Sustentabilidade
Herbicidas e estresse inicial na soja: mitos e verdades sobre fitotoxicidade – MAIS SOJA

Embora os herbicidas sejam ferramentas indispensáveis no manejo de plantas daninhas na cultura da soja, o posicionamento inadequado dos produtos, aliado a condições ambientais desfavoráveis ao funcionamento de determinadas moléculas, pode desencadear estresses fisiológicos nas plantas. Esses estresses se manifestam por meio de sintomas de fitotoxicidade, má formação de estruturas vegetativas e, em casos mais severos, redução do potencial produtivo.
Tanto os herbicidas aplicados em pré-emergência quanto aqueles utilizados em pós-emergência podem gerar efeitos negativos no crescimento e desenvolvimento da soja, especialmente quando não são observadas as recomendações técnicas quanto à seletividade, estádio de aplicação e condições do ambiente. No entanto, é importante destacar que nem todo sintoma de fitotoxicidade se traduz necessariamente em perda de rendimento. A soja possui, em muitos casos, capacidade de recuperação, desde que os danos sejam leves e ocorra retomada do crescimento em condições favoráveis (sem estresses).
Devido à diversidade de mecanismos de ação dos herbicidas, os sintomas de fitotoxicidade variam amplamente, podendo incluir desde necroses em plântulas até deformações foliares ou redução do crescimento. Esses efeitos são mais críticos nas fases iniciais do ciclo, quando a cultura é naturalmente mais sensível a interferências químicas. Assim, a compreensão dos riscos e a adoção de práticas de manejo adequadas são fundamentais para garantir seletividade e minimizar impactos negativos sobre a produtividade.
Figura 1. Sintomas típicos da fitotoxicidade ocasionada por alguns herbicidas em soja.
Mito: qualquer sintoma de fitotoxicidade compromete o rendimento da soja
Nem todo efeito fitotóxico resulta diretamente em perdas de produtividade da soja. O dano da fitotoxicidade em soja pode estar relacionado a tolerância genética da planta ao herbicida, modo de ação do herbicida, condições climáticas e ambientais, bem como estádio do desenvolvimento da soja em que os danos são observados.
No geral a soja apresenta maior capacidade de se recuperar de injurias durante o período vegetativo do seu desenvolvimento. Com isso em vista, danos ocasionados por herbicidas de contato e/ou herbicidas cuja biotecnologia presente na cultivar contemple a tolerância ao herbicida, geralmente não comprometem a produtividade da cultura. Conforme observado por Marchi et al. (2013) e corroborado por Tadesco et al. (2025), a associação entre glifosato e distintos herbicidas pós-emergentes registrados para o controle de plantas daninhas na cultura da soja, não resulta em perdas significativas de produtividade, mesmo ocasionado efeitos fitotóxicos à cultura.
Marchi et al. (2013) avaliaram a associação entre glifosato e cloransulam, clorimuron, imazetapir e lactofen, enquanto Tadesco et al. (2025) analisaram os efeitos do saflufenacil de modo isolado ou associado com o glifosato sobre a cultura da soja. Vale destacar que o efeito fitotóxico decorrente da aplicação de herbicidas em especial na pós-emergência da soja, pode ser mitigado na maioria dos casos com o adequado posicionamento de substancias bioestimulantes que contribuem para reduzir os efeitos dos estresses nas plantas.
Tabela 1. Evolução da fitotoxicidade, produtividade e peso médio de 1000 grãos observados nas associações entre glifosato e diferentes herbicidas aplicados na pós-emergência da soja RR. Sinop, MT. 2010.

Verdade: a fito por alguns herbicidas pode comprometer a produtividade da soja
Os maiores danos decorrentes da fitotoxicidade são observados em cultivares suscetíveis aos herbicidas aplicados. No caso dos herbicidas pré-emergentes, o risco de prejuízos aumenta quando são utilizadas doses elevadas, associadas a condições inadequadas de aplicação, como o intervalo prolongado entre a semeadura e a aplicação (plante-aplique), ou à ocorrência de chuvas intensas que favoreçam o deslocamento do produto no perfil do solo. Nessas situações, pode haver comprometimento da emergência das plântulas, resultando em estandes desuniformes e perda de potencial produtivo.
