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Plano Safra 25/26 da agricultura familiar totaliza R$ 89 bilhões

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O governo federal destinou R$ 89 bilhões para a agricultura familiar no Plano Safra 2025/26. O montante engloba políticas de crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica, garantia de preço mínimo, entre outras mecanismos.

Do total, R$ 78,2 bilhões são para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), aumento de 3% em relação aos R$ 76 bilhões disponibilizados na temporada 2024/25.

O anúncio será formalizado nesta segunda-feira (30), às 11h, no Palácio do Planalto. O Canal Rural transmite a cerimônia ao vivo.

“Além do valor recorde, conseguimos manter taxas de juros acessíveis, especialmente para a produção de alimentos essenciais, mesmo em um cenário econômico desafiador, garantindo que o agricultor familiar tenha condições justas de financiamento”, afirma o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira.

O governo manteve a taxa de 3% para o financiamento da produção de alimentos da cesta básica, como arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, ovos e leite – caindo para 2% quando o cultivo for orgânico ou agroecológico.

O coordenador do Ramo Pecuário da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), João Prieto, ressalta que a entidade havia solicitado ao governo que as linhas de crédito do Pronaf subissem para cerca de R$ 90 bilhões.

“No entanto, dado o contexto atual, considerando a taxa Selic [a 15%] e de orçamento do governo federal, reflete um esforço da equipe econômica, da equipe do Ministério de Desenvolvimento Agrário para ultrapassar o valor que está em prática na safra atual [de R$ 76 bilhões]. Embora reconheçamos esse esforço, tínhamos uma expectativa de um valor maior. Vamos avaliar, depois que saírem as resoluções, especificidades, o quanto desse recurso está atrelado às taxas equalizadas, o quanto está atrelado a taxas controladas que não exigem equalização para vermos realmente o arranjo final desse processo para ver se as taxas que oneram mais as políticas públicas e atendem efetivamente a agricultura familiar ficaram em um arranjo que faça frente às necessidades do setor”, comentou.

Incentivo à mecanização
No contexto do Programa Mais Alimentos, o limite para a compra de máquinas e equipamentos menores foi ampliado de R$ 50 mil para R$ 100 mil com a manutenção da taxa de juros de 2,5%. Para máquinas maiores, de até R$ 250 mil, a taxa de juros é de 5%.

O governo também deve anunciar o decreto do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), com o objetivo de fomentar práticas agrícolas mais seguras, resilientes e saudáveis.

Em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) diz que o programa prevê ações integradas de pesquisa científica, monitoramento de resíduos de defensivos em alimentos e no ambiente, fortalecimento da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e ampliação do uso de bioinsumos.

Os R$ 89 bilhões do Plano Safra para a agricultura familiar englobam:

Pronaf: R$ 78,2 bilhões
Garantia-safra: R$ 1,1 bilhão
Proagro Mais: R$ 5,7 bilhões
Compras públicas: R$ 3,7 bilhões
Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater): R$ 240 milhões
PGPM-Bio: R$ 42,2 milhões

Outro destaque para esta safra é o Programa SocioBio Mais, que passa a substituir o PGPM-Bio para garantia de pagamento fixo para três produtos da sociobiodiversidade: babaçu, pirarucu e borracha.

Entre as novidades do Plano Safra 25/26 da Agricultura Familiar, destacam-se:

Manutenção das taxas de juros para a produção de alimentos no Pronaf Custeio (3% para produtos de alimentos da cesta básica e 2% para produtos da sociobiodiversidade, agroecologia e orgânicos);
Manutenção da taxa de juros de 3% para Pronaf Investimento nas linhas de crédito Pronaf Floresta, Pronaf Jovem, Pronaf Agroecologia, Pronaf Bioeconomia, Pronaf Convivência com o Semiárido, Pronaf Produtivo Orientado e inclusão de avicultura, ovinocultura e caprinocultura, conectividade no campo e equipamentos para acessibilidade nos investimentos incentivados;
Mais Alimentos: máquinas e equipamentos no valor de até R$100 mil passam a ter taxas de juros de até 2,5% para famílias com renda anual de até R$150 mil. Tratores e demais equipamentos até R$250 mil seguem com taxas reduzidas, de 5%;
Novo Pronaf B Agroecologia, com microcrédito agora para financiar sistemas agroecológicos, em transição e orgânicos, limite de até R$ 20 mil e juros de 0,5% ao ano, com bônus de adimplência de até 40%;

