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CNA levanta custos da produção de ovos, leite e outras culturas

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou nesta semana novos painéis do projeto Campo Futuro, com foco no levantamento dos custos de produção de grãos, leite, ovos e cana-de-açúcar. As atividades ocorreram em propriedades nos estados da Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, com produtores, técnicos, sindicatos e federações estaduais.
Painéis da CNA em MS
No caso dos grãos, os painéis aconteceram em Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. A soja teve produtividade de até 68 sacas por hectare, mesmo com adversidades climáticas e ataque de pragas.
O milho segunda safra também teve desempenho satisfatório, enquanto o sorgo manteve boa produtividade, com aumento de custos devido ao manejo tecnificado. O milheto surgiu como alternativa promissora, com rendimento de 25 sacas por hectare.
Rio de Janeiro
A produção de leite foi avaliada em Itaperuna, no Rio de Janeiro, onde a propriedade modal registrou média de 150 litros por dia, com vacas da raça Girolando. A atividade representa a principal fonte de renda da fazenda, com destaque para os custos com alimentação do rebanho, que respondem por 43% do total. Também pesam no orçamento os gastos com mão de obra e despesas administrativas.
Em Bastos, interior de São Paulo
Em Bastos, interior de São Paulo, o painel analisou a produção de ovos em uma granja com 300 mil aves por ano, operando no sistema californiano. A alimentação das galinhas foi o item de maior peso no custo, o que representa cerca de 60%.
Além disso, a organização da produção em lotes e o planejamento da recria foram citados como pontos importantes para manter a viabilidade econômica do negócio.
CNA analisa custos da cana-de-açúcar
A análise da cana-de-açúcar em São Manuel, também em São Paulo, mostrou expectativa de produtividade de 80 toneladas por hectare. Mesmo com receita suficiente para cobrir os custos operacionais, ainda há prejuízo quando se considera a remuneração da terra e do capital.
Os principais gastos estão relacionados a insumos e maquinário, com destaque para fertilizantes e corretivos. O plantio manual segue como um fator que pressiona os custos totais da atividade.
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Polícia Militar prende homem por provocar incêndio em zona rural em MT

Aos militares, homem relatou que ingeriu álcool de posto de combustível e atearia fogo em um lixo
Policiais militares do 23º Batalhão prenderam, neste sábado (26.7), um homem de 51 anos, suspeito de crime ambiental, na zona rural de Vila Rica (a 1.162 km de Cuiabá). Embriagado, o indivíduo causou um incêndio de grandes proporções em uma fazenda localizada a cerca de 150 quilômetros do município.
Os policiais militares foram acionados para prestar apoio à ocorrência, que já estava sendo atendida por uma equipe do Corpo de Bombeiros de Confresa. Alguns funcionários da fazenda também auxiliaram no combate às chamas.
O suspeito confessou ser o responsável pelo incêndio. Ele prestava um serviço de apoio na construção de uma cerca no local. À PM, relatou que havia ingerido álcool de posto de combustível e, por isso, não foi trabalhar.
Embriagado, o homem afirmou que sua intenção era apenas queimar o lixo no local. No entanto, começou a ventar muito forte, e as chamas se espalharam, atingindo o pasto da propriedade rural.
Diante dos fatos, os policiais militares conduziram o suspeito à delegacia para o registro do boletim de ocorrência e demais providências cabíveis.
Disque-denúncia
A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190 ou 0800.065.3939.
Agro Mato Grosso
Técnicas aplicadas no agronegócio de MT podem combater insegurança alimentar

