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Sustentabilidade

Bloqueio de R$ 445 milhões no PSR pode deixar produtores expostos a perdas e afetar próxima safra – MAIS SOJA

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O Governo Federal anunciou um bloqueio de 42% no orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) para 2025, reduzindo os recursos disponíveis para R$ 445 milhões. O seguro rural é considerado fundamental para proteger os produtores contra riscos climáticos e de mercado, mas a redução significativa na subvenção encarece o serviço e o torna menos acessível, principalmente para pequenos e médios produtores, que ficam mais expostos a perdas financeiras.

A medida ocorre em um momento crítico para o agronegócio brasileiro, que já enfrenta desafios como a instabilidade climática e o aumento dos custos de insumos, como fertilizantes. Segundo informações da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e da Associação dos Produtores de Ponta Porã (APEPA), o contingenciamento fragiliza a segurança produtiva do setor e pode impactar negativamente a próxima safra, especialmente a de verão, caso os recursos não sejam desbloqueados.

A decisão do governo gerou reação imediata das entidades do agronegócio, que manifestaram repúdio à redução orçamentária e pedem a recomposição dos valores para garantir a continuidade do programa. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também deve atuar para pressionar por uma revisão, já que a restrição de recursos tem potencial para afetar o anúncio do Plano Safra 2025/2026 e outras políticas públicas essenciais ao setor.

“O bloqueio abrupto no orçamento do seguro rural compromete a proteção que os produtores precisam para enfrentar eventos climáticos adversos e instabilidades de mercado. Isso aumenta a vulnerabilidade financeira do setor, especialmente para os pequenos e médios agricultores, que já operam com margens reduzidas”, alerta Julia Guerra, especialista em seguro rural e Diretora Comercial da Picsel, empresa que desenvolve soluções tecnológicas para a gestão e precificação de seguros agrícolas baseadas em dados climáticos e monitoramento via satélite.

Considerado um dos pilares da economia nacional, o agronegócio brasileiro contribui de forma significativa para o PIB, geração de empregos e oferta de alimentos. Para Julia Guerra, a limitação dos recursos do PSR representa um risco não apenas para o setor produtivo, mas também para a estabilidade econômica do país. “A redução dos valores destinados ao programa compromete a sustentabilidade do campo. Sem políticas públicas robustas, que garantam segurança e previsibilidade ao produtor, o Brasil pode enfrentar prejuízos que vão além das porteiras e afetam toda a cadeia econômica”, conclui.

Sobre a Picsel

A Picsel é uma empresa brasileira de tecnologia 100% especializada em seguro agrícola. Com plataforma autoral e mais de 30 anos de dados históricos, a empresa desenvolveu uma solução white label que cobre toda a jornada do seguro rural com precisão, agilidade e inteligência de risco. Em testes com seguradoras, seu modelo digital reduziu o tempo de emissão de apólices de 15 dias para 5 minutos, além de melhorar a sinistralidade em pelo menos 20%.

Fonte: Assessoria de Imprensa Picsel



 

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Sustentabilidade

Semana decisiva para o agro e para a soja com possíveis tarifas dos EUA; confira a análise completa

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O comércio exterior brasileiro vive uma semana decisiva, marcada pelos desdobramentos das possíveis tarifas que os Estados Unidos planejam impor aos produtores brasileiros. No mercado da soja, o comentarista Miguel Daoud, do Canal Rural, ressaltou o impacto que essas medidas podem gerar.

”A soja tem uma demanda muito grande. Não é fácil, mas precisamos buscar alternativas. Caso a tarifa seja efetivamente aplicada, deve haver uma redução nos prêmios nos portos”, afirmou.

Para Daoud, o momento exige visão estratégica do setor. “É fundamental compreender a dimensão da demanda. Quem já está se preparando para a próxima safra tem uma noção do que esperar. Assim, é possível ajustar a oferta e ficar atento às oportunidades”, concluiu.

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Semana de desdobramentos

Segundo Daoud, os senadores brasileiros enfrentam dificuldades no diálogo com a Casa Branca, que mantém uma postura rígida. ”Existe um obstáculo político que não faz sentido. É um obstáculo de raiva, de ódio, que não cabe nesse tipo de negociação’, afirmou.”

Entre as estratégias do governo Lula para amenizar os possíveis impactos está a possibilidade de desvalorização do real, o que aumentaria a competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo. No entanto, o acordo em negociação com a União Europeia tem gerado descontentamento em alguns países do bloco, que sentem estar sob pressão dos Estados Unidos.

