Connect with us

Sustentabilidade

Frente Parlamentar da Agropecuária alerta para impactos de tarifas dos EUA e cobra articulação urgente do governo – MAIS SOJA

Published

on


O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária do Congresso Nacional, deputado Pedro Lupion (PR), alertou para a gravidade do cenário do novo pacote tarifário anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida, que prevê tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, pode entrar em vigor já em 1º de agosto e ameaça mercados estratégicos da economia nacional. Ele cobrou ação imediata do governo federal. 

“Faltam apenas uma semana para que as tarifas comecem a valer. O ideal seria que o governo se movimentasse com a mesma intensidade adotada aqui no Congresso”, afirmou.  

Segundo ele, a bancada atua em articulação com diplomatas, especialistas em comércio exterior e representantes das cadeias produtivas, tanto no Brasil quanto nos EUA. Lupion destacou que os efeitos das sanções não se limitam ao Brasil. “Setores como celulose, açúcar, etanol, cacau, pescados, carne bovina, ovos, suco de laranja e café serão fortemente penalizados. E não apenas o Brasil sofrerá: a inflação nos Estados Unidos também tende a aumentar, já que esses produtos são essenciais e, em muitos casos, insubstituíveis no mercado internacional”, ressaltou.  

O impacto pode ser significativo, especialmente para cadeias com forte dependência do mercado americano.  O setor de carnes demonstrou preocupação com os impactos do pacote tarifário. Segundo Marcelo Osório, representante da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os Estados Unidos são o segundo maior comprador da carne bovina brasileira, item fundamental na cadeia alimentar americana.  

“Esse setor será um dos mais afetados, e isso terá um efeito colateral fortíssimo. Se houver sobra de carne bovina no mercado interno, isso vai pressionar negativamente o consumo de aves e suínos”, explicou Osório.  “Na carne suína, por exemplo, cerca de 2% das exportações vão para os EUA, isso representa em torno de US$180 milhões por ano. Pode parecer pouco, mas é um volume relevante.”  

Já o setor de ovos é o mais vulnerável: ainda que represente menos de 1% das exportações brasileiras, os Estados Unidos são destino de mais de 60% desse total. “Considerando que o país ainda enfrenta os efeitos da gripe aviária, especialmente em estados produtores como a Geórgia, acreditamos que pode haver recuo dos americanos, para evitar que o ovo volte a custar até um dólar por unidade por lá”, explicou. Os pescados também foram mencionados como setor sensível. “Exportamos cerca de 1.300 toneladas de tilápia por mês para os EUA, o que gira em torno de 3 milhões de dólares. É uma cadeia que também merece atenção”, completou.  

Representando o setor madeireiro, Guilherme Rank, da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), pediu agilidade e planejamento por parte do governo federal. Para o presidente da FPA, o momento exige atuação suprapartidária. “Nosso papel é de articulação, negociação e diplomacia. Estamos trabalhando para garantir ao menos a prorrogação do prazo e criar um espaço de entendimento antes do dia 1º de agosto”, afirmou Lupion. 

Fonte: FPA, disponível em Fecoagro



 

FONTE

Autor:FPA, disponível em Fecoagro

Site: FECOAGRO

Continue Reading

Sustentabilidade

Dólar e Chicago recuam e travam mercado brasileiro de soja – MAIS SOJA

Published

on


O mercado brasileiro de soja teve uma semana de preços entre estáveis e mais baixos. O ritmo dos negócios seguiu restrito, refletindo a cautela dos negociadores e a diferença entre as bases de compra e de venda. A combinação de baixa do dólar e desvalorização dos contratos futuros na Bolsa de Chicago pressionou o mercado. Os prêmios firmes evitaram uma baixa generalizada nas cotações internas.

A saca de 60 quilo seguiu na casa de R$ 132,00 na região de Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço permaneceu em R$ 131,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação se manteve em R$ 120,00. No Porto de Paranaguá, mercado também sem alteração, com preço a R$ 138,00.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro, os mais negociados, operavam na manhã da sexta, 25, a US$ 10,17 1/2 por bushel, acumulando uma desvalorização semanal de 1,76%. Apesar de importantes avanços nas negociações de tarifas entre Estados Unidos e importantes parceiros comerciais, o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras americanas seguiu sendo um ponto de pressão sobre a soja.

