Sustentabilidade
Plantio de precisão é fator decisivo para alcançar alta produtividade no campo – MAIS SOJA

A etapa do plantio é considerada uma das mais determinantes para o sucesso de uma safra. Segundo dados da Embrapa, falhas nessa fase podem reduzir em até 30% o potencial produtivo das lavouras, independentemente da cultura. Isso ocorre porque diversos fatores que afetam diretamente o rendimento final, como emergência uniforme, qualidade das sementes e preparo do solo, têm origem nas decisões tomadas no início do cultivo. Com o avanço da tecnologia no campo, a atenção aos detalhes tornou-se uma exigência para o agricultor que busca eficiência e rentabilidade.
De acordo com Maximiliano Cassalha, engenheiro e head comercial da Crucianelli no Brasil, fabricante de plantadeiras de precisão, a produtividade agrícola pode ser representada por uma pirâmide técnica, cuja base é a nutrição do solo, seguida pela emergência das plantas. A partir desse ponto, o papel das máquinas torna-se central. “Se as plantas não emergem ao mesmo tempo, ocorre competição por luz, água e nutrientes. Essa concorrência reduz o potencial de crescimento daquelas que nascem depois, podendo representar uma perda de até 25% na produtividade do milho, por exemplo”, destaca.
A chave para uma emergência uniforme está na capacidade das máquinas de adaptar a profundidade e a pressão de plantio conforme o tipo de solo. Tecnologias como o Delta Force, presente nas plantadeiras da linha Plantor, ajustam automaticamente a força aplicada pelo carrinho da máquina (Down Force), permitindo o posicionamento ideal da semente, mesmo em diferentes tipos de solos como cascalho, argila, areia ou trilhos de outras máquinas. O controle adequado do Down Force, evitará a compactação excessiva do sulco ou a formação de bolsões de ar, garantindo melhor desenvolvimento radicular e maior eficiência na absorção de nutrientes.
Além da profundidade e pressão, o espaçamento e a distribuição das sementes também exercem influência direta no crescimento das plantas. Quando este é muito estreito, há aumento da competição entre as culturas, o que pode resultar em lavouras mais fracas e propensas a doenças devido à menor ventilação. Por outro lado, espaçamentos mais largos subutilizam a área cultivável e favorecem a evaporação da água do solo. “O ideal é à medida que permite boa interceptação da luz solar, arejamento adequado e uso eficiente dos recursos disponíveis”, reforça Cassalha.
A distribuição correta das sementes no sulco é outro ponto crítico. Quando dispostas de forma irregular com falhas ou em duplicidade geram desuniformidade na emergência e prejudicam os tratos culturais e a colheita. A uniformidade, por sua vez, contribui para um estande de plantas mais equilibrado e com maior eficiência fotossintética, o que reflete diretamente na produtividade por hectare.
Erros que custam caro
Entre os erros mais comuns que comprometem o plantio, estão o uso de sementes de baixa qualidade ou não adaptadas ao clima local, a realização do plantio fora da época ideal, o preparo inadequado do solo, frequentemente sem análise ou correção e a má regulagem da plantadeira. “A profundidade incorreta, o controle deficiente de pragas e a negligência em relação ao microclima local, como incidência de ventos, geadas ou seca, também figuram como fatores críticos”, alerta o especialista da Crucianelli.
A velocidade de plantio é outro elemento frequentemente subestimado. Embora muitos produtores tentam acelerar essa etapa para aproveitar janelas climáticas curtas, o excesso de velocidade pode comprometer a uniformidade da emergência e a formação correta do sulco. “Mesmo com tecnologias modernas, o tipo de solo ainda dita a velocidade ideal de trabalho. Solos úmidos e argilosos, por exemplo, exigem atenção redobrada quanto ao fechamento do sulco e à distribuição das sementes”, explica Cassalha. A recomendação é seguir as orientações do fabricante e monitorar os resultados agronômicos em tempo real, ajustando conforme necessário.
Outro ponto de atenção para garantir um plantio de alta qualidade, é a calibragem e regulagem das plantadeiras, que devem ser realizadas antes de cada safra, considerando as especificidades de cada cultura. Tecnologias embarcadas, como dosadores a vácuo, sensores de carga, fluxo e motores elétricos, auxiliam na entrega precisa das sementes e permitem ajustes dinâmicos durante a operação, aumentando a eficiência do plantio e reduzindo perdas.
