Sustentabilidade
Mais Verde, Mais Produtivo: como a indústria de nutrição vegetal avança após o marco dos bioinsumos – MAIS SOJA

A aprovação da Lei nº 15.070, de 23 de dezembro de 2024, instituiu no Brasil o marco legal dos bioinsumos, regulamentando sua produção, uso e manejo biológico on farm e ratificando o Programa Nacional de Bioinsumos. Esse avanço normativo cria condições para que as indústrias representadas pela Abisolo — fabricantes e importadores de fertilizantes minerais, organominerais, orgânicos, biofertilizantes, condicionadores de solo de base orgânica, substratos para plantas, insumos biológicos e adjuvantes — acelerem o desenvolvimento de soluções que conjuguem produtividade agrícola, conservação de recursos naturais e transição energética. Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, a agricultura brasileira demonstra que inovação e sustentabilidade podem caminhar lado a lado.
Relatórios da FAO indicam que 33 % dos solos do planeta apresentam algum grau de degradação causada por erosão, compactação ou contaminação; esses solos empobrecidos sequestram menos carbono e agravam eventos climáticos extremos. Para reverter esse cenário, as empresas associadas à Abisolo destinam, em média, 2,8 % de seu faturamento anual a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, criando tecnologias capazes de estimular a microbiota, aumentar a matéria-orgânica e recuperar áreas degradadas, em sintonia com práticas como plantio direto e rotação de culturas. Os resultados já aparecem: o Anuário 2025 registrou crescimento de 18,9 % no mercado de fertilizantes especiais, que alcançou R$ 26,9 bilhões, enquanto os segmentos de biofertilizantes e fertilizantes minerais especiais avançaram 1,4% e 30,7 %, respectivamente.
A mesma lógica de eficiência se estende ao uso da água. Insumos de alta tecnologia reduzem perdas por lixiviação, melhoram a retenção de umidade no solo e diminuem a necessidade de irrigação suplementar, contribuindo para que o campo consuma menos recursos hídricos. Ao mesmo tempo, o novo marco dos bioinsumos impulsiona cadeias de bioenergia, facilitando o aproveitamento de resíduos agrícolas em biodigestores que produzem biogás e biometano, fontes renováveis alinhadas às metas de neutralidade de emissões.
Neste dia de reflexões, o Dia Mundial do Meio Ambiente coloca em pauta as ações em prol da mudança estrutural. Cabe ao governo garantir políticas estáveis e incentivos, à academia avançar no conhecimento científico e à indústria manter a inovação viva, adotando economia circular e diminuindo a geração de resíduos. À população, resta reconhecer que solo fértil, água limpa e energia sustentável são patrimônios comuns, cuja preservação depende das escolhas de consumo, descarte e apoio a práticas agrícolas responsáveis.
Ao olhar para 2025, fica evidente que o campo brasileiro tem potencial para liderar a produção de alimentos e energia com baixo impacto ambiental. Com segurança jurídica para os bioinsumos, investimentos constantes em PD&I e comprometimento com a sustentabilidade, a indústria de nutrição vegetal reafirma seu papel estratégico: alimentar o planeta, proteger o solo, economizar água, reduzir emissões e transformar desafios ambientais em oportunidades de prosperidade compartilhada.
Clorialdo Roberto Levrero
Presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo
Sobre a Abisolo
A Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) foi fundada em outubro de 2003 com o objetivo de representar e defender os interesses das empresas produtoras e importadoras de importantes insumos que colaboram para o aumento da qualidade, da produtividade e da sustentabilidade da agricultura brasileira.
A entidade congrega fabricantes e importadores de fertilizantes minerais, organominerais, orgânicos, biofertilizantes, condicionadores de solo de base orgânica, substratos para plantas, insumos de base biológica e adjuvantes.
