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Sustentabilidade

Senadores reagem à decisão de Trump de taxar em 50% produtos brasileiros Fonte: Agência Senado – MAIS SOJA

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A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil provocou forte repercussão no Senado. A medida, considerada inédita nas relações comerciais entre os dois países, foi duramente criticada por parlamentares da base governista, que classificaram o anúncio como um ataque à soberania nacional. Já os senadores da oposição responsabilizaram o atual governo, sua política externa e as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo agravamento da crise diplomática.

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) divulgou nota reafirmando o compromisso do Parlamento com a construção de “relações internacionais estáveis” e com o diálogo. A comissão informou que mantém interlocução com a representação diplomática dos Estados Unidos no Brasil e que trabalha pelo envio de uma missão parlamentar a Washington.

“Medidas comerciais devem ser tratadas com responsabilidade e dentro dos marcos do direito internacional”, diz trecho do texto. Veja a íntegra ao final desta matéria.

Em seu comunicado oficial, a Casa Branca estipulou o dia 1º de agosto como data para que a nova tarifa entre em vigor.

União nacional 

Parlamentares aliados ao governo brasileiro saíram em defesa de uma reação firme e diplomática. O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), defendeu a união do país diante da medida americana. 

“Não pode existir polarização quando o nosso país é atacado. Somos um só povo, uma grande nação. Não existem dois lados quando o que está em jogo são valores como a soberania, a pátria e a democracia. Conspirar contra o Brasil em território estrangeiro é crime de lesa-pátria, digno de covardes. O Brasil, como em outros momentos de sua história, superará as dificuldades e mais uma vez afirmará diante do mundo a sua capacidade como nação”.

Alessandro Vieira (MDB-SE) também destacou que a soberania brasileira deve ser defendida por todos.

“A soberania é o primeiro dos princípios fundamentais elencados pela Constituição. Nenhum cidadão, em especial os representantes eleitos pelo povo, pode acatar agressões estrangeiras contra o Brasil, não importa qual seja a suposta justificativa. É hora do verdadeiro patriotismo”.

Na mesma linha, Eliziane Gama (PSD-MA) classificou a medida como “uma agressão sem precedentes à nossa soberania”.

Motivação política 

Para Fabiano Contarato (PT-ES), a decisão de Trump representa uma tentativa de interferência em favor do grupo político ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. No comunicado em que anunciou a nova tarifa, Trump criticou o processo contra Bolsonaro no STF por planejar um golpe de Estado após as eleições de 2022.

“Todos — empresários, produtores e o povo brasileiro — pagarão a conta pelo comportamento irresponsável, conspirador e subserviente a interesses estrangeiros de Jair Bolsonaro. É hora de reagirmos com firmeza. Patriota de verdade não se ajoelha nem presta continência para bandeira estrangeira. O Brasil não cederá a chantagens e não será refém das aspirações de golpistas ou de outros governos”.

Na carta encaminhada pelo governo americano nesta quarta-feira (9), Trump também pontua como uma das motivações para a aplicação da tarifa — a maior já anunciada por ele até agora — uma suposta interferência do STF contra empresas de tecnologia americanas. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), creditou ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a responsabilidade pela taxação. 

“A pedido da família Bolsonaro, Donald Trump anuncia a taxação em 50% de todos os produtos brasileiros, de forma autoritária e unilateral. O presidente norte-americano está confundindo a quem está se dirigindo. O Brasil não será quintal do país de ninguém. Quem decide a nossa vida somos nós. Que fique claro: o Brasil é dos brasileiros e não de capachos”. 

O mesmo entendimento teve Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). 

“É lamentável que o ex-presidente Bolsonaro continue agindo contra o nosso país. Nosso país é soberano. Não somos uma republiqueta. Viva o povo brasileiro”.

Responsabilidade de Lula

Entre os oposicionistas, a medida de Trump foi vista como consequência direta da atuação do governo brasileiro no cenário internacional. Para o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), as ações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cenário internacional “isolaram” o país. Ele citou a ausência de um embaixador dos EUA no Brasil, a recepção a navios da Marinha iraniana e o apoio a regimes autoritários como sinais de “desprestígio”.

“Lula recebeu navios iranianos aqui no Brasil. Lula comparou Trump ao nazismo e ao fascismo. Lula defendeu uma corrupta presa na Argentina [a ex-presidente Cristina Kirchner]. Lula trouxe [em vôo da] FAB uma corrupta condenada por corrupção no Peru [a ex-primeira dama Nadine Heredia]. Lula pintou o mapa de um país invadido com as cores do invasor [em referência à guerra na Ucrânia]. Lula tem se colocado como uma figura decadente e já é criticado por boa parte da imprensa internacional. Tudo isso antes do anúncio das tarifas. Agora nos igualamos de vez aos regimes autoritários como Irã, Venezuela e Cuba, sofrendo sanções da maior democracia do mundo”.