Mesmo diante de condições climáticas adversas, o produtor pode adotar estratégias para preservar a qualidade do plantio, como escalonamento de áreas, escolha de sementes mais tolerantes e análise criteriosa do solo. “Realizar um plantio de alta qualidade significa explorar ao máximo o potencial produtivo da lavoura, unindo manejo técnico, conhecimento agronômico e uso inteligente da tecnologia”, conclui o especialista da Crucianelli no Brasil.
Opções com alta tecnologia
A Crucianelli por meio de uma joint venture com o Grupo Piccin, formando a Aliança Crucianelli Piccin (ACP), disponibiliza aos produtores brasileiros a Plantor, sua plantadora fabricada 100% em território nacional, na unidade industrial de São Carlos-SP. O equipamento é “autotransportável”, oferecido em duas versões: uma com 3,9 metros de largura de transporte e outra com 3,2 metros e sistema de duplo dobramento, sendo a 3,9 metros com até 18 metros na largura de trabalho e a 3,2 com 15 metros na largura de trabalho.
Fonte: Assessoria de Imprensa ACP
Sustentabilidade
USDA reduz números de soja nos EUA e Brasil em ‘modo turbo’ na comercialização

O ritmo dos negócios da soja no Brasil em junho apresentou boa evolução, com preços oscilando em uma margem estreita, próxima da estabilidade. Os dados divulgados pela consultoria Safras & Mercado apontam que, apesar da queda dos preços em Chicago e do dólar mais baixo, os prêmios positivos no mercado interno superaram esses efeitos, favorecendo a continuidade das negociações.
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Com a ampla oferta da commodity, o produtor brasileiro tem aproveitado o momento para avançar nas vendas, garantindo maior rentabilidade. No cenário internacional, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou uma redução na área plantada naquele país, dentro das expectativas do mercado e com impacto limitado nas cotações globais.
Conforme o relatório da consultoria, com dados até 4 de julho, a comercialização da safra brasileira 2024/25 já alcança 69,8% da produção projetada, avanço em relação aos 64% registrados em 6 de junho. No mesmo período do ano passado, o percentual era de 77,5%, enquanto a média dos últimos cinco anos para o período é de 82,1%. Considerando uma safra estimada em 172,45 milhões de toneladas, isso equivale a 120,43 milhões de toneladas comercializadas até agora.
Além disso, a comercialização antecipada, que inclui soja que ainda será colhida na safra 2025/26, representa 16,4% da produção projetada, ou 25,28 milhões de toneladas, um avanço em relação aos 10,8% registrados em 6 de junho. No ano passado, o percentual era de 18,2%, com média histórica de 23,2%.
No cenário dos Estados Unidos, o USDA estimou que a área plantada com soja em 2025 totalizará 83,4 milhões de acres, 4% menor que os 87,05 milhões de acres cultivados em 2024. O número ficou ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, que apontava para 83,65 milhões de acres, e também inferior à estimativa do relatório de intenções de plantio divulgado em março, que indicava 83,495 milhões de acres.
A redução ou estabilidade da área ocorreu em 25 dos 29 estados produtores, refletindo ajustes regionais e tendências de mercado. Em relação aos estoques trimestrais de soja em grão dos EUA, dados de 1º de junho indicam um total de 1,008 bilhão de bushels, volume 4% superior ao do mesmo período de 2024 e acima da expectativa do mercado, que era de 971 milhões de bushels.
Sustentabilidade
Análise Ceema: Cotações do milho subiram nesta semana, fechando a quinta-feira em US$4,31 em Chicago – MAIS SOJA

Por Argemiro Luís Brum
A cotação do milho, para o primeiro mês em Chicago, igualmente subiu nesta semana, com o bushel do cereal fechando a quinta-feira (03) em US$ 4,31, contra US$ 4,09 uma semana antes. A média de junho ficou em US$ 4,30/bushel, registrando um recuo de 4,2% sobre a média de maio.
O relatório de plantio, divulgado no dia 30/06, confirmou um aumento de área semeada nos EUA em 5% sobre o ano anterior, enquanto os estoques, na posição de 1º de junho, somaram 117,9 milhões de toneladas, significando um recuo de 7% sobre a mesma época de 2024.
Enquanto isso, no Brasil os preços do milho cederam mais um pouco. A média gaúcha fechou em R$ 62,45/saco, enquanto nas principais praças o produto ficou em R$ 60,00. Nas demais regiões do país os valores oscilaram entre R$ 45,00 e R$ 63,00/saco.
