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Família transforma sonho na roça em sucesso com amor e gestão

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Na Fazenda São Francisco, em Jangada (MT), tradição e conhecimento caminham lado a lado. O que começou como o sonho de um casal apaixonado pela terra ganhou novas projeções e se tornou exemplo de como a gestão pode transformar uma propriedade rural.

Com 135 hectares, a fazenda é hoje conduzida por Denizia Medanha, seu esposo Francisco Gomes Lima e a filha Pamela — uma família que acredita no campo e, com a ajuda do Senar Mato Grosso, encontrou na assistência técnica e gerencial (ATeG) o caminho para a prosperidade.

A propriedade, que passou a receber orientação técnica em outubro de 2024, já colhe os frutos da mudança. “Com a presença da Anna, através do Senar, nós pudemos dentro de dez meses evoluir anos”, pontua Denizia ao programa Senar Transforma desta semana.

Ela conta que, embora já investissem na estrutura da fazenda, foi com o apoio da técnica de campo Anna Luz Netto Malhado que a gestão passou a ser feita com mais precisão e planejamento. “Hoje estamos investindo na parte técnica, que é o que nos trará o retorno financeiro”.

Foto: Israel Baumann/Canal Rural Mato Grosso

Desde que começou a assistência, a Fazenda São Francisco adotou uma série de melhorias. A começar pela redução no número de cabeças de gado, o que resultou em mais qualidade e produtividade. “Antes eram mais animais, mas mais magros. Agora temos um gado mais gordo, de melhor qualidade”, diz Antônio Fernandes, gerente da propriedade há dez anos.

A fazenda passou por reestruturação dos piquetes, manejo nutricional com inclusão de silagem de milho e casquinha de soja, controle de sal e espaçamento de cocho. Tudo começou com um diagnóstico técnico realizado logo na primeira visita.

“Não havia dados zootécnicos, os animais não eram identificados. Trabalhar com médias dificulta a assertividade. Precisávamos puxar esse conhecimento e traçar um passo a passo”, explica Anna Luz.

Hoje, a propriedade possui sete piquetes, realiza análise de solo e segue critérios de entrada e saída dos animais para um melhor aproveitamento da forragem. Com um quadro de “Gestão a Vista” fixado na fazenda, toda a equipe acompanha o desempenho do rebanho, a nutrição, os piquetes e os manejos, mês a mês. “Tem que trabalhar em equipe, um ajudando o outro para que o objetivo seja atingido”, afirma Denizia.

O resultado já é visível nos animais e nos planos futuros. A propriedade avança para a recria e se prepara para comercializar direto com frigoríficos. “Queremos vender no peso, não mais na perna. Temos uma estrutura pronta para isso e queremos um valor justo”, destaca a técnica do Senar.

E, Denizia já sonha com o futuro: “A curto e médio prazo, quero adquirir mais um pedaço de terra para ampliar ainda mais nossa pecuária e aumentar o plantel. Com a assistência do Senar, vamos alcançar esse objetivo”.

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Em Cuiabá, Brasil recebe líderes globais para debater o futuro da carne

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Cuiabá sediará, de 28 a 30 de outubro, o World Meat Congress, uma das principais conferências internacionais sobre proteína animal. Pela primeira vez no Brasil, o evento deve reunir delegações de mais de 20 países para discutir temas como sustentabilidade, rastreabilidade, geopolítica alimentar e inovação tecnológica na cadeia da carne.

A realização do congresso em território brasileiro reforça o papel estratégico do país no mercado global. Mato Grosso, estado anfitrião, lidera a produção nacional e exportou, apenas no primeiro semestre de 2025, cerca de 368,8 mil toneladas de carne bovina, movimentando mais de US$ 1 bilhão.

Além de painéis e palestras, a programação contará com mesas de negócios e participação de representantes de entidades da China, Canadá, Reino Unido, Dinamarca e outros mercados-chave. Entre os destaques da agenda, estão nomes como Juan José Grigera Naón, presidente do IMS, e David Hughes, do Imperial College London.

“Preparamos uma programação diversificada, que oferece aos participantes uma vitrine global de tecnologias, práticas sustentáveis e inovações”, afirma Caio Penido, presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), organizador do evento ao lado do Secretariado Internacional da Carne.


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Plano safra deve impulsionar crescimento do setor de máquinas e implementos agrícolas

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Após um ano de retração, o setor de máquinas e implementos agrícolas começa a mostrar sinais de recuperação. Em maio, as vendas somaram R$ 6,5 bilhões, um crescimento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Com o novo Plano Safra já em vigor, a expectativa é que os financiamentos ajudem a impulsionar ainda mais o setor.

Para Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Agrícolas da Abimaq, o bom desempenho é reflexo direto da safra mais favorável em 2024.