Daoud ressaltou que a dependência norte-americana de produtos brasileiros, como carne, café e suco de laranja, pode pesar nas negociações. “A Austrália não tem condições de suprir a demanda que o Brasil deixaria de atender”, disse.

O comentarista alerta que, caso as tarifas norte-americanas sejam mantidas, a medida pode acelerar a criação de mecanismos de comércio internacional fora da dependência do dólar. “Os países punidos podem buscar alternativas para escapar do dólar. Aí fica difícil para os Estados Unidos investirem. Isso fragilizaria a hegemonia dos EUA no médio e longo prazo. Torcemos para que se perceba isso antes e que seja corrigido”, pontuou.

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Sustentabilidade

Etanol de milho de segunda safra tem uma das menores emissões de gases de efeito estufa comparado a outros biocombustíveis – MAIS SOJA

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(*) Autoras: Luciane B. Chiodi e Sofia M. Arantes

Dentro do contexto das mudanças climáticas e redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE), os biocombustíveis desempenham um papel central na transição energética. Apesar dos diversos caminhos para alcançar a neutralidade climática é extremamente importante adequar as estratégias à especificidade e potencial local. Nesse cenário, as emissões de GEE e a pegada de carbono são métricas essenciais para avaliar o impacto ambiental da produção de biocombustíveis.

No caso do etanol de milho produzido no Brasil, os principais fatores que contribuem para suas baixas emissões de GEE e pegada de carbono incluem o uso de milho de segunda safra e de biomassa. O milho utilizado como insumo para a produção de etanol é cultivado como segunda safra, em terras que anteriormente cultivavam uma única safra de soja ou que plantavam uma segunda safra com a finalidade de cobertura do solo. Com isso, não gera emissões diretas de GEE associadas à mudança de uso da terra (MUT), otimizando o ciclo produtivo e os recursos no processo de produção agrícola com a diminuição do uso de fertilizantes a partir da técnica de plantio direto.

Vale mencionar que a cultura do milho de segunda safra no Brasil ganhou representatividade no passado, principalmente em função dos benefícios agronômicos decorrentes da proteção física que a palhada pós-colheita tanto da soja como do milho confere ao solo, permitindo a proteção e manutenção dos nutrientes no solo no período pós-colheita, proporcionando uma melhor produtividade da safra principal, no caso a soja. O plantio direto diminui significativamente a exposição do solo agrícola ao risco de erosão e contribui para a fixação de nutrientes no solo (MAGALHÃES et al., 2020; DA SILVA et al., 2020).

O etanol de milho de segunda safra utiliza como fonte de energia em seu processo a biomassa, principalmente cavaco de eucalipto, bambu, resíduos agroindustriais e agrícolas para a cogeração de energia. O sistema energético é otimizado de maneira que a eletricidade gerada pela termoelétrica é superior que a demanda dos processos de produção, exportando a eletricidade excedente para o grid (MOREIRA et al., 2020; ARANTES, 2023).

Estas características apresentadas acima impactam a pegada de carbono do etanol de milho de segunda safra brasileiro, que está entre as mais baixas do setor, entre 18,3 e 25,9 gCO2e/MJ (Moreira et al., 2020), comparável ao etanol de cana-de-açúcar e inferior à do etanol de milho produzido em sistemas tradicionais, como o norte-americano.

Outro fator que contribui consideravelmente para a pegada de carbono dos biocombustíveis é o impacto direto e indireto[1] que a expansão do uso dos biocombustíveis causa sobre a MUT. Estudo publicado na Nature Sustainability mostra que ao adicionar tais efeitos, a pegada de carbono do etanol de milho de segunda safra poderia ser reduzida para 9,8 gCO2e/MJ ou até mesmo 0,8 gCO2e/MJ, dependendo da taxa de substituição considerada para a composição soja e milho, destinados para nutrição animal, devido à utilização de Dried Distillers Grains (DDG), coproduto gerado no processo produtivo do etanol de milho, utilizado como ração animal (Moreira et al., 2020). Com a adição de tecnologias como Bioenergy with carbon capture and storage (BECCS) e a contabilização de MUT, a pegada de carbono do etanol de milho pode reduzir ainda mais, com potencial para alcançar cerca de -19,8 gCO₂e/MJ.

No contexto da neutralidade climática é extremamente importante conciliar estratégias com potencial local, além da maior diversificação e complementariedade entre as diferentes fontes para a produção de biocombustíveis, que serão fundamentais para a transição energética, principalmente no longo prazo.