Durante a semana, o presidente americano Donald Trump anunciou acordo comercial com o Japão, com tarifa recíproca de 15%. Os japoneses são importantes consumidores de produtos agrícolas americanos. No período, houve sinalização de que as conversar avançam também entre Estados Unidos, União Europeia e China.

Mas as atenções, no momento, estão voltadas para o clima. As temperaturas subiram no cinturão produtor americano, mas acompanhadas de chuvas. Até o momento, as lavouras evoluem bem e a perspectiva é de uma safra cheia, que se soma a um quadro de ampla oferta mundial. Por isso, a pressão sobre as cotações.

CBSoja

Infelizmente, o armazenamento de grãos no Brasil não acompanha a evolução da produção. A afirmação foi feita por Edenilson Carlos de Oliveira, diretor de Logísticas e Operações da Coamo Agroindustrial Cooperativa, que palestrou sobre o “Estado atual da infraestrutura de armazenamento de grãos no Brasil”, no Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja), em Campinas (SP). “No Centro Oeste a situação piora”, lamenta.

Conforme Oliveira, a região teve um grande crescimento de área plantada e de produtividade nos últimos anos, gerando uma produção gigantesca. “Mas os investimentos em armazenagem não tiveram a mesma intensidade”, pondera.

A situação é pior, segundo o palestrante, em Mato Grosso. “Em Mato Grosso do Sul, tem uma característica de produção mais diversificada”, explica, o que diminuiu o gargalo. Já no Sul do país não há tanta dificuldade em armazenar. “Mas ainda temos distorções entre os estados”, frisa.

Outro destaque trazido pelo palestrante é o principal alicerce para a evolução da produção brasileira de soja, que na sua opinião acompanha o Produto Interno Bruto (PIB) da China. “Os gráficos de aumento do PIB chinês refletem no incremento da produção do Brasil”, afirma.

Fonte: Dylan Della Pasqua e Rodrigo Ramos / Safras News



 

Continue Reading

Sustentabilidade

Colheita do milho segunda safra registra atraso em MS – MAIS SOJA

Published

on


A colheita do milho segunda safra 2025 segue em ritmo lento em Mato Grosso do Sul. De acordo com dados divulgados pela Aprosoja/MS, por meio do Projeto SIGA-MS, até a terceira semana de julho foram colhidos 20,1% da área total cultivada, o equivalente a 422 mil hectares. Em comparação com o mesmo período do ciclo anterior, o atraso chega a 30 pontos percentuais.

“Na fase final da safra, o excesso de chuvas em determinadas localidades elevou a umidade dos grãos e dificultou a entrada das máquinas nas lavouras. Essa situação acaba impactando diretamente no ritmo da colheita”, explicou o assessor técnico da Aprosoja/MS, Flávio Aguena.

A região Sul lidera os trabalhos no Estado, com média de 21,4%. Em seguida estão as regiões Centro, com 19,5%, e Norte, com 12,8%. A previsão do SIGA-MS é que a colheita se estenda até o final do mês de agosto. Com base no histórico das últimas cinco safras, Mato Grosso do Sul deve produzir 10,1 milhões de toneladas em uma área de 2,1 milhões de hectares, com produtividade média estimada em 80,8 sacas por hectare.

Para acessar o boletim completo, com informações sobre condições das lavouras, clima e mercado de grãos, clique aqui.

Fonte: Joélen Cavinatto/Aprosoja MS



 

FONTE

Autor:Joélen Cavinatto/APROSOJA MS

Site: Aprosoja MS

Continue Reading

Sustentabilidade

Passado o anúncio formal, Plano Safra tem seus desdobramentos analisados em meio ao tarifaço – MAIS SOJA

Published

on


Por Marcelo Sá – jornalista/editor e produtor literário

 Ausência de seguro rural e juros altos repercutiram

Com o tarifaço anunciado por Donald Trump e a votação do novo marco para o licenciamento ambiental, que mobilizaram as atenções nas últimas semanas, alguns dos desdobramentos do Plano Safra ficaram em segundo plano nas análises de mercado. Ainda não há indicações de que o pacote passará por mudanças, caso a alíquota de 50%, anunciada pelo presidente americano para todos os produtos brasileiros, de fato vigore. Mas o Portal SNA traz agora as principais manifestações do setor e as perspectivas de cada avaliação, ora críticas, ora reconhecendo certos avanços.

 Vencida a etapa do anúncio oficial, dividido em duas cerimônias, o Plano Safra 2025/2026 teve seus números assimilados por produtores, empresários, entidades de representação e bancadas parlamentares. Conforme o Portal SNA mostrou, a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) reservou palavras duras ao pacote, na figura de seu presidente, deputado federal Pedro Lupion (PP – PR).