“No ano passado, tivemos uma seca muito severa, que comprometeu a safra em praticamente todo o país. A produtividade caiu e, com isso, a rentabilidade dos agricultores também. Este ano, o cenário é o oposto: a safra está indo muito bem, a produtividade aumentou e estamos conseguindo recuperar mercado”, afirma.

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Outro fator que deve contribuir para o crescimento do setor é o avanço da mecanização da agricultura brasileira, especialmente na agricultura familiar.

“Firmamos uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário para incentivar a mecanização entre os pequenos produtores. Propusemos a criação de um catálogo com as máquinas disponíveis no mercado, facilitando o acesso à informação. Sabemos que o agricultor familiar ainda enfrenta dificuldades nesse sentido”, explica Estevão.

Quanto ao impacto do tarifaço anunciado pelos Estados Unidos, o presidente da câmara setorial minimiza os efeitos diretos sobre as exportações brasileiras de máquinas agrícolas, mas alerta para impactos indiretos no setor.

“Apenas 10% das exportações brasileiras de máquinas agrícolas têm como destino os EUA, o que representa cerca de 1,3% do nosso volume total de vendas. O maior impacto será sobre o agricultor brasileiro, caso a medida se prolongue. Com uma oferta maior de produtos como café, laranja e carne bovina no mercado interno, pode haver queda nos preços. Isso reduz a rentabilidade do produtor e, consequentemente, sua capacidade de investir em máquinas”, conclui.

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No Dia do Agricultor, produtores rurais mostram que o campo é feito de trabalho, paixão e inovação

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Há três anos, Raimundo Ferreira deixou o sul do Tocantins rumo ao oeste da Bahia em busca de uma vida melhor no campo. Criado em meio à pecuária, ele agora se dedica integralmente à agricultura. “Eu trabalhava mais pros outros do que pra gente. A gente trabalhava como funcionário. Então, é pra ter o sustento”, conta Raimundo.

Hoje, próximo às águas calmas do Rio Branco, Raimundo sustenta a família com uma produção diversificada, que também ajuda a alimentar a sociedade. Grande parte do que colhe abastece o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que atende municípios da região. Só na primeira quinzena de julho, ele e a Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Assentamento Rio Branco entregaram mais de 1.500 pés de alface.

“Produzimos peixe, temos criação de abelhas, hortaliças, alface, cheiro verde, feijão, milho, mandioca, batata… O que der, a gente planta”, resume o agricultor com orgulho.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, a Bahia é o segundo estado brasileiro com maior número de pessoas acima de 14 anos ocupadas na agricultura, são 910 mil trabalhadores. O estado fica atrás apenas de Minas Gerais, que lidera o ranking com mais de 1 milhão de pessoas no setor.

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Para Raimundo, trabalhar na roça é mais do que sustento: “É uma grande satisfação. Um legado deixado pelos nossos pais, e que a gente está dando continuidade. Trabalho não falta. Fazenda é fazenda, né? Mesmo que seja só um sítio, o serviço não para”.

Ao todo, considerando também a pecuária, a produção florestal, a pesca e a aquicultura, o Brasil soma cerca de 7,9 milhões de trabalhadores rurais, segundo os dados de 2024.

Nova geração

Do outro lado do país, no Rio Grande do Sul, a produtora Cássia Augsten, de Gramado, representa uma nova geração que tem assumido os negócios no campo com inovação e dedicação. Filha de agricultores, ela decidiu permanecer na propriedade da família e seguir cultivando morangos, mantendo viva uma tradição de quatro décadas.

“Nos morangos, faço de tudo um pouco: plantar, colher, entregar, comercializar e cuidar da pós-venda, que hoje é muito importante na propriedade”, explica Cássia. Ao todo, são 12 estufas e 25 mil plantas cultivadas com atenção aos detalhes e ao sabor.

Cássia transformou a produção em uma agroindústria familiar e encontrou uma solução sustentável para frutas fora do padrão de venda in natura: passou a produzir geleias artesanais com sabor de infância. “Queremos que o cliente tenha aquela lembrança da geleia que a nona ou a vó produziam. Não usamos conservantes, química ou espessantes. Tudo é natural.”

Além da comercialização em Gramado, os produtos seguem para o varejo em outros estados. Parte do sucesso também se deve à experiência rural que a família oferece na propriedade: uma casa de 60 anos recebe turistas para conhecer a produção e provar as delícias locais.

No Rio Grande do Sul, cerca de 90% das propriedades são classificadas como de agricultura familiar, segundo dados oficiais. O perfil das lideranças está mudando: cada vez mais jovens e mulheres assumem o protagonismo no campo, levando gestão moderna, novas ideias e paixão pela terra.

“Eu trabalho com o que amo. Sou apaixonada pela agricultura. Sempre digo que a vida é boa. Não tem um dia que eu não acorde feliz para trabalhar. Isso é o principal na vida da gente: fazer o que gosta”, afirma Cássia.

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