Reunindo mais de 140 empresas associadas, participa ativamente das discussões de temas de interesse do setor junto aos diversos Ministérios e Secretarias, Órgãos de Controle e Fiscalização Ambiental, Instituições de Pesquisa, Receitas Estadual e Federal, além de outras entidades representativas de diferentes setores da sociedade civil organizada, buscando sempre a competitividade, a liberdade econômica e a valorização dos segmentos que representa.
Acesse os canais de comunicação da Abisolo nos links abaixo:
www.abisolo.com.br
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Instagram: @abisolo_nutricao_vegetal
Fonte: Assessoria de Imprensa Abisolo
Sustentabilidade
Lagartas se adaptaram aos sistemas e avançam em toda a fronteira agrícola, frente a resistência às biotecnologias – MAIS SOJA

Lagartas de controle complexo, como Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea, estão cada vez mais adaptadas aos cultivos e boa parte dos agricultores necessita mudar comportamentos, com objetivo de conter perdas à produção de grãos. A avaliação vem do pesquisador Eduardo Barros, da Supera Soluções Agronômicas, consultoria atuante nos estados da Bahia, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, do Maranhão e Piauí.
Para Barros, uma das principais fontes de preocupação de especialistas em controle de pragas diz respeito a cenários em que o produtor “não leva em conta a importância econômica associada àquelas lagartas cujo alvo são as estruturas reprodutivas dos cultivos.”
Conforme Barros, há casos conhecidos nos quais produtores fizeram uma boa adubação, uma boa compra de sementes, o manejo de doenças, mas descuidaram das lagartas. Quando perceberam, o prejuízo estava instalado e as perdas se situaram entre dez e 15 sacas de soja por hectare, ele comenta.
“A Spodoptera e a ‘zea’ comem espiga de milho, estrutura reprodutiva de algodão, vagens de soja. São silenciosas, podem agir sem serem vistas.”
“Biotecnologias transgênicas Bt, Cry e VIP e inseticidas contribuíam bastante no controle de lepidópteros em geral. Mas a quebra de resistência dessas tecnologias enseja hoje medidas precisas voltadas ao manejo eficaz de ‘lagartas de estruturas reprodutivas’, principalmente de Spodoptera e ‘zea’”, continua o consultor “Elas não estão comendo ‘somente’ folhas, estão comendo o que os produtores vendem, o produto final”, reforça Barros.
Segundo ele, a intensificação de perdas ocasionadas por essas lagartas foi observada primeiro na Bahia, Piauí e no Maranhão. Hoje, ele diz, se constata a disseminação de ambas as espécies em quase todas as áreas de soja, milho e algodão, como Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A receita: conhecer o inimigo, inseticidas, ‘atrai-mata’ e vírus eficazes
Segundo Barros, frente ao avanço das lagartas no país o primeiro ponto a ser considerado pelo produtor é “aceitar que as tecnologias não são mais iguais”.
“Há plantas transgênicas deixando de funcionar e inseticidas entregando bem menos. Uma das ferramentas de que o agricultor dispõe é fazer um bom monitoramento, para ‘conhecer seu inimigo’”, salienta Barros. “Recomendamos ainda adotar o recurso das armadilhas com atrativos alimentares (‘atrai-mata’), capazes de apontar as espécies e a população de lagartas presentes em determinada área, idealmente antes da emergência da cultura”, ele observa.
“Atacar fêmeas adultas antes de elas colocarem ovos é melhor do que ‘brigar’ com milhões de lagartas depois”, justifica Barros. Esse conceito, ele esclarece, pressupõe o emprego de produtos que contêm extratos de plantas associados a 2% de inseticidas químicos. “A solução atrai às mariposas, que ao ingerir os compostos morrem antes de colocar ovos na lavoura. Consequentemente, evita-se o nascimento de populações de lagartas em nível de dano econômico.”
Por meio do monitoramento, complementa o pesquisador, o produtor também consegue avaliar quando deve entrar na lavoura com outros tratamentos específicos, para ter bom controle, frente à presença de populações mais representativas de lagartas nos cultivos.
