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IA ajuda a produzir mais alimentos com menos recursos, diz CEO Global da JBS

A inteligência artificial (IA) desempenha um papel essencial para aumentar a produção de alimentos de forma sustentável, ao favorecer a utilização de menos recursos, defendeu nesta segunda (5), O CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, durante o painel “Business and the Global Economy: Driving Growth and Innovation” na Global Conference 2025 do Milken Institute. O evento reúne líderes globais em Los Angeles.
Para Tomazoni, a inovação, que vai além da tecnologia e abrange novas formas de produção e consumo, é crucial para impulsionar a segurança alimentar. O executivo defendeu a tese de que “ser sustentável significa produzir mais com menos”, e que “a combinação de biotecnologia com IA pode realmente acelerar a produtividade e impulsionar tudo”. Ele mencionou a agricultura regenerativa como um exemplo de prática que melhora a saúde do solo, fixa carbono e aumenta a biodiversidade.
Durante a participação, Tomazoni enfatizou a necessidade de colocar o setor de alimentos no centro da agenda para o crescimento sustentável, especialmente diante do aumento populacional mundial e da crescente demanda global por proteínas.
Ele destacou que a agricultura tem um enorme potencial de crescimento, não somente para atender a essa demanda, mas também para enfrentar as mudanças climáticas. “Acredito que podemos enfatizar a agenda da segurança alimentar”, afirmou o CEO, lembrando dados da ONU de que 2,3 bilhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar moderada ou severa.
CEO da JBS defende o apoio aos pequenos produtores
Um ponto central da discussão foi a necessidade de apoiar os pequenos agricultores, responsáveis por ao menos 30% da produção global de alimentos. Tomazoni defendeu que é essencial permitir que esses produtores tenham acesso a tecnologias como IA e biotecnologia, oferecendo também suporte técnico e financeiro adequado para fazer frente aos riscos de investimento.
Durante o painel na Milken Conference, o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, concordou: “Sobre agricultura como negócio, como Gilberto mencionou, o maior problema nos mercados emergentes são os pequenos agricultores, os filhos não querem seguir na agricultura.” Para Banga, é preciso “manter essas pessoas em suas terras, vendo a agricultura como um futuro viável. A melhor forma de fazer isso é por meio de cooperativas, tecnologia, fertilizantes melhores, marketing eficiente, melhores preços e ferramentas de IA, que, por exemplo, permitam ao agricultor identificar uma doença na lavoura com o celular e saber qual produto buscar na cooperativa para tratá-la”.
Tomazoni compartilhou exemplos práticos de como a JBS utiliza a IA em suas operações, desde a conexão direta com os consumidores para entender suas necessidades até a previsão de demanda para evitar o desperdício na indústria e no varejo, além de obter o melhor desempenho da produção nas fábricas e nas fazendas.
Além de Gilberto Tomazoni e Ajay Banga, o painel contou com a participação de Mariam bint Mohammed AlMheiri (Group CEO, 2PointZero) e Rich Lesser (Global Chair da consultoria BCG). A moderação coube a Gerard Baker (repórter especial do Wall Street Journal).
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China retoma importação de soja de cinco empresas brasileiras; saiba quais

Após três meses de embargo, a China retomou as importações de soja de cinco unidades de empresas brasileiras, que haviam sido suspensas em janeiro deste ano devido a questões sanitárias. O embargo foi imposto após a detecção de resíduos de pesticidas em grãos de soja, algo comum em sementes, mas inaceitável no produto destinado ao consumo humano e animal. A suspeita foi de que, por erro, cargas de soja e sementes tenham sido misturadas. O aval de liberação vale desde o fim de abril.
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O governo chinês também identificou a presença de pragas quarentenárias nas cargas de soja. Embora isso tenha gerado uma suspensão temporária, o Brasil tratou o incidente como um procedimento técnico e rotineiro, sem qualquer conotação política ou comercial entre os dois países. Apesar de o impacto econômico da suspensão ser relativamente controlado devido à diversidade de exportadores brasileiro, as empresas afetadas, que são a ADM do Brasil, Cargill S.A., Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil e C.Vale Cooperativa Agroindustrial, ficaram impossibilitadas de exportar durante os três meses de embargo, afetando sua capacidade de atender ao mercado chinês, um dos maiores importadores globais de soja.
A retomada das exportações ocorre em um momento estratégico, coincidindo com a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, onde ele será acompanhado por uma comitiva de empresários do agronegócio brasileiro, com o objetivo de fortalecer ainda mais os laços comerciais entre os dois países. Além da soja, o Brasil também busca expandir as exportações de outros produtos agropecuários para o vasto mercado chinês, incluindo carne bovina, suína e café.
Em paralelo, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destaca a importância de atrair investimentos chineses para a infraestrutura logística do país, com foco na ampliação de estruturas de armazenagem, nos investimentos em transporte multimodal e na modernização de portos, todos essenciais para otimizar o escoamento da produção agrícola e fortalecer o setor como um todo.
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Você sabe o que é veranico?

