Agro Mato Grosso
Garimpo ilegal é fechado pela Polícia Militar em área desmatada no interior de MT

Policiais militares encontraram uma propriedade com indícios de desmatamento e confirmaram a existência de extração ilegal de minérios.
Um garimpo ilegal foi desativado pela Polícia Militar durante uma operação realizada na zona rural de Novo Mundo, a 791 km de Cuiabá, nesta terça-feira (22). Com base em denúncias e coordenadas geográficas, os policiais encontraram uma propriedade com indícios de desmatamento e confirmaram a existência de extração ilegal de minérios.
Segundo a PM, a área não possui Cadastro Ambiental Rural (CAR) e apresentava sinais claros de atividade garimpeira irregular. Durante a fiscalização, foram encontrados diversos equipamentos utilizados na mineração ilegal, como motobombas, sistema de dragagem e galões de combustível.
Nenhum suspeito foi localizado no momento da abordagem. Os materiais apreendidos foram inutilizados no local, devido à impossibilidade de transporte seguro.
A ação foi conduzida por equipes do Batalhão de Proteção Ambiental (BPMPA) e das Rondas Ostensivas Táticas Móveis (Rotam), no âmbito da Operação Flora Hotspot. A operação tem como objetivo combater atividades potencialmente poluidoras em áreas rurais.
Garimpo ilegal é fechado em Novo Mundo (MT)
Disque-denúncia
A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190 ou 0800.065.3939.
Agro Mato Grosso
Em dois anos, Governo de MT e Nova Rota já contrataram 86% das obras previstas para duplicação da BR-163

Prazo para a entrega é de 2031, mas meta do Estado é concluir duplicação na metade do tempo previsto
O Governo de Mato Grosso e a Nova Rota do Oeste já contrataram, em pouco mais de dois anos, 86% das obras para a duplicação e modernização da BR-163 entre Cuiabá e Sinop. São 381 quilômetros, dos 444 previstos para melhorias no contrato de concessão da rodovia, que estão com frente de trabalhos. As obras contratadas até o momento ultrapassam R$ 3,5 bilhões em investimentos.
“Essa é a maior obra de infraestrutura rodoviária do país e isso, por si só, já deixa claro o quanto essa duplicação é importante para o nosso estado e para o Brasil. Estamos acelerando o passo para que possamos entregar os trechos na metade do prazo previsto. E a população já tem sentido essa melhoria, com mais de 100 quilômetros já entregues e uma redução gigantesca nos acidentes e mortes. A antiga ‘estrada da morte’ agora é a rodovia do progresso”, afirmou o governador
Atualmente, oito contratos estão em vigor, com foco na duplicação da BR-163 e também dos 28 km da Rodovia dos Imigrantes (BR-070), em Cuiabá e Várzea Grande. Pela repactuação da concessão com o Governo Federal, a Nova Rota tem até 2031 para a conclusão. O objetivo do Governo de Mato Grosso, quando assumiu em 2023 a concessionária pela MT Participações e Projetos (MT Par), é entregar na metade do tempo previsto.
O presidente do Conselho de Administração da Nova Rota, Cidinho Santos, destacou que o ritmo das obras segue acelerado e projetou a entrega de mais 130 quilômetros duplicados até o fim de 2025. Os primeiros 100 quilômetros de pista duplicada, entre Diamantino e Nova Mutum, foram entregues em dezembro de 2024.
“A BR-163 é um exemplo para o Brasil. O governo estadual assumiu um contrato inadimplente, organizou a casa e, desde então, somos reconhecidos como o maior canteiro de obras a céu aberto do país. Nosso objetivo é concluir a duplicação do trecho norte até o final de 2026, antecipando o prazo de 8 anos firmado com o Governo Federal”, afirmou.
Já o diretor-presidente da Nova Rota, Luciano Uchoa, completou que 100% das frentes de duplicação estarão contratadas até o final do ano. “Na semana passada, assinamos mais três ordens de serviço e já estamos desenvolvendo os projetos executivos para lançar o edital do último trecho, entre Jangada e Rosário Oeste”, pontuou.

