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Sustentabilidade

Chicago/CBOT: Soja fechou em baixa com chuvas e receio de baixa demanda pela China – MAIS SOJA

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Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 30/07/2025
FECHAMENTOS DO DIA 30/07

O contrato de soja para agosto, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de 1,43%, ou $ -14,00 cents/bushel, a $ 967,75. A cotação de setembro fechou em baixa de 1,39% ou $ -13,50 cents/bushel, a $ 975,75. O contrato de farelo de soja para agosto fechou em baixa de 0,38% ou $ -1,00/ton curta, a $ 260,70, e o contrato de óleo de soja para agosto fechou em baixa de 1,81% ou $ -1,04/libra-peso, a $ 56,50.

ANÁLISE DA BAIXA

A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quarta-feira. Todas as cotações de 2025 estão abaixo de US$ 10 bushel, o clima e ausência da China das listas semanais de compradores estão pressionando os preços. As previsões estendidas para os próximos 6 a 14 dias mostram chances de chuvas ligeiramente acima dos níveis normais para esta época do ano no cinturão da soja/milho.

Além disso a preocupação dos exportadores com as vendas para a China que podem representar 50% do saldo exportável do país nas contas do USDA. A necessidade de importação de soja pela China pode diminuir nos próximos meses, após importações recordes no início deste ano e com a baixa demanda de seus produtores nacionais de ração animal, que estão aumentando os estoques locais de farelo de soja. “Se os preços do terceiro trimestre permanecerem baixos e as processadoras enfrentarem prejuízos, as compras de soja no quarto trimestre podem ficar aquém das expectativas”, segundo o analista Wang Wenshen. Esse momento também coincide com o pico da temporada de exportação dos EUA.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
SEM FATORES DE ALTA A CURTO E MÉDIO PRAZOS (baixista)

A soja está caindo novamente na sessão diária de Chicago. Sem fatores de suporte significativos à vista, a falta de compras chinesas de grãos da nova safra dos EUA continua a pesar no mercado, aguardando a confirmação de uma nova trégua tarifária de 90 dias entre a Casa Branca e Pequim. Se isso ocorrer, apenas prolongará a incerteza já presente no mercado.

EUA-SAFRA BOA (baixista)

Além disso, do lado da pressão baixista, a condição geral das lavouras permanece boa, com previsões estendidas para os próximos 6 a 14 dias sugerindo a chance de chuvas ligeiramente acima do normal para esta época do ano no cinturão da soja/milho.

AMEAÇA DE TRUMP À ÍNDIA (baixista)

Por enquanto, a soja está sem seu principal fator de suporte, que tem sido o óleo de soja, já que os investidores estão realizando lucros após os aumentos significativos acumulados desde março. Isso pode estar relacionado ao acordo comercial que os EUA não conseguiram fechar com a Índia, o maior importador mundial de óleos vegetais, que Trump está ameaçando com tarifas recíprocas de cerca de 25%.

OS NÚMEROS DA AUSÊNCIA DA DEMANDA CHINESA (baixistas)

Aprofundando a “ausência de compras chinesas de soja americana”, segundo as projeções do USDA na temporada 2025/2026 os EUA exportariam 47,91 milhões de toneladas de soja, menos que os 50,76 MT previstos para 2024/25, que finaliza em31 de agosto. Desse novo volume de vendas ao menos 25 milhões de toneladas deveriam seguir para os portos chineses e até o momento os compradores deste país não reservaram um quilo sequer de grão americano, ao menos de maneira nominal, dado que sempre está latente a rubrica “destinos desconhecidos”.

Outras 10/12 milhões de toneladas devem ser despachados -partes quase iguais – para a União Europeia e o México, enquanto o restante seria dividido entre um grupo heterogêneo de países no sudeste da Ásia e no norte da África, entre outras direções. Na medida em que as semanas passam e a China continue gastando sua demanda em um fornecedor confiável, como o Brasil, que hoje está em um dos maiores picos de tensão histórica com os Estados Unidos para as tarifas recíprocas “políticas” de 50% que o governo Trump pretende aplicar contra bens brasileiros importados, o preço de soja poderia continuar a explodir nos quadros de Chicago.

BRASIL-ESPORTAÇÕES MENORES QUE JUNHO,MAS MAIORES QUE 2024 (baixiata para CBOT,altista para o Brasil)

Em sua atualização semanal, a Associação Nacional de Exportadores de Cereais Brasil (ANEC) reduziu ligeiramente, de 12,11 para 12,06 milhões de toneladas, sua previsão sobre as exportações de soja brasileiras durante julho, contra 13,48 milhões de junho e 9,60 milhões em 2024.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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Análise Ceema: Cotações do trigo voltou a recuar nesta semana – MAIS SOJA

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Por Argemiro Luís Brum

A cotação do trigo, para o primeiro mês, em Chicago, voltou a recuar nesta semana. O bushel do cereal fechou a quinta-feira (31) em US$ 5,23/bushel, contra US$ 5,41 uma semana antes.