Hamilton Mourão (Republicanos-RS) também apontou uma série de declarações e decisões recentes do presidente Lula como causa do desgaste com os EUA.

“O Brasil do governo Lula 3 conspirou abertamente contra o dólar na recente reunião do Brics, tem repetidamente atuado contra a liberdade de expressão, chamou [a guerra em] Gaza de holocausto, validou a eleição do tirano [Nicolás] Maduro [presidente da Venezuela] e fala barbaridades no ambiente internacional”.

Ciro Nogueira (PP-PI) disse que o presidente brasileiro trocou a diplomacia por “ataques infantis” e que, agora, tenta culpar Trump por suas falhas.

“O senhor, presidente Lula, não perdeu uma oportunidade para atacar com palavras o presidente da maior economia do planeta, a maior economia das Américas. Em vez de diplomacia, preferiu apostar em ataques infantis contra um país muito mais poderoso e mais forte do que o Brasil. E agora, após um governo que vai de mal a pior, o senhor vai tentar dizer que o seu fracasso é por causa do presidente Trump?”.

Já Flávio Bolsonaro (PL-RJ) aproveitou a situação para criticar sanções judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu pai.

“Se Lula não tem capacidade, poderia pedir ao Alexandre de Moraes [ministro do STF] para devolver o passaporte pro Bolsonaro, que ele vai pra lá e resolve”.

Eduardo Girão (Novo-CE) acrescentou que o Senado tem sido “parte do problema” por não se posicionar contra atitudes do governo brasileiro e do STF que, na sua visão, contribuíram para a imposição da tarifa.

“Falta de aviso não foi. A sanha de perseguição política e à liberdade de expressão no País é responsável por essa tragédia anunciada. O Senado é parte do problema por ter se omitido até aqui, mas pode se tornar a solução da crise pautando o impeachment dos que desrespeitam a nossa Constituição”.

Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) afirmou que o atual governo optou por “tensionar as relações com os Estados Unidos”, o que teria levado à sanção que “atinge diretamente” a economia nacional. Sérgio Moro (União-PR) classificou a tarifa como um erro dos EUA, mas criticou o “antiamericanismo infantil” de Lula. Jorge Seif (PL-SC) afirmou que a medida se trata de uma reação do mundo ao “autoritarismo travestido de democracia”.

Diplomacia e negociação

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar (PSD-BA), classificou como “exagerada” e “surpreendente” a decisão do presidente Donald Trump. Ele reforçou que o Brasil possui leis, que as instituições estão em pleno funcionamento e que não se pode aceitar interferência de nenhum país na legislação e no Judiciário brasileiros. 

Otto acredita que haverá uma saída diplomática para o impasse, mas saiu em defesa do multilateralismo e do fortalecimento da relação comercial do Brasil com outros países, principalmente aqueles que fazem parte do Brics.  

“O Brasil está certo em estabelecer, pela diplomacia, uma relação comercial ampla com os países do bloco europeu, com a Arábia Saudita, com a China, com a Rússia, para não ficarmos dependentes dos Estados Unidos e recebermos uma supresa dessa natureza. Esse componente político é frágil e não vai se sustentar. O Trump terá problema dentro do seu próprio país, até porque muitos produtos vão aumentar de preço por conta da taxação de 50% em cima do Brasil”.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), Nelsinho Trad (PSD-MS), ressaltou a importância dos canais técnicos de negociação que já vinham sendo utilizados para tratar das tarifas desde o início do mandato de Trump, em janeiro.

“Parlamento e Executivo devem se movimentar com equilíbrio e sensatez na busca do resultado para reverter essa situação. Os diálogos técnicos com os EUA vêm ocorrendo desde as primeiras tarifas de Trump. Defendo que o comércio, motor do desenvolvimento e do emprego, seja tratado com pragmatismo”.

Eduardo Braga (MDB-AM) também defendeu uma reação moderada do governo federal, mas sem abrir mão da defesa dos interesses nacionais brasileiros.

“O caminho para a solução das questões tarifárias anunciadas pelo governo americano é, inegavelmente, o da diplomacia. Não há mais espaço para uma lógica de vencedores e vencidos em um mundo tão interligado. É o momento do Brasil defender a sua soberania com serenidade, ao mesmo tempo em que reafirma os laços seculares de amizade e respeito que unem nossos povos”.