Pronaf Adaptação às Mudanças Climáticas: Linha de crédito para irrigação com energia solar e práticas adaptadas ao clima, com limite de até R$ 40 mil (Pronaf Semiárido e adaptação às mudanças climáticas); de até R$ 100 mil (Pronaf Mais Alimentos); e até R$ 250 mil (Pronaf Bioeconomia), além de juros de 3% ao ano (Pronaf Semiárido e Pronaf Bioeconomia) ou 2,5% (Pronaf Mais Alimentos) e prazo de reembolso de até 10 anos, com carência de até 3 anos;
Novo Pronaf B Quintais Produtivos: Condições especiais para microcrédito voltado a mulheres rurais, com foco em quintais produtivos, limite de até R$ 20 mil e juros de 0,5% ao ano, com bônus de adimplência de até 40%;

Pronaf A e A/C para Cooperativas: Apoia cooperativas formadas por assentados da reforma agrária, indígenas e quilombolas, com recursos para capital de giro e investimento. É destinada a cooperativas com receita de até R$ 10 milhões e projetos voltados a cooperados com CAF válido, tem limite de crédito: até R$ 1 milhão por cooperativa, além de máximo de R$ 20 mil por associado com CAF válido e juros de 3% ao ano;

Pronaf Conectividade com crédito para infraestrutura de conectividade rural, com limite de R$ 100 mil para famílias de menor renda (juros de 2,5% ao ano) e até R$ 250 mil para demais (juros de 3% ao ano);
Pronaf Acessibilidade Rural: Financia reformas, adaptações e equipamentos para melhorar as condições de moradia e mobilidade de pessoas com deficiência no campo. Há limite de R$ 100 mil para moradia com juros de 8% ao ano e de R$ 100 mil para equipamentos adaptadores, como cadeiras de rodas motorizadas com juros de 2,5% ao ano;

Ampliação do limite do Pronaf Regularização Fundiária para R$ 30 mil, com juros de 8% ao ano, financiamento também de serviços de georreferenciamento de imóveis rurais, taxas e custos de cartório;
Pronaf Habitação teve o limite ampliado para R$ 100 mil e juros de 8% ao ano para construção ou reforma de moradias.

Em 2025, o Pronaf completa 30 anos. Criado em 1995, já destinou, ao todo, quase R$ 780 bilhões em investimentos em mais de 42 milhões de contratos.

(Com informações do Canal Rural)

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o que uma pesquisa dos EUA revela sobre o futuro?estudo detalha como tecnologias como piloto automático e mapas de produtividade estão transformando fazendas nos EUA, com impactos na produtividade e custos

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A digitalização e a automação de tarefas está transformando desafios da agricultura de precisão em soluções que realmente reduzem os custos de produção, a escassez de mão de obra e até trazem esperança sobre as mudanças climáticas.

Uma pesquisa recente do Serviço de Pesquisa Econômica (ERS) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) detalha a adoção de tecnologias em fazendas norte-americanas e seus impactos.

Piloto automático é líder de adoção

Entre as diversas ferramentas digitais disponíveis, os sistemas de piloto automático e orientação se destacam. Usados para guiar máquinas que espalham sementes e pesticidas, esses sistemas têm reduzido o tempo das operações, eliminando passagens redundantes, o que diminui o custo com diversos insumos.

Em 2001, eles eram usados em apenas 5,3% das áreas plantadas de milho nos EUA. Mas, em 2019, as taxas de adoção já chegavam a 72,9% para sorgo e 64,5% para algodão em áreas plantadas.