Neste contexto, nos EUA, a colheita do trigo de inverno atingia, no dia 27/07, a 80% da área semeada, contra 81% na média histórica. Já o trigo de primavera estava com 1% da área colhida, contra 3% na média histórica. As condições das lavouras deste último trigo se apresentavam com 49% entre boas a excelentes, 33% regulares e 18% entre ruins a muito ruins.

Por outro lado, os embarques de trigo, por parte dos EUA, atingiram a 288.793 toneladas, ficando abaixo das expectativas do mercado. Com isso, no atual ano comercial, as exportações totais de trigo já atingem a 3,3 milhões de toneladas, ou seja, 6% a mais do que no mesmo período do ano passado.

Enquanto isso, na Austrália, as chuvas de julho melhoraram as condições das lavouras de trigo, permitindo esperar uma produção final de 33 a 34 milhões de toneladas, contra uma expectativa anterior de 30,6 milhões. Com isso, a pressão sobre os preços internacionais do cereal deve aumentar, em um momento que os mesmos já estão baixos. Tais preços, na tendência futura, já estão próximos de seus níveis mais baixos desde 2020. Lembrando que nos últimos cinco anos, a produção anual média de trigo, na Austrália, foi de 33,8 milhões de toneladas, contra 21,4 milhões nos cinco anos anteriores.

E aqui no Brasil os preços continuaram estáveis, com um viés de baixa no Paraná. No Rio Grande do Sul o produto permaneceu em R$ 70,00/saco nas principais praças, enquanto a média, pela primeira vez depois de muito tempo, veio a R$ 69,62/saco. E no Paraná, o preço médio em algumas regiões recuou para R$ 76,00/saco (Marechal Cândido Rondon, por exemplo), enquanto em outras o mesmo se manteve nos R$ 78,00/saco.

Enfim, enquanto o plantio se encerrou no Sul do Brasil, regiões do Centro-Oeste e de Minas Gerais já iniciaram a colheita.

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 

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Cenário fundamental pesa e soja cai em Chicago pela sexta vez; em julho, perdas se aproximam de 4% – MAIS SOJA

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Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos. Ampliando as perdas acumuladas no mês de julho para cerca de 4%. O cenário fundamental seguiu exercendo pressão, colocando a posição novembro nos menores níveis desde abril. Agora seis sessões consecutivas de perdas.

Do lado da oferta, a expectativa é favorável em relação à safra norte-americana. O clima permanece favorável à evolução das lavouras e as projeções são de continuidade das condições benéficas.

O mercado também é pressionado no lado da demanda. O interesse de compra por parte da China, principal comprador da oleaginosa, é restrito e assim deve persistir durante o período de pico da colheita nos Estados Unidos.

O possível acordo entre a União Europeia e a Indonésia sobre a importação de óleo de palma derrubou as cotações do óleo de soja, pois pode reduzir a necessidade pelo produto.

“Pelo acordo ventilado pelo mercado, a taxa de importação de óleo de palma de Indonésia seria zerada pela União Europeia para uma cota pré-definida”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Gabriel Viana. “E, o que excedesse esse volume, teria uma taxação de 3%”, acrescenta. Atualmente, é de 19%.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 6,25 centavos de dólar ou 0,64% a US$ 9,69 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 9,891/4 por bushel, perda de 6,50 centavos ou 0,65%.

Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com alta de US$ 1,10, ou 0,41%, a US$ 265,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 55,27 centavos de dólar, com perda de 1,26 centavo ou 2,22%.

Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News



 

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Perdas de produtividade da soja em função do amassamento – MAIS SOJA

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O manejo e controle de pragas, doenças e plantas daninhas em lavouras agrícolas é determinante para reduzir o impacto desses agentes bióticos sobre a produtividade e qualidade dos grãos produzidos. Embora diferentes estratégias de manejo possam ser empregadas no manejo fitossanitário da cultura da soja, o controle químico via pulverização de defensivos agrícolas ainda é o método mais usual em escala comercial.

Diferentes métodos de pulverização podem ser utilizados no programa fitossanitário da soja, incluindo pulverizações áreas e terrestres, ambos apresentando vantagens e desvantagens. Dentre os métodos mais utilizados, a pulverização terrestre se destacar por sua maior acessibilidade e versatilidade, atendendo desde pequenas a grandes propriedades.