Diante dos desafios para garantir alimentos seguros e de qualidade, a rastreabilidade de grãos e o monitoramento por satélite têm se destacado como soluções para tornar a produção mais transparente e eficiente.
Mais de 64,2 milhões de pessoas enfrentaram algum grau de insegurança alimentar, segundo o último dado divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2024. Em Mato Grosso, a rastreabilidade de grãos e o monitoramento por satélite têm contribuído para garantir alimentos mais seguros, com origem comprovada e maior responsabilidade ambiental.
Além da falta de comida no prato, a insegurança alimentar inclui a dificuldade de acessar alimentos seguros e de qualidade. Uma análise feita pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) mostra que práticas de alta eficiência produtiva e foco na sustentabilidade fortalecem a qualidade da cadeia produtiva e contribuem para a segurança e transparência alimentar no Brasil e no mundo.
Entre as práticas, se destacam:
- 📡rastreabilidade da produção;
- 📋certificações socioambientais;
- 🛰️tecnologias de controle e transparência;
O presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, explicou que o processo de rastreabilidade começa com a verificação das licenças e autorizações ambientais de cada produtor.
Além disso, certificações socioambientais, como o Selo Soja Plus, programa da Aprosoja para aprimorar gestão de propriedades rurais produtoras de soja, complementam essa verificação, contando com auditorias independentes reconhecidas pela Bolsa Nacional de Produtos e Títulos (BNPT).
“Além de ter um selo, o primeiro passo é o produtor estar de acordo com o nosso Código Florestal Brasileiro. Para isso, são feitas as verificações por imagem de satélite. A certificação vai além com uma segunda verificação que reforça a conformidade ambiental e social, o que abre portas para mercados internacionais como a China e a União Europeia”, explicou.
Para o presidente, que também é produtor rural, o alimento que sai do campo é essencial para manter a vida urbana saudável. Segundo ele, o uso de tecnologias como imagens de satélite e QR Codes permitem rastrear a produção com mais controle e transparência, garantindo segurança sobre o que chega na mesa da população.
Como a transparência reduz o desperdício de alimentos
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A rastreabilidade sustentável contribui diretamente para a segurança alimentar e nutricional — Foto: Arthur Alves/PMM
A nutricionista Caroline Cardoso Ferreira Faria defende que a rastreabilidade sustentável, aliada a práticas de produção responsáveis, tem papel estratégico na estruturação de uma cadeia alimentar mais justa e eficiente.
“Essa prática fortalece a confiança no sistema alimentar e garante que o alimento chegue com qualidade e dignidade a quem mais precisa”, afirmou a especialista a imprensa.
Segundo ela, essa tecnologia contribui diretamente para a segurança alimentar e nutricional ao possibilitar a detecção rápida de falhas, o que reduz a ocorrência de erros e acelera a resolução de problemas, como em casos de contaminação por bactérias como Salmonella, que causa intoxicação alimentar e pode provocar graves infecções.
“O caminho para garantir comida no prato das famílias em situação de vulnerabilidade é valorizar o pequeno produtor, organizar os canais de comercialização pública e direta, bem como assegurar acesso físico e econômico ao alimento de verdade”, ressaltou.
O combate à insegurança impulsionado pela agricultura familiar
A pesquisadora da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), Verônica Gronau Luz, ressaltou que os avanços tecnológicos no campo podem trazer benefícios ainda mais amplos se forem acessíveis também à agricultura familiar.
Entre as políticas públicas destacadas por ela, está o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), considerado uma das iniciativas mais antigas e abrangentes no combate à insegurança alimentar no Brasil. Criado na década de 1950 e aprimorado ao longo dos anos, o programa passou a exigir, desde 2009, que pelo menos 30% dos alimentos adquiridos para a merenda escolar sejam provenientes da agricultura familiar.
“Assim você garante que esse agricultor familiar tem escoamento de produção e que a criança coma comida de qualidade. No Brasil, temos várias políticas e programas e uma medida urgente seria fortalecer essas iniciativas e trazer cada vez mais acessibilidade para esses agricultores familiares, especialmente à população indígena e quilombola”, frisou.
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Avanços tecnológicos no campo têm potencial para transformar a produção agrícola — Foto: freepik
Para ela, o fortalecimento dos pequenos produtores deve estar aliado ao uso de práticas sustentáveis, começando pela escolha de sementes não transgênicas, a fim de preservar a genética das culturas e reduzir os impactos ambientais associados ao uso excessivo de agrotóxicos. Segundo ela, isso garante uma cadeia alimentar mais equilibrada e com alimentos mais saudáveis.
De acordo com o professor Carlos Silva Júnior, que atua no mapeamento de soja por satélite e é CEO da startup de gestão de dados, SpectraX, a crescente exigência dos mercados internacionais por transparência e sustentabilidade na produção de alimentos e o uso de tecnologias avançadas no campo se tornou um diferencial estratégico.
O especialista afirmou que ferramentas digitais têm possibilitado um controle mais preciso sobre a origem dos produtos e a regularidade ambiental das áreas produtoras, favorecendo a inserção do agro brasileiro em novos mercados.
“Com o uso de tecnologias como satélites, QR Codes e blockchain, é possível monitorar propriedades em tempo real, verificar conformidade ambiental, identificar áreas embargadas e validar informações sobre o uso do solo. Isso tudo contribui para tornar o agro brasileiro mais competitivo e confiável no mercado internacional e faz o mundo ver o quão sustentável é o Brasil na produção de alimentos”, pontuou.
🌾Saldo positivo na produção de soja e milho
Com o avanço da tecnologia no campo e a consolidação de práticas mais sustentáveis, a produtividade da safra 2024/2025 em Mato Grosso apresenta números expressivos, especialmente no cultivo de milho. Os dados consideram o período desde o início da safra até o dia 4 de julho.
O estado, que se mantém como um dos maiores produtores agrícolas do país, alcançou 126,25 sacas por hectare na produção do grão. Já a soja, principal cultura mato-grossense, registrou uma média de 60,45 sacas por hectare. Confira o comparativo de produtividade dessas duas culturas na atual safra:
Indicadores da safra 2024/25 de soja e milho em MT
Indicador | Soja | Milho |
Semeadura | 100% | 100% |
Colheita | 100% | 77,26% |
Área (hectares) | 13.008.185 | 7.131.123 |
Produtividade (sacas por hectares) | 60,45 | 126,25 |
Produção (toneladas) | 47.184.437 | 54.019.899 |
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BR-163 registra 40 mortes em acidentes no primeiro semestre de 2025 em MT | MT