Em relação aos herbicidas pós-emergentes, os danos mais severos ocorrem quando são aplicados em cultivares geneticamente sensíveis, como na aplicação de glifosato em soja convencional (não-RR), de glufosinato de amônio em cultivares sem a tecnologia Liberty Link, de 2,4-D em soja que não possua a tecnologia Enlist, ou de dicamba em cultivares que não apresentam a tecnologia Intacta Xtend.
Nessas condições, tanto a aplicação direta quanto à deriva desses herbicidas sobre áreas sensíveis pode provocar níveis elevados de fitotoxicidade, ocasionando desde reduções significativas na produtividade até a inviabilização da lavoura, em casos de morte generalizada das plantas.
Figura 2. Efeito de fitotoxicidade de Dicamba em soja não tolerante.

Avaliando os sintomas de injúrias de soja não tolerante ao dicamba e a produtividade da cultura após a aplicação de subdoses do herbicida em V3 e R1, Alves et al. (2021) observaram que uma deriva de dicamba de 1%, em condições tropicais, resulta em uma redução de até 12% na produtividade da soja.
Figura 3. Curvas taxa-resposta da estimativa de injúria visível 14 dias após aplicação do herbicida (A) e produtividade (B) obtida para a cultivar de soja Nidera 6906 RR2 IPRO (Glycine max) em função da aplicação de doses de dicamba (ácido equivalente) em dois estádios fenológicos da cultura. V3, estádio vegetativo; e R1, estágio reprodutivo.

Vieira (2018), também observou resultados similares, demonstrando que herbicidas auxínicos apresentam elevada capacidade em reduzir a produtividade em soja não tolerante, mesmo que pelo efeito da deriva. Ao avaliar os efeitos da aplicação do herbicida dicamba na cultura da soja, o autor observou que a severidade das injúrias, as alterações no teor de clorofila e os impactos sobre a produtividade variaram conforme o estádio fenológico da planta no momento da exposição e a dose do herbicida utilizada. Esses resultados indicam que tanto o desenvolvimento da cultura quanto a quantidade do produto são fatores determinantes na manifestação dos sintomas de fitotoxicidade e em seus reflexos agronômicos.
Mito: toda fitotoxicidade é causada por erro na aplicação
Embora os efeitos da fitotoxicidade sejam frequentemente atribuídos a falhas na pulverização, é importante destacar que diversos fatores, atuando de forma isolada ou em conjunto, podem induzir ou intensificar a fitotoxicidade de herbicidas na cultura da soja. Entre os principais fatores envolvidos, destacam-se o mau posicionamento dos herbicidas em relação à dose e ao momento da aplicação, as condições climáticas e ambientais (especialmente temperatura, umidade relativa do ar e umidade do solo), além de aspectos relacionados à tecnologia de aplicação, com ênfase na ocorrência de deriva, e na qualidade do preparo da pulverização, principalmente se tratando da limpeza de resíduos de herbicidas no tanque do pulverizador.
A interação entre esses fatores pode potencializar os efeitos fitotóxicos, mesmo quando a aplicação segue as recomendações técnicas. Assim, nem toda manifestação de fitotoxicidade pode ser atribuída exclusivamente a erros operacionais, sendo necessário considerar o contexto ambiental e fisiológico da cultura no momento da exposição ao herbicida.
Verdade: é possível reduzir o risco de fitotoxicidade com boas práticas
A adoção de algumas estratégias de manejo contribuem para reduzir os riscos de ocorrência de fitotoxicidade em soja. Dentre as principais ações, destacam-se:
- O posicionamento adequado de herbicidas, considerando o espectro de ação, seletividade, sensibilidade da cultura, dose e momento de aplicação;
- Ajuste de dose de acordo com características ambientais, tais como tipo de solo e suas características (textura, teor de matéria orgânica e pH);
- Respeitar o intervalo recomendado entre a pulverização dos herbicidas e a semeadura no caso da modalidade plante-aplique de herbicidas pré-emergentes;
- Evitar aplicações em períodos de estresse hídrico ou temperaturas extremas;
- Atentar para a biotecnologia presente na cultivar no que diz respeito a tolerância aos herbicidas;
- Adotar cuidados relacionados a tecnologia de aplicação e limpeza dos pulverizadores
Vale destacar que independentemente do herbicida utilizado, para evitar afeitos indesejados de fitotoxicidade na cultura, é essencial seguir as orientações presentes na bula, utilizando óleos e adjuvantes recomendados pelo fabricante, além de seguir criteriosamente as recomendações de dose, número e período de aplicações fornecidas na bula. Consulte um(a) engenheiro(a) agrônomo(a).