Referências

ARANTES, S. M. (2023). Análise socioeconômica e de uso da terra da produção de etanol de milho segunda safra, no Centro-Oeste Brasileiro. Tese de doutorado. Faculdade de Engenharia Mecânica – UNICAMP. Campinas- SP. Disponível em: <Link>.

DA SILVA, P., C., G., TIRITAN, C., S., ECHER, F., R., CORDEIRO, C., F., S., REBONATTI, M., D., DOS SANTOS, C., H., No-tillage and crop rotation increase crop yields and nitrogen stocks in sandy soils under agroclimatic risk, Field Crops Research, Volume 258, 2020, 107947, ISSN 0378-4290, Link.

MAGALHÃES, P. C.; BORGHI, E.; KARAM, D.; PEREIRA FILHO, I. A. V.; RIOS, S. de A.; ABREU, S. l C.; LANDAU, E. C.; GUIMARÃES, L. J. M. PASTINA, M. M; DURÃES, F. O. M. Desenvolvimento do milho segunda safra: fatores genético-fisiológicos, Plataforma de conhecimento e práticas de manejo de cultivo e uso, visando sustentabilidade de produção e produtividade no binômio soja/milho – Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2020. ISSN 1518-4277.

MOREIRA et al. (2020). Socio-environmental and land-use impacts of double-cropped maize ethanol in Brazil. Nature Sustainability, 8.

Autoras (*):

Luciane Chiodi Bachion, sócia da Agroicone

Luciane é especialista em modelagem matemática e econométrica, análise da dinâmica dos setores agrícolas e temas ambientais. Coordena pesquisas na área de sustentabilidade da produção agrícola, de comércio internacional e de inteligência de mercado para as cadeias agrícolas. Participou do desenvolvimento do Modelo de Uso da Terra para a Agropecuária Brasileira (BLUM) e do desenvolvimento do “Outlook Brasil 2022: projeções para o agronegócio”, como responsável pela modelagem e análise do setor de grãos. Possui experiência em modelagem estatística, utilizando a abordagem Bayesiana e de séries temporais em Madrid e São Paulo. Licenciada em matemática pela UNESP e mestre em Comércio Exterior pela Universidade Carlos III de Madrid e em Economia Aplicada pela ESALQ/USP.

Sofia Marques Arantes, pesquisadora da Agroicone

Sofia possui experiência no setor sucroenergético, bioenergia, agricultura e sustentabilidade. Conhecimento em modelagem, com foco em projeções e simulações socioeconômicas e de uso da terra. Bidiplomação em Relações Internacionais e Economia pela FACAMP, com mestrado em Planejamento Energético pela Faculdade de Engenharia Mecânica/UNICAMP e atualmente, estudante de doutorado no mesmo programa e instituição.

Fonte: Assessoria de Imprensa



 

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Sustentabilidade

Cadastro para solicitar antecipação da semeadura da soja começa dia 1º de agosto

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O cadastro para solicitar antecipação da semeadura da soja para a Safra 2025/26, iniciará na próxima sexta-feira, 1º de agosto, por meio de uma página no site oficial da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

O período de plantio antecipado foi definido entre 25 setembro a 7 de outubro, conforme portaria Nº 47, de junho de 2025, divulgada pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), que autoriza, em caráter excepcional, a operação.

Além disso, para plantio regular foi estabelecido o calendário convencional de 8 de outubro a 31 de dezembro, com o objetivo de otimizar o calendário agrícola e garantir maior flexibilidade para os produtores da região.

Os produtores rurais interessados, devem realizar o cadastramento das suas áreas entre 1º e 31 de agosto, por meio do link http://tinyurl.com/antecipacaop .

A Adab é o órgão responsável por fiscalizar, avaliar e aprovar os cadastros dos agricultores que pretendem aderir ao plantio antecipado, para assegurar que as práticas agrícolas estejam em conformidade com as diretrizes estabelecidas, e garantir uma safra mais segura e produtiva.

Foto: Embrapa Soja

Em comunicado, a Aiba reforça aos produtores rurais que aderirem ao plantio antecipado para que realizem o cadastramento em tempo hábil, e se atentem às datas do calendário do plantio da soja.

“Aos produtores rurais que tem interesse em realizar o plantio da soja de forma antecipada para essa Safra 25/26, devem solicitar o cadastramento dessas áreas, no período de 1º a 31 de agosto. Podem procurar a sede da Aiba ou também acessar o QR Code por meio do site ou redes sociais da instituição agrícola”, afirma o analista de campo da Aiba, Marcus Neves.

Ao antecipar o plantio da soja o produtor otimiza o uso das áreas pelo encurtamento das janelas produtivas e sucessão de novas culturas.


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