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Déficit de armazenagem chega a 48,95 mi/t em Mato Grosso na safra 24/25

Mato Grosso possui uma capacidade estática de armazenagem de 52,32 milhões de toneladas de grãos (soja e milho) nesta safra 2024/25. O volume é aquém para comportar a produção prevista da temporada que deve alcançar 101,27 milhões de toneladas.
Enquanto a produção conta com um aumento previsto de 17,93%, considerando que a colheita do milho ainda engatinha, a capacidade estática cresceu apenas 0,96% ante a safra 2023/24, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Como já destacado pelo Canal Rural Mato Grosso, segundo o último relatório de estimativa de safra do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em milho estão previstas para o ciclo 2024/25 um volume de 50,38 milhões de toneladas. Uma diferença de aproximadamente 517 mil toneladas em relação à soja, cuja produção foi consolidada em 50,89 milhões de toneladas.
“Esse descompasso entre produção e infraestrutura resulta em um déficit projetado de 48,95 milhões de toneladas, aumento de 43,74% em comparação ao déficit registrado na safra passada. O cenário torna-se ainda mais desafiador diante do atraso nas vendas da soja 2024/25, o que intensifica a disputa por espaço nos armazéns e gera gargalos no
escoamento”, pontua o Imea.
Até maio, Mato Grosso havia comercializado 76,02% da produção de soja, enquanto no milho as negociações estavam em 51,05% da produção prevista.
O déficit de armazenagem em Mato Grosso nesta safra é o segundo maior dos últimos cinco ciclos. Fica atrás apenas da temporada 2022/23 quando foram registradas 51,56 milhões de toneladas de déficit. Naquele ano-safra, o estado produziu 97,83 milhões de toneladas entre soja e milho e possuía uma capacidade estática de 46,27 milhões de toneladas.
Ausência de armazenagem impulsiona inflação
A produção brasileira de grãos cresce cerca de 10 milhões de toneladas ao ano, sendo necessários R$ 15 bilhões em investimentos em armazenagem anualmente para manter tal ritmo.
Fato que, conforme o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Paulo Bertolini, causa prejuízos para as indústrias que precisam buscar alternativas para guardar a produção e, especialmente, para a sociedade, uma vez que a falta da capacidade de espaço para a produção agrícola está entre os fatores que impulsionam a inflação de alimentos no país e, principalmente, afetam a segurança alimentar.
“Se você não tem espaço para carregar um estoque de uma safra para a outra, na entressafra diminui a oferta e os preços tendem a subir. Isso você percebe ao longo dos anos na flutuação de mercado”, disse ele em recente entrevista ao programa Direto ao Ponto do Canal Rural Mato Grosso.
Em seu boletim semanal do milho, divulgado nesta segunda-feira (23), o Imea ressalta que mesmo havendo nos últimos anos investimento em “silos bags”, “a evolução estrutural do estado ainda não acompanha o ritmo de crescimento da produção, o que gera desafios logísticos e atenção redobrada para a mitigação de perdas no período pós-colheita”.
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Cesta básica tem queda de 2,18% em MT e atinge menor valor em três meses, R$ 820 I MT

A cesta básica em Cuiabá registrou uma queda de 2,18% na terceira semana de julho, conforme dados do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT (IPF-MT). O valor médio do mantimento ficou em R$ 820,17, representando uma redução de R$ 18, 30 em relação à semana anterior o menor patamar em mais de três meses.
Apesar do recuo, o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destaca que a cesta ainda se mantém em um nível elevado, pressionando o orçamento das famílias cuiabanas.
“Mesmo com a queda, o valor ainda está próximo dos R$ 820,00, o que é alto quando comparado ao mesmo período do ano passado, mesmo considerando a inflação”, avaliou Wenceslau.
Os itens com queda foram: A batata: R$ 3,94/kg (queda de 18,58%) — 5ª queda consecutiva, atribuída à colheita de inverno, o tomate R$ 8,96/kg (queda de 7,88%) — maior oferta devido à safra do período, feijão R$ 6,09/kg (queda de 2,17%) — menor valor desde 2022, com mais oferta no mercado local.
A análise do IPF-MT aponta que a maior disponibilidade de produtos no mercado tem ajudado a reduzir os preços, trazendo algum alívio ao consumidor. No entanto, a persistência de um patamar alto para o valor total da cesta ainda representa um desafio para as famílias da capital mato-grossense.
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Lançamento da 48ª Expointer destaca novidades e orgulho gaúcho