A entidade criticou a distorção de certos aportes divulgados, tais como as Cédulas de Produto Rural (CPR). Para a FPA, a inclusão desse tipo de lastro dá a impressão de que o governo arca com a subvenção, quando na verdade são instrumentos privados já usados pelos produtores como garantia de recursos. A FPA também mirou na taxa de contratação das linhas de crédito disponíveis no Plano Safra anterior, encerrado em 30 de junho. Segundo a bancada, houve queda mais significativa na procura pelos recursos, além de menor equalização de juros e maior inadimplência. O seguro rural sequer foi formalmente anunciado, com o Ministro da Agricultura Carlos Fávaro prometendo uma solução até setembro, no máximo.

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) também se manifestou, avaliando que os recursos anunciados estão abaixo das necessidades do setor e não acompanham a inflação do período. A expectativa da CNA para 2025 é de que o PIB do agronegócio alcance 29% do PIB total do Brasil. A entidade também lamentou a ausência do seguro rural no pacote, e afirmou que a conjuntura complexa preocupa, com crises geopolíticas, aumento nos custos de produção, fertilizantes, combustíveis e fretes internacionais.

A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) emitiu comunicado de tom pessimista, ressaltando, além das preocupações levantadas por FPA e CNA, a má condução da política econômica do país, que contribuem para a alta taxa de juros e, com efeito, para a dificuldade na contratação do crédito. Em contrapartida, alguns dos pontos considerados positivos são os aumentos do teto para contratação de financiamentos para médios produtores pelo Pronamp e as mudanças no programa para construção de armazéns, o PCA.

Sociedade Rural Brasileira (SRB) fez eco tanto às críticas quanto ao reconhecimento de boas notícias. A SRB reconheceu o crescimento nominal do crédito, de 1,5% para a agricultura empresarial e 3% para os produtores familiares. Apesar disso, a entidade lembrou que esses valores ficam abaixo da inflação acumulada (IPCA de 5,2%), fato que reduz o poder real de compra e o impacto efetivo do financiamento, segundo a entidade.

Governo na defensiva

Nas cerimônias de anúncio do Plano, realizadas semana passada, jornalistas e convidados notaram o tom destoante de certos discursos, como do Ministro da Fazenda Fernando Haddad. Ele teceu fortes críticas à gestão federal anterior, que terminou há dois anos e meio. O Banco Central, cujo atual presidente foi indicado pelo governo e vem mantendo a tendência de alta na taxa básica de juros, também não foi poupado. As autoridades presentes culparam a Selic (atualmente em 15%) pelos reflexos negativos na economia em geral e no agronegócio em particular.

Pressionado, o Ministro da Agricultura Carlos Fávaro classificou os juros como “desproporcionais”, e vem insistindo num novo modelo para o seguro rural, objeto de críticas do setor por não ter sido formalmente abordado no Plano Safra. Em entrevista à Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), ele disse que estudos técnicos estão em curso para basear mudanças no programa de subvenção pública das apólices.

Estamos com estudos técnicos sendo desenvolvidos pelo Ministério da Agricultura. Ficam prontos em 15 a 20 dias, para que possamos, em agosto ou setembro, antes do início da safra de verão, estar ofertando aos produtores um novo modelo de seguro rural brasileiro, que eu espero que seja mais eficiente e tranqüilizador”, disse o Ministro.

Fávaro tem defendido uma integração do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), mas ainda não apresentou detalhes.

Naturalmente, todas essas avaliações passaram a contabilizar o tarifaço de Donald Trump e o impacto gerado na agropecuária brasileira, antes mesmo do início de sua vigência, programada para 1 de agosto. Produtores, autoridades e entidades de representação refazem diariamente seus cálculos, estimando prejuízos dos embarques já cancelados enquanto alimentam a esperança de um recuo por parte dos americanos. Sem definição, diversas cadeias produtivas têm sua sobrevivência ameaçada, como o Portal SNA vem mostrando, e podem precisar muito mais do que os estímulos habituais do Plano Safra para se recuperarem no curto, médio e logo prazo.

Além dos órgãos já mencionados na matéria, colaboraram com informações complementares o Banco Central e a Agência FPA.

Fonte: SNA



 

FONTE

Autor:Marcelo Sá/SNA

Site: SNA

Continue Reading
Advertisement

Agro MT