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Carne bovina na mira de Trump: setor em Mato Grosso teme prejuízos

O setor pecuário de Mato Grosso vê com preocupação o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre taxar em 50% as importações oriundas do Brasil. A notícia pegou o país de surpresa nesta quarta-feira (9).
Segundo analistas econômicos, a tarifa de 50% anunciada sobre os produtos brasileiros é a mais alta entre as novas taxas divulgadas até agora por Donald Trump.
Na última segunda-feira (7), o presidente norte-americano iniciou o envio de cartas informando aos países que a partir de 1º de agosto terão de pagá-las caso não firmem um novo acordo comercial. Trump definiu taxas mínimas sobre produtos importados, que variam entre 20% e 50%, a depender do país.
Em nota, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) relata ver com preocupação “a promessa de taxação em cerca de 50% da carne bovina enviada para os EUA”. Para a entidade, a medida “retira o nosso produto da concorrência para esse mercado tão importante para o nosso setor”.
Conforme a Acrimat, a nova taxação dos Estados Unidos colocaria o preço da tonelada da carne bovina mato-grossense em cerca de US$ 8,6 mil, o que inviabilizaria a comercialização para aquele país.
“Solicitamos ao Governo Federal que utilize todos os recursos e esforços para a resolução desse problema, com muito diálogo e disposição. Acreditamos na soberania nacional, mas acreditamos principalmente no bom senso e na pacífica negociação antes de se tomarem medidas intempestivas que podem levar a resultados desastrosos para nossa economia”, frisa o presidente da entidade, Oswaldo Pereira Ribeiro Junior.
Também em nota, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) declarou que é preciso “cautela” e uma “diplomacia firme diante da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil”.
“A medida, comunicada por meio de carta oficial enviada ao governo brasileiro, representa um alerta ao equilíbrio das relações comerciais e políticas entre os países”
A FPA destaca que a nova alíquota traz reflexos diretos ao Brasil e “atinge o agronegócio nacional, com impactos no câmbio, no consequente aumento do custo de insumos importados e na competitividade das exportações brasileiras”.
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Novo mapa da Embrapa revela solos mais vulneráveis à erosão no Brasil

A Embrapa Solos lançou uma nova versão do mapa de erodibilidade dos solos do Brasil, com base em uma metodologia que permite identificar o potencial dos terrenos de resistirem à erosão causada pela água da chuva.
A ferramenta representa um avanço estratégico na gestão dos recursos naturais, oferecendo subsídios para políticas públicas de conservação e uso sustentável do solo no meio rural.
Erosão hídrica: ameaça global à produção e à sustentabilidade
A erosão hídrica está entre os principais fatores de degradação de terras no mundo, afetando a produção agrícola, a biodiversidade e a segurança hídrica.
Segundo a FAO, o problema compromete os serviços ecossistêmicos do solo, reduzindo a infiltração de água, a profundidade de enraizamento e a retenção de nutrientes.
No Brasil, estimar a erodibilidade é fundamental para orientar o uso racional da terra e evitar prejuízos ambientais e econômicos, especialmente em áreas com agricultura intensiva.
Como foi feito o novo mapa de erodibilidade
O mapa da Embrapa tem escala 1:500.000, adequada para planejamentos em nível estadual e de grandes bacias hidrográficas. A equipe responsável avaliou 8.143 unidades de mapeamento de solos com base em dados do IBGE na escala 1:250.000.
A classificação foi feita a partir de atributos intrínsecos do solo — como textura, estrutura, presença de camada compactada, permeabilidade e conteúdo de carbono orgânico — desconsiderando variáveis externas como clima, relevo e vegetação.
Os solos foram classificados em seis categorias de suscetibilidade à erosão hídrica: muito baixa, baixa, média, alta, muito alta e extremamente alta. Cada categoria está associada ao fator K, um índice que representa a erodibilidade na equação universal de perda de solo.
Nordeste concentra áreas mais frágeis à erosão
De acordo com os pesquisadores da Embrapa, a maioria dos solos brasileiros se enquadra na categoria de erodibilidade média. No entanto, as maiores áreas de solos altamente suscetíveis estão no Nordeste, coincidindo com as regiões já afetadas pela desertificação.
Outras áreas com solos de elevada erodibilidade foram identificadas no Acre e em regiões próximas ao Amazonas, onde predominam solos ricos em silte.
Validação científica e acesso público à base de dados
O novo mapa foi validado com base em medições reais do fator K, obtidas tanto por chuvas naturais quanto simuladas, confirmando a confiabilidade dos resultados.
Todos os dados estão disponíveis gratuitamente na plataforma GeoInfo, da Embrapa, com visualização via sistema de informações geográficas (SIG Web).
Além disso, uma publicação técnica detalha toda a metodologia usada, permitindo que pesquisadores, gestores e produtores compreendam a lógica dos dados e apliquem o conhecimento em ações concretas.
Ferramenta estratégica para políticas públicas e uso agrícola
Para Maurício Rizzato, coordenador do estudo, o novo mapa deve ser incorporado em programas estaduais de conservação do solo, como os que selecionam microbacias prioritárias para ações de manejo e recuperação.
O pesquisador Gustavo Vasques reforça que a erosão não é apenas um problema ambiental, mas também econômico, uma vez que afeta diretamente a produtividade agrícola e a infraestrutura rural.
A Embrapa recomenda que os usuários convertam as seis classes de erodibilidade em três faixas simplificadas — baixa, média e alta — facilitando análises e modelagens para diferentes finalidades técnicas e institucionais.
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Exportação mundial de café em junho aumenta 7,35%