Reciprocidade

O Senado aprovou em abril o projeto que gerou a Lei da Reciprocidade, prevendo medidas a serem adotadas pelo Poder Executivo em resposta a barreiras comerciais impostas unilateralmente por outros países a produtos brasileiros. O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Renan Calheiros, lembrou da nova lei ao reagir ao anúncio de Donald Trump.

“O Brasil já dispõe de uma lei para retaliar protecionismos e terrorismos comerciais. A CAE puxou o tema e deu ao país, em apenas 48 horas, o meio legal para responder proporcionalmente às ameaças externas. Soberania não se negocia”.

A relatora do projeto, Tereza Cristina (PP-MS), defendeu a linha diplomática e de negociação técnica como a saída para o atual conflito.

“As nossas instituições precisam ter calma e equilíbrio nesta hora. A nossa diplomacia deve cuidar dos altos interesses do Estado brasileiro. Brasil e Estados Unidos têm longa parceria e seus povos não devem ser penalizados. Ambos têm instrumentos legais para colocar à mesa de negociação nos próximos dias “, disse ela, que foi ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro.

Já líder da oposição no Congresso, senador Izalci Lucas (PL-DF), disse ser contra uma retribuição por parte do governo brasileiro.

“Tem um prazo para que o Itamaraty tente negociar, porque é ruim para todo mundo. É ruim para os Estados Unidos, inclusive, essa sobretaxa. E o Brasil fazer essa mesma coisa não resolve o problema, muito pelo contrário, porque as nossas importações têm medicamentos e uma série de produtos que dariam um grande impacto na inflação brasileira. Cabe ao governo negociar. Vamos aguardar para ver se o governo tem essa competência”.

Nota da Comissão de Relações Exteriores

A Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal reafirma seu compromisso com a diplomacia parlamentar e o diálogo entre instituições. O Legislativo brasileiro tem papel relevante na construção de relações exteriores estáveis, responsáveis e coerentes com os princípios da soberania, no multilateralismo e da cooperação.

Mantemos uma interlocução franca e respeitosa com a representação diplomática dos Estados Unidos no Brasil, cujo encarregado de negócios esteve recentemente no Senado e propôs, inclusive, a realização de uma missão parlamentar a Washington como instrumento kegítimo de coordenação entre os dois países.

Entendemos que medidas comerciais devem ser tratadas com responsabilidade e dentro dos marcos do direito internacional.

A Comissão de Relações Exteriores seguirá atuando com equilíbrio para manter canais abertos com todos os parceiros estratégicos, ao mesmo tempo em que contribui para a ampliação da rede brasileira de alianças e acordos internacionais.

Fonte: Agência Senado



 

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Sustentabilidade

Produção de trigo no Brasil deve cair 2%, aponta revisão da StoneX – MAIS SOJA

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Na revisão de novembro, a StoneX, empresa global de serviços financeiros, revisou para baixo a estimativa para a produção brasileira de trigo da safra 2025/26. Agora, as expectativas estão em 7,35 milhões de toneladas, queda de 2% em relação ao relatório anterior.

Os ajustes negativos para a produtividade ocorreram no Rio Grande do Sul e no Paraná, os dois maiores estados produtores do país, que registraram volumes elevados de precipitação nas últimas semanas, sobretudo no final de outubro e início de novembro, inclusive com episódios de granizo. Diante desse cenário, a consultoria realizou um leve corte na produtividade, e o clima permanece como ponto de atenção até a conclusão da colheita.

No balanço de oferta e demanda, além do ajuste da produção, houve um corte das exportações, uma vez que o real está um pouco mais fortalecido perante o dólar, situação que tende a prejudicar a competitividade do cereal brasileiro. A oferta global está confortável, com vários países com trigo disponível para embarques ao exterior, a preços competitivos. A Argentina, por exemplo, caminha para alcançar um resultado recorde na colheita da safra 2025/26.

Fonte: Assessoria de Imprensa StoneX



 

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Trigo/RS: Colheita foi acelerada com objetivo de antecipar retirada das lavouras prontas antes das chuvas e ventos intensos – MAIS SOJA

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A colheita do trigo no Estado foi acelerada no período com o objetivo de antecipar a retirada das lavouras prontas antes das chuvas e dos ventos intensos, que estavam previstos para o dia 07/11. A área colhida se elevou de 42% para 60% do total semeado. Porém, esse percentual ainda está inferior à média dos últimos cinco anos, quando, na mesma época, alcançava-se 77%.

