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Empresários de Santa Catarina anunciam implantação de complexo industrial em MT

Um dos maiores investimentos privados da história de Mato Grosso será implantado em Itiquira.
Com previsão de gerar até seis mil empregos e ocupar uma área de 360 hectares ao lado do Terminal Ferroviário, na MT-299, o Complexo Industrial Agrícola de Itiquira (CIAI) – Terminal Usina de Etanol e Misturadora de Fertilizantes de Itiquira – vai abrigar cinco indústrias interligadas, entre elas uma usina de etanol de milho, uma esmagadora de soja, uma unidade de biodiesel e uma misturadora de fertilizantes.
A boa notícia foi apresentada ao deputado estadual Ondanir Bortolini – Nininho (Republicanos) nesta quarta-feira (9), em reunião na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), pelos empresários Iran Manfredini e Erivelto Saes, de Santa Catarina, responsáveis por um dos maiores investimentos privados já anunciados para Itiquira.
Eles também apresentaram a Licença de Instalação emitida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), autorizando o início das obras. Participou da agenda o advogado e consultor ambiental José Francisco Neves.
CINCO GRANDES INDÚSTRIAS
O complexo contará com estrutura integrada para produção e escoamento. A usina de etanol terá capacidade de processamento de seis mil toneladas por dia. A unidade misturadora de fertilizantes produzirá até um milhão de toneladas por ano.
As esmagadoras de soja e de caroço de algodão terão capacidade diária de cinco mil e duas mil toneladas, respectivamente. Haverá ainda uma planta de biodiesel e um conjunto de dez armazéns, com capacidade total de 240 mil toneladas.
A instalação será feita ao lado da ferrovia, o que facilitará a exportação e a logística interna. O início da terraplanagem está previsto para este ano. As obras da primeira fase devem começar em 2026, com a primeira unidade entrando em operação no mesmo ano. A previsão de conclusão total do projeto é 2028.
GERAÇÃO DE EMPREGOS
Durante a fase de construção, estima-se a criação de 2.500 empregos. Após a conclusão, o complexo deve gerar 600 empregos diretos e cerca de 3 mil indiretos.
O deputado Nininho reforça o papel estratégico do empreendimento para a industrialização de Mato Grosso. “É um projeto estruturado, com indústrias integradas que vão processar o que já produzimos em larga escala no nosso Estado. Vai gerar valor agregado, renda e oportunidades onde antes havia apenas produção primária”, argumenta.
O parlamentar destaca que o projeto vai além da geração de empregos. “O complexo vai transformar matéria-prima em produto acabado, com impacto direto na renda das famílias e na economia de Mato Grosso”, observa Nininho, que também agradece o apoio institucional.
“Desejo expressar meus sinceros agradecimentos à Secretaria de Meio Ambiente e parabenizar nossos empresários e parceiros por sua dedicação e empenho em viabilizar este importante empreendimento”, pontua o deputado.
VANTAGENS LOGÍSTICAS
De acordo com o empresário Iran Manfredini, da Catarina Fertilizantes, a escolha de Itiquira se deu por fatores técnicos e logísticos. “A ferrovia, o acesso rodoviário e a disponibilidade de grãos fazem da região um ponto estratégico. A implantação do complexo vai resolver gargalos importantes, como o déficit de armazenagem e a produção de DDG, essencial para ração animal”, menciona.
Segundo ele, hoje os produtores precisam percorrer longas distâncias para adquirir esse insumo. “Isso vai facilitar a vida de todos”, afirma.Manfredini destaca que o agronegócio brasileiro é uma referência mundial em produtividade, com o estado de Mato Grosso entre os maiores produtores de milho, soja e algodão.
Ainda assim, segundo ele, os produtores locais enfrentam entraves estruturais. “Temos grandes desafios de armazenagem, logística, custos operacionais e valor agregado. O CIAI nasce para enfrentar esses problemas com soluções integradas”, comenta.