A 48ª Expointer foi lançada oficialmente nesta quinta-feira (17) em cerimônia na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
A feira acontece de 30 de agosto a 7 de setembro no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil (PEEAB), em Esteio, e este ano tem como slogan “Nosso futuro tem raízes fortes”.
“A Expointer é muito mais do que uma feira de negócios, ela é um encontro da alma do Rio Grande com o seu futuro. É onde nos reconectamos com as nossas raízes mais profundas, com a força do nosso campo, com os valores que construíram este estado. Mas não é um olhar nostálgico: é a inspiração no passado para mover o Rio Grande em direção a um futuro melhor. Porque o nosso futuro tem raízes fortes, e é nelas que buscamos a energia para transformar o presente com coragem, inovação e trabalho”, afirmou o governador Eduardo Leite.
O secretário da Agricultura, Edivilson Brum, destacou que a feira também será um espaço estratégico para avançar nas discussões sobre a renegociação das dívidas dos produtores rurais.
Segundo ele, a feira reunirá o melhor da agropecuária nacional, com destaque para a genética animal, máquinas, equipamentos e a presença marcante do gado de corte, leiteiro e dos cavalos de raça.
Além disso, a infraestrutura de acesso ao evento foi aprimorada. A conclusão do viaduto na BR-116 e o funcionamento normal do Trensurb devem facilitar a chegada ao parque de exposições, garantindo mais conforto aos visitantes.
Neste sentido, a novidade desse ano será o Expointer 360⁰, um mapa interativo com a utilização da GurIA, assistente virtual baseada em inteligência artificial (IA) generativa, lançada recentemente pelo governo do estado. Com ela, o usuário poderá navegar pelo Parque e saber como chegar em algum ponto determinado.
Prorrogação de dívidas
O governador do estado ressaltou que a Expointer cumpre um papel essencial de ser espaço de escuta, de diálogo e de construção de soluções para os produtores rurais gaúchos.
“Aqui se debatem políticas públicas, se compartilham experiências e se articulam avanços importantes como os que conseguimos este ano: o apoio do estado, por exemplo, com R$ 150 milhões para permitir a prorrogação de créditos via Banrisul, e a mobilização junto ao Congresso para garantir a securitização das dívidas do setor. Estar ao lado do produtor, especialmente nos momentos difíceis, é a responsabilidade que o governo do estado assume com firmeza e sensibilidade”, acrescentou.
Agricultura familiar na Expointer
A organização do evento destaca que o Pavilhão da Agricultura Familiar desta edição terá o maior número de participantes da história, com 456 empreendimentos, superando os 413 do ano passado.
“Os empreendimentos inscritos representam 196 municípios gaúchos, reforçando a presença da agricultura familiar em diferentes regiões do estado”, diz o site do evento.
Os ingressos para acesso à Expointer custam R$ 20 para pedestres; com meia-entrada (R$ 10) para pessoas acima de 60 anos, estudantes munidos de carteira oficial e pessoas com deficiência.
Crianças de até seis anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, não pagam.
O estacionamento para veículos custa R$ 50 (não inclui a entrada do motorista nem dos demais passageiros).
Em todos os dias do evento, a entrada de visitantes na feira é das 8h às 20h. As vendas antecipadas ainda não estão disponíveis.
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Colheita de algodão e milho segue atrasada ante a média dos últimos cinco anos

A colheita do algodão e do milho em Mato Grosso seguem tomando forças a cada semana. Contudo, quando comparado com o ciclo 2023/24 e a média das últimas cinco temporadas, é visível o atraso dos trabalhos nas lavouras.
Segundo relatório de colheita divulgado nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as máquinas alcançaram nesta semana 77,26% da área destinada para o milho, enquanto no algodão em 5,42%.
Para o milho a média dos últimos cinco anos é de 86,21% e no algodão de 14,68%, apontam os levantamentos das duas culturas.
Nesta mesma época do ano passado, Mato Grosso estava com 96,62% do milho colhido e 12,75% do algodão.
Médio-norte lidera no milho e nordeste no algodão
No que tange os trabalhos por região, no algodão o noroeste de Mato Grosso lidera com 22,39% da área colhida, seguido do sudeste com 7,65%. As regiões mais atrasadas na colheita da fibra são a noroeste com 2,92% e a oeste com 2,29%.
Já no milho, conforme o Imea, a liderança está com o médio-norte com 91,18% e o norte do estado com 86,17%. Na lanterna está a região sudeste com 44,29%.
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