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Sustentabilidade

Inoculação da soja com Trichoderma pode resultar no incremento de produtividade de até 13% – MAIS SOJA

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Atualmente, um dos principais microrganismos benéficos utilizados na agricultura extensiva é o Trichoderma, fungo que atua no controle biológico de fitopatógenos, promoção do crescimento vegetal, e também na solubilização de nutrientes do solo (Oliveira, 2017).  Além dos benefícios supracitados, estudos demonstram que o uso do Trichoderma proporciona incrementos de produtividade em culturas produtoras de grãos.

De acordo com Pradebon (2016), quando utilizando de forma integrada ao manejo químico de doenças, o Trichoderma contribui significativamente para o aumento da produtividade do trigo em comparação a cultura não tratada com o fungo. Em culturas de verão como a soja, os resultados também são promissores.

Um estudo conduzido por Wurzius et al. (2024), analisando o emprego de bioprodutos à base de T. harzianum e T. asperellum no tratamento de sementes da soja, demonstrou que o uso do Trichoderma contribuiu para o aumento do comprimento radicular e da parte aérea das planta, além de proporcionar o aumento do número de raízes secundárias em comparação a testemunha (não tratada).

Corroborando a influência benéfica do Trichoderma sobre a produtividade da soja, Zilles et al. (2025) analisando o efeito do T. endophyticum na promoção do crescimento e no rendimento de grãos de soja, observaram incrementos substanciais de produtividade em função do uso desse bioinsumo.

Os autores avaliaram componentes de rendimento e a produtividade da soja, submetida a diferentes doses de inoculante a base de Trichoderma endofyticum (Endophytus), e inoculante contendo T. harzianum + T. asperellum + T. komingiopsis (ICB NutrisoloTrichoderma ) utilizado como inoculante padrão, em quatro locais (Ponta Grossa – PR, Paranapanema – SP, Bandeirantes – PR e Paranavaí – PR) com condições edafoclimáticas distintas.

De acordo com os resultados produtivos observados pelos autores, a dose de 200 g. 50 kg sementes -1  apresentou resultado mais constante na maioria das variáveis ​​analisadas quando comparada às testemunhas, nos quatro locais, com ganhos nos parâmetros analisados ​​em função da aplicação do inoculante Endophytus, proporcionando aumentos de até 13,63% na produtividade de grãos em relação à testemunha sem inoculação (Tabela 1).

Tabela 1. Comparação da produtividade média, massa de mil grãos (MMG) e aumento nos valores de produção em relação à testemunha (V%) na soja. Safra 2020/21.
Adaptado: Zilles et al. (2025)

Ainda que os incrementos de produtividade possam ter variado em função dos locais de estudo, em suma observou-se que a inoculação das sementes de soja com Trichoderma endofyticum possibilitou o aumento significativo da produtividade em comparação a soja não inoculada com o fungo. Além dos resultados diretos relacionados a produtividade da soja, o estudo conduzido por Zilles et al. (2025) também demonstrou que o fungo estimula o crescimento da parte aérea e raízes das plantas, possibilitando o incremento da massa seca de raízes e parte aérea em comparação às plantas não inoculadas com o Trichoderma, independentemente do ambiente estudado. Contudo, vale destacar que a inoculação da soja com Trichoderma não deve substituir a inoculação com bactérias fixadoras de Nitrogênio, e sim utilizada de forma complementar.

Confira o estudo completo desenvolvido por Zilles e colaboradores (2025) clicando aqui!

Referências:

PRADEBON, P. R. AVALIAÇÃO DE APLICAÇÃO DE TRICHODERMA SPP NA CULTURA DO TRIGO (Triticum aestivum L.). UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO, 2016. Disponível em: < https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/server/api/core/bitstreams/8ce7bcdb-3319-4c74-97a8-03a32a0c8e79/content >, acesso em: 16/06/2025.

ZILLES, F. K. S. et al. Trichoderma Endophyticum TO PROMOTE THE GROWTH AND PRODUCTIVITY OF SOYBEAN. Ciência Rural, 2025. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/cr/a/KGJvgH8sgCKTp6vYzPDtYmj/?format=pdf&lang=en >, acesso em: 16/06/2025.

Foto de capa: Forestry Images

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Sustentabilidade

Previsão do tempo de 13/out a 28/out de 2025 para a Metade Sul do RS – MAIS SOJA

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Segunda (13/10): O ciclone está se afastando do RS, mas ainda mantém sol entre nuvens em parte da Metade Sul e rajadas de vento ainda mais fortes, principalmente na Metade Sul. Há baixo risco para chuva fraca no Sul do Estado. As temperaturas máximas devem oscilar entre 22 e 24°C.

Terça (14/10) e quarta (15/10): Predomínio do tempo seco e ensolarado em todas as regiões. As temperaturas terão gradual elevação, devendo as máximas ficar na faixa dos 23 a 26°C na terça e dos 25 a 29°C na quarta.

