Agro Mato Grosso
Polícia Civil intensifica combate ao transporte ilegal de madeira entre Mato Grosso e Rondônia

Foram apreendidos um veículo e várias madeiras; ação seguirá de forma permanente
A Polícia Civil intensificou, entre os dias 11 e 13 de julho, as ações de enfrentamento ao transporte irregular de madeira na região de divisa entre Mato Grosso e Rondônia.
Na sexta-feira (11), uma equipe policial realizou a abordagem e apreensão de um veículo da marca Volkswagen, do tipo baú para frete de mudança — uma tática frequentemente utilizada por motoristas para dissimular a prática criminosa. Durante a abordagem, foram localizadas diversas lascas de madeira da espécie Itaúba, cuja comercialização é proibida, configurando o transporte ilegal de madeira nativa.
No domingo (13), houve nova apreensão, desta vez de um caminhão de grande porte que trafegava pela rodovia BR-174. Durante a fiscalização, foi identificada uma carga contendo 50 dúzias de roliços e 30 palanques, todos da madeira tipo Itaúba, sem a devida documentação legal exigida para transporte e comercialização.
As ações foram coordenadas pela Delegacia de Polícia de Comodoro, que reforçam o compromisso com a proteção ambiental e o combate aos crimes contra a flora nativa da região.
As operações continuarão de forma permanente, com o objetivo de coibir a extração e o transporte ilegal de madeira.
Os condutores, veículos, e as cargas foram conduzidos à Delegacia de Comodoro, onde permanecem à disposição da autoridade judiciária competente.
Agro Mato Grosso
VÍDEO: ariranhas colocam onça-pintada ‘para correr’ em disputa por território no Pantanal de MT

Nas imagens, o felino aparece saindo rapidamente da água em direção à margem, enquanto as ariranhas o seguem.
Um grupo de ariranhas colocou a onça-pintada Ousado ‘para correr’ na manhã deste domingo (27), no Parque Estadual Encontro das Águas, entre os municípios de Poconé e Barão de Melgaço, no Pantanal mato-grossense. A cena foi registrada pelo fotógrafo de vida selvagem Roger Benedik. (assista abaixo)
Nas imagens, o felino aparece saindo rapidamente da água em direção à margem, enquanto as ariranhas o seguem.
Segundo o fotografo, o encontro ocorreu durante uma tentativa de caça de Ousado, que acabou sendo surpreendido pelas ariranhas.
VIDEO:
A cena evidencia uma disputa por território entre duas espécies, que são predadoras. Ainda de acordo o Roger, quando estão em grupo, as ariranhas não demonstram medo de enfrentar o felino.
Ariranhas colocam onça-pintada ‘para correr’ em disputa por território no Pantanal — Foto: Reprodução
🐆 Quem é Ousado?
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Onça-pintada teve as quatro patas queimadas — Foto: Corpo de Bombeiros
Ousado é uma onça-pintada que foi resgatada em setembro de 2020 com queimaduras de terceiro grau nas patas devido ao incêndio que atingiu a região à época. A onça macho recebeu um tratamento à base de células-tronco no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás.
O animal foi encontrado por equipes do Corpo de Bombeiros Militar e por veterinários voluntários que atuam no resgate de animais na região, que teve grande parte da vegetação queimada.
A recuperação do felino foi considerada satisfatória pelos pesquisadores e depois de um mês, ele foi solto na natureza.
Ariranha, a maior lontra do mundo
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Ariranha pantaneira durante ‘banho de sol’ em MT — Foto: Bruno Gargaglione
Existem 13 espécies de lontra no mundo e a ariranha é considerada a maior delas, segundo pesquisadores.
De acordo com engenheiro florestal, Eldile Edson de Oliveira, a ariranha é rara e encontrada apenas na América do Sul. “Ao contrário de outras lontras que podem ser encontradas na América do Norte, Europa, Africa e Ásia”, explicou.
Segundo Eudile, a ariranha macho pode pesar até 45 kg e medir 1,80 metro. Já a fêmea é menor, pode chegar até 1,70 metro e pesar no máximo 30 kg.
A ariranha tem pelagem castanha com manchas brancas na região do peito que auxiliam os pesquisadores a identificar cada espécie.
