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Pesquisa finaliza protótipo para avaliação da qualidade e maciez da carne bovina com uso de IA

Pesquisadores em Mato Grosso desenvolveram, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), uma ferramenta portátil (protótipo) e não invasiva para avaliar a qualidade e maciez da carne bovina em ambiente industrial em tempo real. A tecnologia utiliza técnicas de espectroscopia por reflectância e algoritmos de inteligência artificial (IA) com base em imagens capturadas por câmeras multiespectrais. A solução visa atender demandas da cadeia produtiva da carne, da pecuária à indústria, passando por varejistas e consumidores.
O projeto foi financiado pelo Estado, por meio do Edital nº 004/2021 Pesquisa aplicada – Cadeias Produtivas de Mato Grosso, e é intitulado “Determinação não-destrutiva da maciez da carne bovina (força de cisalhamento) por imagem multiespectral e algoritmos de Inteligência Artificial”.
A técnica é baseada em espectroscopia por reflectância, que utiliza radiação luminosa, incluindo comprimentos de onda visíveis e invisíveis ao olho humano, para interagir com a carne e extrair informações sobre sua composição. Quando essa luz incide sobre o alimento, parte é absorvida e parte é refletida. A forma como a luz retorna dependendo das propriedades físico-químicas do tecido, como teor de gordura, umidade e estrutura das fibras musculares, geram os dados necessários.
As informações ópticas são registradas por uma câmera multiespectral, capaz de captar imagens em diferentes faixas do espectro eletromagnético. A partir dessas imagens, algoritmos de inteligência artificial, baseados em redes neurais artificiais que utilizam múltiplas camadas para analisar dados (deep learning), são aplicados para correlacionar esses dados espectrais com parâmetros reais da carne, como a técnica da força de cisalhamento, tradicionalmente utilizada como referência para medir, mas que é muito invasiva.
Segundo os coordenadores do projeto, doutores Heinsten Frederich Leal dos Santos e Angelo Polizel Neto, da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), “a tecnologia aprende a identificar padrões nas imagens captadas (espectro visível e invisível), permitindo prever a maciez da carne com alta precisão, sem a necessidade de cortes, manipulações e testes destrutivos”.
O estudo definiu comprimentos de onda mais relevantes para correlacionar os dados espectrais com a maciez da carne, tradicionalmente medida anteriormente por força de cisalhamento (força necessária para romper as fibras musculares de forma invasiva). A equipe desenvolveu algoritmos baseados em redes neurais artificiais com precisão superior a 80%. Utilizando técnicas onde as tarefas sejam realizadas no menor tempo possível com custos mínimos, e aprendendo com cada interação (técnica de deep learning).
Com a definição de comprimentos de onda mais relevantes para a análise da carne, validou a metodologia como prova de conceito (TRL 3), ou seja, tecnicamente viável. Posteriormente, foi desenvolvido um protótipo funcional (TRL 4), capaz de operar em tempo real, capturando imagens da carne e estimando sua maciez diretamente na linha de produção.
Entre os principais benefícios da tecnologia, destaca-se a possibilidade de integração direta em frigoríficos, sem necessidade de coleta ou descarte de amostras. Isso elimina perdas, reduz custos laboratoriais, e abre caminho para o uso de dados em programas de melhoramento genético e controle de qualidade da matéria-prima.
Além do desenvolvimento do sistema e dos algoritmos, os pesquisadores estruturaram um banco de dados de amostras robusto, com amostras espectrais associadas a variáveis de qualidade da carne bovina, contribuindo para a formação de um modelo de avaliação mais confiável e automatizado.
Entre os impactos o coordenador cita a padronização da maciez como parâmetro mensurável em tempo real na indústria frigorífica, a rastreabilidade da carne desde a produção até o consumidor final, disponibilizando informações precisas para importadores e redes varejistas.
A aplicação da inteligência artificial nesse processo permite que decisões operacionais sejam tomadas com base em dados objetivos, reduzindo a intervenção humana em processos sensíveis de controle de qualidade. A solução dialoga com o conceito de indústria 4.0 e amplia a inserção da tecnologia digital no setor de carnes.
“Essa iniciativa está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente os ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico), 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura), 12 (Consumo e Produção Responsáveis) e 17 (Parcerias e Meios de Implementação). Reforçando o posicionamento da cadeia produtiva da carne bovina brasileira em relação à inovação, eficiência produtiva e sustentabilidade”, finalizou Heinsten.
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Confira as 10 cidades de Mato Grosso que mais contrataram com carteira assinada este ano

