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Mato Grosso vai sediar evento nacional destinado a 800 mulheres do agronegócio

Com uma programação abrangente e mais de 20 palestras e paineis de debate, o Encontro Elas no Campo vai movimentar a capital mato-grossense nos dias 26 e 27 de junho.
Consolidado como o maior evento dedicado às mulheres do agronegócio no Centro-Oeste e um dos melhores do país quando o assunto são as temáticas de gestão e liderança, o evento já reuniu mais de 2.200 participantes nas outras quatro edições realizadas, atuando na promoção de conexões, conhecimento e no fortalecimento do protagonismo feminino no setor agropecuário. Para esta edição, são esperadas 800 participantes.
A programação de 2025 foi cuidadosamente elaborada para manter o equilíbrio entre temas técnicos como tecnologia, reforma tributária e inteligência artificial e as pautas de cotidiano pessoal e profissional, como saúde mental, liderança, propósito e espiritualidade. Entre os destaques da programação, estão as palestras magnas, que abrem e encerram o evento e serão conduzidas por renomadas personalidades do cenário nacional.
Para abrir o evento, a jornalista e comentarista econômica Thais Herédia sobe ao palco para ministrar a palestra magna com tema: “O Brasil no cenário global: riscos e oportunidades”. Com vasta experiência na cobertura política e econômica, Thais Herédia oferecerá uma análise aprofundada sobre o papel do Brasil no atual contexto internacional.
O encerramento da programação, no segundo dia, será realizado pela comunicadora, empresária e influenciadora Mônica Salgado, com a palestra magna “Inspirando mulheres para o sucesso”. Em sua exposição, Mônica pretende provocar reflexões sobre autenticidade, posicionamento e coragem para que as mulheres ocupem espaços de liderança.
Entre os dois grandes momentos, a extensa programação contará com palestras e paineis simultâneos, além de dois paineis magnos previstos para o dia 27 de junho. O primeiro deles, intitulado “A mulher à frente das entidades do Agro”, reunirá lideranças como Lisiane Czech, Simone Carvalho, Juliana Bortolini, Karine Inês e Gabriela Resende Tomain, que atuará como mediadora deste painel.
Para Gabriela Tomain, que atualmente é secretária-geral e conselheira da Comissão Famato Mulher, o painel será um momento de compartilhar histórias e experiências. “É à frente das entidades, que nós construímos e fortalecemos o legado do campo. Geração após geração, temos inovado e nos fortalecemos mutuamente. O campo é isso: estar pronto para os desafios, não abaixar a cabeça quando as coisas parecem difíceis e acreditar que, assim como uma plantação, o dia pode amanhecer melhor e florescer”, comenta Gabriela.
O segundo painel magno, “A coragem da mulher na construção de uma nova sociedade”, contará com a participação de Mônica Monteiro, Alessandra Zanotto, Camila Schweizer e mediação de Teresa Vendramini, reforçando o papel da mulher como agente de transformação no campo e na sociedade.
Teresa Vendramini, empresária rural e pecuarista, foi a primeira mulher a assumir a presidência da Sociedade Rural Brasileira (SRB). Para ela, o momento será de diálogo e união. “Vamos mostrar para as mulheres que, acima de tudo, devemos dialogar e construir juntas a possibilidade de avançarmos cada vez mais”, afirma. “Não apenas o painel, mas todo o evento evidencia como é importante estarmos unidas, em grupos. Esse evento demonstra muito isso: o poder de estarmos todas juntas, caminhando lado a lado, uma apoiando a outra. Eu acredito que isso faz uma diferença muito grande para as mulheres”, conclui Teresa.
PROGRAMAÇÃO DEFINIDA COM PESQUISAS E MUITO CRITÉRIO
Todo o cuidado na curadoria dos temas e convite aos convidados que participam do evento passa pela atuação direta da idealizadora Lorena Lacerda, que coordena o comitê responsável pela definição do conteúdo, composto por 10 mulheres de vários estados brasileiros.
“Nós nos reunimos para analisar a pesquisa de satisfação realizada com as participantes da edição anterior. Assim, sabemos o que elas mais apreciaram e quais outros temas gostariam de ver no Encontro seguinte. Então, já surgem uma série de assuntos interessantes”, explica Lorena.
O processo de escolhas, segundo Lorena, leva aproximadamente seis meses e envolve muitas pesquisas, reuniões e escutas. A empresária detalha ainda o rigor e a profundidade adotados para a seleção dos assuntos que estarão na programação. “Realizamos pesquisas junto às entidades relacionadas ao agro para entender quais temas consideram mais relevantes, ou ainda, quais casos de gestão, governança e liderança seriam interessantes trazermos para o evento. São muitos encontros, muitas conversas, ouvindo diversas entidades e profissionais do agro de todo o país, mas, claro, principalmente de Mato Grosso, para que possamos desenhar a programação de forma assertiva. É assim que, a cada ano, conseguimos inovar e trazer conteúdos relevantes para as mulheres”, conclui.
