Sustentabilidade
Chicago/CBOT: Milho encerrou a semana em alta, depois de 5 quedas consecutivas – MAIS SOJA

Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 27/06/2025
FECHAMENTOS DO DIA 27/06
Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 1,95% ou $ 8,00 cents/bushel a $ 417,50. A cotação para setembro, referência para a nossa safrinha, fechou em alta de 1,86% ou $ 7,50 cents/bushel a $ 411,50.
ANÁLISE DA ALTA
O milho negociado em Chicago fechou o dia em alta, mas em baixa no acumulado da semana. As cotações do cereal seguiram os ganhos dos demais grãos, com o mercado aproveitado o menor patamar em meses, para recompor a carteira sobrevendida.
Contribuiu para a decisão dos Traders a melhora da paridade do dólar frente outras moedas como o real e o euro. O USDA deve reduzir os estoques americanos no relatório de 30 de junho, visto o bom ritmo de demanda do grão americano. Com isso o milho fechou o acumulado da semana em baixa de -2,62% ou $ -11,25 cents/bushel.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou em baixa com colheita do milho safrinha
Os principais contratos de milho encerraram em baixa nesta sexta-feira. As cotações do milho na B3 cederam mais vez, pressionados pelo avanço da colheita do milho safrinha e a queda do dólar, que acumulou queda de -0,75% na semana. O atraso registrado na colheita, ainda tem mantido o milho, tanto futuro como físico, dentro de um canal de tendência lateral. No entanto, a capacidade de recuperação do produtor brasileiro deve sobressair em pouco tempo, podendo forçar uma queda um pouco mais acentuada nas cotações em breve.
A maioria das cotações da B3 fecharam em queda no comparativo semanal, com perdas entre -1,25% a -0,01%. Apenas o contrato de junho, que não é mais negociado, teve fechamento positivo. Já o preço Cepea, referência para o mercado físico, a queda foi de -0,68%.
OS FECHAMENTOS DO DIA 27/06
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 63,54 apresentando baixa de R$ -0,41 no dia, alta de R$ 0,38 na semana; julho/25 fechou a R$ 62,27, baixa de R$ -0,06 no dia, baixa de R$ -1,25 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 66,45, baixa de R$ -0,34 no dia e baixa de R$ -0,79 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica
Sustentabilidade
Juros altos, descaso e contrassenso no Plano Safra 2025/26 – MAIS SOJA

*Leandro Weber Viegas
O anúncio do Plano Safra 2025/26, feito com grandiosidade no Palácio do Planalto, mais uma vez escancara uma realidade que o campo conhece bem: o Brasil cresce sobre os ombros do agronegócio, mas insiste em penalizar quem o carrega. O novo plano prevê R$ 475,5 bilhões em crédito rural, com um crescimento nominal de apenas 1,5% em relação ao ciclo anterior. Esse aumento está bem abaixo da inflação acumulada de 4% nos últimos 12 meses (IPCA), o que, na prática, representa uma retração real dos recursos disponíveis.
Com juros que variam entre 8% e 14% ao ano, o financiamento agrícola no Brasil continua distante da realidade de países concorrentes. Nos Estados Unidos, por exemplo, produtores têm acesso a linhas subsidiadas com taxas abaixo de 5%. Na União Europeia, as políticas de apoio ao agricultor são estruturadas com foco em previsibilidade, subsídios diretos e seguros amplamente acessíveis.
Aqui, a situação é inversa: além dos juros elevados, o atraso na liberação dos recursos compromete a eficiência do ciclo agrícola. No Plano Safra 2024/25, apenas 70% dos recursos foram efetivamente desembolsados até maio deste ano, segundo dados do Banco Central. Isso trava decisões de compra de insumos, contratação de serviços e compromete o planejamento de safra.
Os dados mais recentes do BNDES e do Mapa mostram uma queda de 5% nas contratações de crédito para investimentos agropecuários. Isso significa menos aquisição de maquinário, menos infraestrutura de armazenagem, menor adoção de tecnologias sustentáveis — pilares fundamentais para aumentar produtividade e mitigar riscos climáticos.
A redução nos investimentos revela um ambiente de insegurança. E essa insegurança é alimentada não apenas pelo crédito escasso e caro, mas também pela alta carga tributária, pela ausência de políticas estruturantes de longo prazo e pelo excesso de burocracia para acesso aos programas oficiais.
O agro responde hoje por cerca de 24,8% do PIB brasileiro, movimentando mais de R$ 2,8 trilhões por ano, segundo dados do Cepea/USP. Mais de 20 milhões de empregos diretos e indiretos estão ligados à cadeia agroindustrial, além de 52% das exportações brasileiras serem oriundas do setor. Em 2024, o Brasil deverá atingir US$ 165 bilhões em exportações agrícolas, com destaque para soja, milho, carnes e café.
Mesmo com essa relevância, o setor produtivo segue sendo tratado como solução temporária, não como protagonista de uma política econômica consistente. O plano de safra, que deveria ser o motor do desenvolvimento rural, tem sido entregue com mais foco em retórica do que em resultados.
Selic alta, risco cambial e fragilidade fiscal
A expansão descontrolada dos gastos públicos e a deterioração fiscal aumentam o risco país, pressionam o câmbio e sabotam os esforços do Banco Central. O resultado é uma taxa Selic em 15% ao ano, refletindo diretamente no custo dos financiamentos e na expectativa de inflação, que permanece resiliente.
Esse cenário cria um ambiente de incerteza para o setor produtivo, que já lida com adversidades como o El Niño, aumento nos custos de produção (fertilizantes e defensivos) e a crescente pressão por sustentabilidade nos mercados internacionais.
Não se pode esperar que o Brasil siga alimentando o mundo sem apoio real a quem produz. O Plano Safra precisa ser repensado. O produtor exige previsibilidade, segurança jurídica, crédito acessível e políticas de gestão de risco robustas — como seguro rural com maior cobertura, subvenção consistente e instrumentos de proteção de renda.
Hoje, menos de 18% da área plantada no país está coberta por algum tipo de seguro agrícola, o que expõe o produtor a perdas catastróficas em caso de eventos climáticos extremos. Sem um sistema de proteção eficiente, o risco da atividade aumenta e o crédito se torna ainda mais caro.
O Plano Safra 2025/26 deveria ser um motor de desenvolvimento, mas soa cada vez mais como um freio. Nosso País precisa de uma política agrícola séria, alinhada com a realidade do produtor e do mercado internacional. Chega de medidas paliativas e anúncios performáticos.
O agro brasileiro exige respeito, o produtor exige respeito. É hora de trocar o palanque pelo planejamento, e o discurso pela ação. O país precisa caminhar junto com o setor que, ano após ano, carrega a economia nas costas — mesmo quando o governo vira as costas para ele.
*Administrador, bacharel em Direito e CEO da Sell Agro.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sell Agro
Sustentabilidade
Soja/Cepea: Argentina amplia imposto de exportação, e preços sobem – MAIS SOJA

