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. . . . . . . . . . . . . . . 10 de June de 2025

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Milho a R$ 40 a saca é reflexo de conjuntura internacional; o que esperar?

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O principal produtor de milho do mundo, os Estados Unidos, está com 93% da área prevista semeada. De acordo com o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA), 69% das lavouras se encontram com condições entre boas e excelentes.

Quanto ao mercado, após sucessivas quedas, os contratos futuros do cereal ensaiaram uma recuperação em Chicago na última semana, impulsionados por relatos de seca na China, outro importante produtor.

No Brasil, a B3 acompanhou esse movimento pontualmente, mas o mercado físico continuou travado, refletindo a cautela dos produtores e tradings. Por aqui, a a colheita da segunda safra avançou lentamente, com apenas 0,8% da área —abaixo dos 3,7% do mesmo período de 2024.

Em Chicago, o contrato de milho para julho de 2025 encerrou a US$ 4,42 por bushel, com leve recuo de 0,23% na semana. Na B3, o contrato com vencimento em julho de 2025 subiu 2,52%, encerrando a R$ 64,57 por saca.

Próximos passos do mercado do milho

A plataforma Grão Direto destaca os pontos que valem a pena ficar de olho no mercado do milho. Confira:

  • Demanda pressionada na 2ª safra: as estimativas de produção para o milho segunda safra no Brasil permanecem elevadas, com projeções que variam entre 105 e 108 milhões de toneladas. No entanto, apesar da perspectiva de boa oferta, o lado da demanda segue pressionado. Isso porque a indústria de proteína animal continua sendo a principal compradora, mas ainda sente os impactos dos embargos sanitários impostos após o caso isolado de gripe aviária em Montenegro (RS). O Brasil mantém restrições com cerca de 40 países, embora exista a expectativa de que o bloqueio ao estado do Rio Grande do Sul seja retirado já na próxima semana — o que pode reabrir parte da demanda externa.
  • Comportamento das usinas: no mercado doméstico, as usinas de etanol, tradicionalmente atuantes ao longo de todo o ano, vêm adotando uma postura mais cautelosa. Com estoques elevados e margens comprimidas, essas unidades estão comprando milho no curto prazo, em operações conhecidas como “da mão para a boca”. A Grão Direto pontua que a recente queda nos preços dos combustíveis, influenciada pela política de paridade da Petrobras e pela pressão do petróleo sobre o etanol, reduziu a competitividade do biocombustível. “Esse cenário limita o apetite das usinas e impede movimentos mais consistentes de alta nos preços do milho, mesmo com a demanda constante.”
  • Avanço da colheita: a colheita do milho segunda safra começa a ganhar ritmo no Centro-Oeste, apesar de chuvas pontuais que ainda podem causar atrasos localizados. A expectativa é de uma aceleração significativa dos trabalhos de campo nas próximas duas semanas. Com a entrada do milho no mercado, os preços já mostram sinais de recuo em algumas regiões. No norte de Mato Grosso — em praças como Sinop, Sorriso e Itanhangá — há relatos de negócios abaixo de R$ 40 por saca. A pressão decorre da combinação entre aumento da oferta e desalinhamento com a paridade de exportação (PPI).
  • Granjas estão pagando mais: enquanto em parte do Centro-Oeste a remuneração tem sido baixa, granjas do Sul e Sudeste continuam pagando valores superiores à referência de exportação, o que evidencia uma demanda ainda firme por parte da indústria de proteína animal. “Porém, no cenário externo, acordos recentes entre os Estados Unidos e países asiáticos — tradicionais clientes do milho brasileiro — elevam a competitividade no mercado internacional e tendem a pressionar ainda mais os preços de exportação do milho nacional”. Assim, mesmo com as granjas das duas regiões comprando bem, o mercado do milho segue pressionado.

“A colheita está ganhando ritmo, tem muito milho entrando no mercado e, ao mesmo tempo, as usinas de etanol estão comprando pouco. Lá fora, o Brasil está enfrentando mais concorrência de outros exportadores, o que também pesa nos preços”, resume a plataforma.

Diante de todos esses fatores, a tendência é que o produtor de milho tenha de encarar uma semana de preços mais baixos e instáveis, sem muito espaço para reação no curto prazo.

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confira os preços às vésperas do relatório do USDA

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O mercado brasileiro de soja teve um começo de semana de preços pouco alterados e comercialização em ritmo calmo.

Segundo o consultor de Safras & Mercado Rafael Silveira, houve poucas mudanças nos preços, já que o dólar e a Bolsa de Chicago não inspiraram alterações.

“A expectativa está para a divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na quinta-feira (12). O spread ainda está alto entre o comprador e vendedor”, destaca.

Preços da saca de soja

  • Passo Fundo (RS): permaneceu em R$ 130
  • Santa Rosa (RS): ficou em R$ 131
  • Porto de Rio Grande: avançou de R$ 134 para R$ 135
  • Cascavel (PR): seguiu em R$ 129
  • Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 134 para R$ 135
  • Rondonópolis (MT): seguiu em R$ 117
  • Dourados (MS): ficou em R$ 120,50
  • Rio Verde (GO): permaneceu em R$ 119,50

Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira em baixa. O dia foi de volatilidade.

Segundo Silveira, as chuvas sobre as regiões produtoras dos Estados Unidos beneficiam as lavouras e adicionam pressão sobre os preços.

“Os investidores acompanham de perto as negociações iniciadas hoje entre China e Estados Unidos em torno das tarifas comerciais. A possibilidade de avanço nas conversas limitou a pressão sobre as cotações.”