O Encontro Elas no Campo tem o lucro excedente revertido ao Instituto Viva o Despertar, que promove terapias complementares de graça para mulheres que enfrentam tratamentos de câncer de mama. Atualmente, cerca de 40 mulheres frequentam a unidade do IVD, localizada em Cuiabá.
Para mais detalhes do evento e a programação completa, acesse o seguinte endereço eletrônico: elasnocampo.com.br
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Único sobrevivente de grupo resgatado nas queimadas, filhote de tamanduá se prepara para voltar à natureza em MT | MT

Bandeirinha, um filhote de tamanduá-bandeira, é o único sobrevivente entre oito animais resgatados durante as queimadas que atingiram o estado.
Bandeirinha, um filhote de tamanduá-bandeira, é o único sobrevivente entre oito animais resgatados durante as queimadas que atingiram Mato Grosso em setembro de 2024, está pronto para ser reintroduzido à natureza. Agora com 10 meses, o animal está em fase de aclimatação na unidade da Ampara Silvestre, localizada na Transpantaneira, onde desenvolve seus instintos naturais antes de voltar à vida selvagem.
Resgatado com cerca de dois meses de idade, Bandeirinha foi levado em estado crítico ao Hospital Veterinário (Hovet) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Com queimaduras de terceiro grau nas quatro patas, desidratação extrema e anemia severa, ele necessitou de cuidados intensivos logo na chegada.
Segundo a médica veterinária Danielle Ferreira, responsável pelo tratamento, o estado do animal era grave. Ele teve as camadas de tecidos e pele destruídas, sendo necessário a troca de curativos por 42 dias para garantir a limpeza adequada aliada ao uso de pomadas para queimaduras.
Nos primeiros dias, o quadro clínico se agravou com sinais de choque séptico. “Foi necessário o uso de antibióticos potentes, porque a infecção era causada por uma bactéria multirresistente. Também aplicamos soro glicosado e vasopressores em infusão contínua, já que ele não conseguia manter funções fisiológicas básicas. Chegou a ficar alguns dias em estado semicomatoso”, explicou a veterinária.
Ao longo da recuperação, Bandeirinha enfrentou outras complicações, incluindo uma infecção óssea relacionada ao uso de acesso intraósseo e um quadro de pneumonia, condição comum em animais expostos à fumaça intensa. Além dos desafios clínicos, o vínculo afetivo com a veterinária também exigiu atenção especial.
“Ele só aceitava se alimentar comigo. Como filhote órfão, acabou ‘imprintando’ em mim, o que nos obrigou a manter a alimentação sempre sob o meu manejo. Isso é comum em tamanduás, que permanecem agarrados à mãe durante o início da vida”, contou Danielle.
Com o tempo, o filhote foi introduzido a uma dieta natural, com formigas e cupins, e aprendeu a procurar alimento por conta própria, revirando cupinzeiros. Passou então por um processo de dessensibilização com humanos, sendo transferido para um recinto isolado. No último mês, Bandeirinha começou a demonstrar comportamentos ariscos e até agressivos com pessoas, sinais de que está pronto para o retorno à natureza.
No entanto, caso não consiga se adaptar, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) poderá transferi-lo para um empreendimento de fauna, como um zoológico ou centro de conservação. Classificado como espécie “Vulnerável”, Bandeirinha, saudável e com potencial reprodutivo, representa uma esperança para a conservação da espécie.
O papel do Hovet na conservação da fauna
A atuação do Hospital Veterinária preenche uma lacuna importante no estado. Thais Oliveira Morgado, médica veterinária e chefe do Setor de Animais Silvestres, explica que os atendimentos são feitos em parceria com a Sema, Polícia Militar Ambiental e a comunidade. “Recebemos principalmente animais vítimas de atropelamentos, queimadas ou filhotes órfãos. Também oferecemos atendimento à pets não convencionais mediante agendamento”, afirmou.
A responsável ainda destacou que a ausência de um Centro de Triagem de Animais Silvestres no estado torna o papel da UFMT ainda mais essencial, uma vez que o estado é cercado por três biomas.
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Mato Grosso terá maior PIB Industrial do Brasil em 2025 com alta de 6,7%

Desempenho da indústria mato-grossense superará todos os Estados do país e puxará o crescimento da região Centro-Oeste
Mato Grosso deve registrar em 2025 o maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) Industrial entre os Estados do Brasil, com alta projetada de 6,7%, conforme aponta a Resenha Regional do Banco do Brasil.