O complexo terá capacidade de armazenar mais de dois milhões de toneladas de grãos por ano e processar mais de quatro milhões de toneladas. Estão previstas a produção de mais de 500 mil metros cúbicos de etanol e 300 mil toneladas anuais de DDGS para alimentação animal.
“Essa produção pode alimentar mais de 300 mil cabeças de gado, resolvendo parte da demanda da pecuária regional”, explica o empresário.
GERAÇÃO DE ENERGIA
Além disso, Erivelto Saes, do Grupo Saes, explica que o projeto incluirá geração de cerca de 56 megawatts de energia própria, como parte das iniciativas de sustentabilidade. “Será um modelo de integração entre produção, logística, energia e inovação.
O CIAI não é apenas uma planta industrial. É um projeto de transformação econômica regional, com impacto em toda a cadeia do agronegócio”, relata.
O empresário catarinense reforça a proposta de integração. “A intenção com esse projeto foi trazer toda a cadeia completa para a região. Armazenagem de grãos, entrega de fertilizante, produção de insumos e geração de energia. Tudo isso vai atender desde o agricultor até o comércio local”, explica.
Ele avalia que o complexo vai colocar Itiquira no mapa nacional da indústria agropecuária. “É um dos projetos mais promissores do país, com potencial para reconhecimento até na América Latina”, observa Erivelto.
ARTICULAÇÃO POLÍTICA
O projeto tem o apoio do Governo de Mato Grosso, da Prefeitura de Itiquira e da Assembleia Legislativa. O deputado Nininho acompanhou o processo desde o início, ao lado do prefeito Fabiano Dalla Valle e dos vereadores do município. “O sucesso de um projeto dessa magnitude depende de união. Agradeço ao governador Mauro Mendes e ao vice-governador Otaviano Pivetta pela disposição em apoiar esse investimento”, enaltece o parlamentar.
Nininho também destaca que o complexo de Itiquira representa um avanço importante para a industrialização regional. “Temos matéria-prima em abundância, soja, milho, algodão. Agora estamos criando condições para processar e agregar valor aqui mesmo, com geração de renda, emprego e desenvolvimento. Esse é o caminho para transformar potencial em realidade”, enfatiza o parlamentar.
Agro Mato Grosso
VÍDEO: piloto flagra salto de onça-pintada antes de ataque contra jacaré no Pantanal de MT

Imagens foram feitas no Parque Estadual Encontro das Águas, região de alta concentração de onças no Pantanal mato-grossense.
🐆🐊O piloto de barco Gabriel Felipe flagrou um salto da onça-pintada ‘Medrosa‘ antes de um ataque a um jacaré, durante um passeio com turistas no Parque Estadual Encontro das Águas, entre Poconé e Barão de Melgaço, no Pantanal mato-grossense, na manhã deste sábado (2) (veja acima)
Nas imagens, é possível ver o felino em cima da árvore, em seguida, ele pula no rio e captura o jacaré (veja abaixo).
Poucos segundos depois, Medrosa sai da água e vai em direção à margem carregando o réptil na boca.
VIDEO:
Com 9 anos e pesando aproximadamente 90 quilos, Medrosa se destaca por ser uma das onças mais observadas em ação, especialmente durante ataques a jacarés no Pantanal, como foi o caso no Parque Encontro das Águas.
Piloto flagra salto de onça-pintada antes ataque contra jacaré no Pantanal de MT — Foto: Reprodução
🐆Conheça Medrosa
Além da força e da agilidade características da espécie, Medrosa também se destaca pela inteligência ao caçar.
Segundo o biólogo e guia de turismo João Marcelo Rocha Biagini, ela tem o hábito de subir em árvores não apenas para descansar, mas como parte de uma estratégia sofisticada de ataque. Ao se posicionar em galhos próximos às margens dos rios, a onça consegue observar o movimento dos jacarés e surpreendê-los com um salto preciso e fatal, aproveitando o fator surpresa.
De acordo com João Marcelo, essa tática não é comum entre todos os felinos e Medrosa é uma das onças que mais utiliza a estratégia de subir em árvores para caçar com mais precisão.
