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Técnica aumenta produtividade de citros em 1/3 e reduz podridão floral em 30%

A fertirrigação consiste na aplicação de fertilizantes com água de irrigação. Pesquisa em desenvolvimento há quatro anos no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) em parceria com a Yara Brasil tem alcançado resultados promissores na citricultura.
Segundo os dados preliminares do estudo, que tem o objetivo de avaliar os benefícios da aplicação de nitrato de cálcio isolado ou combinado com nitrato de amônio em pomares fertirrigados, a técnica gera aumento de produtividade, redução do uso de fungicidas e contribui, ainda, para diminuir a podridão floral na cultura.
O gerente sênior de agronomia da empresa, Leandro Soares, afirma que a técnica pode ser feita até mesmo diariamente, nutrindo a planta durante todo o processo produtivo.
“Com o nitrato de cálcio em citros, tivemos nesse estudo o aumento da produtividade em um terço. Lembrando que o cultivo fertirrigado já é de alto patamar produtivo, então conseguir aumentar nessa proporção é ainda mais significativo. Tivemos, na mesma ordem de grandeza, a redução de doenças.”
O estudo revela que o uso adequado de nitrato de cálcio na fertirrigação de citros contribui para o aumento da estrutura reprodutiva das plantas, além de reduzir a necessidade de fungicidas e diminuir a incidência de podridão floral em, aproximadamente, 30%.
O que é a podridão floral?
Popularmente conhecida como estrelinha, a podridão floral provoca a queda prematura de frutos cítricos e gera perdas de até 80% na produtividade.
Conforme pesquisas da Embrapa, a doença é causada por fungos que sobrevivem entre as floradas. Com as chuvas, a água transporta os extratos das flores para as folhas, estimulando o fungo a produzir esporos que são carregados das folhas para as flores, dando início às infecções.
O pesquisador Dirceu Mattos Junior, do Centro de Citricultura do IAC, revela que os estudos com o uso de cálcio para controle da doença começaram no fim da década de 1990.
“Parte dos tratamentos que eram testados e que nós estudávamos, aqueles que tinham recebido um tanto mais de cálcio via fonte nitrato de cálcio, nós tínhamos menos doença e isso nos chamou a atenção e nos deu a oportunidade de continuar esses estudos em diferentes etapas até chegar nesse último que durou quatro anos. Então nós temos vários anos de trabalho estabelecidos no campo.”
De acordo com ele, ainda que não seja uma vitória definitiva sobre a podridão floral, o estudo é um avanço na cultura dos citros ao mostrar a eficiência do cálcio para a resistência e o nitrogênio para o crescimento das plantas.
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Milho segue em queda no Brasil

No Brasil, os preços do milho seguem em queda, movimento que vem sendo verificado desde meados do mês de abril. É isso que apontam os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo o Centro de Pesquisas, a baixa está atrelada ao fato de os compradores estarem afastados do mercado, aguardando por novas desvalorizações. A expectativa dos demandantes se dá pelo início da colheita do milho segunda safra, e pelas limitações na capacidade de armazenagem. A Conab estima produção de 99,8 milhões de toneladas, 11% acima da safra anterior.
Além disso, pesquisadores do Cepea explicam que as recentes quedas do dólar e dos preços externos reduzem a paridade de exportação. Assim, reforçam a pressão sobre as cotações domésticas.
Quanto aos embarques brasileiros do cereal, em maio, o volume enviado ao exterior limitou-se a 39,92 mil toneladas. Sendo assim o valor segue bem abaixo das 413 mil toneladas registradas em maio de 2024, conforme dados da Secex analisados pelo Cepea.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
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nem mesmo a pressão do dólar ‘freia’ a soja no Brasil