Os preços internos e externos da soja estão em alta neste começo de julho. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem do aumento das alíquotas de exportação (retenciones) na Argentina, tendo em vista que esse cenário tende a redirecionar parte da demanda internacional aos Estados Unidos e ao Brasil.
De acordo com a Bolsa de Rosário, em 27 de junho, o governo da Argentina oficializou taxas, ou “retenciones”, mais altas para alguns produtos agrícolas, como a soja e seus derivados. Com isso, desde 1º de julho, passou a vigorar a taxa de 33% para a soja, contra 26% desde janeiro, e de 31% para o farelo e para o óleo de soja, acima dos 24,5% praticadas até 30 de junho. No mercado doméstico, a queda do dólar acabou limitando as altas das cotações – a moeda norte-americana desvalorizada tende a desestimular as exportações nacionais. Em junho, o dólar foi cotado à média de R$ 5,53, a menor desde junho/24.
Fonte: Cepea
Autor:Cepea
Site: CEPEA
Sustentabilidade
USDA reduz números de soja nos EUA e Brasil em ‘modo turbo’ na comercialização

O ritmo dos negócios da soja no Brasil em junho apresentou boa evolução, com preços oscilando em uma margem estreita, próxima da estabilidade. Os dados divulgados pela consultoria Safras & Mercado apontam que, apesar da queda dos preços em Chicago e do dólar mais baixo, os prêmios positivos no mercado interno superaram esses efeitos, favorecendo a continuidade das negociações.
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Com a ampla oferta da commodity, o produtor brasileiro tem aproveitado o momento para avançar nas vendas, garantindo maior rentabilidade. No cenário internacional, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou uma redução na área plantada naquele país, dentro das expectativas do mercado e com impacto limitado nas cotações globais.
Conforme o relatório da consultoria, com dados até 4 de julho, a comercialização da safra brasileira 2024/25 já alcança 69,8% da produção projetada, avanço em relação aos 64% registrados em 6 de junho. No mesmo período do ano passado, o percentual era de 77,5%, enquanto a média dos últimos cinco anos para o período é de 82,1%. Considerando uma safra estimada em 172,45 milhões de toneladas, isso equivale a 120,43 milhões de toneladas comercializadas até agora.
Além disso, a comercialização antecipada, que inclui soja que ainda será colhida na safra 2025/26, representa 16,4% da produção projetada, ou 25,28 milhões de toneladas, um avanço em relação aos 10,8% registrados em 6 de junho. No ano passado, o percentual era de 18,2%, com média histórica de 23,2%.
No cenário dos Estados Unidos, o USDA estimou que a área plantada com soja em 2025 totalizará 83,4 milhões de acres, 4% menor que os 87,05 milhões de acres cultivados em 2024. O número ficou ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, que apontava para 83,65 milhões de acres, e também inferior à estimativa do relatório de intenções de plantio divulgado em março, que indicava 83,495 milhões de acres.
A redução ou estabilidade da área ocorreu em 25 dos 29 estados produtores, refletindo ajustes regionais e tendências de mercado. Em relação aos estoques trimestrais de soja em grão dos EUA, dados de 1º de junho indicam um total de 1,008 bilhão de bushels, volume 4% superior ao do mesmo período de 2024 e acima da expectativa do mercado, que era de 971 milhões de bushels.
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