Quanto aos principais tratamentos recomendados na contenção de populações de Spodoptera frugiperda e Helicoverpa zea, Barros tem obtido resultados favoráveis ancorados na rotação entre inseticidas químicos, com diferentes ingredientes ativos, além da inserção de produtos biológicos no manejo.
“Para essas espécies de lagartas, notamos que os vírus, ou baculovírus, pela sua especificidade e potência, vêm sendo altamente eficazes”, conclui Eduardo Barros.
Fonte: Assessoria de Imprensa Supera Soluções Agronômicas
Sustentabilidade
Mercado de fertilizantes especiais cresce quase 19% e ganha espaço entre pequenos produtores – MAIS SOJA

O setor de fertilizantes especiais vive um momento de forte expansão no Brasil. Segundo dados da Abisolo (Associação Brasileira de Tecnologia em Nutrição Vegetal), o segmento alcançou um faturamento de R$ 26,9 bilhões em 2024, um avanço de 18,9% em relação ao ano anterior. O destaque vai para os fertilizantes minerais especiais, que cresceram 30,7% no faturamento. A tendência é de que o ritmo continue forte em 2025, impulsionado pela busca por tecnologias que aumentem a eficiência, a rentabilidade e a sustentabilidade no campo. Clorialdo Roberto Levrero, presidente do Conselho Deliberativo da Abisolo, diz que o avanço está diretamente ligado ao investimento em pesquisa e desenvolvimento, que torna os fertilizantes mais eficientes e adaptados à realidade do agricultor brasileiro — do pequeno ao grande produtor.
De acordo com Levrero, os fertilizantes especiais se diferenciam dos convencionais por sua capacidade de potencializar a absorção de nutrientes com doses menores. Isso se traduz em menor impacto ambiental e maior produtividade. “Estamos extraindo menos do ambiente e jogando menos nele. Com isso, economizamos áreas de plantio e ampliamos a rentabilidade do produtor”, afirma.
As principais culturas beneficiadas são a soja, com cerca de 40% do volume, seguida por milho, café, cana-de-açúcar, frutas, hortaliças e algodão. A cana, inclusive, foi apontada como a cultura que mais evoluiu no uso da tecnologia nos últimos anos. Outro ponto de destaque é o uso crescente da fertirrigação e da aplicação dos fertilizantes via sementes, técnicas que cresceram mais de 35% em 2024.
Essas práticas respondem a um cenário cada vez mais desafiador de mudanças climáticas, exigindo tecnologias que permitam melhor aproveitamento da água e adaptação das plantas a estresses abióticos. Uma das grandes conquistas do setor, segundo o presidente da Abisolo, é a democratização do acesso às tecnologias, antes vistas como exclusivas para grandes produtores. Hoje, até propriedades com estrutura mais simples conseguem aplicar fertilizantes especiais com bons resultados econômicos e técnicos.
A Fecoagro, em Santa Catarina, foi pioneira no lançamento de fertilizantes especiais e exclusivos. Hoje, disponibiliza ao mercado a linha Nobre, com micronutrientes e algas marinhas; o Nitrogênio Cooper N; e o Cooperpasto, que têm proporcionado excelente custo-benefício a quem os utiliza. Também oferece o organomineral Fertimais, turbinado e com resultados comprovadamente positivos no campo.
Em menos de três anos, os fertilizantes diferenciados produzidos pela Fecoagro passaram por uma inversão de demanda. Antes, apenas 20% das vendas correspondiam aos fertilizantes especiais, enquanto 80% eram dos convencionais – os chamados “canela seca”. No ano passado, a produção de fertilizantes especiais ultrapassou os 80%, comprovando sua eficiência e a preferência crescente, inclusive entre os pequenos agricultores de Santa Catarina.