Ou seja, mais da metade das lavouras de commodities nos EUA já utilizam esses sistemas.

Mapas de produtividade e solo: ferramentas essenciais

Os mapas de produtividade, disponíveis desde o início dos anos 1990, são cruciais para quantificar e caracterizar a variabilidade da produção dentro do campo. Eles fornecem informações importantes para decisões de manejo e para prescrever aplicações de taxa variável de insumos.

A adoção desses mapas aumentou de 5,3% em 1996 para 43,8% nas áreas plantadas de soja em 2018.

Para o milho, a taxa foi de 43,7% em 2016, um aumento notável em relação aos 7,7% em 1997.

Mas a adoção de mapas de solo tem sido mais lenta, ficando consistentemente abaixo de 25% da área plantada nas culturas pesquisadas. Isso se deve, em parte, ao fato de que muitos agricultores realizam a amostragem de solo em intervalos longos, geralmente a cada 3 ou 4 anos.

Tecnologias de Taxa Variável (VRT) e drones

As Tecnologias de Taxa Variável (VRT) permitem aplicações personalizadas de sementes, calcário, fertilizantes e pesticidas. Em 2016, a adoção de VRT atingiu 37,4% nas áreas plantadas de milho e 25,3% nas de soja em 2018.

Essas tecnologias podem reduzir o escoamento de fertilizantes, contribuindo para uma produção mais sustentável.

Já o uso de drones, aeronaves ou imagens de satélite ainda é limitado. As taxas de adoção variaram de 7,0% para milho em 2016 a 9,8% para soja em 2018. Especialistas indicam que a complexidade tecnológica e o alto custo podem ser barreiras para a maior adoção dessas ferramentas.

Potencial futuro

A digitalização da agricultura nos EUA está em curso, com sistemas de orientação e mapas de produtividade mostrando forte crescimento. Embora existam desafios, como os custos iniciais e a complexidade, o potencial de aumento da produtividade, melhoria ambiental e redução de riscos é considerável.

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Documentário de estatal chinesa e Grupo Band destaca protagonismo de Mato Grosso

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Um documentário produzido pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação em parceria com a emissora estatal chinesa CCTV, principal agência de notícias do país e do governo chinês, deu visibilidade inédita ao protagonismo de Mato Grosso na relação comercial e diplomática entre Brasil e China. A produção foi exibida durante a reunião do BRICS, realizada de 3 a 7 de julho no Rio de Janeiro, e apresentada para centenas de milhões de telespectadores chineses, mostrando como é o Brasil e como a China é vista.

Intitulado Bond With China, o documentário integra a programação especial da CCTV sobre os países-membros do bloco. A produção teve foco na cooperação entre os dois países, que completam 51 anos de relações diplomáticas e também mostrou as oportunidades econômicas e culturais entre China e Brasil, com destaque para as exportações de carne bovina, grãos, café e produtos sustentáveis, como a carne mato-grossense. Nenhum outro Estado brasileiro teve tanto destaque no documentário.

Representando o Estado na produção, participaram o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cesar Miranda; a diretora internacional da Invest MT, Ariana Guedes; e o presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Caio Penido. Eles reforçaram o papel estratégico do Estado nas relações comerciais sino-brasileiras e mostraram, na prática, como Mato Grosso está preparado para expandir ainda mais sua presença no mercado asiático.

“Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do Brasil, são 35 milhões de cabeças, de melhor qualidade, mais competitivo e com sustentabilidade”, afirmou Cesar Miranda, que também preside o Conselho Deliberativo do Imac.

Segundo ele, o documentário reforça uma imagem internacional sólida para o Estado: “É uma vitrine que nenhum investimento em publicidade alcançaria. Uma oportunidade construída com trabalho técnico, articulação institucional e protagonismo real”.