Referências:
ALVES, G. S. et al. PHYTOTOXICITY IN SOYBEAN CROP CAUSED BY SIMULATED DICAMBA DRIFT. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 56, 2021. Disponível em: < https://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/download/26912/14872 >, acesso em: 25/07/2025.
MARCHI, S. R. et al. ASSOCIAÇÕES ENTRE GLIFOSATO E HERBICIDAS PÓS-EMERGENTES PARA O CONTROLE DE TRAPOERABA EM SOJA RR. Revista Brasileira de Herbicidas, 2013. Disponível em: https://www.rbherbicidas.com.br/index.php/rbh/article/download/173/pdf >, acesso em: 25/07/2025.
TADESCO, L. et al. FITOTOXICIDADE À SOJA PELA SIMULAÇÃO DE DOSES DE SAFLUFENACIL APLICADO EM ISOLADO OU ASSOCIADO AO GLYPHOSATE. 2° ENFIT-SUL, 2025. Disponível em: < https://revistas.uceff.edu.br/enfitsul/article/view/1023?utm_source=chatgpt.com >, acesso em: 25/07/2025.
VIEIRA, G. S. FITOTOXIDADE CAUSADA POR DERIVA SIMULADA DO HERBICIDA DICAMBA NA CULTURA DA SOJA. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal de Uberlândia, 2018. Disponível em: < https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/23787/2/FitotoxidadeCausadaDeriva.pdf >, acesso em: 25/07/2025.
Sustentabilidade
Cultivares de soja – Adaptabilidade e Estabilidade. – MAIS SOJA

Atualmente, o aumento da produtividade agrícola pode ser atribuído a três fatores principais: o desenvolvimento de cultivares mais produtivas, as alterações ambientais resultantes das mudanças climáticas e as melhorias nas práticas de manejo adotadas pelos produtores.
Esses fatores refletem os três componentes fundamentais da produtividade: o genético (cultivar), o ambiental (condições específicas de local e ano de cultivo) e o manejo, cuja interação é conhecida como G×A×M (Genótipo × Ambiente × Manejo). Essa interação explica por que o desempenho de uma mesma cultivar pode variar significativamente entre diferentes ambientes de cultivo, tornando necessário avaliá-la em uma ampla gama de condições.
Uma análise conduzida pela Equipe FieldCrops em 854 lavouras, ao longo de cinco safras e envolvendo 86 cultivares registradas entre 2008 e 2019 no Brasil, identificou um ganho médio anual de produtividade de 41 kg ha⁻¹, atribuído ao melhoramento genético (Winck et al., 2023) (Figura 1).
Resultados semelhantes, com ganhos de aproximadamente 40 kg ha⁻¹ ano⁻¹, foram observados em estudos com dados de 1965 a 2011 no Brasil (Todeschini et al., 2019). Nos Estados Unidos, o ganho genético estimado foi de cerca de 29 kg ha⁻¹ ano⁻¹ (Specht et al., 2014).
Figura 1. Ganho genético estimado pelas produtividades de 854 lavouras e o ano de lançamento das cultivares de soja utilizadas.
As cultivares de soja diferem quanto à adaptabilidade e estabilidade (Figura 2). A adaptabilidade de uma cultivar é definida como a capacidade de um genótipo responder vantajosamente ao seu ambiente. Dizer que uma cultivar possui alta adaptabilidade, diz respeito à responsividade dela conforme as melhorias no ambiente e manejo. Cultivares com alta adaptabilidade, se aproximam do potencial produtivo em ambiente favorável, porém, quando cultivadas em locais desfavoráveis, a redução de produtividade pode ser alta (Eberhart & Russell, 1966).
Já o conceito de estabilidade está relacionado com a previsibilidade de comportamento em diferentes ambientes. Cultivares com alta estabilidade apresentam uma menor variação da produtividade quando cultivadas em diferentes condições ambientais, ou seja, uma cultivar é considerada estável se a produtividade é relativamente constante em diferentes ambientes. (Figura 2).
Figura 2. Relação entre o potencial produtivo (%) e o ambiente favorável ou desfavorável de acordo com a adaptabilidade e estabilidade da cultura de soja, as quais são representadas na figura pela cultivar A e B, respectivamente.

Referências Bibliográficas.
