O plantio da safra 2025/26 de soja avança em Mato Grosso, mas em diversas regiões as chuvas têm ocorrido de forma irregular, o que já provoca preocupação entre produtores e ameaça o desenvolvimento inicial das lavouras.
Segundo a consultoria Safras & Mercado, em Querência, no leste mato-grossense, a situação é a mais delicada. Segundo o Sindicato Rural do município, cerca de 95% da área estimada de 450 mil hectares já foi plantada, porém a ausência de precipitações consistentes vem levando muitos agricultores à necessidade de replantio.
O presidente do sindicato municipal, Osmar Frizo, relata que os talhões apresentam grandes diferenças de desenvolvimento por causa da irregularidade das chuvas. ”Tem lavouras que estão mais ou menos e outras que estão meio ruins. A situação está bem complicada”, afirma. Ele explica que algumas áreas estão há mais de 15 dias sem chuva, enquanto outras recebem volumes muito baixos, insuficientes para garantir o crescimento adequado das plantas.
Cerca de 10% das lavouras semeadas mais cedo já estão em floração, 80% seguem no estágio vegetativo e o restante ainda está em germinação. O atraso no desenvolvimento da soja também acende alerta para a próxima safra de milho. Segundo Frizo, aproximadamente 30% da área deve ficar fora da janela ideal de plantio da safrinha, com pelo menos 20% efetivamente desajustados em relação ao período recomendado. A tendência é de produtividade menor tanto para a soja quanto para o milho safrinha em comparação ao ciclo anterior.
No cenário estadual, levantamento de Safras & Mercado indica que o plantio de soja em Mato Grosso deve atingir 12,83 milhões de hectares em 2025/26, aumento de 1,7% sobre os 12,62 milhões de hectares do ciclo passado. Até a última sexta-feira (20), o estado havia semeado 20% da área prevista, acima dos 9% registrados no mesmo período do ano anterior, mas abaixo da média de 27,6% dos últimos cinco anos.
A produção projetada para 2025/26 é de 49,787 milhões de toneladas, queda de 2,1% frente às 50,855 milhões colhidas em 2024/25. O rendimento médio estimado é de 3.900 quilos por hectare, abaixo dos 4.050 quilos alcançados na safra anterior.
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