Agro Mato Grosso
Técnicas aplicadas no agronegócio de MT podem combater insegurança alimentar

Diante dos desafios para garantir alimentos seguros e de qualidade, a rastreabilidade de grãos e o monitoramento por satélite têm se destacado como soluções para tornar a produção mais transparente e eficiente.
Mais de 64,2 milhões de pessoas enfrentaram algum grau de insegurança alimentar, segundo o último dado divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2024. Em Mato Grosso, a rastreabilidade de grãos e o monitoramento por satélite têm contribuído para garantir alimentos mais seguros, com origem comprovada e maior responsabilidade ambiental.
Além da falta de comida no prato, a insegurança alimentar inclui a dificuldade de acessar alimentos seguros e de qualidade. Uma análise feita pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) mostra que práticas de alta eficiência produtiva e foco na sustentabilidade fortalecem a qualidade da cadeia produtiva e contribuem para a segurança e transparência alimentar no Brasil e no mundo.
Entre as práticas, se destacam:
- 📡rastreabilidade da produção;
- 📋certificações socioambientais;
- 🛰️tecnologias de controle e transparência;
O presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, explicou que o processo de rastreabilidade começa com a verificação das licenças e autorizações ambientais de cada produtor.
Além disso, certificações socioambientais, como o Selo Soja Plus, programa da Aprosoja para aprimorar gestão de propriedades rurais produtoras de soja, complementam essa verificação, contando com auditorias independentes reconhecidas pela Bolsa Nacional de Produtos e Títulos (BNPT).
“Além de ter um selo, o primeiro passo é o produtor estar de acordo com o nosso Código Florestal Brasileiro. Para isso, são feitas as verificações por imagem de satélite. A certificação vai além com uma segunda verificação que reforça a conformidade ambiental e social, o que abre portas para mercados internacionais como a China e a União Europeia”, explicou.
Para o presidente, que também é produtor rural, o alimento que sai do campo é essencial para manter a vida urbana saudável. Segundo ele, o uso de tecnologias como imagens de satélite e QR Codes permitem rastrear a produção com mais controle e transparência, garantindo segurança sobre o que chega na mesa da população.
Como a transparência reduz o desperdício de alimentos
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A rastreabilidade sustentável contribui diretamente para a segurança alimentar e nutricional — Foto: Arthur Alves/PMM
A nutricionista Caroline Cardoso Ferreira Faria defende que a rastreabilidade sustentável, aliada a práticas de produção responsáveis, tem papel estratégico na estruturação de uma cadeia alimentar mais justa e eficiente.
“Essa prática fortalece a confiança no sistema alimentar e garante que o alimento chegue com qualidade e dignidade a quem mais precisa”, afirmou a especialista a imprensa.
Segundo ela, essa tecnologia contribui diretamente para a segurança alimentar e nutricional ao possibilitar a detecção rápida de falhas, o que reduz a ocorrência de erros e acelera a resolução de problemas, como em casos de contaminação por bactérias como Salmonella, que causa intoxicação alimentar e pode provocar graves infecções.
“O caminho para garantir comida no prato das famílias em situação de vulnerabilidade é valorizar o pequeno produtor, organizar os canais de comercialização pública e direta, bem como assegurar acesso físico e econômico ao alimento de verdade”, ressaltou.
O combate à insegurança impulsionado pela agricultura familiar
A pesquisadora da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan), Verônica Gronau Luz, ressaltou que os avanços tecnológicos no campo podem trazer benefícios ainda mais amplos se forem acessíveis também à agricultura familiar.
Entre as políticas públicas destacadas por ela, está o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), considerado uma das iniciativas mais antigas e abrangentes no combate à insegurança alimentar no Brasil. Criado na década de 1950 e aprimorado ao longo dos anos, o programa passou a exigir, desde 2009, que pelo menos 30% dos alimentos adquiridos para a merenda escolar sejam provenientes da agricultura familiar.
“Assim você garante que esse agricultor familiar tem escoamento de produção e que a criança coma comida de qualidade. No Brasil, temos várias políticas e programas e uma medida urgente seria fortalecer essas iniciativas e trazer cada vez mais acessibilidade para esses agricultores familiares, especialmente à população indígena e quilombola”, frisou.