EBERHART, S. A.; RUSSELL, W. A. Stability parameters for comparing varieties. Crop Science, v.6, p.36‑40, 1966. Disponível em: < https://acsess.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.2135/cropsci1966.0011183x000600010011x >, acesso: 24/07/2025.
SPECHT, J. E. et al. Soybean, Yield gains in major U.S. field crops. CSSA special publication 33. Madison, WI. p. 311-356, 2014. Disponível em: < https://acsess.onlinelibrary.wiley.com/doi/book/10.2135/cssaspecpub33 >, acesso: 21/07/2025.
TAGLIAPIETRA, E. L. et al. Ecofisiologia da soja: visando altas produtividades. Santa Maria, ed. 2, 2022.
TODESCHINI, M. H. et al. Soybean genetic progress in South Brazil: physiological, phenological and agronomic traits. Euphytica, v. 215, n. 7, p. 1-12, 2019. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/333888795_Soybean_genetic_progress_in_South_Brazil_physiological_phenological_and_agronomic_traits >, acesso: 21/07/2025.
WINCK, J. E. M. et al. Decomposition of yield gap of soybean in environment × genetics × management in Southern Brazil. European Journal of Agronomy, v. 145, p. 126795, 2023. Disponível em: < https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1161030123000631 >, acesso: 21/07/2025.
WINCK, J. E. M., et al. Ecofisiologia da soja: visando altas produtividades. Santa Maria, ed. 3, 2025.
Sustentabilidade
Trump assina decreto que eleva tarifas de exportação do Brasil para 50%

Agora é oficial: o Brasil possui a tarifa mais cara do mundo entre os parceiros comerciais dos Estados Unidos.
O presidente norte-americano, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) o decreto que impõe a tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros. Somada à sobretaxa de 10% anunciada anteriormente, o total, agora, passa para 50%.
Na prática, trata-se da antecipação do anúncio oficial do prazo, visto que as medidas entrariam em vigor apenas na sexta-feira (1º de agosto), mas, agora, passam a valer após sete dias da publicação do decreto, ou seja, em 6 de agosto.
O anúncio atinge em cheio os principais produtos exportados pelo Brasil ao mercado norte-americano, casos de café, frutas, carne e cacau.
Contudo, um anexo do comunicado publicado na Casa Branca isenta de aumento de tarifas as castanhas e o suco de laranja do Brasil, além de aviões e minérios.
Confira na íntegra o comunicado da Casa Branca
Enfrentando uma emergência nacional
Como Presidente dos Estados Unidos, meu dever mais elevado é proteger a segurança nacional, a política externa e a economia deste país. Políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil ameaçam a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos. Membros do Governo do Brasil tomaram medidas que interferem na economia dos Estados Unidos, infringem os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos, violam os direitos humanos e minam o interesse dos Estados Unidos em proteger seus cidadãos e empresas. Membros do Governo do Brasil também estão perseguindo politicamente um ex-presidente brasileiro, o que está contribuindo para o colapso deliberado do Estado de Direito no Brasil, para a intimidação politicamente motivada naquele país e para abusos de direitos humanos.
Recentemente, membros do Governo do Brasil tomaram medidas sem precedentes que prejudicam e ameaçam a economia dos Estados Unidos, conflitam e ameaçam a política dos Estados Unidos de promover a liberdade de expressão e eleições livres e justas no país e no exterior, e violam direitos humanos fundamentais. De fato, certas autoridades brasileiras emitiram ordens para obrigar plataformas online dos Estados Unidos a censurar contas ou conteúdo de cidadãos americanos, quando tais contas ou conteúdo forem protegidos pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos nos Estados Unidos; bloquear a capacidade de cidadãos americanos arrecadarem fundos em suas plataformas; alterar suas políticas de moderação de conteúdo, práticas de execução ou algoritmos de maneiras que possam resultar na censura do conteúdo e das contas de pessoas dos Estados Unidos; e fornecer dados de usuários de contas pertencentes a pessoas dos Estados Unidos, facilitando o direcionamento de críticos políticos nos Estados Unidos.
