Tech
Mapa investiga casos de gripe aviária em cinco estados

Nesta segunda-feira (19), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou a investigação de um caso suspeito de gripe aviária em uma produção comercial na cidade de Ipumirim, no oeste de Santa Catarina. A informação consta no mapa de atualização de focos da doença.
Além disso, uma propriedade no município de Aguiarnópolis (TO) está sob investigação. A análise preliminar das amostras coletadas revelou a presença do vírus Influenza A, com baixa probabilidade de se tratar de uma cepa de alta patogenicidade, considerando as características epidemiológicas, laboratoriais e clínicas observadas. A investigação laboratorial segue em andamento, e medidas de controle de trânsito já foram adotadas, mantendo a situação sob controle e com vigilância adequada.
No Rio Grande do Sul, o Mapa também está investigando uma suspeita de gripe aviária em uma propriedade de subsistência, após a confirmação de focos da doença no estado. A propriedade está recebendo atenção especial da Defesa Agropecuária. As amostras coletadas foram enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), em Campinas, e serão processadas ainda hoje (19), com previsão de resultado preliminar até o fim do dia.
O ministério reforça que, por se tratar de uma criação de subsistência, o caso não impacta o comércio internacional nem compromete a segurança dos alimentos inspecionados.
Outros trabalhos de investigação também estão em andamento em criações de subsistência nos estados do Ceará, Mato Grosso e Sergipe.
Segundo o Mapa, investigações de suspeitas são rotina na atuação da Defesa Agropecuária. Em situações de emergência, o número de investigações tende a aumentar inicialmente, o que demonstra a robustez do sistema brasileiro, que trata todas as ocorrências com eficiência e transparência.
Foco de gripe aviária em Montenegro
O Mapa também divulgou um balanço da operação no Rio Grande do Sul, após a confirmação de focos da doença no estado. Até domingo (18), 29 das 30 propriedades localizadas na área de 3 km (zona perifocal) em torno do foco em Montenegro foram vistoriadas, com a meta de atingir 100% até o final do dia. Na zona de vigilância (raio de 7 km a partir da zona perifocal), 238 das 510 propriedades já haviam sido inspecionadas.
Na propriedade foco, todas as aves e ovos já foram descartados. O processo de limpeza e desinfecção das instalações está em andamento.
Das sete barreiras de bloqueio ao trânsito de animais, cinco já foram instaladas. Quatro das seis barreiras de desinfecção também estão em funcionamento, com previsão de conclusão das instalações ainda hoje.
Os ovos provenientes da propriedade foco foram completamente rastreados e sua destruição está em curso. Em seguida, será iniciado o processo de limpeza e desinfecção dos três incubatórios.
Tech
países deixam de comprar frango e derivados do Brasil

Em coletiva de imprensa realizada no início da noite desta segunda-feira (19), o secretário adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira, atualizou a lista de países que anunciaram a suspensão das exportações de carne de frango e produtos derivados de todo o Brasil: México, Coréia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malasia e Argentina.
Além disso, Cuba e Bahrein não comprarão produtos avícolas de todo o estado do Rio Grande do Sul. Já Cingapura e Japão notificaram que o veto se limita apenas a um raio de 10 km de Montenegro, município da Região Metropolitana de Porto Alegre onde a doença foi detectada.
O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), por sua vez, reforçou que, no caso de Japão e Cingapura, as vendas brasileiras de carne de frango não serão afetadas, visto que os municípios do entorno de Montenegro não contam com granjas comerciais.
Contudo, pelos acordos internacionais firmados entre as agências de vigilância sanitária de outros países, está prevista a suspensão automática – sem necessidade de anúncio formal – das seguintes nações:
- Rússia;
- Sri Lanka;
- Bolívia;
- Paquistão;
- Peru;
- República Dominicana; e
- Marrocos
Fávaro reforçou que além dos casos confirmados de gripe aviária na granja de Montenegro e no zoológico de Sapucaia do Sul, outros três estão em análise em Ipomirim (SC), Aguiarnópolis (TO) e Salitre (CE).
“Nos casos já confirmados do zoológico e da granja comercial em Montenegro, imaginamos que o vírus tenha vindo de rotas migratórias de aves silvestres, mas ainda não sabemos se é o mesmo vírus em ambos os lugares”, disse o ministro.
Reforço orçamentário
Fávaro negou que o Mapa buscará reforço orçamentário para o enfrentamento específico da gripe aviária. Segundo ele, o que está em pauta é o pedido de recursos extras para o combate de quatro emergências sanitárias em voga no país: a monilíase do cacau, vassoura-de-bruxa da mandioca, mosca-das-frutas e a gripe aviária.
“Talvez englobaremos essas quatro emergências em uma só e faremos o pedido de reforço orçamentário, que será pequeno, e decorre mais da dificuldade de combate e deslocamento de pessoal para lugares mais afastados, como os da Região Norte.”
O ministro defendeu, ainda, a criação de um Fundo Nacional para a Questão Sanitária, voltado a indenizar produtores afetados por crises como a gripe aviária. Para o chefe da pasta, o amparo seria custeado por recursos privados, de entidades representativas do agronegócio, e pelo próprio governo.
“Defendo que se agilize no Conresso Nacional esse tema e a posteior sanção presidencial porque crises dessa natureza estão cada vez mais constantes e vorazes”, considerou.
Tech
impactos e resposta rápida reacendem debate sobre defesa sanitária no país

