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Agronegócio do Sul questiona efetividade do Plano Safra 2025/26

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O anúncio do Plano Safra 2025/26, divulgado na última terça-feira (1º) pelo governo federal, gerou repercussão entre as entidades ligadas ao agronegócio nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. Representantes dos produtores rurais e cooperativas expressam preocupações com pontos do progrma que podem impactar a efetividade das medidas.

Anderson Sartorelli, do Departamento Técnico e Econômico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), ressaltou que a destinação dos recursos não garante o acesso do produtor. “Um último dado desse Plano Safra 2024/25, agora de maio, [mostrou] que apenas 70% do que foi destinado foi contratado. Nós percebemos que muitas vezes o que é destinado, o que é colocado no plano safra, não chega para o produtor. Vai fazer a diferença para o agronegócio se ele chegar lá na ponta. Se não, caso contrário o objetivo do plano safra acaba não sendo cumprido.”

Sartorelli também apontou que a elevação da taxa Selic para 15% agrava o cenário fiscal, dificultando ainda mais a operacionalização do Plano Safra.

Salatiel Turra, analista técnico da Gerência de Desenvolvimento Técnico do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), reforçou a questão do investimento. “Com relação à parte de investimento, principalmente da agricultura empresarial no que tange a questão das cooperativas, a gente pode destacar uma redução do valor disponibilizado para investimentos, principalmente em algumas linhas que as nossas cooperativas podem utilizar recursos, então isso é um ponto de atenção que a gente tem que destacar.”

No Rio Grande do Sul, entidades representativas do setor estão preocupadas com a capacidade dos produtores de acessar os recursos do Plano Safra, principalmente devido ao alto endividamento do setor. Há também apreensão em relação às mudanças no seguro rural e no Proagro.

Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), criticou o percentual de recursos equalizados. “O governo anuncia um plano agrícola fantástico, mas se olharmos bem, apenas 22% desse valor é que tem recursos equalizados.” Ele classificou o anúncio mais como “narrativa” e sem considerar a inflação, resultando em “mais do mesmo, só que piorado”, devido às taxas de juros elevadas.

Pereira também evidenciou a crise no seguro rural gaúcho: “As seguradoras praticamente se retiraram do Rio Grande do Sul. Elas levantaram o valor do prêmio e baixaram a quantidade de produto segurado. Praticamente seguro no Rio Grande do Sul não existe mais.”

Darci Hartmann, presidente do Sistema Ocergs, enfatizou a necessidade de capacidade financeira para o acesso ao crédito. “Ele precisa ter capacidade financeira para acessar crédito. Na agricultura empresarial esse volume é ainda maior, esse percentual é maior. Precisamos resolver esse problema do endividamento. E ninguém quer perdão da dívida ou não pagar. As pessoas querem um prazo mínimo. Se a securitização não dá para 20 anos que a gente faça de 10, 12 anos para pagar a sua dívida e continuar o processo produtivo”, disse.

Já para o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS), Paulo Pires, o grande desafio é a rentabilidade do produtor. “Olha o trigo. Por que ele caiu a área no Rio Grande do Sul de forma expressiva? Porque não tem rentabilidade. Tu não consegue convencer o produtor a fazer uma área expressiva de investimento se todos cálculos não sinalizam rentabilidade. Essa é uma questão muito importante, porque o preço não é o produtor que faz e isso é uma perspectiva negativa. Agora, em relação ao Plano Safra o endividamento preocupa porque quantos produtores vão ter acesso ao crédito? Se o produtor não tiver direito ou acesso ele não vai plantar”.


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Área colhida da safra 2025 terá aumento de 2,4 milhões de hectares, aponta IBGE

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A área a ser colhida na safra agrícola de 2025 deve totalizar 81,4 milhões de hectares, 2,4 milhões de hectares a mais que o desempenho de 2024, um aumento de 3%.

Os números partem do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (14).

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Em relação ao levantamento de agosto, houve uma alta de 102,7 mil hectares na estimativa da área colhida, elevação de 0,1%.

Principais culturas

O Brasil deve colher neste ano um volume recorde de soja, milho, algodão e sorgo, conforme o IBGE:

  • Soja: alta de 14,4%, para um recorde de 165,9 milhões de toneladas;
  • Milho: 20,7%, para 138,4 milhões de toneladas – milho 1ª safra: alta de 14%, para 26,1 milhões de toneladas – milho 2ª safra: aumento de 22,4%, totalizando 112,3 milhões de toneladas.
  • Arroz: 17,2%, para 12,4 milhões de toneladas;
  • Algodão: 10,6%, para um novo recorde de 9,8 milhões de toneladas;
  • Sorgo: 24,8%, para um recorde de 5 milhões de toneladas; e
  • Trigo: 3,6%, para 7,8 milhões de toneladas;
  • Feijão: queda de 0,5%, para 3,1 milhões de toneladas.

A safra agrícola de 2025 deve totalizar um recorde ainda maior que o previsto, de 341,9 milhões de toneladas, 49,2 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2024, um aumento de 16,8%.