Em termos geográficos, a colheita segue o padrão histórico, estando mais adiantada na Região Noroeste, onde se aproxima de 80% da área, e mais lenta na Nordeste (5%), onde se concentram lavouras de plantio e ciclo mais tardio.

De modo geral, a cultura apresenta produtividade média satisfatória, apesar da elevada variabilidade entre lavouras, reflexo das diferenças de manejo, do nível tecnológico e da ocorrência localizada de intempéries. A qualidade dos grãos permanece adequada, e o peso hectolitro (PH) predominantemente acima de 78, atendendo aos padrões de comercialização. Contudo, em algumas áreas recentemente colhidas, as precipitações frequentes e prolongadas ocasionaram redução no PH e início de germinação na espiga, comprometendo a qualidade industrial do produto.

Em termos fitossanitários, observam-se focos pontuais de doenças de espiga, especialmente giberela e brusone, sob condições de alta umidade.

A Emater/RS-Ascar estima a área cultivada de trigo no Estado em 1.141.224 hectares. A produtividade está em 3.261 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, nos municípios de menor altitude, como em Montauri, iniciou a colheita; as produtividades variam entre 3.000 e 3.600 kg/ha; o PH está dentro dos padrões de mercado. Nos Campos de Cima da Serra, a maioria das lavouras está em enchimento de grãos, e as mais precoces iniciam a maturação. O estado fitossanitário está apropriado, e a expectativa de rendimento elevada, sustentada por condições climáticas adequadas durante o ciclo.

Na de Erechim, 30% foram colhidos, e o restante está em amadurecimento e colheita. A região registra produtividade média de 3.600 kg/ha, com variações de 3.000 a 4.200 kg/ha, conforme a intensidade do ataque de doenças de final de ciclo. O PH tem oscilado entre 75 e 84, e há boa qualidade nas primeiras áreas colhidas. A colheita tende a se intensificar com a estabilização das condições climáticas.

Na de Frederico Westphalen, cerca de 70% foram colhidos, e 30% das lavouras se encontram em maturação. A produtividade média está estimada em 3.400 kg/ha, mas há ligeira queda de qualidade nas áreas mais tardias devido à umidade prolongada, à incidência de giberela e brusone bem como à ocorrência de germinação na espiga. Em Sarandi, Barra Funda e Novo Barreiro, foram relatadas perdas expressivas em aproximadamente 2.000 hectares em decorrência de granizo ocorrido em 03/11.

Na de Ijuí, a colheita atingiu 55%, concentrando-se nos dias que antecederam as chuvas. As produtividades variam de 2.400 a 4.200 kg/ha, e o PH está superior a 78, chegando a 84 em áreas de melhor manejo. A qualidade do grão continua adequada.

Na de Passo Fundo, 16% das lavouras estão em enchimento de grãos, 67% em maturação fisiológica e 17% colhidas. O potencial produtivo é considerado satisfatório.

Na de Pelotas, a colheita alcança 45% dos cultivos. Das lavouras remanescentes 31% se encontram em enchimento de grãos e 24% em maturação. As produtividades médias observadas são de 2.707 kg/ha. Há boa sanidade e uniformidade de maturação.

Na de Santa Maria, 53% da área foi colhida, e restam lavouras em maturação. Em Tupanciretã e Santa Maria, respectivamente 60% e 80% dos cultivos foram colhidos. A produtividade média regional se situa em torno de 3.000 kg/ha, mantendo-se dentro das expectativas iniciais.

Na de Santa Rosa, a colheita abrange 80% do total cultivado, restando 20% em maturação. As produtividades variam entre 1.500 e 3.600 kg/ha, e a média regional está próxima de 3.000 kg/ha. O PH segue acima de 76 nas primeiras áreas colhidas, mas apresenta redução nas lavouras mais tardias, que foram impactadas pela umidade e por ocorrência de germinação na espiga.

Na de Soledade, a colheita alcançou 40%; as lavouras maduras representam 45%; e 15% iniciaram o processo de maturação. A produtividade média está em 3.060 kg/ha, variando conforme o nível tecnológico: até 3.900 kg/ha nos cultivos de alto investimento; e 2.400 a 3.000 kg/ha nas demais. O PH médio supera 78, mas há vários registros acima de 80 kg/hl.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, decresceu 3,36% quando comparado à semana anterior, passando de R$ 59,15 para R$ 57,16.

Confira o Informativo Conjuntural n° 1993 completo, clicando aqui!

Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1893

Site: Emater RS

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Soja/RS: Chuvas proporcionaram uniformização da umidade do solo em praticamente todo o Estado – MAIS SOJA

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As chuvas amplas e generalizadas ocorridas entre os dias 07 e 08/11 proporcionaram a uniformização da umidade do solo em praticamente todo o território estadual, criando condições favoráveis para a semeadura. No entanto, o plantio segue em ritmo moderado, uma vez que parte das áreas ainda está ocupada por lavouras de cereais de inverno em fase de maturação e em colheita. Até o momento, a área semeada alcança 22% do total previsto, percentual inferior à média dos últimos cinco anos, quando a implantação atingia 45% no mesmo período.

A germinação e a emergência ocorrem de maneira adequada; as plântulas estão vigorosas; e os estandes, uniformes. A ocorrência de temperaturas amenas tem retardado o desenvolvimento vegetativo, deixando as plantas com porte reduzido e entrenós curtos, mas com folhas bem formadas e sadias. A umidade excessiva, em alguns momentos, tem exigido atenção quanto à compactação e à crosta superficial do solo, sobretudo em áreas de textura mais argilosa. Porém, não há impactos relevantes até o momento.

 As operações de dessecação pré-plantio continuam intensas, permitindo o escalonamento da implantação da cultura dentro do período preferencial definido pelo ZARC. Observa-se que, de modo geral, a estrutura física do solo e a disponibilidade hídrica atual favorecem o estabelecimento das lavouras.

O monitoramento de esporos de ferrugem-asiática indica risco de infecção de baixo a médio, condicionado às condições microclimáticas favoráveis à doença. Para a Safra 2025/202 , no Rio Grande do Sul, a projeção da Emater/RS-Ascar indica o cultivo de . 42.23 hectares e produtividade média de 3.180 g/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a semeadura atingiu 30% da área projetada. As lavouras apresentam emergência uniforme e bom estabelecimento inicial.

Na de Erechim, o plantio alcança 30%, com previsão de avanço conforme a liberação de áreas de trigo. Os produtores relatam redução na adubação devido ao alto custo de insumos e ao crédito restrito, o que pode impactar a produtividade potencial, inicialmente estimada em 3. 42 g/ha. Parte significativa das sementes utilizadas é de origem própria, o que também pode afetar a uniformidade das lavouras.

Na de Frederico Westphalen, 18% foram semeados. A continuidade do plantio depende da manutenção da umidade adequada do solo. Foram registradas perdas em algumas lavouras recém-semeadas, em Sarandi, Barra Funda e Novo Barreiro, em decorrência de granizo.

Na de Ijuí, a semeadura alcançou cerca de 25%. Os cultivos apresentam emergência apropriada e uniformidade. A umidade no solo está adequada, e não há relatos de erosão significativa. O crescimento inicial está mais lento, mas há excelente vigor vegetativo. Os preparos de solo seguem intensos, aproveitando as boas condições de umidade.

Na de Passo Fundo, 25% de lavouras apresentam germinação e estabelecimento satisfatórios. As condições de temperatura e umidade permanecem favoráveis, permitindo a manutenção do ritmo de semeadura.

Na de Pelotas, houve avanço expressivo do plantio, de 12% para 23% da área estimada. As precipitações variaram entre 28 e 110 mm, restabelecendo a umidade dos solos e garantindo continuidade às operações. O mês de novembro ainda é o período preferencial de semeadura na região. As áreas implantadas demonstram bom vigor inicial.

Na de Santa Maria, o plantio se aproxima de 20% da área prevista. As condições de umidade e temperatura favorecem o desenvolvimento inicial, e a expectativa regional de produtividade média é de 3.059 g/ha.

Na de Santa Rosa, a semeadura avançou para 15%, mas ainda está inferior ao mesmo período da safra anterior (2 %), quando o regime de chuvas era mais restritivo. Em função da previsão de chuvas volumosas, muitos produtores optaram por adiar a semeadura para evitar riscos de crosta superficial e falhas de emergência. As áreas já implantadas demonstram boa germinação e emergência.

Na de Soledade, as chuvas intensas de 0 /11 (sexta-feira) formaram crostas superficiais em algumas áreas recém-semeadas, o que poderá dificultar parcialmente a emergência, embora o impacto na região seja pouco expressivo. Em função do tempo firme, o plantio foi retomado, atingindo 35% do projetado. As lavouras implantadas demonstram excelente estabelecimento e vigor, bem como estandes uniformes.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 1,58%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 126,03 para R$ 124,04.

Confira o Informativo Conjuntural n° 1993 completo, clicando aqui!

Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1893

Site: Emater RS

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