Por exemplo, o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abusou de sua autoridade judicial para atingir oponentes políticos, proteger aliados corruptos e suprimir dissidências, muitas vezes em coordenação com outras autoridades brasileiras. O Ministro de Moraes autorizou batidas policiais, prisões e congelamentos de contas bancárias com motivação política. Ele também autorizou o confisco de passaportes, prendeu indivíduos sem julgamento por postagens em redes sociais, abriu investigações criminais sem precedentes, inclusive contra cidadãos dos Estados Unidos por seu discurso constitucionalmente protegido nos Estados Unidos, e emitiu ordens secretas a empresas de mídia social dos Estados Unidos para censurar milhares de postagens e remover dezenas de críticos políticos, incluindo cidadãos dos Estados Unidos, de suas plataformas por discursos lícitos em solo americano. Quando os Estados Unidos e empresas sediadas nos Estados Unidos se recusaram a cumprir suas exigências ilegais de censura, o Ministro de Moraes impôs multas substanciais aos Estados Unidos e empresas sediadas nos Estados Unidos, ordenou a suspensão de empresas dos Estados Unidos e empresas sediadas nos Estados Unidos no Brasil e ameaçou executivos de empresas dos Estados Unidos e empresas sediadas nos Estados Unidos com processo criminal. De fato, o Juiz de Moraes está atualmente supervisionando o processo criminal movido pelo Governo Brasileiro contra um residente dos Estados Unidos por discurso proferido em solo americano.
Essas ações judiciais, tomadas sob o pretexto de combater “desinformação”, “notícias falsas” ou conteúdo “antidemocrático” ou “de ódio”, colocam em risco a economia dos Estados Unidos ao coagir, de forma tirânica e arbitrária, empresas americanas a censurar discursos políticos, entregar dados sensíveis de usuários americanos ou alterar suas políticas de moderação de conteúdo sob pena de multas extraordinárias, processo criminal, congelamento de bens ou exclusão completa do mercado brasileiro. Essas ações também inibem e limitam a expressão nos Estados Unidos, violam os direitos humanos e minam o interesse dos Estados Unidos em proteger seus cidadãos e empresas no país e no exterior.
Autoridades brasileiras também estão processando o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. O Governo Brasileiro acusou Bolsonaro injustamente de múltiplos crimes relacionados ao segundo turno de sua eleição em 2022, e o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, equivocadamente, que Bolsonaro deve ser julgado por essas acusações criminais injustificadas. A perseguição política, por meio de processos forjados, ameaça o desenvolvimento ordenado das instituições políticas, administrativas e econômicas do Brasil, inclusive minando a capacidade do Brasil de realizar uma eleição presidencial livre e justa em 2026. O tratamento dado pelo Governo Brasileiro ao ex-presidente Bolsonaro também contribui para o colapso deliberado do Estado de Direito no Brasil, para a intimidação politicamente motivada no país e para abusos de direitos humanos.
Considero que as ações sem precedentes tomadas pelo Governo do Brasil violaram os direitos de liberdade de expressão de cidadãos dos Estados Unidos, interferiram na economia dos Estados Unidos ao coagir os Estados Unidos e empresas sediadas nos Estados Unidos a censurar cidadãos dos Estados Unidos por discursos protegidos pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, sob pena de multas extraordinárias, processo criminal, congelamento de bens ou exclusão completa do mercado brasileiro, subverteram o interesse dos Estados Unidos em proteger seus cidadãos e empresas, minaram o Estado de Direito no Brasil e colocaram em risco o desenvolvimento ordenado das instituições políticas, administrativas e econômicas do Brasil. As políticas, práticas e ações do Governo do Brasil são repugnantes aos valores morais e políticos de sociedades democráticas e livres e conflitam com a política dos Estados Unidos de promover governos democráticos em todo o mundo, o princípio da liberdade de expressão e eleições livres e justas, o Estado de Direito e o respeito aos direitos humanos.
AGORA, PORTANTO, eu, DONALD J. TRUMP, Presidente dos Estados Unidos da América, considero que o escopo e a gravidade das recentes políticas, práticas e ações do Governo do Brasil constituem uma ameaça incomum e extraordinária, cuja origem, total ou substancialmente, se dá fora dos Estados Unidos, à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos e, por meio deste, declaro emergência nacional em relação a essa ameaça.
Para lidar com a emergência nacional declarada nesta ordem, determino que é necessário e apropriado impor uma alíquota adicional ad valorem de 40% sobre certos produtos do Brasil, conforme detalhado abaixo. A meu ver, esta ação é necessária e apropriada para lidar com a emergência nacional declarada nesta ordem. Estou tomando as medidas nesta ordem apenas com o propósito de lidar com a emergência nacional declarada nesta ordem e não para qualquer outro propósito.