Fonte: Fecoagro com informações GlobalFert
Autor:Fecoagro com informações GlobalFert
Site: Fecoagro
Sustentabilidade
Chicago/CBOT: A soja fechou em alta com melhor competitividade do grão americano – MAIS SOJA

Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 06/06/2025
FECHAMENTOS DO DIA 06/06
O contrato de soja para julho, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,52%, ou $ 5,00 cents/bushel a $ 1057,25. A cotação de agosto, fechou em alta de 0,38% ou $ 4,25 cents/bushel a $ 1050,75. O contrato de farelo de soja para julho fechou em baixa de -0,47% ou $ -1,4 ton curta a $ 295,7 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 1,82 % ou $ 0,85/libra-peso a $ 47,50.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou o dia e a semana em alta. As cotações da oleaginosa ganharam folego, após os preços atingirem uma mínima de sete semanas. O mercado fez compras de oportunidades baseado no clima chuvoso no cinturão da soja e milho dos EUA e uma recente melhora na demanda, onde a desvalorização do dólar frente outras moedas e os baixos preços melhoraram a competitividade do grão americano.
No mercado americano, o receio e a esperança são igualmente grandes, sobre a conversa de quinta-feira entre os presidentes Trump e Xi e a rodada de negociação prevista para essa segunda-feira. Esperança de um avanço efetivo nas conversas antes da colheita da soja americana e receio visto as diversas vezes que forma vistos recuos nas questões tarifárias. Com isso a soja fechou acumulado da semana em alta de 1,49% ou $ 15,50 cents/bushel. O farelo de soja caiu -0,20% ou $ -0,6 ton curta. O óleo de soja ganhou 1,30% ou $ 0,61 libra-peso no período.
Análise semanal da tendência de preços
Fatores de alta
a) Recuperação do óleo de soja: A soja encerrou a sessão e a semana com preços em alta em Chicago, após registrar sua quarta sessão positiva consecutiva. Entre os fatores que influenciaram a melhora estão a recuperação do valor do óleo de soja — a posição de julho hoje somou US$ 18,74, fechando em US$ 1.047,18
b) Valorização do real (altista para a CBOT, baixista para o Brasil): A valorização do real frente ao dólar, que se consolidou na semana — superando 2,5% — o que não só reduziu a competitividade das exportações brasileiras, como também enfraqueceu os incentivos de venda para produtores que acabaram de colher suas safras.
c) Rumores de aumento da demanda, foi uma ótima notícia para o mercado americano, que, repentinamente e em meio às tensões comerciais, se sentiu mais competitivo, pelo menos enquanto as tarifas chinesas permanecerem nos atuais 10%. O relatório semanal sobre exportações, para o período de 23 a 29 de maio, uma vez que a USDA aliviou as vendas 2024/2025 por 194.300 toneladas, acima das 146.000 toneladas do relatório anterior e dentro da faixa calculada pelos operadores, que foi de 100.000 a 500.000 tons.
d) No Brasil, a disputa entre exportadores e indústrias está puxando levemente para cima os preços da soja no interior do país. Nesta semana, os agricultores venderam muito lentamente: apenas 2 milhões de toneladas. Na Argentina foi o contrário, dado os tamanhos das respectivas safras: 1,8 MT em 4 dias. Mas, no total do ano, o Brasil está exportando 15,8% a mais que o ano passado, contribuindo para puxar os preço.
Fatores de Baixa
a) Safra maior na Argentina: Bolsa de Cereais de Buenos Aires confirmou ontem sua previsão de uma safra de 50 milhões de toneladas, contrariando o mercado, que previa perdas após os recentes eventos de chuvas excessivas e áreas alagadas.
b) Frágil relação comercial EUA-China: Com respeito à relação comercial entre os Estados Unidos e a China, além da conversa telefônica mantida ontem pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping, há poucas novidades sob o sol, apenas a promessa de novas negociações.
Fonte: T&F Agroeconômica
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