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Avanços tecnológicos no campo têm potencial para transformar a produção agrícola — Foto: freepik
Para ela, o fortalecimento dos pequenos produtores deve estar aliado ao uso de práticas sustentáveis, começando pela escolha de sementes não transgênicas, a fim de preservar a genética das culturas e reduzir os impactos ambientais associados ao uso excessivo de agrotóxicos. Segundo ela, isso garante uma cadeia alimentar mais equilibrada e com alimentos mais saudáveis.
De acordo com o professor Carlos Silva Júnior, que atua no mapeamento de soja por satélite e é CEO da startup de gestão de dados, SpectraX, a crescente exigência dos mercados internacionais por transparência e sustentabilidade na produção de alimentos e o uso de tecnologias avançadas no campo se tornou um diferencial estratégico.
O especialista afirmou que ferramentas digitais têm possibilitado um controle mais preciso sobre a origem dos produtos e a regularidade ambiental das áreas produtoras, favorecendo a inserção do agro brasileiro em novos mercados.
“Com o uso de tecnologias como satélites, QR Codes e blockchain, é possível monitorar propriedades em tempo real, verificar conformidade ambiental, identificar áreas embargadas e validar informações sobre o uso do solo. Isso tudo contribui para tornar o agro brasileiro mais competitivo e confiável no mercado internacional e faz o mundo ver o quão sustentável é o Brasil na produção de alimentos”, pontuou.
🌾Saldo positivo na produção de soja e milho
Com o avanço da tecnologia no campo e a consolidação de práticas mais sustentáveis, a produtividade da safra 2024/2025 em Mato Grosso apresenta números expressivos, especialmente no cultivo de milho. Os dados consideram o período desde o início da safra até o dia 4 de julho.
O estado, que se mantém como um dos maiores produtores agrícolas do país, alcançou 126,25 sacas por hectare na produção do grão. Já a soja, principal cultura mato-grossense, registrou uma média de 60,45 sacas por hectare. Confira o comparativo de produtividade dessas duas culturas na atual safra:
Indicadores da safra 2024/25 de soja e milho em MT
Indicador | Soja | Milho |
Semeadura | 100% | 100% |
Colheita | 100% | 77,26% |
Área (hectares) | 13.008.185 | 7.131.123 |
Produtividade (sacas por hectares) | 60,45 | 126,25 |
Produção (toneladas) | 47.184.437 | 54.019.899 |
Agro Mato Grosso
Mato Grosso inaugura gasoduto de 39 km para abastecer o Distrito Industrial em Cuiabá | MT

Com a nova estrutura, o gás chega canalizado às empresas, o que elimina os custos com compressão e descompressão exigidos no transporte rodoviário, atualmente feito por caminhões
Um trecho de 39 quilômetros de gasoduto foi inaugurado nesta sexta-feira (25) para abastecer diretamente as indústrias localizadas no Distrito Industrial de Cuiabá. Segundo o governo de Mato Grosso, o investimento de R$ 40 milhões foi viabilizado por meio de uma parceria com a Bolívia, que será responsável pelo fornecimento do gás natural.
Com a nova estrutura, o gás chega canalizado às empresas, o que elimina os custos com compressão e descompressão exigidos no transporte rodoviário, atualmente feito por caminhões. A mudança representa uma redução significativa nos custos operacionais para o setor produtivo.
Três empresas já estão conectadas à nova rede, a Sanear, a Greca Asfaltos e a Milan Móveis. De acordo com o presidente da MT Gás, Aécio Rodrigues, sete contratos já foram assinados e outros 30 estão em fase de adesão. A capacidade do gasoduto permite atender até 260 indústrias, com distribuição diária de até 186 mil metros cúbicos de gás natural.
Além da vantagem econômica, o governo avalia que o uso do gás natural contribui para a redução de impactos ambientais ao substituir combustíveis mais poluentes, como o óleo diesel. Isso também facilita o acesso das empresas a linhas de crédito sustentáveis e certificações ESG (ambiental, social e de governança).
O contrato firmado com a Bolívia prevê uma cláusula de compensação, garantindo o equilíbrio econômico-financeiro do projeto em caso de consumo abaixo do volume contratado. A expectativa é que, em uma segunda etapa, o fornecimento de gás canalizado seja expandido para postos de combustíveis, o que deve reduzir o preço do Gás Natural Veicular (GNV) e beneficiar diretamente os consumidores.
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