Dito isso, a Stone X avança que a safra de verão brasileira teria ficado em 25,6 milhões de toneladas, enquanto a segunda safra seria de 108,2 milhões (em números revisados). Assim, a produção total de milho, em 2024/25, chegaria a 136,1 milhões de toneladas (incluindo pouco mais de 2 milhões de toneladas da terceira safra nacional). Diante disso, o consumo interno seria de 89,5 milhões de toneladas, sustentado pela produção de etanol. Já as exportações somariam 42 milhões de toneladas.
Por outro lado, a colheita de milho da safrinha teria chegado a 19,5% da área semeada, contra 47,1% no ano passado nesta época e 27,3% na média histórica (cf. PátriaAgroNegócios).
Já a colheita no Centro-Sul brasileiro teria alcançado a 18% da área até o dia 26/06, contra 49% no mesmo período do ano anterior (cf. AgRural). Para esta consultoria, a safrinha chegaria a 103 milhões de toneladas e a produção total nacional alcançaria a 130,6 milhões de toneladas.
E a Conab informa que, até o dia 28/06, apenas 17% das lavouras da segunda safra haviam sido colhidas no país todo, contra 47,9% no mesmo período do ano passado e 28,2% na média das últimas cinco safras. A destacar que as recentes geadas provocaram prejuízos nas lavouras do Paraná.
Neste sentido, o Deral indicou que 68% das áreas a colher estavam em boas condições, 18% regulares e 14% como ruins.
Por sua vez, o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) indicou que o preço médio do saco de milho no Mato Grosso fechou a semana anterior em R$ 39,84, deixando o produto abaixo dos R$ 39,91/saco estipulado como mínimo pela Conab. Lembrando que, quando o preço médio fica abaixo do Preço Mínimo, o governo pode intervir com políticas públicas como leilões para formação de estoque regulador, a fim de assegurar uma remuneração mínima ao produtor.
Enfim, estudos recentes indicam que, em relação a safra 2025/26, a combinação de custos elevados, oscilações cambiais e incertezas no mercado internacional tem preocupado especialistas e agricultores, especialmente nas regiões do Cerrado, Sul e Sudeste do país. Como o Brasil importa entre 70% a 75% dos feritilizantes que consome, um aumento de 10 centavos na taxa de câmbio pode significar quase R$ 5,00 a menos no preço do saco de milho (cf. Céleres). Em tal contexto, os produtores precisam de um rigoroso planejamento financeiro para fazer frente aos desafios do mercado do milho, o que vale igualmente para a soja e o trigo.
Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹
1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).
Sustentabilidade
Preços domésticos de algodão encerram junho em queda, acompanhando perdas em Nova York – MAIS SOJA

O mercado de algodão encerrou junho com preços fracos no físico brasileiro, em linha com as perdas na Bolsa de Nova York. A demanda doméstica esteve mais presente no início do mês, trabalhando com preços firmes, mas foi diminuindo o ritmo ao longo dos últimos dias e, com isso, derrubou suas bases. Do lado da oferta, os vendedores mantiveram uma postura cautelosa, o que limitou o volume comercializado, informou a Safras Consultoria.
Em Rondonópolis, no Mato Grosso, os preços da pluma em junho ficaram em torno de R$ 4,23/libra-peso, caindo para R$ 3,94/libra-peso nesta quinta-feira, 3 de julho. Já na comparação com a semana passada, o recuo foi de 0,58%.
Para o algodão entregue à indústria em São Paulo, o valor alcançou R$ 4,09/libra-peso na quinta-feira (3), com desvalorização semanal de 0,49% e mensal de 6,62%, quando trocava de mãos, respectivamente, a R$ 4,11/libra-peso e a R$ 4,38/libra-peso.
USDA
A área total plantada com algodão nos Estados Unidos em 2025 deverá ocupar 10,120 milhões de acres. A previsão é do relatório de área plantada do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta segunda-feira (30). O número representa um recuo na área frente a 2024, quando foram cultivados 11,183 milhões de acres.
Analistas consultados por agências internacionais apontavam de 8,8 a 9,985 milhões de acres em junho, com média de 9,735 milhões de acres.
Contando apenas o algodão upland, a área deve chegar a 9,949 milhões de acres, recuo frente a 2024, quando somou 10,976 milhões. A área do algodão pima também deve registrar queda, atingindo 171 mil acres – em 2024 foram 207 mil acres.
Fonte: Sara Lane – Safras News
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