Com o caso confirmado de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul e a reação imediata de alguns países importadores, cresce a apreensão com os reflexos para a avicultura brasileira. O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, já enfrenta restrições por parte de importantes parceiros comerciais — um cenário que acende o alerta para o setor, responsável por 37% da carne de frango vendida no mundo.
Em entrevista ao Canal Rural, o ex-ministro da Agricultura e comentarista Francisco Turra reforçou que, apesar da complexidade do momento, o país está reagindo com responsabilidade e rapidez. Segundo ele, a adoção de medidas rigorosas como o descarte de ovos, a incineração de materiais e o abate sanitário de aves mostram o compromisso do setor com os protocolos internacionais de contenção da gripe aviária.
Turra lembrou que o Brasil conquistou o protagonismo no mercado global justamente por manter-se livre da doença durante as últimas duas décadas, mesmo quando os grandes produtores mundiais foram atingidos. “Não foi sem sacrifício”, destacou, ao mencionar o esforço contínuo do setor privado e a união dos agentes envolvidos para garantir a biosseguridade.
A estratégia brasileira, segundo o ex-ministro, passa também pela defesa do conceito de regionalização. Ou seja, ao invés de embargos generalizados ao país, as suspensões deveriam se restringir apenas ao estado afetado, neste caso o Rio Grande do Sul. Países como Japão, China e membros da União Europeia já aplicaram esse princípio em outras ocasiões, e a expectativa é de que o façam novamente.
O ex-ministro também defendeu maior clareza na comunicação com a população e com os mercados internacionais, ressaltando que o Brasil está fazendo a “lição de casa” com seriedade. No primeiro dia após a confirmação do foco de gripe aviária, mais de 17 mil aves foram eliminadas, e os trabalhos seguem intensivos no interior do estado, com apoio do Ministério da Agricultura e dos governos locais.
Apesar dos impactos imediatos, Turra acredita que a retomada do mercado pode ocorrer dentro de 30 a 60 dias, desde que não surjam novos focos. Ele alerta, no entanto, que o retorno será gradual e exigirá paciência e resiliência por parte do setor.
A entrevista do ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra, assim como todo o conteúdo do Canal Rural está em nosso Youtube, confira!
Tech
Queda nos preços de soja é registrada no Brasil; saiba onde

O mercado brasileiro de soja iniciou a semana com preços enfraquecidos, variando entre estabilidade e queda na maioria das praças. Segundo o consultor da Safras & Mercado, Rafael Silveira, não houve grandes novidades no dia. A queda do dólar atuou como fator de pressão, enquanto Chicago apresentou apenas leve alta, o que limitou reações no mercado físico.
- Fique por dentro das novidades e notícias recentes sobre a soja! Participe da nossa comunidade através do link!
Do lado da comercialização, o comprador tem ofertado valores mais baixos, mas o produtor continua fora das negociações, aguardando melhores condições. Com isso, o volume de lotes movimentados segue limitado, refletindo um ambiente de baixa liquidez no mercado interno.
Soja no Brasil
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 130,00 para R$ 128,00
- Santa Rosa (RS): caiu de R$ 131,00 para R$ 129,00
- Rio Grande (RS): caiu de R$ 135,00 para R$ 133,00
- Cascavel (PR): manteve em R$ 125,00
- Paranaguá (PR): caiu de R$ 134,00 para R$ 132,00
- Rondonópolis (MT): caiu de R$ 115,00 para R$ 114,50
- Dourados (MS): caiu de R$ 118,00 para R$ 117,00
- Rio Verde (GO): manteve em R$ 116,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) encerraram a segunda-feira em leve alta. O dia foi marcado por bastante volatilidade, com movimentos próximos à estabilidade e contratos mistos ao longo da sessão. As posições mais curtas seguem pressionadas pelo cenário técnico frágil e pela fraca performance das exportações americanas.
As posições mais longas tentaram recuperação, mas encontram resistência diante da previsão de clima favorável nos Estados Unidos, o que deve beneficiar o andamento das lavouras. As negociações entre Estados Unidos e China e as incertezas relacionadas ao mandato de biocombustíveis também permanecem no radar dos investidores.
O contrato com vencimento em julho fechou com alta de 0,75 centavo (0,07%), cotado a US$ 10,50 3/4 por bushel. A posição novembro subiu 1,50 centavo (0,14%) para US$ 10,37 por bushel.
Nos subprodutos, o farelo para julho caiu US$ 0,80 (0,27%), fechando a US$ 291,10 por tonelada. O óleo subiu 0,51 centavo (1,04%), cotado a 49,44 centavos de dólar por libra-peso.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão desta segunda-feira em baixa de 0,25%, cotado a R$ 5,6543 para venda e R$ 5,6523 para compra. Ao longo do dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6333 e a máxima de R$ 5,6913.
- Tech7 horas ago
Acordo entre China e EUA ‘muda o jogo’ e agita o mercado de soja; saiba o que mudou
- Tech8 horas ago
Milho segue pressionado frente a perspectiva de boa produtividade
- Tech4 horas ago
Expedição Soja Brasil chega ao município de Capão Bonito (SP)
- Tech7 horas ago
Fávaro prevê controle da gripe aviária em 28 dias e diz que alta nos alertas é esperada
- Sustentabilidade14 horas ago
Soja/Cepea: Preços seguem enfraquecidos no BR – MAIS SOJA
- Sustentabilidade13 horas ago
Line-up prevê embarques de 15,651 milhões de toneladas de soja pelo Brasil em maio – MAIS SOJA
- Sustentabilidade13 horas ago
CHICAGO CBOT: Milho fechou em baixa com pressão sazonal – MAIS SOJA
- Tech9 horas ago
Alta oferta e trégua entre EUA e China pressionam preços da soja