Impulsionada pela agroindústria, pela expansão da produção de biocombustíveis e pelos incentivos fiscais estaduais, o Estado será o principal motor do desenvolvimento industrial da região Centro-Oeste, que deve crescer 3,9% neste ano.
O PIB Industrial brasileiro tem crescimento projetado de apenas 1,9% para 2025. Mato Grosso caminha na contramão com mais do que o triplo desse índice. A Resenha Regional destaca que os resultados positivos no Estado contribuem decisivamente para o bom desempenho do Centro-Oeste, superando as regiões tradicionais do Sudeste e do Sul, que devem produzir 1,4% e 2,6% na área da indústria, respectivamente.
Após Mato Grosso, Pará, Piauí e Paraíba devem ter, empatados, o segundo maior PIB do país na área da indústria, com 4,5%.
Segundo o documento, a agroindústria tem ganhado força e ampliado sua participação no PIB estadual. A produção de soja e milho, aliada ao uso de tecnologia de precisão e à eficiência logística, tem gerado um efeito multiplicador em cadeias produtivas, especialmente na indústria de alimentos e na de biocombustíveis
“A gente pode justificar esse crescimento pela indústria local, que é amplamente ligada ao agro. Cerca de 30% da soja e do milho produzidos no Estado já são processados localmente, o que representa um avanço importante na verticalização da produção”, avaliou o coordenador de estudos econômicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Vinicius Hideki.
Mato Grosso também é referência nacional nos setores de frigoríficos, com participação de 18% na produção nacional de carnes, além de ser o maior produtor de biodiesel do país e liderar a produção de etanol de milho, com 72% de participação no mercado nacional.
A expansão da produção de biocombustíveis em Mato Grosso é expressiva. Em 2024, o Estado produziu 6,577 bilhões de litros de etanol, um aumento de 23,7% em relação à safra anterior. O etanol de milho representou a maior parte desse volume, com 5,418 bilhões de litros, um salto de 28,6% na comparação com 2023, segundo dados do 4° Levantamento da Safra 2024/25 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O crescimento na contratação de trabalhadores da indústria de biocombustíveis no Estado já é perceptível. Só em 2025, o setor acumula aumento de 2,2% na geração de empregos. Mato Grosso conta com 22 usinas em operação, o que reforça sua posição como referência nacional.
“A indústria vem se destacando pela alta integração com a cadeia agropecuária. Ela puxa a demanda por insumos, embalagens, biocombustíveis, logística interna e diversificação dos produtos. Os incentivos do governo também são fundamentais”, reforçou Vinicius Hideki.
Esse desempenho é favorecido por políticas públicas estaduais, como o Prodeic Investe Mato Grosso Biocombustível, que oferece redução no Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) para operações internas e interestaduais. Em 2024, essas operações incentivadas já movimentaram mais de R$ 24 milhões.
Na avaliação do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, os dados e as tendências apontadas pela Resenha Regional do Banco do Brasil refletem as políticas públicas do Governo do Estado e o trabalho realizado em conjunto com o setor privado.
“Mato Grosso se consolida como um dos protagonistas do novo ciclo de crescimento da indústria brasileira, mostrando que aliar tecnologia, produção agropecuária e política pública eficiente pode ser o caminho para um desenvolvimento econômico sustentável e robusto”, avaliou.
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Produtor que desmatou o Cerrado é multado em R$ 308 mil e terá que reflorestar área degradada em MT

Valor da multa será destinado a projetos ambientais e sociais desenvolvidos em Alto Araguaia e região, segundo o Ministério Público.
Um produtor rural de Alto Araguaia, a 426 km de Cuiabá, firmou um acordo com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e terá que pagar R$ 308,2 mil por danos ambientais e recuperar uma área de 148 hectares de vegetação nativa do Cerrado desmatada sem autorização.
O desmatamento foi identificado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT). A partir disso, o Ministério Público abriu uma investigação e firmou, nessa terça-feira (27), um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que o responsável repare os danos causados.
Segundo o Minsitério Público, o produtor precisa apresentar, em até 180 dias, um Plano de Recuperação de Área Degradada (Prada), com um cronograma de execução de até cinco anos. A recuperação deve ser feita por meio de plantio de espécies nativas ou regeneração natural assistida, com cercamento e monitoramento semestral.
Além disso, ele também terá que regularizar o imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O valor da multa será destinado a projetos ambientais e sociais desenvolvidos em Alto Araguaia e região.
Segundo o Ministério Público, o acordo tem força de decisão judicial e busca garantir a reparação dos danos causados ao Cerrado, bioma que sofre pressão constante do avanço do desmatamento em Mato Grosso.
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