Os produtores de soja devem redobrar a atenção diante de um veranico, fenômeno climático caracterizado por períodos anormais de calor e estiagem durante estações tipicamente frias, como o outono e o inverno. Segundo o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, o veranico se caracteriza pela ausência de chuvas e temperaturas elevadas durante quatro a cinco dias consecutivos, podendo se estender por ainda mais tempo.
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”O veranico provoca anomalias de temperatura máxima entre 3°C e 5°C acima da média e, ao contrário de uma onda de calor, que geralmente vem acompanhada de chuvas, o fenômeno se caracteriza pela ausência de precipitação. Sem a umidade necessária, os impactos sobre as plantas e o solo são bastante visíveis, o que afeta as lavouras, comenta Arthur Müller.
Impactos nas lavouras
Nas lavouras de soja, o veranico, também conhecido como ‘verão fora de época’, representa um risco ao desenvolvimento dos trabalhos, especialmente durante as fases críticas de floração e enchimento dos grãos, quando as plantas mais necessitam de umidade no solo. ”A falta de água nesse período reduz o tamanho e o peso dos grãos, comprometendo diretamente a produtividade por hectare”, explica Arthur Müller.
Além da queda na produtividade, o episódio favorece o aparecimento de pragas, como ácaros, e diminui a umidade relativa do ar para níveis abaixo de 30%, o que eleva o risco de incêndios em áreas rurais.
O que os produtores podem fazer durante o veranico?
Para reduzir os impactos do veranico sobre a produção agrícola, há a recomendação de uma série de boas práticas de manejo e planejamento, como:
- Manter a umidade do solo é essencial para garantir que ele permaneça úmido, especialmente durante as fases críticas de floração e enchimento dos grãos. Quando possível, a irrigação suplementar pode ser uma prática altamente eficaz para evitar a falta de água nas plantas.
- Optar por cultivares adaptadas à região, com ciclos de maturação variados, ajuda a diversificar os riscos. Essa estratégia aumenta a resistência das lavouras, permitindo que, caso ocorra um veranico, parte da produção se mantenha mais protegida.
- Realizar um monitoramento constante da umidade do solo é importante para garantir que as plantas não sofram com o estresse hídrico. Em momentos de necessidade, a irrigação suplementar pode ser aplicada para minimizar os impactos negativos, especialmente nas fases mais vulneráveis.
- Acompanhar frequentemente as previsões meteorológicas permite ajustar o calendário agrícola de forma eficaz. Dessa forma, é possível antecipar eventos climáticos adversos e planejar as atividades agrícolas com maior precisão, adaptando-se às variações climáticas previstas.
Clima ideal e riscos prolongados
A soja se desenvolve de maneira ideal em temperaturas entre 20°C e 30°C. Qualquer variação prolongada fora dessa faixa pode prejudicar o crescimento das plantas e comprometer o rendimento da safra.
Segundo o meteorologista, se o veranico persistir por 30 a 60 dias, já pode ser classificado como seca. E se ultrapassar os 90 a 120 dias, configura-se uma estiagem, o que exige maior atenção por parte dos produtores.
Em meio a fenômenos climáticos como ondas de calor, veranicos, secas e estiagens, a recomendação é clara: o monitoramento constante das condições climáticas, combinado à adoção de práticas agrícolas sustentáveis, é essencial para que os sojicultores minimizem os impactos dessas variações e garantam a saúde de suas lavouras.
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Fábricas de suco são fechadas em São Paulo

Após receber denúncias sobre irregularidades, duas empresas fabricantes de suco foram autuadas e fechadas de maneira cautelar por fiscais o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Ribeirão Preto (SP).
De acordo com a equipe da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (SFA-SP) que participou da ação, além da falta de registro, foram encontradas condições sanitárias inadequadas para o funcionamento dos estabelecimentos como produtores de bebidas.
As denúncias se confirmaram durante a fiscalização e o ministério abriu processo administrativo. “As empresas têm direito à apresentação de defesa escrita que será apreciada. Apenas depois do final do processo, caso a irregularidade se confirme, os nomes são divulgados”, informou o Mapa.

Para que voltem a funcionar, as fábricas de suco precisam adequar suas estruturas e obter o registro junto ao Ministério da Agricultura. O Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov-SP) investiga o caso.
O Mapa informa que denúncias, elogios, solicitações e sugestões podem ser enviadas pela plataforma Fala BR, encontrada no site do ministério. O serviço é um instrumento criado pela Controladoria Geral da União (CGU) que recebe mensagens de forma anônima.
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