Em relação ao levantamento de agosto, houve um aumento de 0,2% na estimativa, o equivalente a 660,9 mil toneladas a mais.

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Plantio de milho verão 2025/26 atinge 90% da área no Paraná

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O plantio da safra de verão de milho 2025/26 avança em praticamente todas as regiões produtoras do Paraná, com 90% da área prevista semeada até essa segunda-feira (13), segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado.

O boletim aponta que 22% das lavouras estão em fase de germinação e 78% em desenvolvimento vegetativo. Em sua maioria, as condições são boas (99%), com apenas 1% em condição média.

Segundo o  Deral, as lavouras emergidas apresentam bom desenvolvimento inicial. No entanto, “há relatos de infestações pontuais de pragas, como cigarrinha e tripes, que exigem atenção”, disse o órgão, em relatório. Além disso, em áreas recém-plantadas, a adubação nitrogenada está sendo postergada em virtude do excesso de chuvas.

Colheita do trigo

Sobre a colheita da safra de trigo 2025, o Deral mostra que o cereal foi retirado de 64% da área semeada e que 85% das lavouras têm condição boa, 14% média e 1% ruim.

“A colheita está em fase final ou em andamento na maior parte das regiões”, relatou o Deral.

O órgão aponta que 66% das lavouras estão em fase de maturação, 31% em frutificação e 3% em floração. No entanto, o Deral destaca que as chuvas recorrentes na última semana têm atrasado as operações e comprometido a qualidade dos grãos.

Segundo a entidade, em parte das áreas ainda em campo, há risco de perdas adicionais se as condições climáticas adversas persistirem.

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Agro Mato Grosso

Governo de MT licita mais R$ 233 milhões em obras de infraestrutura

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As melhorias para a população serão realizadas em diversas regiões do Estado

A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) está com dez processos de licitação abertos para realização de obras em diversas regiões do Estado. O investimento previsto é de R$ 233 milhões para asfaltar rodovias, construir pontes, recuperar estradas e também para asfalto urbano.

No total, serão asfaltados 91,8 quilômetros de rodovias, recuperados 22,9 km e quatro novas pontes de concreto serão construídas, sendo a maior delas com 80 metros de extensão.

O Governo de Mato Grosso vai asfaltar 33,5 km da MT-130 nos municípios de Nova Ubiratã e Feliz Natal. O projeto prevê que as obras sejam realizadas entre a ponte sobre o Rio Ronuro e o entroncamento com a MT-225.

A obra representa mais um passo para transformar a MT-130 em um dos principais corredores logísticos de Mato Grosso. A licitação para contratar a empresa responsável será realizada no dia 21 de outubro, com investimento previsto em R$ 81,9 milhões.

Outra licitação em andamento é para asfaltar 39,9 km da MT-199 em Vila Bela da Santíssima Trindade. Com um orçamento de R$ 57,3 milhões, a obra vai levar o asfalto até a divisa com a Bolívia. A licitação será realizada no dia 15 de outubro.

Também está aberta a licitação para asfaltar 12 km da MT-440, em Comodoro, com um custo estimado em R$ 29,6 milhões. Já o valor da licitação que vai asfaltar 6,33 km da do Anel Viário de Paranatinga, unindo a MT-020 até a MT-130 é de R$ 13,7 milhões. Essas licitações estão marcadas para os dias 21 e 22 de outubro.

A Sinfra-MT ainda vai restaurar 22,9 km da MT-412, que liga o município de Canabrava do Norte até a BR-158, sendo o principal acesso da cidade. A concorrência está marcada para o dia 17 de outubro e o valor estimado é de R$ 57,3 milhões.

Construção de pontes

As quatro pontes previstas em licitação serão construídas em diversas regiões do Estado. A maior delas, com 80 metros de extensão, está localizada sobre o Rio Tanguro, na MT-110, na divisa entre Canarana e Querência. O valor da obra é de R$ 6 milhões, com o certame agendado para o dia 15 de outubro.

Há ainda licitações marcadas para construir uma ponte de 30,5 metros sobre o Córrego Bisca, na MT-340 em Araguainha (R$ 3 milhões), outra de 33,5 sobre o Córrego Piçarras na MT-244 em Chapada dos Guimarães (R$ 3,6 milhões) e mais uma com 65 metros sobre o Rio Branco, na MT-491, em Ipiranga do Norte (R$ 5,3 milhões).

Asfalto em bairros

A última licitação é para asfaltar ruas do bairro Aroldo Fanaia em Cáceres. Está previsto também a execução da drenagem das águas de chuva, sinalização e construção de calçadas. O valor desta obra está estimado em R$ 4,2 milhões, com a licitação marcada para o dia 23 de outubro.

Todas as concorrências públicas serão realizadas por meio do Sistema de Aquisições Governamentais (Siag).

As informações sobre o edital e os documentos podem ser encontrados no site da Sinfra-MT.

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