A exportação mundial de café alcançou 11,69 milhões de sacas de 60 kg em junho, o nono mês da safra 2024/25. O volume corresponde a um aumento de 7,35% na comparação com igual mês de 2024 (10,89 milhões de sacas).
Os números fazem parte de relatório mensal da Organização Internacional do Café (OIC). No acumulado dos nove meses do ano comercial, os embarques somaram 104,14 milhões de sacas, recuo de 0,2% ante igual período do ciclo 2023/24, quando totalizaram 104,33 milhões de sacas.
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Nos 12 meses encerrados em junho de 2025, a exportação de arábica totalizou 85,66 milhões de sacas, ante 82 milhões de sacas em igual período do ano anterior, aumento de 4,46%. Já o embarque de robusta aumentou 1,73% na mesma comparação, de 52,1 milhões para 53 milhões de sacas.
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Haja casaco! Nova frente fria traz chuva e derruba temperaturas no Brasil; saiba onde

O produtor de soja pode esperar, nos próximos dias, uma condição muito parecida com o que já vem sendo observado: chuvas concentradas nas extremidades do país e tempo seco no centro. A instabilidade climática permanece no Sul e em partes de Mato Grosso, reflexo da nova frente fria que começou a se deslocar na sexta-feira (1º) e avança lentamente em direção ao Sudeste.
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Nesta terça-feira (6), há previsão de chuva no sul de Mato Grosso do Sul, mas os volumes não são suficientes para repor a umidade do solo em áreas onde ainda há déficit hídrico. No Sul do Brasil, a instabilidade pode interromper momentaneamente atividades de manejo nas lavouras, especialmente no Rio Grande do Sul.
Tempo no Sul
Outro destaque é a queda nas temperaturas no Sul com a chegada da massa de ar frio. Há previsão de geada na Campanha Gaúcha na manhã de terça-feira, com risco pontual para cultivos mais sensíveis, embora, no geral, as lavouras de inverno já estejam em estágios mais tolerantes ao frio. Mesmo durante a tarde, os termômetros não sobem muito nessa região, ao contrário da metade norte do país, que segue sob forte calor.
Sol e altas temperaturas
Nas áreas centrais do país, o cenário segue com sol predominante e temperaturas elevadas durante as tardes. Já o litoral de Alagoas e Pernambuco, além do interior do Amazonas, são regiões que devem registrar temporais isolados.
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