Durante as gravações em Xangai, que é o maior centro econômico da China, a jornalista do Grupo Band, Maju de Arruda Leite, visitou restaurantes brasileiros, centros de distribuição de carne, supermercados e feiras internacionais como a Seal, além de espaços de promoção cultural como o Brasil Center. A diretora da Invest MT e servidora da Sedec, Ariana Guedes, destacou que a produção nasceu da parceria entre instituições brasileiras e chinesas, e teve seu roteiro enriquecido com sugestões do próprio governo de Mato Grosso.

“Conseguimos colocar o Estado no centro desse diálogo com a China. Além de mostrar nossos produtos, levamos nossa cultura, nossos biomas e nossa vocação para alimentar o mundo com responsabilidade. Queremos mais que comércio, queremos turistas, parcerias tecnológicas e laços de amizade”, disse Ariana.

O presidente do Imac, Caio Penido, ressaltou que os diferenciais ambientais e genéticos do estado garantem à carne mato-grossense uma posição de destaque.

“Mato Grosso abriga três biomas, Amazônia, Cerrado e Pantanal, e tem a maior biodiversidade do planeta. A genética do nosso rebanho nos permite entregar carne de qualidade superior, com rastreabilidade e sustentabilidade, exigências do mercado chinês”.

Além de apresentar a trajetória dos produtos brasileiros no mercado asiático, o documentário também mostrou a assinatura de parcerias em distritos estratégicos de Xangai para facilitar o acesso de empresas brasileiras à China. Uma dessas ações foi a aproximação do Invest MT com o distrito de Yangpu, que se tornou referência em inovação e economia digital no país.

O documentário está em mandarim e apenas alguns trechos em português. Ele foi lançado apenas na China e ainda não foi divulgado no Brasil. Quem quiser ver basta clicar no link.



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Agricultura Familiar em Mato Grosso vive nova era de valorização e autonomia no campo

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Por: Andreia Fujioka

Vivemos um novo tempo no campo mato-grossense. A agricultura familiar, por muito tempo tratada como coadjuvante, tem agora o protagonismo que merece nas políticas públicas do Estado. O Governo de Mato Grosso tem feito uma escolha clara e estratégica: investir onde o impacto social é imediato, onde a produtividade é diretamente ligada à dignidade de milhares de famílias e à soberania alimentar.

Mais do que números, estamos falando de mudança de paradigmas. O pequeno produtor deixou de ser visto como alguém que precisa apenas de ajuda emergencial. Ele é, cada vez mais, reconhecido como agente do próprio desenvolvimento — e é com base nessa visão que estruturamos o plano de entregas para 2025, com investimento superior a R$ 141 milhões com previsão de novos investimentos até dezembro deste ano.

Esse é um marco histórico. São recursos do Tesouro Estadual sendo investidos diretamente na base produtiva dos 142 municípios mato-grossenses. E o mais importante: com foco em autonomia, não em dependência. São programas como o FUNDAAF – Fundo de Apoio à Agricultura Familiar, que oferecem crédito produtivo e subsídios não reembolsáveis para compra de equipamentos, implantação de infraestrutura, aquisição de insumos e incentivo à comercialização.

O Inclusão Rural, por exemplo, vai beneficiar mais de 3.500 famílias com até R$ 6 mil para alavancar sua produção. São investimentos que, quando somados ao acompanhamento técnico da Empaer, geram impacto direto na renda, na autoestima e na permanência dessas famílias no campo com qualidade de vida.

A autonomia no campo se constrói com oportunidades reais. E hoje nossos agricultores familiares têm recebido motivação para evoluir, se modernizar e prosperar. É gratificante ver o entusiasmo com que muitos produtores estão transformando suas propriedades em negócios sustentáveis, com visão empreendedora, conectados ao mercado e às novas tecnologias.

Essa transformação só é possível porque temos uma gestão sensível, liderada pelo governador Mauro Mendes e pelo vice-governador Otaviano Pivetta, que enxergam no produtor de pequena escala uma prioridade. Como disse o governador, investir na agricultura familiar é estratégico. É assegurar renda, segurança alimentar, desenvolvimento regional e justiça social.

Andreia Fujioka é advogada, gestora governamental e secretária de Estado de Agricultura Familiar.

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