Sustentabilidade
Adesão a atrativo alimentar para mariposas, que reduz ataques de lagartas, mais do que dobra no país no último ano – MAIS SOJA

No ciclo 2024-25 a adesão ao atrativo alimentar Chamariz®, da AgBiTech Brasil, avançou para acima de 350 mil hectares tratados. Esse número representa mais do que o dobro das vendas da safra anterior, segundo informa a companhia. Para a temporada 2025-26, a expectativa da AgBiTech é a de manter o forte ritmo de crescimento na comercialização da tecnologia, conforme destaca o diretor de marketing, Pedro Marcellino.
Descrita como uma ferramenta de controle comportamental de lagartas, Chamariz®, segundo o executivo, ganhou a adesão de grandes grupos produtores pela eficácia comprovada na eliminação de mariposas que dão origem aos principais lepidópteros dos cultivos brasileiros: Helicoverpa spp, o complexo de Spodopteras e espécies como Chrysodeixis includens e Rachiplusia nu, entre outros.
Marcellino destaca ainda que o atrativo alimentar Chamariz® foi desenvolvido na Austrália com base no concento “atrai e mata”. “O sucesso no Brasil se explica pelo fato de o país apresentar elevada favorabilidade ao avanço das principais mariposas”, ele assinala. “A solução conta com amplo espectro de controle ante o desafio crescente, crítico, de infestações de lagartas no país, além de auxiliar o agricultor a fomentar produtividade e rentabilidade.”
Conforme o diretor da AgBiTech, nas últimas safras o produtor brasileiro passou a buscar novas ferramentas na contenção de lagartas, principalmente face ao aumento constante da pressão dessas pragas e também da maior dificuldade em controlá-las, em virtude de casos de quebra de resistência de biotecnologias e desenvolvimento da resistência de lagartas a inseticidas.
“Apuramos que Chamariz® tem sido percebido pelo produtor como uma ferramenta complementar, capaz de transferir bons resultados ao manejo de lagartas, à medida que reduz em grande escala a incidência dos lepidópteros nas lavouras”, diz Marcellino. “De maneira inteligente, o agricultor percebeu que controlar às pragas na forma adulta constitui uma alternativa estratégica.”
Indicadores robustos a campo
Para o pesquisador da AgBiTech Brasil e responsável pelo desenvolvimento de Chamariz® no país, Daniel Caixeta, trata-se de uma tecnologia disruptiva, promissora. “É capaz de resolver o problema de produtores de algodão, soja e milho diante da ação de lagartas”, ele ressalta. “O controle das mariposas por meio da tecnologia, combinada a um inseticida, impede que fêmeas coloquem ovos e gerem novas lagartas”, exemplifica Caixeta.
Resultados de controle de mariposas transferidos pela tecnologia de Chamariz® tracionaram as adesões à solução, “porque são robustos, além de superiores a outros atrativos encontrados do mercado”, avalia Daniel Caixeta. O pesquisador liderou estudos em áreas de soja nas quais foram capturadas, por exemplo, mais de 20 mil mariposas por hectare. “Pelo menos dez mil eram fêmeas. Se considerarmos que as mariposas colocam até 1,5 mil ovos, teríamos, potencialmente, em torno de 15 milhões de lagartas por hectare.”
Segundo Caixeta, aplicações seriadas de Chamariz® reduziram 87% da incidência de lagartas em algodão, “com redução de 70% nos danos às estruturas reprodutivas da pluma, na comparação ao talhão em que o atrativo alimentar não foi utilizado”, ele revela. “Há hoje armadilhas com Chamariz® em todas as regiões agrícolas, principalmente onde a pressão de lagartas é desafiadora. Se houver mariposas na área, Chamariz® as põe no chão.”
Desde 2002, a AgBiTech fornece produtos consistentes, de alta tecnologia, que ajudam a tornar a agricultura mais rentável e sustentável. A empresa combina experiência a campo com inovação científica. Trabalha com agricultores, consultores e pesquisadores e desenvolve soluções altamente eficazes para manejo de pragas agrícolas. Controlada pelo fundo de Private Equity Paine Schwartz Partners (PSP), a AgBiTech fabrica toda a sua linha de produtos na mais moderna unidade produtora de baculovírus do mundo, em Dallas (Texas, EUA). www.agbitech.com.br
Fonte: Assessoria de Imprensa AGBITECH
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