com juros superiores a 16% ao ano, o que, segundo a entidade, aumentaria o risco de insolvência no campo.
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Agricultura regenerativa cresce no Cerrado e melhora resultados nas lavouras

O Cerrado brasileiro passa a ganhar protagonismo na agricultura regenerativa. O projeto Regenera Cerrado, iniciativa do Fórum do Futuro em parceria com universidades e empresas, concluiu a primeira fase em setembro, abrangendo mais de 8 mil hectares de fazendas no sudoeste de Goiás.
Durante essa etapa, foram validadas práticas que diminuíram o uso de insumos químicos, como fertilizantes (-20%), fungicidas (-30%) e inseticidas (-50%), ao mesmo tempo em que aumentaram o uso de bioinsumos e técnicas de controle biológico, mantendo a produtividade das culturas de soja e milho.
O projeto também monitorou serviços ecossistêmicos, como a preservação de polinizadores, mostrando aumento de produtividade próximo a áreas de mata nativa, e melhorias na estruturação do solo e na mitigação de gases de efeito estufa.
Agora, a segunda fase do Regenera Cerrado, iniciada em outubro, ampliará o estudo para cinco pilares: saúde do solo e da água, práticas agrícolas regenerativas, conservação da biodiversidade, produção de alimentos seguros e sustentáveis e fortalecimento do mercado regenerativo.
O objetivo é coletar dados integrados sobre solo, biodiversidade, polinização, carbono, fitossanidade e qualidade dos grãos, consolidando evidências para ampliar a adoção de práticas regenerativas em todo o país.
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