[Foto – Christiano Antonucci/Secom – MT]
O esforço conjunto entre Estado e concessionária tem sido reconhecido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que fiscaliza o cumprimento das obras de duplicação.
Durante visita aos canteiros, o diretor-geral da ANTT, Guilherme Sampaio, elogiou o volume de contratações realizadas em curto espaço de tempo.
“Somos testemunhas de que o Estado pode ser empreendedor e gerar riqueza para os cidadãos. Nós, da ANTT, observamos várias de frente de trabalho e vimos que as obrigações contratuais estão sendo cumpridas. Continuem contando com a agência nacional para trazer infraestrutura, desenvolvimento e prosperidade”, destacou.
Na última sexta-feira (18), foi assinada a oitava e penúltima etapa ordem de serviço para a duplicação da BR-163, contemplando um trecho de 56,2 quilômetros entre Várzea Grande e Jangada, com investimento de R$ 431,3 milhões neste trecho. A última etapa compreende a duplicação entre Jangada e Rosário Oeste, que já está com licitação aberta e deve ser concluída nas próximas semanas.
Além disso, os investimentos do Governo Estadual e da Nova Rota preveem a implantação de rede 4G de internet em todo o trecho concedido da BR-163 entre Itiquira e Sinop, a instalação de câmeras de monitoramento e a construção de áreas de escape, como a que está sendo executada na Serra de São Vicente.

[Foto – Mayke Toscano/Secom-MT]
Agro Mato Grosso
Pesquisa desenvolve mudas de bananeiras com tecnologia in vitro para beneficiar pequenos produtores em MT

O acesso a essa tecnologia por pequenos produtores é um gargalo que onera a cadeia produtiva, restringindo o crescimento da produção.
Projeto de pesquisa está desenvolvendo técnicas para a produção em larga escala de mudas da bananeira BRS Terra Anã com o uso do cultivo in vitro, utilizando métodos laboratoriais que garantem o crescimento saudável das plantas e a preservação das características genéticas da matriz. As mudas poderão ser utilizadas tanto em plantações comerciais quanto no cultivo para consumo próprio, contribuindo para o fortalecimento da cadeia produtiva da bananicultura, promovendo a sustentabilidade e impulsionando a agricultura familiar em Tangará da Serra e na região da Baixada Cuiabana.
A pesquisa é uma parceria com transferência de tecnologia entre a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), o Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais/Unemat/CIP, Laboratório de Microbiologia/CPEDA/Unemat Cerrado, e a proposta inicial com o Laboratório de Cultura de Tecidos Empaer/VG, no campo experimental da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural de Tangará da Serra(Empaer/Seaf-MT), pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa e Universidade Federal de Juiz de Fora/MG, com apoio do produtor rural, Ismael Biachini, de Sinop-MT.
A bananeira BRS Terra Anã é uma variedade de banana desenvolvida por pesquisadores brasileiros da Embrapa. Ela faz parte do AAB, conhecido como “tipo Terra”, que produz a banana-da-terra, geralmente consumida cozida, frita, assada, e não crua como a demais espécies como a banana-prata, maçã ou nanica.
A banana é uma importante cultura frutífera, e o quarto alimento mais consumido no mundo, devido ao seu alto valor nutricional. Alguns fatores restringem o aumento na cadeia produtiva como escassez de mudas com vigor fisiológico, qualidade genética, desenvolvimento lento suscetíveis à doenças, aumentando a demanda por mudas sadias e homogêneas.
“A produção de mudas de bananeira in vitro é uma atividade consolidada na cadeia produtiva da bananicultura, entretanto, o acesso a essa tecnologia para pequenos agricultores é um gargalo que onera a cadeia, e no estado, é um dos fatores que restringe o crescimento da produção”, ressaltou a coordenadora da pesquisa, doutora Maurecilne Lemes da Silva Carvalho, professora da área de Ciências Biológicas da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat),.
A meta do projeto é atender, inicialmente, 100 propriedades em cada área de abrangência, com o fornecimento de mudas produzidas in vitro da cultivar BRS Terra Anã, geneticamente estáveis que, no processo de aclimatação, serão tratadas com bactérias promotoras de crescimento em plantas. No âmbito da pesquisa, 1.300 mudas (sob controle rigoroso), ja foram distribuídos a pequenos produtores na Baixada Cuiabana.
A pesquisadora destaca as características já descritas da cultivar da BRS Terra Anã, validada e recomendada para plantios. Além de atender à demanda, contêm caracteres agronômicos superiores em relação a outras cultivares, como o menor porte e maior resistência à Sigatoka-amarela, causada por um fungo que afeta a bananeira deixando manchas amarelas nas folhas. A doença pode levar à morte precoce das folhas, reduzindo a área fotossintética da planta e afetando o tamanho dos cachos e frutos, e a murcha de Fusarium, que ataca as raízes podendo levar a morte das plantas.
Para a pesquisadora, implantar efetivamente a cultura de tecidos in vitro na produção de mudas de bananas representa grande avanço e inovação tecnológica, possibilitando a seleção precisa de caracteres agronômicos, aumento na segurança e produtividade na cadeia produtiva.
Agro Mato Grosso
Setor de soja tem como desafio aumentar a produção com maior proteção ambiental