Contudo, embora mais acessível, esse método apresenta algumas desvantagens, dentre elas: maior necessidade de manipulação de agrotóxicos; maior mão de obra, amassamento/quebra de plantas em função do trafego de tratores e pulverizadores, bem como limitada atuação sob condições de solo úmido. Embora com o aprimoramento das tecnologias de georreferenciamento o tráfego de pulverizadores tenha sido otimizado em áreas agrícolas, o amassamento das plantas é inevitável em pulverizações terrestres, e impacta a produtividade da cultura, reduzindo o potencial produtivo da lavoura.

Figura 1. Rastros oriundos do tráfegos de máquinas para pulverização. Amassamento de plantas.

Impacto do amassamento da produtividade da soja

Embora o impacto do amassamento de planta na produtividade da soja possa variar de acordo com fatores bióticos e abióticos, bem como características da cultivar e índice de amassamento, Oliveira et al. (2014) destacam que plantas amassadas tendem a apresentar uma redução acentuada do potencial produtivo, ao ponto em que, o amassamento das linhas pelo rodado do trator reduz em 50% a produção das linhas amassadas.

Vale destacar que o tipo de equipamento também influencia no índice de perdas por amassamento. Equipamentos com barras de maior comprimento tendem a reduzir o amassamento, uma vez que reduzem a necessidade de tráfego por proporcionarem um maior rendimento operacional nas aplicações. Da mesma forma, pulverizadores equipados com GPS (Global Positioning System) minimizam as perdas ao otimizar o aproveitamento da área tratada. Além disso, o número de aplicações impacta diretamente o amassamento das plantas, sendo que normalmente, quanto menor o número de pulverizações, menor o amassamento.

Pesquisas apontam que as perdas por amassamento em lavouras de soja, causadas por aplicações terrestres de defensivos agrícolas, podem variar de 4% a 7%, especialmente quando são realizadas entre três e cinco aplicações ao longo do ciclo da cultura (Costa, 2017). Considerando uma produtividade média de 60 sc ha⁻¹ (3.600 kg ha⁻¹) e uma taxa de amassamento de 5%, a perda pode chegar a aproximadamente 3 sc ha⁻¹ (180 kg ha⁻¹), o que representa uma redução expressiva na produtividade e, consequentemente, na rentabilidade da lavoura.

A um preço médio da saca de soja de R$ 138,68 (CEPEA/ESALQ – Paranaguá, 28/07/2025), a perda de 3 sc ha-1 equivale a uma redução da receita bruta de R$416,04. Em uma área de 100 hectares, essa perda de produtividade representa um impacto negativo de mais de 41 mil reais, que ocorre exclusivamente em função amassamento da soja.

Nesse sentido, o planejamento das pulverizações visando reduzir a intensidade do tráfego nas áreas agrícolas, o adequado posicionamento de defensivos agrícolas para um controle mais efetivo de pragas, doenças e plantas daninhas, o ajuste da bitola dos tratores e pulverizadores bem como o uso de rodados mais estreitos, são estratégias importantes para reduzir as perdas por amassamento.

Outra alterativa é a pulverização aérea, utilizando aviões e/ou drones. Esse método não gera amassamento de plantas, entretanto, normalmente representa um maior custo por pulverização. Logo, deve-se analisar as perdas observadas pelo amassamento, considerando a realidade logística e estrutural da propriedade, a fim de adotar estratégias de manejo que reduzam as perdas pelo amassamento, como as estratégias supracitadas.


Veja mais: Drones ganham espaço nas lavouras brasileiras e viram opção para agricultores e prestadores de serviço


Referências:

CEPEA/ESALQ. SOJA: INDICADOR DA SOJA CEPEA/ESALQ – PARANAGUÁ. Cepea, 2025. Disponível em: < https://www.cepea.org.br/br/indicador/soja.aspx >, acesso em: 29/07/2025.

COSTA, C. C. CUSTOS E BENEFÍCIOS DO SUO DA PULVERIZAÇÃO AÉREA DE AGROTÓXICOS NA AGRÍCULTURA. Embrapa, Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, n. 39, 2017. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1085336/1/BoletimPD39Custoebeneficio….pdf >, acesso em 29/07/2025.

OLIVEIRA, S. et al. AMASSAMENTO DURANTE O MANEJO DO CULTIVO: EFEITO NO RENDIMENTO E NA QUALIDADE DE SEMENTES DE SOJA. Biosci. J., 2014. Disponível em: < https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/10/948362/amassamento-durante-o-manejo-do-cultivo-efeito-no-rendimento-e-_IEAqC3z.pdf >, acesso em: 29/07/2025.

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