“Ela utiliza a árvore para descansar também. É uma das onças que a gente mais vê em cima de árvore e, além disso, usa bem a árvore para poder caçar o jacaré.”
Como está acompanhada de um filhote, Medrosa precisa caçar por dois. Além dos jacarés, ela também preda outros animais, como capivaras, preás e veados, e chega a subir em árvores em busca de ovos de pássaros.
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Momento exato em que onça pula e ataca jacaré no Pantanal em MT — Foto: Marcos Ardevino
🌳O parque
O Parque Estadual Encontro das Águas está localizado na confluência dos rios Cuiabá e Piquiri, na região de Porto Jofre, entre Poconé e Barão de Melgaço, municípios a 104 e 121 km de Cuiabá. A reserva contempla o maior número de onças-pintadas, com uma extensão de 108 mil hectares.
Os turistas podem passear de barco pelo bioma ao mesmo tempo em que fazem o monitoramento das onças de forma voluntária por meio de fotos e vídeos de diferentes aparições dos felinos.
Os guias orientam que o melhor momento para se deparar com os animais é entre os meses de julho e fim de setembro, quando começa o período da seca, o que faz com que os felinos procurem água e, com isso, ficam expostos às margens dos rios, sendo possível vê-los de uma distância segura.
Agro Mato Grosso
MT se consolida como um dos maiores produtores de gergelim do País I MT

O Brasil dobrou o número de estabelecimentos autorizados a exportar gergelim para a China. A nova lista divulgada pela Administração-Geral das Alfândegas da China (GACC) passou de 31 para 61 unidades habilitadas, representando um avanço expressivo nas relações comerciais com o maior consumidor mundial da oleaginosa.
Hoje, o Brasil ocupa a sétima posição entre os maiores exportadores globais de gergelim, com 5,31% do comércio mundial. Com a nova habilitação, o país amplia sua capacidade de atender à crescente demanda chinesa, que representa 38,4% do consumo global da semente.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ampliação é resultado da cooperação entre o Ministério, a Adidância Agrícola e a Embaixada do Brasil em Pequim, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o setor privado.
A habilitação da China ao gergelim brasileiro foi anunciada em novembro de 2024, durante visita oficial do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil. À época, o acordo representou a 200ª abertura de mercado da atual gestão federal.
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Grupo que assaltou agência bancária na modalidade ‘novo cangaço’ em MT é preso em RO

Além dos quatro homens flagrados assaltando a agência em Brasnorte, outras duas pessoas foram presas por dar apoio aos assaltantes no crime.
Os quatro homens flagrados assaltando uma agência bancária na modalidade ‘novo cangaço’, em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá, na quinta-feira (31), foram presos em Vilhena (RO), a cerca de 466 km de onde o crime ocorreu, neste sábado (2).
Segundo a Polícia Civil, os assaltantes estavam armados com fuzis e invadiram a agência rendendo funcionários e clientes (assista abaixo). Após acessarem o cofre e os caixas eletrônicos, eles fugiram em uma caminhonete levando dois reféns, que foram liberados cerca de 10 km depois, às margens da MT-170.
De acordo com a Polícia Civil, além dos quatro envolvidos no assalto, outras duas pessoas foram presas por dar apoio aos assaltantes no crime.
VIDEO 1:
A ação, que mobilizou mais de 100 policiais civis e militares na busca pelos criminosos, contou com o apoio do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil de Brasnorte, a 580 km de Cuiabá e de Tangará da Serra, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Força Tática e outras unidades da Polícia Militar.
‘Novo Cangaço’
A expressão ‘Novo Cangaço’ é usada para caracterizar a ação de grupos criminosas fortemente armados que cercam pequenas cidades para praticar assaltos, geralmente a agências bancárias.
VIDEO 2:
Essa modalidade de assalto foi nomeada pela polícia em alusão ao histórico bando de Lampião, que levava o medo a cidades do sertão nordestino em meados dos anos de 1930.
Brasnorte possui uma população estimada de 17,4 mil habitantes, conforme estimativa pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2024.
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