Relatório do USDA

Para o analista, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá, no seu relatório de 12 de junho, indicar um pequeno corte na produção de soja norte-americana em 2025/26. No entanto, os estoques devem ser revisados para cima.

Analistas consultados pelas agências internacionais indicam que o número para a safra norte-americana em 2025/26 deverá ficar em 4,338 bilhões de bushels, contra 4,340 bilhões previstos em maio.

Para os estoques de passagem, a previsão é de um número de 302 milhões de bushels para 2025/26, contra 295 milhões projetados em maio. Para 2024/25, a aposta é de um aumento, passando dos 350 milhões indicados em maio para 352 milhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 123,1 milhões de toneladas. Em maio, o número ficou em 123,2 milhões.

Segundo o mercado, a indicação do USDA para 2025/26 deverá ser de 124,6 milhões de toneladas, contra 124,3 milhões projetados em maio.

O USDA deverá elevar a estimativa para a safra do Brasil em 2024/25 de 169 milhões para 169,2 milhões de toneladas. Já a estimativa para a Argentina deverá ser mantida em 49 milhões de toneladas.

Contratos futuros da soja

cotação preço soja queda Chicago
Foto: Reprodução
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 1,25 centavo de dólar ou 0,11% a US$ 10,56 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,30 3/4 por bushel, perda de 6,25 centavos ou 0,60%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 0,20, ou 0,06%, a US$ 295,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 47,38 centavos de dólar, com perda de 0,12 centavo ou 0,25%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,13%, sendo negociado a R$ 5,5616 para venda e a R$ 5,5596 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5522 e a máxima de R$ 5,5987.

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Governo aumenta em 4% os recursos do Funcafé para a safra 25/26

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O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou o direcionamento e a contratação de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), destinados ao financiamento da cafeicultura no ano safra 2025/2026, no montante de R$ 7,18 bilhões.

A medida foi publicada em portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) desta segunda-feira (9). Comparado ao ano-safra anterior, quando foram disponibilizados R$ 6,9 bilhões, o aumento é de cerca de 4%.

Nos anos-safra anteriores, os recursos somaram R$ 6,3 bilhões em 2023/2024 e R$ 6 bilhões em 2022/2023. No acumulado, comparando este ano com o do exercício de 2022, o crescimento é de cerca de 20%.

“Este [novo] valor reforça o compromisso do governo do presidente Lula com a cafeicultura brasileira, regulamentando a aplicação de um volume recorde de recursos do Funcafé”, declarou o ministro do Mapa, Carlos Fávaro.

De acordo com ele, a iniciativa dá seguimento à trajetória de sucessivos recordes anuais para impulsionar o desenvolvimento do setor. “Também estamos empenhados em garantir a liberação ágil e eficiente para apoiar o produtor.”

Para o exercício de 2025, foram destinados mais de R$ 1,81 bilhão para custeio; mais de R$ 2,59 bilhões para comercialização; e mais de R$ 1,68 bilhão para financiamento na aquisição de café.

Além disso, em nota, o Mapa lembra que mais de R$ 1 bilhão de crédito foram designados para capital de giro para indústrias de café solúvel e de torrefação de café e para cooperativa de produção. “Também será concedido crédito para a recuperação de cafezais danificados, mais de R$ 31 milhões”, diz o Ministério, em nota.

Segundo a pasta, os recursos serão distribuídos entre as instituições financeiras integrantes do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) que estejam autorizadas a operar os recursos do Funcafé.

Aos interessadas em se credenciar junto ao Fundo a fim de operacionalizar os recursos para a safra 2024/2025, devem seguir os procedimentos de edital a ser publicado pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa.

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Chuvas intensas preocupam produtores de soja e colocam reta final da colheita em alerta

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A atuação persistente da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) continua direcionando instabilidades para o extremo Norte do país. Em Roraima, produtores de soja devem se preparar para um cenário de chuva frequente e acumulados expressivos ao longo dos próximos 15 dias.

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Nesta semana, já são esperados volumes de até 45 mm, e, ao fim do período, o acumulado pode ultrapassar os 80 a 100 mm em algumas localidades. Esse excesso de umidade pode ser prejudicial à cultura da soja, dependendo da fase de desenvolvimento e das características do solo.

Enquanto isso, o cenário é mais estável em outras regiões produtoras. No Centro-Oeste, Matopiba, além de partes de São Paulo e Minas Gerais, a colheita deve seguir sem grandes interrupções provocadas pela chuva nas próximas duas semanas.

Atenção redobrada, produtores de soja do Sul!

No Sul, no entanto, o tempo volta a preocupar. Entre os dias 15 e 19 de junho, há previsão de retorno das pancadas, com acumulados entre 100 e 125 mm. A semana também será marcada por frio intenso, com amanheceres gelados, o que exige atenção redobrada dos produtores. A umidade elevada pode impactar negativamente a segunda safra, especialmente se houver paralisações prolongadas nas atividades de campo.

Litoral

Já no litoral nordestino, as ondas de leste, nuvens carregadas vindas do oceano, continuam atuando. Entre os dias 20 e 24 de junho, a chuva se concentra principalmente no litoral, com pancadas no período da tarde e acumulados que podem somar 45 mm em cinco dias. A costa norte e parte do interior do Nordeste também estão nesse cenário.

Na região central do Brasil, o tempo seco predomina. Isso favorece o andamento tranquilo da colheita do algodão e do milho segunda safra, que seguem sem maiores riscos climáticos neste momento.

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