Especialistas acreditam que produtores conseguirão superar produtividade de 300 sacas por hectare
A produção global de soja precisará crescer nas próximas décadas para abastecer a cadeia de proteínas animais e garantir a segurança alimentar da população. Para isso, os produtores têm dois caminhos, aumentar a área plantada ou a produtividade por hectare. Mas isso precisa ser feito aumentando também a proteção ambiental, na avaliação de Tuneo Sediyama, professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e melhorista de plantas da Soygene.
“Não tenho dúvidas de que nós vamos conseguir superar a produtividade de 300 sacas por hectare, com mudanças que vão acontecer nos próximos anos”, afirmou Sediyama, considerado um dos principais nomes da pesquisa de melhoramento de soja.
A produtividade média atualmente é de 60,5 sacas por hectare. Ele citou como mudanças que vão acontecer no mercado de soja a adoção de manejo mais adequado com práticas de agricultura regenerativa, adoção de fertilizantes alternativos e de menor custo, uso de produtos biorreguladores mais eficientes, desenvolvimento de variedades mais tolerantes a adversidades climáticas, resistentes a pragas e doenças, com melhores níveis de fotossíntese e menos uso de fertilizantes, entre outras mudanças.
O engenheiro-agrônomo Romeu Afonso de Souza Kiihl, considerado o “pai da soja tropical”, responsável por desenvolver mais de 150 variedades de soja em 60 anos dedicados à área, disse ver um futuro muito interessante para o melhoramento genético da soja.
“Tem muita coisa para se fazer em soja. A quantidade de genes disponíveis nos bancos de germoplasma é gigantesca. Se tiver gente trabalhando, vamos fazer grandes progressos, porque as ferramentas disponíveis hoje são poderosas. Onde uns veem desafios eu vejo oportunidades”, afirmou Kiihl.
Kiihl citou como um dos desafios que podem ser resolvidos em breve é a questão da queda do teor de proteína da soja à medida que a planta cresce em produtividade.
Rodolfo Rossi, presidente da Associação da Cadeia da Soja Argentina (ACSoja), disse que na Argentina não há tantos questionamentos sobre desmatamento como no Brasil e, por isso, o país vê oportunidades para expandir a área plantada com soja e também de melhorar a produtividade com o desenvolvimento de novas variedades.
Em relação aos desafios do setor, Rossi cita a carga tributária alta e o desrespeito à propriedade intelectual, com grande volume de uso de sementes pirateadas.
“Por causa dos problemas com a propriedade intelectual, temos visto uma queda dos investimentos em melhoramento genético pelas empresas. O número de lançamentos também diminuiu. Falta uma política pública que promova a produção de forma mais sustentável”, disse Rossi.
Gerardo Bartolomé, presidente do Grupo Don Mario (GDM), considerou que o futuro do melhoramento da soja passa pela adoção de novas tecnologias, como uso de inteligência artificial, edição gênica, ciência de dados.
Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, defendeu avanços na agricultura de baixo carbono. “Em 50 anos, o Brasil cresceu a área plantada em 140% e a produção de grãos em 580%. Nossa agricultura já é sustentável, temos agora que avançar na agricultura de baixo carbono”, disse.
Os executivos participaram da cerimônia de abertura do X Congresso Brasileiro da Soja 2025, realizado pela Embrapa Soja, em Campinas (SP) entre os dias 21 e 24 de julho.
*A Embrapa forneceu a hospedagem
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