Quinta (16/10)sexta (17/10) sábado (18/10): Ao longo da quinta, áreas de instabilidade começam a avançar pelo Norte/Noroeste do Estado, trazendo o retorno da chuva. Pelo atual prognóstico, a chuva não deverá avançar muito para a Metade Sul, o que é uma ótima notícia para os orizicultores.

A partir de domingo, dia 19 de outubro, o tempo seco predominará sobre todo o Estado. Na maior parte da Metade Sul, essa condição se estenderá até dia 28. A exceção será em parte da Zona Sul, onde deverá chover a partir do dia 26, devido à uma frente fria que estará com lento deslocamento sobre o Uruguai.

A partir do dia 22 de outubro, as temperaturas deverão ter expressivo aumento, ultrapassando os 30°C. Com a condição de tempo mais seco, o solo secará mais rápido. Logo é um ponto de atenção para quem está, ou estará, semeando arroz.

O acumulado de chuva para 15 dias é baixo na Metade Sul, entre 5 e 20 mm. Já para a Metade Norte, os acumulados são mais elevados e estão variando entre 30 e 60 mm.

Fonte: IRGA



 

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Sustentabilidade

RS: Semeadura de Arroz no Estado avança de forma gradual – MAIS SOJA

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O relatório divulgado pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater), do Instituto Rio Grandense do Arroz aponta que o Estado do Rio Grande do Sul, até o momento apresenta 167.319 hectares de arroz semeados, 18,19% da intenção de 920.081 hectares.

A Região da Zona Sul, em que a intenção é de 156.546 hectares, é a que mais se destaca, com 101.353 ha semeados, o que representa 64,74%, os bons índices se devem as melhores condições de solo devido ao menor volume de chuvas.

Com apenas, 3,68% de semeadura, a Região da Fronteira Oeste é a que mais preocupa, uma vez que, com a intenção de 271.828 hectares, representa a região com maior área cultivada com arroz no Estado, e estando apenas, com 10.016 hectares já semeados. A expectativa é que ainda até o final do mês, os índices aumentem conforme melhores condições climáticas, caso contrário, irá representar um impacto significativo para o setor orizícola.

Na Região da Campanha, em que a intenção é de 135.635 hectare, já foram semeados 6.221 ha, o que representa 4,59%. Já na Região Central, a porcentagem é de 6,49%, ou seja, 7.836 hectares dos 120.716 ha intencionais.

Outra Região que apresenta ritmo gradual, é na Planície Costeira Interna, em que são 28.679 ha, 20,42% da intenção de semeadura de 140.469 hectares. E por fim, os dados da Planície Costeira Externa, apontam 13.214 ha já semeados, ou seja, 13,93%, da intenção de semeadura, de 94.887 hectares.

O Gerente da DATER, Luiz Fernando Siqueira, explica que o mês de outubro é o recomendado para a semeadura do arroz, e que a pausa nas recorrentes precipitações pode ser um cenário que auxilie no aumento dos números e avanço da semeadura. “Estamos apreensivos acompanhando os trabalhos, que na última semana avançou quase nada, a espera é que nos próximos dias se abra uma boa janela e que as regiões consigam semear em maior quantidade de área, principalmente, regiões com grandes percentuais de área semeada no Estado”, destaca Luiz.

Fonte: IRGA



 

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Delegação da Namíbia realiza visita técnica ao IRGA – MAIS SOJA

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Na terça-feira, 7 de outubro de 2025, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) recebeu uma delegação da Namíbia em uma visita técnica voltada ao conhecimento sobre o processamento, beneficiamento e empacotamento do arroz no Rio Grande do Sul. A comitiva contou com representantes do Ministério da Agricultura e da Embaixada da Namíbia, interessados em conhecer as cultivares desenvolvidas pelo Instituto, os sistemas de irrigação e o trabalho de pesquisa e desenvolvimento de sementes.

A programação iniciou na Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre, onde a missão foi recepcionada pelo secretário Edivilson Brum e teve reunião conduzida pelo secretário adjunto, Márcio Madalena. Também participaram do encontro Caio Effrom, diretor do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA); Paulo Roberto da Silva, diretor do Departamento de Governança dos Sistemas Produtivos; Ricardo Felicetti, diretor do Departamento de Defesa Vegetal (DDV); e Claudio Cava Corrêa, diretor administrativo do Irga.

Durante a reunião, os representantes namibianos puderam conhecer mais sobre a importância do Rio Grande do Sul na produção de arroz. O estado é responsável por mais de 70% da produção nacional, sendo referência em tecnologia, produtividade e sustentabilidade na lavoura orizícola.

Na sequência, os visitantes participaram de um almoço com a diretoria do Irga e, no período da tarde, visitaram a Estação Experimental do Instituto, em Cachoeirinha, onde acompanharam de perto as práticas e tecnologias aplicadas ao cultivo do arroz. A atividade reforçou o interesse da Namíbia em estreitar laços de cooperação técnica com o estado e aprender com a experiência gaúcha no setor orizícola.

As informações são do Irga.

Fonte: Rodrigo Ramos / Agência Safras News



 

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