Número representa uma queda de 24,5% em comparação com o mesmo período do ano passado.
De janeiro a junho, foram registradas 40 mortes em acidentes na BR-163, em Mato Grosso, segundo dados da concessionária responsável pela rodovia, Nova Rota do Oeste. O número representa uma queda de 24,5% em comparação com o mesmo período do ano passado, em que foram registradas 53 mortes.
Os dados destacam os trechos Serra de São Vicente e Rodovia dos Imigrantes, onde nenhuma morte foi registrada em 2025.
Para a gerente de Eficiência Operacional da Concessionária, Bárbara Nathane, a queda é resultado de serviços como as duplicações da pista, fiscalização e atendimento operacional que atua na remoção de objetos e carros parados na rodovia, além de prestar socorro a vítimas de acidentes.
Atualmente, cerca de 70 mil veículos passam pela rodovia, diariamente, com 70% deles sendo transportes de carga. A BR-163, considerada de extrema importância para o setor agropecuário, ficou conhecida como rota dos grãos, mas também recebeu o apelido de ‘corredor da morte’, devido os acidentes, em muitos casos, fatais.
Relembre alguns casos
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Acidente que vitimou Rony Raone Martins ocorreu no KM 905, próximo a uma praça de pedágio — Foto: Fabiano Marques
Só em julho deste ano, pelo menos quatro acidentes com mortes foram registrados. O mais recente ocorreu na última quarta-feira (23), quando Rony Raone Martins morreu ao bater o carro de frente com outro que vinha na direção contrária, em Cláudia, a 608 km de Cuiabá.
No início do mês, uma ciclista morreu após ser atropelada por uma caminhonete, em Nova Mutum. No mesmo município, um motorista morreu após o carro em que ele estava bater contra duas carretas, no km 630 da rodovia. Ele foi encaminhado ao hospital do município, mas morreu na unidade.
Na mesma semana, outro motorista morreu após o carro em que ele estava bater contra um caminhão, em Lucas do Rio Verde.
Em abril, cinco pessoas morreram após uma batida entre um carro e uma carreta, entre os municípios de Matupá e Guarantã do Norte, a 696 km e 721 km de Cuiabá, respectivamente. Todas as vítimas estavam no veículo de passeio, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
As vítimas foram identificadas como:
- Adilson Dias de Souza, de 63 anos (pai de Agilson);
- Agilson Vieira de Souza, de 37 anos (filho de Adilson);
- Eliane Aparecida dos Santos, de 53 anos (mãe de Moisés);
- Moisés Aparecido dos Santos, de 31 anos (filho de Eliane);
- Viviane Rodrigues dos Santos, de 45 anos.

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