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a reviravolta de um agricultor alagoano

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Foi preciso coragem — e uma boa dose de fé — para Alaércio Barbosa da Silva transformar a vida no sertão alagoano. Aos 11 anos, já cuidava de vacas antes de ir para a escola. Com poucos recursos, aprendeu a tirar da terra o que podia, sem acesso a técnicas modernas ou insumos agrícolas. Mas foi só recentemente, ao conhecer o programa Prospera, que viu a possibilidade real de mudar sua produçãoe seu destino.

Nascido no que chama de “Sertão Sofrido”, Alaércio cresceu ajudando os pais no campo e trabalhando para os outros. Aos 20 anos, passou a plantar por conta própria numa pequena área da família, cultivando milho, feijão e palma. Por anos, fez tudo à moda antiga — na matraca, sem adubo, colhendo o pouco que a terra seca podia oferecer.

A mudança começou com uma reunião promovida por uma cooperativa local, que realizou uma palestra com gerente de Projetos Estratégicos da Corteva no Brasil, Alexsandro Mastropaulo, a qual foi apresentado aos produtores o Prospera, programa que oferece capacitação, assistência técnica e conexão com a cadeia produtiva do milho.

Foto: Israel Baumann/Canal Rural Mato Grosso

Alaércio se interessou, mas não tinha recursos para investir. Foi então que arrendou terras maiores com base em acordos de confiança e conseguiu um trator usado graças a uma negociação informal. “Disse pra minha esposa: vamos fazer com fé e coragem. E começamos”, diz ele ao contar a sua história ao programa Direto ao Ponto desta semana.

Com o trator e uma matraca, ainda sem apoio técnico, colheu 35 sacas por hectare. Mas quando conseguiu acessar o crédito via cooperativa e aplicar as orientações do Prospera, os números mudaram: chegou à colher 120 sacas por hectare.

Hoje, Alaércio cultiva 75 hectares arrendados, trabalha com milho grão e silagem, e ainda presta serviço com o trator para vizinhos da região. Apesar das dificuldades com acesso a crédito bancário, ele afirma à reportagem do Canal Rural Mato Grosso que segue determinado a investir na produtividade. “Meu objetivo agora não é aumentar a área, é a produtividade”.

Criado para fortalecer a agricultura familiar no Nordeste, o Prospera já capacitou mais de cinco mil produtores em estados como Alagoas, Ceará e Pernambuco, promovendo o uso de tecnologias adaptadas ao semiárido e fortalecendo elos da cadeia produtiva do milho. Na vida de Alaércio, o impacto é visível e profundo. “Todo dia eu peço a Deus que nunca tire o pessoal do Prospera do nosso caminho”, diz ele.

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setor respira aliviado com suco de laranja fora do tarifaço

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A decisão do governo dos Estados Unidos de isentar o suco de laranja brasileiro da tarifa adicional de 40%, trouxe alívio imediato ao setor. Essa é a avaliação dos pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

A medida, mantém o produto sujeito à sobretaxa de 10% mais a tarifa fixa de US$ 415/t. Segundo o instituto, a decisão pode ser atribuída a dependência estrutural do mercado norte-americano em relação ao suco importado do Brasil. Este representa aproximadamente 60% de todo o volume de suco consumido nos EUA. 

Para o Brasil, pesquisadores do Cepea afirmam que a isenção representa a preservação da competitividade em seu principal mercado externo e evita perdas de receita. 

Reforçam, ainda, que esse cenário deve proporcionar a retomada de novos contratos de venda de laranja fruta da safra 25/26, trazendo mais clareza e liquidez ao mercado, que praticamente andou “de lado” nas últimas semanas.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

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China amplia habilitações e Brasil avança como fornecedor global de gergelim

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O número de estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar gergelim para a China praticamente dobrou, passando de 31 para 61 unidades. A nova lista, divulgada pela Administração-Geral das Alfândegas da China (GACC), representa um avanço significativo na consolidação do Brasil como fornecedor estratégico da oleaginosa para o maior mercado consumidor do mundo.

A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Com 38,4% do consumo global, a China lidera as importações de gergelim. A ampliação do número de plantas brasileiras habilitadas reforça a presença nacional em um mercado com alto potencial de crescimento e oportunidades para agregação de valor.

Atualmente, o Brasil ocupa a sétima posição entre os maiores exportadores mundiais de gergelim, com 5,31% de participação no comércio global. O aumento da capacidade exportadora pode impulsionar ainda mais esse desempenho e beneficiar diretamente regiões produtoras.

Na lavoura, os números também apontam para uma trajetória de expansão. A produção nacional de gergelim deve alcançar 396,7 mil toneladas na safra 2024/25, conforme projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume representa um crescimento de 9,8% em relação à safra anterior.

Mato Grosso lidera a produção nacional, sendo responsável por 276,3 mil toneladas. No estado, a produção deve crescer 12,3% em comparação com o ciclo anterior. Goiás, Pará e Tocantins também se destacam entre os maiores produtores, enquanto Bahia, Minas Gerais, Maranhão e Rondônia apresentam forte potencial de expansão.


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Setor cafeeiro pode ser forçado a redirecionar produção, diz Cepea

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A partir de 6 de agosto, a exportação do café brasileiro para os Estados Unidos passará a ser taxada em 50%.

Enquanto permanece batalhando para ficar de fora da lista de produtos brasileiros que vão ser taxados pelo governo norte-americano, o setor cafeeiro nacional segue marcado por incertezas, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo pesquisadores do Cepea, por causa dessa alta taxa, os produtores brasileiros poderão ser forçados a redirecionar parte de sua produção para outros mercados, o que deverá exigir “agilidade logística e estratégia comercial para mitigar os prejuízos à cadeia produtiva nacional”.

Principal destino do café

Os Estados Unidos são o principal destino das exportações de café do Brasil. Em 2024, eles importaram cerca de 23% do grão nacional, especialmente da variedade arábica, insumo essencial para a indústria local de torrefação.

A Colômbia representou cerca de 17% do total das importações norte-americanas, enquanto o Vietnã contribuiu com aproximadamente 4%.

Para o Cepea, como os Estados Unidos não produzem café, a elevação do custo de importação deve comprometer a viabilidade de toda a cadeia interna, que envolve torrefadoras, cafeterias, indústrias de bebidas e redes de varejo.

“O Cepea avalia que a eventual entrada em vigor da tarifa tende a impactar não apenas a competitividade do café nacional, mas também os preços ao consumidor norte-americano e a formulação dos blends tradicionais, que utilizam os grãos brasileiros como base sensorial e de equilíbrio”, diz o comunicado.

Exceções às tarifas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou, na última quarta (30), a proposta de taxação de produtos brasileiros comercializados com os EUA.

Contudo, a Ordem Executiva trouxe cerca de 700 exceções, como suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis.

O café não entrou nessa lista de exceções. Com isso, logo após o anúncio de Trump, o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé) disse que vai seguir em tratativas para que o café seja incluído na lista de produtos brasileiros que vão ficar de fora da taxação.

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