Mesmo com um cenário global marcado por fundamentos baixistas, os negócios no mercado de soja continuam avançando no Brasil. Os produtores, bem capitalizados, vêm aproveitando janelas de oportunidade, impulsionados pelos prêmios elevados nos portos e pela cotação de Chicago, que permanece acima do esperado. O dólar, contudo, segue pressionado.
Segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado, até o dia 6 de junho, a comercialização da safra 2024/25 atingia 64% da produção estimada, ante 57% no relatório anterior, de 9 de maio. No mesmo período do ano passado, o volume negociado era de 71,8%, e a média dos últimos cinco anos é de 76,9%. Considerando uma produção estimada em 172,45 milhões de toneladas, já foram comprometidas 110,35 milhões de toneladas.
Projeções para o mercado
Quanto à safra 2025/26 da commodity, com projeção de 182,57 milhões de toneladas, a comercialização antecipada alcança 10,8%, cerca de 19,73 milhões de toneladas. No ano anterior, a antecipação era de 14,6%, com média de 20,6% para o período. Em 9 de maio, o índice era de 7,9%.
Maior safra de soja do Brasil
O mercado se ajusta à entrada da maior safra da história do Brasil ao mesmo tempo em que cresce a expectativa de nova expansão de área na próxima temporada. Na Argentina, apesar de adversidades pontuais, a colheita segue para a conclusão, com perspectiva de safra cheia.
USDA
Nos Estados Unidos, mesmo com o corte na área de plantio, os trabalhos no campo avançam de forma regular, e 67% das lavouras apresentam condições entre boas e excelentes. O foco agora se volta para os próximos relatórios do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o mensal de oferta e demanda, no dia 12, e o de área plantada, em 30 de junho. A expectativa é saber se os cortes na área plantada se confirmam.
Os negócios entre EUA e China
Além disso, o mercado acompanha de perto a política comercial dos Estados Unidos, especialmente as negociações com a China, maior importadora global de soja. Apesar da demanda americana ainda fraca, a semana trouxe sinais positivos com a retomada do diálogo entre Donald Trump e Xi Jinping.
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Fávaro realiza visita à cooperativa e empresa de azeite; agenda termina neste domingo

Iniciou neste sábado (7) a missão oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a Portugal, conduzida pelo ministro Carlos Fávaro, com o compromisso de fortalecer as relações comerciais e do agronegócio entre os dois países. A primeira atividade da missão foi a visita de campo à Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches e à empresa de produção e transformação de azeites, Lagar do Vale.
Durante a visita, o ministro Fávaro destacou a medida anunciada este ano pelo governo brasileiro para reduzir tarifas de importação de diversos produtos, incluindo o azeite de oliva. “A boa relação comercial tem que ser de mão dupla: vá vender, mas esteja disposto a comprar também. Em março, tomamos a decisão governamental de eliminar a tarifa de importação de 9,2% para o azeite de oliva. Hoje, Portugal pode vender azeite para o Brasil com tarifa zero”, afirmou.
Fávaro ressaltou ainda que a missão a Portugal deve abrir novas oportunidades para ambos os países. “Uma das missões que o presidente Lula me deu foi ampliar novos mercados para os produtos da agropecuária brasileira e transformar isso em oportunidades comerciais”, destacou o ministro.
O secretário de Estado da Agricultura de Portugal, João Moura, também comentou o potencial da parceria. “Olhamos para o Brasil como um grande país de oportunidades e irmão, que pode nos ajudar não só na relação estreita que temos com a África, como com outros países da Europa. Essa visita do ministro Carlos Fávaro pode traduzir essa intenção”, afirmou.
Para o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Hugo Caruso, a visita é de grande importância para o setor da olivicultura brasileira.
“Foi possível verificar a excelência da produção portuguesa de azeites e como isso pode ser levado ao Brasil, que é um produtor recente de azeite de oliva e precisa trocar experiências para se desenvolver. Quanto mais aproximação, maior o ganho para o setor e para o aumento da produção nacional”, explicou.
Brasil e Portugal mantêm diversos Memorandos de Entendimento para cooperação, sendo o mais recente assinado em fevereiro deste ano, durante a visita do presidente da República Portuguesa ao Brasil.
Visita à feira
No domingo (8), a agenda inclui visita à Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, onde será inaugurado o estande do Brasil. Além disso, o ministro acompanhará o colega português na visita à fábrica de queijos da empresa Lactogal.
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