Dos 142 municípios de Mato Grosso, 116 apresentaram saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada no período de janeiro a maio de 2025, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. O número representa 82% das cidades do Estado.
Cuiabá é a cidade que mais gerou novos empregos no Estado, com a abertura de 4.804 postos de trabalho, seguida por Barra do Garças (2.346), Sinop (2.298), Rondonópolis (2.172), Sorriso (1.686), Lucas do Rio Verde (1.525), Primavera do Leste (1.488), Várzea Grande (1.461), Jaciara (853) e Mirassol D’Oeste (769).
Na capital, a maior parte dos empregos foi gerada por trabalhadores do setor de serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados, e pela construção civil. Conforme os dados do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT), o mercado imobiliário em Cuiabá vive um bom momento e cresceu 14,30% no primeiro trimestre deste ano, com faturamento de R$ 1,390 bilhão.
“Em Cuiabá, temos obras públicas importantes, fomentadas pelo governo, como as obras do BRT, o Hospital Central, o Complexo Viário do Leblon, a reforma de escolas e o asfaltamento de bairros. Tudo isso demanda mais trabalhadores. Os dados do Caged, a cada mês, mostram que Mato Grosso está no caminho certo, fomentando não só a construção civil, mas todos os setores da economia. Somos, há anos, um dos estados com os menores índices de desemprego. Estamos no caminho certo”, avaliou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
Já em Barra do Garças, as novas vagas surgiram em atividades educacionais, com a contratação de profissionais de ensino e técnicos de nível médio. Um exemplo disso é uma universidade particular da cidade que iniciou o curso de medicina em 2025, demandando a contratação de mais profissionais.
De janeiro a maio, Mato Grosso gerou um saldo positivo de 32.275 vagas com carteira assinada, sendo o setor de Serviços o carro-chefe, com 13.993 empregos. Em seguida, vêm a Construção Civil (+8.118), a Indústria (+3.881), o Comércio (+3.158) e a Agropecuária (+3.131).
A maioria das vagas foi ocupada por jovens de 18 a 24 anos com ensino médio completo. Foram 19.273 empregos para homens e 13.048 vagas para mulheres. Desse total, 763 foram ocupados por estrangeiros e 703 por menores aprendizes.
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Confira as 10 cidades de MT que mais contrataram com carteira assinada

82% dos municípios abriram novos postos de trabalho; Cuiabá, Barra do Garças e Sinop lideram no ranking
Dos 142 municípios de Mato Grosso, 116 apresentaram saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada no período de janeiro a maio de 2025, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. O número representa 82% das cidades do Estado.
Cuiabá é a cidade que mais gerou novos empregos no Estado, com a abertura de 4.804 postos de trabalho, seguida por Barra do Garças (2.346), Sinop (2.298), Rondonópolis (2.172), Sorriso (1.686), Lucas do Rio Verde (1.525), Primavera do Leste (1.488), Várzea Grande (1.461), Jaciara (853) e Mirassol D’Oeste (769).
Na capital, a maior parte dos empregos foi gerada por trabalhadores do setor de serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados, e pela construção civil. Conforme os dados do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT), o mercado imobiliário em Cuiabá vive um bom momento e cresceu 14,30% no primeiro trimestre deste ano, com faturamento de R$ 1,390 bilhão.
“Em Cuiabá, temos obras públicas importantes, fomentadas pelo governo, como as obras do BRT, o Hospital Central, o Complexo Viário do Leblon, a reforma de escolas e o asfaltamento de bairros. Tudo isso demanda mais trabalhadores. Os dados do Caged, a cada mês, mostram que Mato Grosso está no caminho certo, fomentando não só a construção civil, mas todos os setores da economia. Somos, há anos, um dos estados com os menores índices de desemprego. Estamos no caminho certo”, avaliou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
Já em Barra do Garças, as novas vagas surgiram em atividades educacionais, com a contratação de profissionais de ensino e técnicos de nível médio. Um exemplo disso é uma universidade particular da cidade que iniciou o curso de medicina em 2025, demandando a contratação de mais profissionais.
De janeiro a maio, Mato Grosso gerou um saldo positivo de 32.275 vagas com carteira assinada, sendo o setor de Serviços o carro-chefe, com 13.993 empregos. Em seguida, vêm a Construção Civil (+8.118), a Indústria (+3.881), o Comércio (+3.158) e a Agropecuária (+3.131).
A maioria das vagas foi ocupada por jovens de 18 a 24 anos com ensino médio completo. Foram 19.273 empregos para homens e 13.048 vagas para mulheres. Desse total, 763 foram ocupados por estrangeiros e 703 por menores aprendizes.
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Milho: Imea eleva produção de Mato Grosso em 2024/25

A produção de milho da safra 2024/25 em Mato Grosso foi revisada para 54,02 milhões de toneladas pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O volume representa aumento de 14,52% em relação ao ciclo anterior e supera o recorde da safra 2022/23, de 52,50 milhões de toneladas. A produtividade média subiu para 126,25 sacas por hectare, ante 117,74 sacas na estimativa anterior. A área plantada foi mantida em 7,13 milhões de hectares, com crescimento de 4,85% sobre a safra passada.
A revisão foi feita com base no levantamento de campo conduzido entre maio e junho pelo projeto Imea em Campo, que percorreu 82 municípios e avaliou 538 lavouras.
O sudeste do estado apresentou a maior variação positiva na produtividade, com alta de 15,64 sacas por hectare. No oeste e no médio-norte, os incrementos foram de 13,60 e 11,89 sacas, respectivamente. A única região com queda foi o nordeste, com recuo de 1,66 saca por hectare.
Segundo o Imea, 77% das lavouras estavam próximas da colheita no momento das visitas. As regiões com maior população de espigas por hectare foram o médio-norte e o oeste. O maior peso de grãos foi observado no sudeste, enquanto o oeste teve o maior número de grãos por espiga. O nordeste apresentou os menores indicadores agronômicos entre as sete regiões.
(Com informações do Estadão)
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